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Donald Trump foi eleito e não há o que discutir sobre isso. O que chama atenção são suas políticas (prometidas) para repatriação de empresas e linhas de montagem. Nomes que podem mudar de alguma forma incluem as gigantes Intel, NVIDIA e AMD. Mas até que ponto este futuro próximo pode mudar?
Voltando para casa
Trump comentou, durante quase que toda sua campanha, que tem como objetivo trazer empresas para os Estados Unidos. Algumas até retornando para casa. A ideia é de trazer o dinheiro gerado especialmente em fábricas da China. Assim empregos serão criados nos Estados Unidos (coisa não anda tão incrível por lá) e impostos gerariam receita ao governo, por mais que Trump já tenha comentado que pretende baixar alguns.
Trazer empresas para os Estados Unidos pode cancelar alguns acordos do Pacífico, afetando principalmente a China. Empregos podem sumir por lá, mas a quantidade e o efeito sobre o país deve ser pequeno. A China já tem o maior PIB da região e, livre de acordos dos EUA, pode crescer com mais liberdade. Além disso, as linhas de montagem de silício estão cada vez mais automáticas. Isso significa que empregos perdidos podem não ser uma realidade tão dura.
E como isso afeta o mundo da tecnologia?
Trazer a produção de empresas para os Estados Unidos vai reduzir drasticamente custos de logística, mas aumenta o custo de produção. China cobra pouco para produzir qualquer coisa. O que acontece atualmente é que empresas desenham os produtos nos EUA e eles são montados lá na Ásia. Custos, apenas por custos.
Trump pretende fazer como o Reino Unido e cortar impostos da indústria, em uma tática inteligente de reduzir este custo extra. O Reino Unidos conseguiu um bom resultado com esta atitude, já que o Google e Facebook olharam para lá com bons olhos.
O que dificulta esta mudança no país de produção é a complexidade da linha de produção do silício. A Intel é a empresa que deve ficar por lá, na Ásia, se os planos de Trump continuarem por onde estão. Seu lastro financeiro é gigantesco e a empresa também cria. AMD e NVIDIA, por outro lado, apenas desenham os chips e outras marcas fazem a parte de tornar o chip real.
Estas duas podem sofrer ao não encontrar alternativas para a produção dos chips que criaram – coloque Qualcomm no meio, que faz exatamente a mesma coisa. O maior impacto será em dinheiro e no peso de cada marca no mundo da tecnologia.
Tudo pode mudar
Trump já deu meia volta em muitas de suas promessas de campanha. Já não pretende riscar do mapa o Obama Care, não vem falando tanto do tal muro do México. Também não está atacando ferozmente Hillary e está menos distante de seus concorrentes, os democratas. É muito provável que a queda de impostos corporativos para novos investimentos (e emprego, que gera maior arrecadação) seja uma realidade, mas, pessoalmente, acredito que acordos com a China continuarão como hoje. Algumas empresas podem voltar para os Estados Unidos, principalmente as quase que totalmente feitas por robôs (estas terão o menor impacto financeiro do retorno). As mais tradicionais, que precisam de mão de obra humana, devem continuar lá na Ásia.
Fonte: Wccftech.
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