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Garoto de 13 anos mostra impressora braile feita de Lego

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Shubhan Banerjee é só um garoto. Mas, aos 13 anos de idade, o tímido gênio mostra que é possível sim criar protótipos inteligentes, divertidos e muito úteis para as pessoas, especialmente para aquelas que têm algum tipo de deficiência.

Nascido na Bélgica, o garoto é responsável por uma ideia inovadora e que promete mudar a rotina de pessoas com deficiência visual: uma impressora braile de baixo custo feita a partir de peças de LEGO que converte texto comum para a linguagem usada por cegos.

A motivação veio de uma pergunta que ele fez a si mesmo e a seus pais: “Como as pessoas cegas leem?” A partir deste momento, Banerjee que é um dos destaques da oitava edição da Campus Party, virou um empreendedor nato e cheio de atitude.

Empreendedorismo na veia

Para começar o seu projeto, Shubhan fez várias pesquisas para saber dados sobre quantos deficientes há no mundo, assim como o preço de um aparelho da categoria vendido atualmente. Em seu levantamento inicial, o jovem descobriu que 50 milhões de pessoas aproximadamente têm problemas de visão em todo o planeta, que 90% delas vivem em países pobres e que nem todas poderiam comprar uma impressora braile, já que o preço desse tipo de dispositivo pode variar entre US$ 2.000, para o modelo mais barato, e US$ 50.000, para uma versão mais ágil e completa.

Impressora-braile-lego

Além disso, Shubham utilizou um kit de desenvolvimento LEGO Mindstorm que custa US$ 350 para começar a construir a impressora braile. “Fiquei minhas férias de verão inteiras produzindo o gadget. Dormia de quatro a cinco horas por dia, e ficava até duas da manhã trabalhando no protótipo”, contou em entrevista aos jornalistas na Campus Party.

O aparelho levou um mês para ficar pronto e, ao terminá-lo, o jovem batizou o projeto de Braigo, que posteriormente deu origem a startup Braigo Labs. O trabalho do garoto impressionou e fez com que ele recebesse investimento da Intel para constituir uma empresa e produzir em escala comercial uma impressora braile acessível.

A Braigo Labs, como é chamada, deve lançar a primeira versão do produto durante o verão no hemisfério norte (quando será inverno aqui no hemisfério sul) e deve custar menos de US$ 500, cerca de R$ 1.347.

Cenário atual 

A companhia conta hoje com 10 funcionários supervisionados por Shubham. “Eu ainda estudo, então dedico em média uma hora e meia do meu dia nas atividades da empresa”, afirmou. Como ele é menor de idade, sua mãe é a presidente da startup.

De acordo com ele, a Braigo Labs doará 25 impressoras para institutos que cuidam de deficientes visuais. Um detalhe que chamou a atenção é que o garoto não sabe ler Braile, mas isso não foi empecilho para que ele seguisse com o seu projeto. “Acredito que as pessoas precisam ouvir seu coração e criar algo que seja para um bem maior. E mais importante: estar ao lado de amigos verdadeiros ou da família, afinal, ninguém faz nada sozinho”, conta.

Pergunto se ele tem amigos tão inteligentes quanto ele nesta mesma faixa etária, e a resposta foi uma surpresa: “Não, eu não sou tão inteligente assim, mas tenho muitos amigos. E sim, eu acho que eles são muito inteligentes!”


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