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Uma pesquisa recente surpreendeu ao revelar que a Geração Z cai mais em golpes do que Boomers, apesar de terem crescido na era digital. Essa constatação levanta questões intrigantes sobre os padrões de comportamento e os fatores que contribuem para essa diferença inesperada da vulnerabilidade entre diferentes grupos geracionais.
Para compreender melhor os motivos por trás dessa tendência preocupante, o Showmetech analisa os dados fornecidos pela pesquisa que comparou a Geração Z vs Boomers!
O crescimento dos Golpes Digitais
No cenário atual, os golpes digitais tornaram-se alarmantemente frequentes, com destaque para os ataques de phishing, representando uma ameaça crescente à segurança e privacidade tanto de indivíduos quanto de organizações. Nos Estados Unidos, por exemplo, os casos desse tipo de golpe aumentaram em 36% apenas em 2023. Outras formas de fraude, como roubo de identidade, golpes românticos e cyberbullying, também estão em ascensão. No último ano, os golpes online cresceram em torno de 35% no Brasil, enquanto os norte-americanos tiveram um prejuízo de US$ 12,5 bilhões devido aos ataques digitais.
De forma surpreendente, a geração Z cai mais em golpes do que boomers. Um estudo conduzido pela Delloite revelou que os jovens da Geração Z nos Estados Unidos têm até três vezes mais chances de serem vítimas de golpes online do que os membros mais velhos da sociedade. O custo desses ataques para os mais jovens está em constante aumento, conforme indicado pelo relatório de 2023 da Social Catfish sobre golpes digitais, que apontou perdas de US$ 210 milhões entre as vítimas com menos de 20 anos somente em 2022.
Geração Z tem maior dificuldade para identificar golpes
A Geração Z, compreendendo aqueles nascidos entre os anos de 1995 e 2010, é conhecida por sua influência cultural, tendência à inovação e abertura para quebrar paradigmas. Esses nativos digitais possuem uma abordagem multifacetada do tempo, caracterizada pela capacidade de realizar diversas atividades simultaneamente. Apesar de sua visão realista, tolerante e prática, eles também enfrentam desafios relacionados à saúde mental, enquanto sonham em moldar um mundo melhor.
Criados em um ambiente digitalmente imersivo desde o nascimento, os membros da geração Z são a primeira geração a crescer em um mundo completamente conectado pela tecnologia. No entanto, apesar dessa profunda imersão tecnológica, eles são frequentes vítimas de golpes digitais. A pesquisa realizada pela Deloitte destaca que os jovens desse grupo são os alvos mais frequentes de ataques cibernéticos em comparação com seus avós, os famosos Boomers.
Comparativamente às gerações mais antigas, os membros mais jovens enfrentam taxas mais elevadas de vitimização em várias formas de golpes digitais. Nos Estados Unidos, os jovens da geração Z têm três vezes mais probabilidade de cair em golpes do que os Boomers, com uma taxa de 16% de jovens afetados. Além disso, eles também são mais propensos a terem suas contas digitais invadidas, com uma taxa de hackeamento de 17% entre eles.
Um dado preocupante revelado em entrevistas é que 14% dos entrevistados da Geração Z relataram ter suas informações de localização utilizadas de forma inadequada, uma porcentagem maior do que qualquer outra geração. Portanto, apesar de sua conscientização sobre segurança online, as pessoas dessa geração emergem como as principais vítimas de golpes digitais, em comparação com os Millenials e os Boomers.
Boomers, a geração pré-internet
Os baby boomers são a geração nascida durante o período pós Segunda Guerra Mundial, entre as décadas de 1940 e 1950, com alguns considerando os nascidos no início dos anos 1960 como parte dessa demografia. Vale ressaltar que o termo “boomers” deriva do aumento massivo das taxas de natalidade durante esse período histórico.
Essa geração foi profundamente influenciada pelos eventos marcantes de sua juventude, como a Guerra do Vietnã e a Guerra Fria. Cresceram em meio a uma época de prosperidade econômica e estabilidade social, moldando suas perspectivas e valores em torno do trabalho árduo, compromisso familiar e estabilidade financeira. Adicionalmente, são frequentemente associados a uma visão mais tradicional sobre questões sociais e culturais.
Como pais e avós da Geração Z, eles demonstraram proficiência em comportamento digital. A pesquisa da Delloite revelou que apenas uma pequena porcentagem de boomers (5%) caiu em golpes online, enquanto 8% afirmaram ter sido vítimas de hackers.
