Eua fazem novo pouso na lua após 50 anos

EUA fazem novo pouso na Lua após 50 anos

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Comemorando o primeiro pouso do país nessa década, a empresa privada americana Intuitive Machines chegou ao solo lunar nesta quinta-feira (22)

Nesta quinta-feira (22), uma espaçonave americana voltou a pousar na Lua depois de 50 anos. A chegada foi realizada pela empresa Intuitive Machines em parceria com a agência espacial americana NASA. O lançamento foi realizado há 7 dias pela empresa fundada em 2013 com o objetivo de realizar um programa lunar, dando acesso à superfície do satélite natural da Terra e possibilitando comunicações do nosso planeta até a região, o que é um passo importante para o retorno do homem à Lua pela Agência Espacial dos EUA.

Apesar de problemas técnicos envolvendo comunicação com o módulo da espaçonave durante a missão, o pouso foi bem sucedido e a empresa afirma que em breve obterá as primeiras imagens registradas na superfície lunar.

Detalhes da Odysseus

Eua fazem novo pouso na lua após 50 anos. Comemorando o primeiro pouso do país nessa década, a empresa privada americana intuitive machines chegou ao solo lunar nesta quinta-feira (22)
A sonda espacial Odysseus promete abrir caminhos para a volta do homem à Lua. (Imagem: Intuitive Machines)

A sonda espacial Odysseus, desenvolvida pela Intuitive Machines, marcou um feito histórico ao realizar um pouso bem-sucedido na lua em 22 de fevereiro. Este evento não apenas representa o primeiro pouso lunar realizado por uma espaçonave de desenvolvimento privado, mas também é o primeiro pouso americano na lua em mais de cinquenta anos.

A Odysseus, com suas seis “pernas”, foi desenvolvida com instrumentos científicos de alta tecnologia com o objetivo de preparar o terreno para futuras explorações humanas na Lua através do programa Artemis.

Eu sei que isso foi de tirar o fôlego, mas estamos na superfície e estamos transmitindo. Bem-vindo à Lua!

Steve Altemus, CEO da Intuitive Machines

A Intuitive Machines atrasou o pouso em duas horas para realizar uma órbita adicional ao redor da lua. Isso ocorreu após a descoberta de que os telêmetros a laser na sonda, essenciais para garantir um pouso preciso, não estavam funcionando corretamente. Uma solução criativa foi encontrada ao substituir esses telêmetros por um equipamento Lidar Doppler da NASA, originalmente destinado a ser uma demonstração de tecnologia, e que estava sendo carregado com objetivos científicos para a Lua.

Esta missão ocorre logo após a Astrobotic Technology, outra empresa parceira da NASA, cancelar sua tentativa de pouso lunar horas após o início da missão no mês passado. Um vazamento significativo de combustível deixou o lander Peregrine sem quantidade suficiente de gás para completar a descida até a superfície.

Entenda como ocorreu a viagem

A jornada da Odysseus começou em 15 de fevereiro, quando decolou a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 para a missão IM-1. Após uma série de manobras e correções de trajetória, a sonda entrou em órbita lunar baixa em 21 de fevereiro, preparando-se para o momento crucial do pouso.

Além de marcar o primeiro pouso lunar de uma espaçonave privada, a missão IM-1 também foi responsável por transportar uma variedade de cargas úteis científicas e comerciais, além do equipamento utilizado para substituir os telêmetros a laser durante o novo pouso na lua. Seis dessas cargas úteis foram fornecidas pela NASA através do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS), incluindo instrumentos de demonstração de tecnologia e equipamentos de pesquisa.

Além das cargas úteis da NASA, a Odysseus transportou seis outras cargas úteis não-NASA, abrangendo desde testes de materiais até experimentos científicos e até mesmo uma obra de arte. Este diversificado conjunto de cargas úteis reflete a crescente colaboração entre o setor privado e agências governamentais na exploração espacial.

Eua fazem novo pouso na lua após 50 anos. Comemorando o primeiro pouso do país nessa década, a empresa privada americana intuitive machines chegou ao solo lunar nesta quinta-feira (22)
Odysseus carrega diversas tecnologias para testes e experimentos em solo lunar. (Imagem: NASA)

Enquanto outras missões privadas anteriores enfrentaram desafios e falhas, a bem-sucedida missão Odysseus destaca o progresso contínuo e a determinação das empresas e agências envolvidas na exploração lunar. Este marco não apenas abre caminho para futuras missões privadas à lua, mas também demonstra o potencial e a viabilidade de parcerias público-privadas na exploração espacial.

A Odysseus foi direcionada para uma área específica na região polar sul, uma planície nivelada próxima à cratera Malapert A. O local de pouso está localizado aproximadamente a 185 milhas do polo sul da Lua. Algumas das crateras nessa área permanecem constantemente na sombra e são de interesse especial devido à detecção de gelo de água nelas. As missões lunares americanas anteriores concentraram-se em áreas próximas ao equador lunar.

Segundo a Intuitive Machines, a Odysseus está operando normalmente e em pleno funcionamento. Os controladores de voo estão em comunicação e comandando a sonda para baixar dados científicos. O lander possui boa telemetria e está sendo carregado através de energia solar. A empresa continua a aprender mais sobre informações específicas da sonda sobre sua localização e sua saúde geral no momento.

Quem é a empresa por trás da missão?

Eua fazem novo pouso na lua após 50 anos. Comemorando o primeiro pouso do país nessa década, a empresa privada americana intuitive machines chegou ao solo lunar nesta quinta-feira (22)
A empresa parceira da NASA abre caminhos para o novo pouso na lua. (Imagem: Intuitive Machines)

A Intuitive Machines é uma empresa privada de tecnologia espacial sediada em Houston, Texas, nos Estados Unidos. Seu objetivo principal é fornecer soluções inovadoras para a exploração espacial e o desenvolvimento de tecnologias avançadas para missões espaciais. A empresa se concentra em projetos que abrangem desde o desenvolvimento de veículos espaciais até a criação de sistemas e equipamentos especializados para uso em órbita terrestre e além, incluindo a lua e outros corpos celestes do sistema solar.

A empresa mantém uma relação de colaboração e parceria com a NASA. Essa colaboração se manifesta em várias formas, incluindo contratos, acordos de pesquisa e desenvolvimento e participação em programas e iniciativas conjuntas, como é o caso da missão IM-1. Um exemplo proeminente dessa relação é o envolvimento da Intuitive Machines no programa de Serviços de Carga Lunar Comerciais (CLPS) da NASA.

Por meio deste programa, a NASA contrata empresas privadas, como a Intuitive Machines, para fornecer serviços de transporte de carga para a Lua. O objetivo é capacitar empresas comerciais a desenvolver e operar sistemas de lançamento e pousador lunar, permitindo à NASA realizar missões científicas e exploratórias de baixo custo e alto impacto.

O contrato inicial para esta missão tinha um valor inferior a US$ 80 milhões (cerca de R$ 399 milhões). Posteriormente, houve uma renegociação e, no total, a Intuitive Machines poderia receber até US$ 118 milhões (cerca de R$ 589 milhões) da NASA para esta missão.

Após o sucesso da missão, a empresa tem como objetivo prosseguir com experimentos e testes adicionais na superfície lunar. À medida que a jornada do retorno do homem à Lua avança rapidamente, é crucial desenvolver e implementar tecnologias que assegurem a segurança das futuras viagens.

Fonte: SpaceNews, CNN, Intuitive Machines.

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Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim


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