15 filmes que geraram processos judiciais

Você já imaginou que, por trás das telas de algumas das produções mais populares, disputas judiciais dignas de enredos cinematográficos aconteceram e ainda acontecem com frequência? Muitas vezes imperceptíveis para o público, ações revelam que os bastidores do cinema também podem ser repletos de intrigas, reviravoltas e desafios. Muita burocracia é considerada antes de tudo ficar perfeito para ser exibido sem problemas numa tela de cinema.

Por isso, a título de curiosidade, separamos 15 produções que repercutiram na história do audiovisual não só pelas suas tramas, mas principalmente pelos seus desdobramentos. Confira a seguir os maiores filmes que geraram processos:

Matador de Aluguel (2024)

Esse ano, o remake do filme de 1989 gerou controvérsia quando o roteirista Jeremy Hill processou a Amazon por usar inteligência artificial para replicar vozes de atores do filme original na nova produção. Ele alegou violação de direitos autorais, argumentando que a prática foi uma tentativa de acelerar a produção antes do término do contrato de cessão de copyright. A empresa negou as alegações, afirmando que qualquer uso da tecnologia ocorreu durante as edições iniciais do filme, não pelo estúdio. Hill pediu a suspensão do lançamento, mas o filme estreou no início de março na plataforma de streaming.

Matador de Aluguel nos apresenta Dalton (Jake Gyllenhaal), um ex-lutador de UFC, que embarca em uma nova empreitada como segurança de uma estalagem em Florida Keys. Mas o que parecia ser um refúgio paradisíaco, logo se revela como um turbilhão de mistérios e desafios.

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Rust (2023)

Quando se trata de processos judiciais de filmes, é impossível não falar de Rust. No final de 2021, uma tragédia abalou a indústria do cinema quando Alec Baldwin disparou acidentalmente uma arma de fogo, atingindo a diretora de fotografia Halyna Hutchins, que veio a falecer. Uma investigação revelou que a arma estava carregada com balas reais, um erro cometido pela armeira Hannah Gutierrez Reed, o que gerou processo tanto para ela, quanto para o ator. O julgamento de Reed foi o primeiro a ocorrer no caso e, em março desse ano, ela foi considerada culpada e sentenciada a 18 meses de prisão, enquanto Baldwin aguarda seu julgamento marcado para julho, também enfrentando acusações de homicídio culposo.

Em Rust, somos levados ao cenário desértico do Kansas em 1880, onde Lucas (Brady Noon), um menino de 13 anos, se vê sozinho com seu irmão após a morte dos pais. No entanto, um trágico acidente o leva a cometer um ato fatal contra um fazendeiro local. Então, ele e seu avô (Alec Baldwin) embarcam em uma jornada de fuga para evitar a sentença de enforcamento.

O filme acabou tendo suas gravações concluídas no ano passado, mas nenhum trailer ainda foi divulgado e não tem data de estreia definida.

Trapaça (2013)

Aqui, a produção se envolveu em uma ação judicial devido a uma fala no roteiro. No filme baseado em eventos reais, a personagem de Jennifer Lawrence afirma que os micro-ondas costumam retirar os nutrientes dos alimentos, citando Paul Brodeur, ex-redator da revista New Yorker, como fonte. No entanto, o mesmo nunca fez tal afirmação e por isso, entrou com um processo de difamação de US$ 1 milhão contra a Columbia Pictures e os outros produtores do projeto, alegando danos à sua reputação. O tribunal de apelações da Califórnia decidiu a favor do estúdio, argumentando que o tom cômico do filme tornava a queixa de Brodeur improvável de sucesso.

Trapaça aborda Irving Rosenfeld (Christian Bale), um experiente trapaceiro, que une forças com sua parceira Sydney Prosser (Amy Adams). Logo mais, eles se veem obrigados a adentrar o perigoso submundo da máfia e, paralelamente, são arrastados para uma intriga política. No entanto, a entrada da esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence), muda completamente o curso dos acontecimentos.

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Resident Evil 6: O Capítulo Final (2016)

Durante as filmagens do sexto filme da saga, a dublê Olivia Jackson sofreu um acidente de moto ao colidir com um veículo de câmera, resultando na perda do braço direito e danos à medula espinhal. Ao que parece, o diretor Paul W.S. Anderson teria orientado o motorista a se aproximar mais para uma tomada mais dramática. Com isso, a profissional acabou processando Anderson, mas o caso foi rejeitado. No entanto, ela teve sucesso ao processar a empresa Bickers Actions SA, que também estava envolvida na cena.

