Talvez você não tenha ouvido falar muito dele, mas o Fuchsia é o que deve ser o terceiro sistema operacional a ser lançado pelo Google, ao lado dos atuais Android e Chrome OS. Apesar de ter virado notícia em agosto do ano passado, só agora o portal Ars Technica trouxe o SO de volta do esquecimento e conseguiu revelar os primeiros rascunhos da sua interface.
Aparentemente, o Fuchsia tenta ser diferente de tudo o que já vimos dentro do Google, e para isso tem até mesmo um novo núcleo desenvolvido pela empresa. Com o chamado ‘Magenta’, a empresa norte-americana espera não só se livrar do Linux, usado no Android, como também abandonar a Licença Geral Pública (GPL), que estava intrinsecamente ligada ao kernel antigo. O novo núcleo, por sua vez, está licenciado sob um mix das licenças BSD, MIT e Apache 2.0.
“Apesar de abandonar o Linux ser uma atitude extrema, nem mesmo o Android parece estar muito focado em seguir o cronograma. O kernel utilizado nos novos Google Pixel, por exemplo, são da versão 3.18 do Linux, lançada há quase três anos.”
Apesar de não ter detalhado nada sobre o Magenta, a papelada da Google o descreve como um ‘kernel moderno para smartphones modernos, com processadores rápidos e quantidades de memória RAM não-triviais.’ – mas conforme afirma Ron Amadeo, editor do Ars, ‘smartphones modernos’ podem ser qualquer coisa. Na verdade, nem precisam ser algo hoje, podem ser algo só daqui trinta anos.
Ou seja, por mais que não tenha a intenção de anunciar algo que está em pleno desenvolvimento, a Google falou muito e disse pouquíssimo. Na verdade, as fontes que mais revelam sobre o novo sistema são os milhares de outros projetos que estão inseridos na sua criação: a interface do SO, por exemplo, é feita com o Material Design, mas utiliza gráficos Vulkan e a linguagem Dart para prometer animações em até 120fps.
Mas e a interface?
Batizada como ‘Armadillo’, a UI do Fuchsia é desenvolvida com o Flutter SDK, uma ferramenta utilizada tanto para os apps do Android quanto os do iOS. Isso significa que, em tese, você pode compilar o código do seu ‘SystemUI‘ e instalá-lo num dispositivo Android qualquer. A questão é que, por estar no estágio em que está, praticamente nada funciona como devia.
Para nos provar isso, o pessoal do Hotfix.net decidiu instalar a geringonça e gravar uma demonstração. O resultado é o que você vê no vídeo: uma interface diferente, cheia de cards e realmente inspirada no Material Design, mas que, por outro lado, não parece ser tão intuitiva e coerente como o Android – ao menos nesse momento.
O que o Google parece estar tentando fazer é criar um novo jeito de se usar o smartphone, um jeito baseado em gestos e com visuais mais limpos, algo que, particularmente, lembra muito a startup Jolla e seu diferentão Sailfish OS.
Por fim, é impossível saber onde tudo isso vai ser levado e acabar nos levando também. Por causa da sua política incentivar seus funcionários a desenvolverem seus próprios projetos, o Google sempre acaba anunciando grandes ideias que, quando finalmente saem do papel, são diferentes ou parecidas demais, entre si mesmas, para cair no gosto do público geral.
Um novo Android?
De fato, o Fuchsia parece ser um grande passo para a Google e para os smartphones. É impossível pensar nele como não sendo uma tentativa de ‘reiniciar‘ o desenvolvimento do Android, abandonando os problemas com o Java, a falha na hora de disponibilizar updates e falta de fluidez do robozinho como um todo.
Talvez, a empresa tenha se cansado de reformar o Android e decida começar tudo de novo, migrando o que já está funcionando, como a sua versatilidade, e reconstruindo todo o resto rumo à perfeição. O uso do Flutter SDK, por exemplo, contribui muito para esta teoria, afinal, não há nada melhor que manter a maior loja de apps do mundo, a Play Store, num novo sistema que acaba de nascer.
Mas e você, o que acha do novo SO? Acha que ele demora muito a chegar? Compraria um smartphone com o produto? Use os comentários para falar com a gente e expor a sua opinião!
Descubra mais sobre Showmetech
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Lad forfatteren til denne tekst læse lidt først, jeg har en pixel 6 pro og bruger linux-kernen 5.10 og den nyere Pixel fra den nyere