Questões políticas e eleitorais nunca mais foram as mesmas com a popularização da internet e a consequente chegada das redes sociais. Esses dois fatores têm pesos incrivelmente construtivos e destrutivos, e para evitar que esses meios se tornem algum gatilho para violência — seja ela virtual ou real –, a Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, irá revisar como lidarão com os conteúdos sobre as eleições brasileiras em suas redes sociais.
Meta e assuntos de eleição
O Conselho de Supervisão concordou em ser o responsável pela revisão no conteúdo eleitoral brasileiro, afirmando em nota que planeja fazer uma análise das políticas envoltas em suas redes sociais que abordem esse assunto, principalmente em áreas que eles apontam ser de “alto risco”.
Tudo se deu início em janeiro quando um usuário do Facebook postou um vídeo convidando pessoas a violarem a posse do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Esse vídeo ainda conta com a presença de um general militar brasileiro incitando pessoas a invadirem os prédios do governo. O vídeo havia sido denunciado 7 vezes por quatro usuários e conforme afirma o Conselho, a plataforma manteve o conteúdo mesmo após ter sido revisado por 5 moderadores diferentes.
A Meta decidiu remover a publicação e ainda banir a conta que enviou o vídeo originalmente, seguindo ordens do Conselho. Apesar de tudo isso ter relação com as últimas eleições brasileiras, as recomendações do Conselho de Supervisão visam uma moderação mais rígida em suas redes sociais.
O Conselho selecionou este caso para examinar como a Meta modera o conteúdo relacionado a eleições e como está aplicando seu Protocolo de Política de Crise em um ‘local temporário de alto risco’ designado
Informa o Conselho de Supervisão da Meta em nota
Evitando violência online e offline
O Conselho da Meta aponta que o “Protocolo de Política de Crise” da Meta é o ponto principal deste caso posto como exemplo. Este protocolo foi criado, também, após um outro cenário político: as eleições americanas, as mesmas em que foram analisados os fatos e decidido pelo banimento de Donald Trump. A empresa enxerga que pode ser responsável por ser um palanque para riscos de danos online ou offline, então estudou o caso — e agora o brasileiro — para aplicar melhores medidas de moderação de conteúdo, principalmente os que falam sobre eleições, mas agora em todo o mundo.
Apesar da notícia, essa a efetivação será aplicada apenas em alguns meses. Enquanto isso o Conselho de Supervisão solicita que usuários de suas plataformas os envie feedback sobre diversas questões associadas a este assunto. A Meta conta com o prazo de pelo menos 60 dias para respondê-las — mesmo que após alguma sugestão do Conselho, a empresa não acate, de fato, a orientação.
Revisão do texto feita por Dácio Castelo Branco em 10/03/2023
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Fonte: Engadget.
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