Resident Evil 6: O Capítulo Final conclui a história com Alice (Milla Jovovich) retornando ao local onde tudo começou: Raccoon City. Lá, a Umbrella Corporation está reunindo suas forças para um último ataque contra os sobreviventes do apocalipse. Para vencer a batalha decisiva e salvar a humanidade, a protagonista conta com a ajuda de antigos aliados e novos amigos que ela recruta ao longo do caminho.

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De Volta para o Futuro 2 (1989)

A trilogia De Volta para o Futuro marcou uma geração, mas também foi afetada por ações judiciais na época do segundo filme. Isso aconteceu pois nem todos os membros do elenco original estavam dispostos a retornar para a sequência: Claudia Wells saiu do papel de Jennifer Parker devido a questões pessoais, enquanto Crispin Glover se recusou a voltar como George McFly por discordâncias financeiras. Para substituí-lo, próteses faciais baseadas no ator foram usadas, o que o levou a processar a Universal Pictures por violação de direito de imagem. Um acordo chegou a ser alcançado, apesar de que, segundo afirmações, talvez teria sido mais simples atender às demandas de Glover desde o início.

De Volta para o Futuro 2 acompanha o cientista Doc Brown (Christopher Lloyd) e o jovem Marty McFly (Michael J. Fox) em uma viagem ao futuro, no ano de 2015, para resolver um dilema familiar. No entanto, um velho adversário os obriga a agir com urgência para evitar alterações significativas no curso dos eventos.

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O Corvo (1994)

Brandon Lee, filho do lendário Bruce Lee, estava no auge de sua carreira quando uma tragédia deu fim à sua vida no set do filme, se tornando, então, um caso memorável dentro da indústria cinematográfica. Durante a filmagem de uma cena crucial, uma arma carregada com balas reais disparou acidentalmente, ferindo fatalmente o ator. Mesmo após uma investigação, nenhuma punição foi aplicada. As gravações chegaram a ser retomadas, mas a mãe de Lee moveu uma ação judicial contra a Edward R. Pressman Film Corp. e outras 13 entidades e indivíduos, alegando que a negligência havia resultado na “agonizante dor, sofrimento e morte prematura” de seu filho. O processo foi resolvido fora dos tribunais e as imagens da morte foram destruídas.

O Corvo retrata Eric Draven (Brandon Lee), um músico de rock, ressuscitando misteriosamente após um ano de seu trágico assassinato, com a ajuda de um corvo para buscar vingança contra os responsáveis pela morte dele e de sua noiva.

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Mar em Fúria (2000)

O filme surpreendeu não apenas pelos efeitos visuais na época, mas pela emoção da narrativa, especialmente por ter sido baseado em fatos reais. Acontece que após seu lançamento, a família do verdadeiro Capitão Tyne processou a Warner Bros. ao alegar que o filme distorceu eventos de sua vida para fins comerciais. Outras famílias também entraram com processos devido ao uso não autorizado de seus nomes no filme. O estúdio se defendeu com base na Constituição que protege a liberdade de expressão artística, tendo o processo persistido até 2014, quando a Warner venceu.

Mar em Fúria gira em torno de uma tempestade devastadora que atinge os mares, retratando um evento incomum que ocorre apenas uma vez por século. Com ondas impressionantes do tamanho de prédios de dez andares e ventos rugindo a quase 200 km/h, poucos foram os que testemunharam esse fenômeno e sobreviveram para contar sua história. No entanto, os tripulantes do Andrea Gail, um barco de pesca comercial, acabam se encontrando diretamente nesse epicentro em alto-mar.

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Acampando no Inferno (2010)

Quando o filme estreou, Jesse Eisenberg já era conhecido em Hollywood, tendo, portanto, surpreendido ao surgir no pouco aclamado filme de horror, como um favor a amigos. Sua participação, no entanto, foi mínima, mas seu nome e imagem se tornaram publicidade para a divulgação do projeto. Por causa disso, o ator entrou com uma ação judicial contra os distribuidores Lionsgate e Grindstone Entertainment, buscando uma compensação de US$ 3 milhões. O argumento utilizado foi liberdade de expressão, mas ao que se parece, não foi o suficiente para que o caso se resolvesse rapidamente. O desfecho permanece desconhecido, não tendo sido divulgado publicamente.

