Google corta salários em até 25% para trabalhadores remotos

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Corte de salários pode ocorrer aos funcionários nos Estados Unidos e afeta diretamente aqueles que moram longe dos centros do Google

Os funcionários do Google podem receber cortes em seus pagamentos em breve. Isso é o que notifica a Reuters a partir de uma calculadora interna obtida que aponta tal atitude. Após o início da pandemia, os contratados estavam de home office, agora é revelado que Google corta salários para quem não pretende retornar presencialmente aos escritórios.

Segundo a Reuters, essa é uma ação que deve ocorrer exclusivamente no escritório no Vale do Silício, pelo menos por enquanto. Porém, é possível que isso seja repassado para outros centros do Google ao redor do mundo.

Vale do Silício e o corte de salários

Google corta salários em até 25% para trabalhadores remotos
Cálculo de salários dos funcionários durante home office acaba obrigando o retorno deles aos escritórios nos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos, mesmo com a vacinação avançada, a variante Delta da COVID-19 tem ocasionado alta no número de infectados em parcela da população que ainda não foi imunizada. Tendo em vista o cenário caótico, o Google foi uma das empresas que decidiu adiar a volta presencial no segundo semestre. Originalmente, a empresa deve retornar em sua totalidade no dia 18 de outubro. Até lá, uma parte continua remotamente e outra vai às dependências da companhia. O problema é que os funcionários que estão em casa estão sujeitos à diminuição do salário sem mudar de endereço.

O pagamento realizado pelo Google funciona por marcações de endereço. Isto é, o cálculo é feito conforme a localização origem do funcionário, variando de cidade para cidade e estado para estado. Em entrevista à Reuters, um trabalhador não identificado disse que costuma ir para o centro de Seattle, nos EUA, e que provavelmente seu salário terá 10% de redução por trabalhar em casa por tempo integral. A solução encontrada foi continuar indo até o escritório.

“O corte de pagamento é mais alto que a minha promoção mais recente. Não fiz todo o trabalho duro para ser promovido para depois receber um corte de pagamento”

Funcionário não identificado do Google para a Reuters.

Em comparação com outros centros nos Estados Unidos, o veículo ainda informou que um funcionário que mora a uma hora do escritório de Nova York, por exemplo, pode receber 15% a menos estando de home office. Já os funcionários de São Francisco podem enfrentar dolorosos 25% retirados do salário bruto. Tudo isso descrito por intermédio da calculadora do Google.

Em nota oficial à Reuters, um porta-voz do Google afirma que esse mecanismo de pagamento aos contratados sempre existiu. “Nossos pacotes de remuneração sempre foram determinados pelo local e sempre pagamos no topo do mercado local com base no lugar de onde um funcionário trabalha”, disse. Entretanto, a big tech não justificou os demais apontamentos da matéria do veículo.

Vale lembrar que esta decisão não deve afetar funcionários do Google no Brasil, tendo em vista que a Constituição Federal prevê a irredutibilidade salarial, que só pode ser negociada perante convenção ou acordo coletivo.

O impacto da redução de salários é obviamente prejudicial aos funcionários. Dado que a empresa havia concedido a opção de ainda continuarem no home office, tal atitude obriga o deslocamento aos escritórios no fim das contas, o que consequentemente aumenta a exposição ao vírus altamente contagioso. Mesmo entre os vacinados, a chance de contaminação ainda existe.

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Fonte: Reuters | DepositPhotos


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