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Após uma alta de 4% nos valores de suas ações, o Facebook vale 1 trilhão de dólares. Este valor foi atingido após a justiça estadunidense ter rejeitado uma ação contra monopólio que atinge a rede social, tornando-a a sexta companhia a atingir tal cifra, estando ao lado da Apple, Microsoft (que atingiu a meta na semana passada), Saudi Aramco, Amazon e Alphabet. A previsão é de que as próximas duas que devem ingressar na lista sejam Tencent e Tesla, de Elon Musk.
O novo valor das ações da empresa chega em um momento em que o Facebook tem expandido cada vez mais os seus negócios, seja por meio de seu próprio campo ou pelos aplicativos de sua dominância. Isso tem chamado a atenção dos investidores. Entretanto, a empresa se encontra em um processo redigido pelas autoridades dos EUA, que acusam o Facebook de monopólio após a compra do Instagram e do WhatsApp, o que consiste em uma quebra da lei antitruste.
O que é a ação antitruste?
No governo estadual e federal dos Estados Unidos, existe um conjunto de normas que preveem a má conduta das empresas em função de sua organização corporativa. Os estatutos proclamam que é necessário que haja uma concorrência leal entre as companhias, visando o bem do consumidor.
No início dos anos 2000, as autoridades acusaram a Microsoft de violação dessa lei por tentar monopolizar o mercado dos navegadores de internet através do Windows e o Internet Explorer. Depois de várias audiências, o caso concluiu na condenação da empresa, que automaticamente afetou as bolsas de mercado do mundo. A Nasdaq, bolsa eletrônica dos EUA, registrou a pior queda em sua história.
O caso do Facebook em relação ao WhatsApp e Instagram é similar. Porém, o destino da empresa e sua sentença permanece incerto. Por enquanto, a justiça norte-americana declinou uma das principais acusações do caso.
O caso antitruste do Facebook
A ação judicial contra o Facebook foi lançada em dezembro do ano passado pela Comissão Federal de Comércio (FTC — sigla internacional), que acusa a empresa de adotar uma postura anticompetitiva e lucrar excessivamente com isso.
Dentre os argumentos principais, estão a compra dos dois aplicativos, que foram realizadas em 2012 e 2014, e a informação de que a receita da companhia em 2019 foi de 70 milhões de dólares e ultrapassou os 18 milhões em ganhos. As autoridades cogitam realizar um pedido para desfazer a compra, se aprovado. O Facebook nega as acusações e entrou com um pedido de arquivamento do caso em março deste ano.
James Boasberd, juiz encarregado do caso, recusou uma dessas acusações numa audiência realizada na última segunda-feira (28) e diz que não foram apresentadas provas suficientes que mostram “quanto poder o Facebook realmente tinha e ainda tem”.
Embora a decisão tenha sido a favor da empresa, o processo judicial ainda não foi finalizado. Foi concedido aos órgãos que denunciaram o Facebook o prazo de até o dia 29 de julho para reunirem e apresentarem mais argumentos que sustentem a queixa sobre formação de monopólio.
Como consequência da declaração do juiz, o Facebook subiu mais de 4% em suas ações e se tornou a mais nova empresa de tecnologia trilionária no mercado. O processo deve continuar e ter definições mais concretas a partir do início do segundo semestre deste ano.
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Fontes: Protocol (1) | Protocol (2) | G1 | ZDNet | The Verge | DepositPhotos
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