Acampando no Inferno relata a história de crianças de uma comunidade cristã nos subúrbios de Nova Jersey, que seguem para um acampamento isolado em uma área tranquila da floresta, em busca de paz e espiritualidade. Guiadas por um sacerdote, elas são instruídas nos valores da educação e da fé. No entanto, sem saber, uma presença maligna é atraída para a floresta, transformando a jornada espiritual em um pesadelo.

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Giallo – Reféns do Medo (2009)

Outro nome de sucesso, especialmente nas décadas de 1970 e 1980, era o diretor Dario Argento. Contudo, suas produções mais recentes não geraram repercussão, como o caso do filme estrelado por Adrien Brody, ator mais conhecido pelas suas polêmicas e que iniciou um processo legal devido ao não pagamento de seu cachê. Com isso, ele procurou bloquear a distribuição do filme e, embora a produção tenha sido temporariamente suspensa por decisão judicial, um acordo posterior permitiu o lançamento, que passou despercebido sem alcançar aclamação crítica.

Giallo – Reféns do Medo se passa durante a Semana de Moda de Milão, quando um misterioso assassinato ocorre, seguido pelo sequestro da modelo Celine (Elsa Pataky). Sua irmã, Linda (Emmanuelle Seigner) busca ajuda da polícia para encontrá-la e é quando se depara com o inspetor Enzo Avolfi (Adrien Brody), um especialista obcecado em perseguir um serial killer que submete suas vítimas a torturas brutais.

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Top Gun: Maverick (2022)

É inegável que a continuação do clássico Top Gun de 1986 fez sucesso, no entanto, ele também é um que faz parte da lista de filmes que foram processados, não apenas uma vez e sim, duas.

Barry Tubb, conhecido por seu papel como Wolfman no filme original, processou a Paramount Pictures por falta de pagamento pelo uso de sua imagem. Ele alega que seu contrato original não cobria uma continuação, tornando o uso de sua foto uma violação contratual. Ao que parece, o processo continua em andamento. Além disso, os herdeiros do escritor Ehud Yonay também processaram o estúdio por violação de copyright, afirmando que os direitos do artigo que inspirou o filme expiraram em 2020. Apesar dos avisos enviados, a Paramount lançou a sequência sem renovar os direitos. Em conclusão, a decisão final afirmou que o filme não era “substancialmente semelhante” ao artigo original, fazendo com que o estúdio vencesse a ação judicial.

Top Gun: Maverick conta a história de Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise), um piloto da Marinha com um histórico impressionante de vitórias em combate. No entanto, sua carreira estagnou, relegando-o a um papel de instrutor. Em uma era de guerra tecnológica, ele então passa a enfrentar o desafio de provar a importância do elemento humano em meio à avançada tecnologia militar.

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Viúva Negra (2021)

O filme ofereceu aos fãs um último vislumbre de uma das personagens mais emblemáticas da Marvel após sua morte em Vingadores: Ultimato. A atriz Scarlett Johansson, quem dá vida à protagonista, aproveitou para também negociar um pacote de remuneração generoso, incluindo uma participação nas vendas de bilheteria. O problema é que quando a Disney lançou o filme em seu serviço de streaming no mesmo dia do lançamento nos cinemas, muito em decorrência da época da pandemia, ela foi prejudicada. Isso acabou gerando um processo por quebra de contrato, mas resolvido rapidamente com um pagamento de US$40 milhões para a atriz.

Viúva Negra conta a história de Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) enfrentando as consequências de sua aliança com o Capitão América após os eventos do filme Capitão América: Guerra Civil. Escondendo-se do governo, ela confronta partes sombrias de seu passado quando uma conspiração perigosa surge, fazendo com que ela precise reconciliar sua vida de espiã e se reconectar com sua família.

