O Uber anunciou esta semana que realizará acordos com diversas companhias do setor aeroespacial, inclusive com a brasileira Embraer: batizada como ‘Uber Elevator Network’, a iniciativa por trás das negociações é desenvolver veículos elétricos de decolagem e aterrissagem vertical (VTOLs). Depois de prontas, as máquinas seriam utilizadas para o transporte urbano em curtas distâncias.
Embora o projeto envolva a Embraer como um todo, a pauta será encabeçada pelo Centro de Inovações de Negócios da empresa, que tem sede no estado norte-americano da Flórida. De acordo com as declarações dadas pelo mais novo CPO da Uber, Jeff Holden, a intenção da empresa é tornar o “toque aqui e pegue um voo” uma realidade no mais literal sentido da palavra.
“No exercício dessa parceria, vamos desenvolver novas tecnologias, novos produtos e novos modelos de negócios que podem gerar oportunidades de crescimento para a Embraer no futuro.” – Paulo Silva, CEO da Embraer
A brasileira Embraer é, hoje, a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais, mas não é só ela quem está envolvida nas ambições da Uber: companhias como a norte-americana Aurora Flight Sciences, especializada em drones, e a Pipstrel, de origem eslovena e focada em aviões leves, também estão na jogada.
Pouco depois de listar as atuais parceiras, a Uber ainda anunciou que a Mooney, outra fabricante de aeronaves leves, e a Bell Helicopter, envolvida na produção de veículos militares, devem ser integradas à iniciativa em breve.
Testes nos próximos 2 anos
Apesar de não ter dado muitos detalhes sobre o funcionamento dos VTOLs (sigla em inglês para Decolagem e Aterrissagem Vertical), as companhias esperam que as primeiras unidades de teste sejam implantadas até 2020, na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e no condado de Dallas-Forth Worth, no Estado norte-americano do Texas. A tecnologia deve ficar pronta em 2023.
Também segundo os envolvidos, a adoção deste tipo de veículo reduziria uma viagem 77 quilômetros, que de carro dura pouco mais de uma hora, conforme diz o Google Maps, a instantâneos 15 minutos – tudo sobre um lucro que hoje seria pouco menor que o do UberX, ou seja, US$ 1,32 a cada 1,6 quilômetros. Para Jeff Holden, o ganho a longo prazo seria ainda maior.
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