Com a crise no Afeganistão após a retomada do poder pelo Talibã, redes sociais estão vendo métodos para proteger afegãos contra o Talibã. Facebook, LinkedIn e Twitter já começaram a lançar iniciativas para proteger usuários.
A necessidade de proteger afegãos contra o Talibã
As redes sociais podem mostrar conexão de usuários com os EUA ou com o governo anterior do Afeganistão, fazendo com que essas pessoas se tornem alvos do Talibã e de sua intolerância a opositores. As mulheres correm ainda mais riscos, já que além dos problemas com opositores, elas até 2001 eram proibidas de frequentarem escolas, além de serem tratadas de forma violenta e misógina, sob a justificativa de “tornar as mulheres puras e dignas”.
Para tentar manter a segurança dos habitantes do Afeganistão, as redes sociais vêm criando métodos de proteção. O Facebook, por exemplo, lançou uma nova ferramenta de segurança na região, que temporariamente remove a possibilidade de pesquisar ou visualizar lista de amigos no país. A plataforma também liberou uma opção que torna a conta mais privada somente com um clique, onde usuários que não forem amigos da conta fechada não podem baixar a imagem de perfil da pessoa e nem ver seus posts.
Outras redes sociais também estão implementando medidas de segurança. O LinkedIn está escondendo temporariamente todas as conexões de usuários no Afeganistão. O Twitter está acelerando os pedidos para deletar tweets arquivados, com ajuda do Internet Archive, e o Clubhouse está deletando dados das bio de usuários do país, além de estar aceitando que eles usem pseudônimos caso o nome real os coloque em risco.
A startup afegã Ehtesab, responsável por um aplicativo que emite alertas e crises, indicando bloqueio de estradas, tiroteios e demais riscos na região de Cabul, também está tomando providências para proteger suas funcionárias. Fotos, vídeos e postagens com informações que poderiam ajudar a identificar alguma mulher que trabalha na empresa foram deletadas.
Esperamos que a crise passe da forma mais rápida possível.
Fonte: The Verge, Business Insider
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