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O Predador: A Caçada (2022)

Os roteiristas Thomas Brothers definiram uma era com seu roteiro do clássico filme O Predador de 1987 e, embora tenham vendido os direitos para a 20th Century Fox, a aquisição da empresa pela Disney, consequentemente, trouxe alguns desafios. Eles buscaram retomar seus direitos autorais, aproveitando uma lei que permite a recuperação de propriedade após 35 anos, mas a empresa se negou a ceder, o que gerou um processo contra o estúdio durante um bom tempo. Ao final, todas as disputas legais foram abandonadas de forma voluntária, e uma resolução amigável foi alcançada em 2022: um novo filme da franquia foi lançado com os roteiristas devidamente creditados como produtores executivos.

Em O Predador: A Caçada, somos apresentados à história não contada de Naru, uma jovem guerreira da Nação Comanche no início do século XVIII. Determinada a proteger seu povo, ela enfrenta um perigo quando seu acampamento é ameaçado por uma misteriosa criatura. Armada apenas com armas primitivas, ela parte em uma perigosa jornada para confrontar seu inimigo, que se revela ser um predador alienígena altamente evoluído.

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A Morte te Dá Parabéns (2017)

O filme rendeu um bom público, comprovado pelo lançamento da sua sequência. No entanto, a criação do vilão icônico Bayfield Babyface Killer, com sua máscara de bebê, gerou polêmica. O criador do mascote King Cake Baby do New Orleans Pelicans — time de basquete –, Jonathan Bertuccelli, processou a Universal Pictures por violação de direitos autorais, alegando que a máscara do personagem no filme se assemelhava à sua criação. Após anos, um acordo foi firmado, mas um provável cancelamento do terceiro filme acabou tornando a situação praticamente sem importância.

A Morte te Dá Parabéns nos apresenta a Tree (Jessica Rothe), uma jovem estudante com atitudes questionáveis, que parece desinteressada em manter laços afetivos e em atender as chamadas do pai em seu aniversário. No entanto, sua vida dá uma reviravolta chocante quando ela é brutalmente assassinada por um mascarado. Para sua surpresa, ela “sobrevive” e se vê presa em um loop temporal, revivendo o mesmo dia repetidamente, sempre terminando com sua morte.

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Alma Perdida (2009)

Apesar de não ter sido aclamado pelos fãs de terror, ainda assim, foi um filme que rendeu ação judicial por um tempo bastante prolongado. Daniel Segal, parente da escritora Erna Segal, que por sua vez é autora do livro Transfers, alegou que o enredo do filme seria semelhante ao da obra literária. Tendo isso em vista, ele processou a Relativity Media em mais de US$ 1 milhão por quebra de contrato, após uma proposta de adaptação não ser concretizada. O ação foi rejeitada em 2011, e uma tentativa posterior de apelação também não obteve sucesso.

Alma Perdida conta a história de Casey Beldon (Odette Yustman), uma jovem órfã que cresceu sem a mãe. Ela começa a ser assombrada por visões perturbadoras de um menino misterioso, tanto em seus sonhos quanto em sua vigília. Determinada a desvendar esse mistério, Casey descobre uma ligação entre ela e um espírito maligno em busca de reencarnação através da possessão. Em sua busca por uma solução, ela se envolve em um ritual de exorcismo conduzido pelo padre Sendak (Gary Oldman).

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O Segredo da Cabana (2012)

Esse foi outro filme que se envolveu em processos com relação a plágio, uma vez que o autor Peter Gallagher moveu uma ação de US$10 milhões, acusando-o de cópia de seu romance A Pequena Viagem Branca: Uma Noite nas Pinheiras. Não foi de se negar que a produção explorou uma ampla variedade de franquias, configurações e estereótipos, muito retirados até de clássicos do cinema, mas que seus criadores se sentiram homenageados, diferente de Gallagher. O caso foi resolvido em seis meses a favor dos cineastas responsáveis pelo filme, com o juiz decidindo que a premissa básica não era assegurada por direitos autorais.

O Segredo da Cabana narra Jules (Anna Hutchinson) planejando uma viagem para as montanhas com seus amigos Curt (Chris Hemsworth), Dana (Kristen Connolly), Holden (Jesse Williams) e Ronald (Tom Lenk), hospedando-se numa cabana isolada no meio da floresta. Porém, o que era para ser um momento de pura diversão entre eles se revela algo além de suas expectativas.

Onde assistir O Segredo da Cabana: disponível somente para download na internet.

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Fontes: Listverse, Terra, Correio Braziliense

Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim