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É bem provável que você já saiba do segundo smartphone dobrável que a Samsung pretende lançar. Em outubro do ano passado, a empresa aproveitou a conferência que faz anualmente para desenvolvedores e mostrou parte do que deve ser o Galaxy Z Flip ou Galaxy Bloom: seu segundo smartphone dobrável, desta vez com um formato vertical.
Espera-se que a Samsung lance um dobrável vertical desde que a Motorola apresentou o novo RAZR, uma releitura do antigo RAZR V3 com tela flexível. Ao longo dos últimos meses, os rumores sobre o “RAZR da Samsung” ganharam força e agora se especula que o novo dobrável da coreana seja lançado junto com os Galaxy S11 (ou Galaxy S20), no próximo dia 11 de fevereiro.
O que se sabe até agora sobre o novo dobrável da Samsung
O Galaxy Fold foi o primeiro smartphone dobrável de grande relevância para o mercado e a Samsung precisou de coragem para lançar algo praticamente inédito. Também foi necessária persistência por parte da empresa, tendo em vista que, já em seus primeiros dias de lançado, o smartphone apresentou defeitos críticos e precisou ter suas unidades de teste recolhidas, para ser relançado meses depois.
No seu segundo smartphone com tela flexível, espera-se que a Samsung tenha aprendido com os erros e com a concorrência. Modelos como o Huawei Mate X e o próprio RAZR, que possui dobradiças e tela aparentemente mais resistentes, devem inspirar algumas das soluções a serem vistas no próximo dobrável da coreana. Além disso, espera-se que o Galaxy Bloom (ou Galaxy Z Flip) seja bem mais barato que o Fold, lançado nos EUA por exorbitantes US$ 1,980 (R$ 8.179).
A primeira coisa que se sabe a respeito do novo modelo é que ele não será uma sequência direta ao Galaxy Fold. Apesar de também ter uma tela dobrável, o design vertical o distancia da proposta inicial do Fold: um celular que também é um tablet. Também como o RAZR, o Galaxy Bloom/Galaxy Z Flip deve embarcar na onda nostálgica dos celulares com design flip, e atrair quem busca algo mais portátil – um smartphone de tamanho normal que, quando fechado, fica bem menor.
Outro diferencial em relação ao Fold será o público alvo. Enquanto o Galaxy Fold foi lançado como um dispositivo de luxo para early-adopters (pessoas que compram tecnologias em um estado quase que experimental), o Galaxy Bloom ou Z Flip será mais abrangente. Como dissemos, isso nos faz esperar que ele seja mais barato, ainda que não seja acessível, e que ele apresente um design mais robusto, sem dobradiças que permitam a entrada de poeira e sem uma tela que quebre com qualquer ação errada por parte do usuário.
Falando em tela, a mídia não aponta qual tamanho que o dobrável deverá ter. Tomando o RAZR por base, é possível que ele também tenha um display de 6,2″ de proporção 21:9, o que o fará ser mais comprido e estreito que um smartphone normal desse tamanho. Quando fechado, o dobrável da Motorola permite que o usuário interaja com um pequeno visor externo – o que também devemos ver no modelo da Samsung.
Três câmeras no total e gravação de vídeo 8K
Há alguns meses vimos o que parecia ser um protótipo, bastante convincente, por sinal, do Galaxy Z Flip ou Galaxy Bloom. Pelo que era possível entender das imagens (acima), o aparelho teria duas câmeras na parte externa – muito provavelmente uma lente principal e outra grande angular – e uma câmera interna (frontal) embutida na tela. Embora o protótipo aparente ser de um estágio bastante avançado de desenvolvimento, espera-se que o modelo final tenha uma terceira câmera externa, assim como ocorre na linha S10.
Ambos o Exynos 990 e o Snapdragon 865, novos processadores topo de linha da Samsung e da Qualcomm, possuem suporte para câmeras com grande número de megapixels e gravação de vídeo 8K. Com isso, é bem provável que vejamos essas capacidades no próximo modelo, com o mesmo também tendo suporte às redes 5G, graças aos chips.
A própria presença desses processadores também seria um diferencial interessante pois, apesar de ser um produto de altíssima tecnologia, o Motorola RAZR traz uma CPU intermediária e relativamente antiga (Qualcomm Snapdragon 710), o que pode desanimar muitos na hora de pagar os US$ 1,500 (R$ 6.216) que a fabricante pretende pedir por ele quando o aparelho chegar às lojas.
Formato e possíveis limitações técnicas
Embora pareça óbvio que um retângulo dobrado ao meio vire um quadrado, isso não é a regra para celulares com design flip. Tanto o protótipo viso acima quanto o apresentado nas conferências da Samsung não possuem “queixos”, mas o RAZR tem e ele está ali por uma razão mais técnica que estética ou nostálgica: a Motorola precisou daquele espaço para inserir as antenas do aparelho, já que ele precisava ser fino mesmo quando fechado.
Isso indica que, talvez, o design do Galaxy Bloom (ou Z Flip, lembre-se) ainda traga algumas limitações: é bem provável que a Samsung replique as dobradiças resistentes do RAZR, bem como vede melhor as laterais expostas do display para que a poeira não possa entrar na tela e destruir o aparelho, porém, é improvável que seu design seja totalmente livre de problemas. Esse tipo de tecnologia é tão nova, inclusive, que nem conhecemos todos os problemas que ela pode vir a ter.
Mas vamos imaginar que a Samsung encontre soluções para todas as dificuldades listadas acima: ainda resta saber se o smartphone será estreito como o RAZR. Nos telefones tradicionais, a própria Motorola já apostou no Motorola One Vision, que também tem uma tela mais comprida (21:9) e não incomoda por isso. Caso não repita este feito, a Samsung poderia fazer o Galaxy Bloom mais quadrado também, o que deixaria a tela com o mesmo aspecto visto noutros aparelhos (18:9), mas faria o dobrável parecer muito largo quando fechado.
Independentemente do que a fabricante escolher, há algumas vantagens de um dobrável com design flip: além de ficar menor quando dobrado, a marca da dobra que surge na tela (encaremos que isto é inevitável) fica bem menor, pois a parte da tela que sofre a tensão da dobra também é menor. Além disso, caso seja possível utilizar as câmeras traseiras enquanto o dispositivo está fechado (o RAZR faz isso), o usuário conseguirá ter selfies com a máxima qualidade possível.
Data de lançamento, preço e especulações finais
Chegamos ao último ponto da nossa lista do que já se sabe sobre o Galaxy Bloom ou Galaxy Z Flip. Com isso, algumas dúvidas importantes vêm à mente: quando ele será lançado, quanto ele pode custar e o que ele trará de diferenciais além de uma tela dobrável (se isso não for o bastante pra você).
A primeira destas dúvidas é a mais fácil de responder: espera-se que o próximo dobrável da Samsung seja revelado junto da nova linha S (que pode se chamar S11 ou S20), no dia 11 de fevereiro. Recentemente, a coreana revelou que pretende lançar o Galaxy Fold no Brasil amanhã (16). Embora não tenhamos sequer coragem de especular o preço que o Fold terá por aqui, isso revela que sim, é possível que o Galaxy Bloom (ou Z Flip) também chegue ao Brasil em alguns meses.
Quanto ao preço, informações vindas da terra natal da Samsung apontam que o dobrável poderá custar “apenas” US$ 850 (R$ 3.533). Para um smartphone do gênero, no entanto, esse valor parece baixo demais, principalmente se pensarmos que o RAZR custará US$ 1,500 quando chegar às lojas e a Samsung não deve economizar no aparelho, tanto na quantidade de recursos quanto na qualidade de acabamento que ele terá.
Por fim, é fato que ainda restam muito mais perguntas do que respostas sobre o próximo Galaxy com tela flexível. É possível que no evento do dia 11 a Samsung se limite a apresentar o aparelho, sem dar tantos detalhes, deixando o lançamento oficial para a Mobile World Congress, que acontecerá em Barcelona, na Espanha, entre os dias 24 e 28 de fevereiro.
Até lá, continuaremos sem grandes certezas sobre quais funções, e soluções, a fabricante dará para a tela dobrável. Também resta descobrir outros aspectos do modelo, como autonomia (será que ele terá duas baterias interligadas?), se haverá ou não de um conector para fones de ouvido, cores, disponibilidade e desempenho.
Via: CNET
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