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De um lado a Geração X, mais preocupados com o trabalho e estabilidade, mas sem ligar muito para a tecnologia. Do outro, os Millennials, conectados e preocupados mais em curtir a vida que em buscar uma profissão. Se você não se vê em nenhum destes dois grupos, talvez a sua geração seja uma transição entre estas duas anteriores, os Xennials.
Usado pela primeira vez pelo site norte-americano Good, o termo representa a fusão dos outros dois: X + Millennials. Nascidos entre 1977 e 1983, eles viram a internet nascer e a tecnologia evoluir. Usaram fichas telefônicas e eram craques no videocassete, agora têm smartphones de última geração e assinam Netflix.
Foram os primeiros a usar gadgets, mas sem se conectar à internet, ouviam música em um Walkman e usavam uma máquina fotográfica digital quando tudo era novidade. Tudo que alcançamos hoje com a tecnologia já foi um sonho desta geração, que sempre teve olhos no futuro.
Uma combinação de gerações
Os Xennials conseguem unir características da geração X com as dos Millennials e levam vantagem nisso. Assim como seus antecessores, eles têm sede de informação, devoram revistas e jornais, reais ou virtuais, e usam isso a seu favor. Preocupados com o futuro, procuram estabilidade no trabalho sem abrir mão de crescimento profissional. Dos Millennials pegam emprestado a motivação, o otimismo, a curiosidade pelo novo e a vontade de aproveitar a vida, com mais qualidade e menos stress.
Sarah Stankorb e Jed Oelbaum, responsáveis pelo artigo original do site Good, e que se incluem neste grupo, ainda citam alguns pontos positivos por terem passado uma infância analógica e uma fase adulta digital, dando valor ao que trouxe essa evolução:
Usamos as mídias sociais, mas lembramos que podemos viver sem elas. A internet não fazia parte da nossa infância, mas os computadores existiam e havia algo especial sobre a oportunidade de usar um.
Por que ninguém quer ser Millennial?
O fato é que o termo “Xennials” surgiu porque muitas pessoas dessa faixa etária não se viam em nenhum dos outros grupos, não por os rejeitarem, apenas por não se encaixarem nas características. O conhecimento tecnológico indicava que não poderiam ser da geração X, enquanto que os Millennials eram rotulados como desinteressados e individualistas.
O jornal El País afirmou que, segundo o instituto de pesquisas sociológicas Pew Research, “ninguém quer ser Millennial”. Essa imagem negativa da também conhecida geração Y veio dos rótulos que ela ganhou nos últimos anos. De acordo com a socióloga Almudena Moreno, “egoístas e preguiçosos” são apenas alguns deles, mas que, segundo ela, “não correspondem à realidade”.
Eles são criticados pelos excessos de confiança, de exposição e de otimismo, quando é isso que os torna especiais: a capacidade de se envolver por inteiro na busca do que os faz bem.
Xennials e a evolução digital
Como nenhuma outra geração, eles viram as maiores mudanças que a tecnologia poderia proporcionar no dia a dia. Nascidos já em meio a botões e controles remotos, não foi difícil acompanharem esse desenvolvimento.
Para os Xennials tudo que era eletrônico já era interessante na infância e a curiosidade foi sempre o motor dessas descobertas. Desmontavam brinquedos para saber como funcionavam, varavam a madrugada no primeiro dia de um novo videogame, gravavam programas de TV no videocassete com a maior facilidade e eram ratos de locadora.
Se observarmos bem, os interesses continuam parecidos, mas eles souberam acompanhar a inovação. Trocaram o ICQ pelo Whatsapp, a locadora pelo Netflix e o computador pelo smartphone. Logo abandonaram as enciclopédias e descobriram como tirar o melhor da internet, fosse no Cadê, no Yahoo! ou no Google.
Quando se fala em analógico ou digital, essa é a geração que entende mais sobre ambos, pois viveu os dois momentos. É por isso que sabem o que de melhor trouxeram as diferentes eras e procuram manter o melhor de cada uma até hoje em equilíbrio.
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