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Certa parte da população tem expressado preocupação sobre robôs assumindo nossa força de trabalho, porém, pode estar surgindo uma preocupação maior: o vínculo da vida sexual com inteligência artificial e/ou robôs.
Apesar de sexo com robôs não ser algo exatamente novo, ferramentas como o ChatGPT têm trazido um efeito inédito na vida de muitas pessoas, mas será que estamos indo mesmo longe demais com essas tecnologias? Estudos estão sendo feitos para analisar o impacto atual de tecnologias como a inteligência artificial em indivíduos que a tornam parte de sua vida sexual. Vamos dar uma olhadinha em um deles.
Estudo de novembro de 2022
Para explorar a disposição das pessoas para se envolver em um relacionamento íntimo com um robô e como isso é afetado pela excitação sexual, os pesquisadores utilizaram uma amostra com 321 participantes adultos que foram recrutados por meio da internet e também de maneira presencial. Todos os participantes precisavam ser fluentes em inglês e ter consumido pornografia em algum momento de sua vida.
Os participantes preencheram uma pesquisa online de duas partes com duração de 60 minutos. Na primeira parte da pesquisa, responderam perguntas sobre dados demográficos e sua disposição em se envolver intimamente com pessoas e também com robôs. Uma semana depois, os participantes foram convidados a completar a segunda parte, na qual assistiram a um vídeo de 10 minutos de pessoas se envolvendo em atos sexuais e responderam a perguntas sobre excitação sexual e essa disposição para se envolver eroticamente com pessoas e robôs.
Simon Dubé e seus colegas — todos responsáveis pelo estudo “Hot for Robots! Sexual Arousal Increases Willingness to Have Sex with Robot“, algo como “Excitação em robôs! A excitação sexual aumenta a vontade de fazer sexo com o robô” — descobriram que as pessoas eram mais propensas a relatar disposição para ter relações sexuais com um robô enquanto experimentavam níveis mais elevados de excitação sexual — ou seja, tesão. Após assistir ao vídeo explícito, os participantes afirmaram estar mais dispostos a ter um relacionamento íntimo, fazer amizade e ter relações sexuais com um robô do que com outro ser humano.
Apesar do advento de máquinas cujos corpos e comportamentos são projetados para provocar excitação sexual (por exemplo, robôs sexuais e outros erobots), e o impacto potencial de tais máquinas em nossos processos de tomada de decisão sexual, os pesquisadores ainda precisam examinar se a excitação sexual pode influenciar nossa vontade de se envolver eroticamente com tais parceiros artificiais
Simon Dubé, responsável junto com outros colegas neste estudo
Resultados apontam predisposição positiva
Em comparação com as mulheres, os homens relataram níveis mais elevados de disposição para ter relações sexuais com robôs e se envolver em relacionamentos íntimos com robôs, tanto antes quanto depois de assistir ao vídeo sexualmente explícito, mas não houve diferenças significativas de gênero em relação à probabilidade de se apaixonar ou ser apenas amigo de um robô.
O estudo buscou entender melhor como a excitação sexual pode afetar a tomada de decisão sobre ter um relacionamento erótico com um robô, porém, existem limitações a serem observadas. Uma dessas limitações é que o estudo utilizou uma amostra composta predominantemente por participantes brancos e com certo grau de instrução. Além disso, ainda utilizou medidas de auto relato, que acabam por conter vieses, especialmente em relação a tópicos que geralmente são considerados tabus, como ter relações sexuais com um robô.
Ainda assim, este estudo inovador manipulou com sucesso a excitação (sexual) e a valência dos participantes e forneceu a primeira evidência quantitativa de que fatores de estado – neste caso, excitação sexual – podem influenciar a disposição das pessoas de se envolverem eroticamente com parceiros artificiais (ou seja, robôs). Como tal, expande a pesquisa sobre excitação sexual e tomada de decisão para o reino da erobótica.
Afirma o grupo de pesquisadores
E você, o que achou desse estudo? Conte pra gente nos comentários!
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Fonte: Psypost.
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (25/04/23)
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