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Cientistas chineses testaram, com sucesso, um método capaz de reduzir ou eliminar completamente um tumor maligno. O procedimento foi testado primeiramente em ratos infectados com células do câncer de mama, do ovário, de pele e do pulmão. O resultado foi publicado na conceituada revista científica Nature.
Pela primeira vez um tratamento que utiliza nanorrobôs conseguiu reduzir um tumor cancerígeno. No caso, os nanorrobôs carregavam uma enzima chamada trombina, que tem a capacidade de coagular o sangue de uma determinada região. Assim, foi possível impedir que o sangue, juntamente com os seus nutrientes, chegassem até o tumor e o alimentassem.
Esperança de um tratamento menos agressivo
Atualmente, para se combater qualquer tipo de câncer, temos que nos submeter a tratamentos bem agressivos, como a quimioterapia e radioterapia. Ambos os métodos, embora sejam efetivos quando o tumor ainda está em seu estágio inicial, acabam por matar também células saudáveis, o que acarreta diversos efeitos colaterais, como queda de cabelo, fraqueza, vômito, náuseas, etc.
Com o método desenvolvido pelos cientistas chineses, o combate ao câncer pode ser mais efetivo e menos agressivo/doloroso, já que os nanorrobôs afetam somente as células cancerosas, deixando as células saudáveis “em paz”. Isso deve diminuir ou erradicar completamente os efeitos colaterais dos tratamentos contra o câncer.
Como funciona o tratamento?
O nanorrobô foi construído em cima da base de um DNA de um vírus. Esse DNA foi modificado pelos cientistas, que acrescentaram a proteína trombina em uma das extremidades. Essa é a proteína responsável por coagular o sangue.
Na outra extremidade, foi adicionado um outro DNA, dessa vez capaz de se ligar às celulas do tecido canceroso. Quando os nanorrobôs foram injetados na corrente sanguínea dos ratos, eles vagaram livremente até encontrarem uma célula compatível que, no caso, é uma célula doente. Assim, eles se ligam à célula e a trombina é liberada, iniciando a coagulação do sangue.
Com o sangue coagulado, o tumor não consegue receber os nutrientes que o mantém vivo e crescendo. Desta forma, a sua evolução é interrompida. Como já dito, foram feitos testes com quatro tipos de câncer: mama, ovário, pulmão e melanoma (pele). Nos quatro casos, houve aumento no tempo de vida dos ratos ou redução dos tumores.
No caso do câncer de pele, os nanorrobôs conseguiram impedir que ele se espalhasse para o fígado. Já no câncer de pulmão, eles conseguiram promover uma forte redução do tumor, o que melhorou consideravelmente a saúde do rato e dos pulmões em si.
E nos humanos?
Infelizmente, ainda não há previsão de quando esse tratamento será aplicado em humanos. Primeiramente, é preciso fazer novos testes para se certificar de que esse procedimento com nanorrobôs não trará nenhum efeito prejudicial ao organismos a longo prazo.
De acordo com os testes já realizados, os nanorrobôs não agiram em células saudáveis e não houve nenhuma reação auto-imune por parte do organismo dos ratos. Uma empresa de biotecnologia já se disponibilizou para ajudar os cientistas a levarem o tratamento a um outro nível.
Fonte: Engadget
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