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De acordo com o site Bloomberg, o Facebook suspendeu temporariamente a funcionalidade de permitir aos anunciantes de fazerem propagandas direcionadas a pessoas de acordo com sua educação ou profissão. Isso aconteceu depois que uma investigação descobriu que usuários poderiam direcionar os anúncios com palavras-chave como “ódio aos judeus” ou “Hitler não fez nada de errado”.
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Ao investigar o sistema de anúncios da rede social de Mark Zuckerberg, o serviço de análise de conteúdo digital, ProPublica, foi capaz de selecionar anúncios em categorias como “ódio aos judeus” e “como queimar judeus”, tudo baseado em informações fornecidas pelos próprios usuários em campos como estudo e emprego.
Em muitos casos, essas categorias são sugeridas pelo sistema autônomo da rede quando palavras como “Judeu” e “Hitler” eram digitadas. O Facebook já havia tomado medidas para combater grupos de ódio em sua plataforma, mas a companhia afirma que sua inteligência artificial ainda tem dificuldades em encontrar e remover discursos de ódio.
Muitos desses grupos encontrados pelo ProPublica eram muito pequenos para serem especificamente publicados por anúncios no Facebook. O grupo para “Hitler não fez nada de errado”, por exemplo, era de apenas 15 pessoas. Apesar disso, depois de especificar o grupo inicial de Hitler, o sistema da rede social sugeriu também focar os interessados no Partido Democrático Nacional da Alemanha, um partido político ultranacionalista. No fim, o sistema do Facebook aprovou os anúncios dentro de 15 minutos.
Medidas do Facebook para evitar discursos de ódio
Em resposta às descobertas da ProPublica, a Bloomberg relatou que o Facebook está temporariamente removendo campos educacionais e de emprego como formas de segmentar anúncios. “Estamos removendo estes campos de direcionamento reportados até que tenhamos os processos organizados para evitar esse tipo de problema”, afirmou a empresa.
“Nossos padrões de comunidade proíbem estritamente atacar as pessoas com base em suas características, incluindo a religião, e nós proibimos os anunciantes de discriminar as pessoas com base na religião e outros atributos”, disse o Facebook. “No entanto, há momentos em que o conteúdo é exibido na nossa plataforma e viola nossos padrões. Sabemos que temos mais trabalho a fazer”.
Somente nesse ano, a plataforma de publicidade do Facebook tem sido intensamente examinada várias vezes. A empresa superestimou o tempo médio de exibição de anúncios de vídeo, o que infla rapidamente o número de visitantes para páginas de negócios. É necessário que o Facebook tome medidas rápidas e enérgicas contra anunciantes que disseminam ódio e discriminação em uma das redes sociais mais populares da atualidade.
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