Apesar de estarem menos conectados digitalmente, os boomers ainda se envolvem em atividades online como namoro, compras, uso de aplicativos bancários e interação social. A diferença principal reside no fato de que, ao contrário da Geração Z, as tecnologias nem sempre estiveram tão acessíveis para eles. Diante disso, o estudo relata que 47% da Geração Z e 52% dos Millenials concordam com a afirmação “Acho fácil estar seguro quando estou online”, enquanto somente 30% dos Boomers concordaram.
Millenials, a geração analógica e digital
Os Millenials, também conhecidos como Geração Y, são aqueles que sucedem os boomers e antecedem a Geração Z, nascidos aproximadamente entre o início da década de 1980 e meados da década de 1990. O termo “millenials” foi atribuído a eles devido à sua transição para a idade adulta no início do novo milênio.
Essa geração é marcada por ter crescido em meio a avanços tecnológicos significativos, o que os torna altamente conectados e adeptos da tecnologia e da comunicação instantânea. Como resultado, os Millenials tendem a ser proficientes no ambiente digital desde uma idade precoce. São conhecidos por sua ambição, habilidade multitarefa e engajamento em causas sociais, buscando constantemente um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Em relação ao uso da internet, os Millenials, especialmente os mais velhos, geralmente tiveram acesso a computadores na escola ou em horários específicos. Entre eles, os golpes online mais comuns incluem roubo de identidade (20%) e golpes românticos (18%).
De acordo com uma pesquisa conduzida por um professor associado de psicologia da Universidade de Norfolk State sobre os hábitos de segurança cibernética, os nativos digitais, incluindo os Millenials, tendem a ter um conhecimento mais sólido sobre golpes digitais. No entanto, tanto os Millenials quanto a Geração Z são mais propensos a serem alvos de ataques cibernéticos do que os boomers, e surpreendentemente, a Geração Z se destaca quando o assunto é dificuldade de implementar de medidas de segurança cibernética em suas vidas.
A busca por razões
A maior frequência de golpes online na Geração Z, apesar de sua imersão digital, pode ser explicada por diversas teorias. Em primeiro lugar, essa geração, crescendo em um ambiente tecnológico desde cedo e sem os receios iniciais dos golpes da internet, tende a ser mais suscetível à manipulação. A falta de priorização da segurança digital pode ser atribuída a essa conveniência, evidenciando uma lacuna na educação sobre cibersegurança nas escolas.
Os tipos de golpes direcionados à Geração Z são distintos, centrando-se mais na dependência tecnológica desse grupo. A facilidade de encontrar informações online e a interação frequente com desconhecidos torna-os alvos ideais para golpes, especialmente os românticos, como apontado por Tanneasha Gordon, uma executiva da Deloitte.
Ademais, o aumento do comércio eletrônico e a proliferação de sites fraudulentos adaptados aos padrões de consumo da Geração Z também aumentam a sua exposição a golpes.
Adicionalmente, a constante presença de aplicativos de redes sociais, como TikTok e Instagram, que enviam alertas e atualizações constantes, cria uma abertura adicional para ataques. Embora medidas de segurança, como a autenticação de dois fatores, possam ser eficazes, sua implementação pode ser vista como um incômodo para aqueles que cresceram em um ambiente digital mais permissivo.
Portanto, além de aprimorar as práticas individuais, é crucial que a Geração Z compreenda os sistemas e motivos subjacentes aos golpes online para uma proteção mais eficaz.
Como se proteger
Para se manter protegido no ambiente digital, é importante adotar práticas de ciberseguraça, como as seguintes:
- Mantenha o software dos seus dispositivos atualizado;
- Use senhas fortes;
- Ative a verificação em duas etapas em suas contas online;
- Não clique em links ou baixe anexos de e-mails ou mensagens de texto de remetentes desconhecidos ou suspeitos;
- Limite a quantidade de informações pessoais que você compartilha online;
- Mantenha cópias de segurança dos seus arquivos importantes em locais seguros;
- Evite redes Wi-Fi públicas não seguras;
- Utilize programas antivírus e anti-malware confiáveis e os mantenha atualizados;
- Fique por dentro dos diferentes tipos de fraude online.
Adicionalmente, no Showmetech você pode conferir o passo a passo completo para se proteger de golpes, confira:
- Como se proteger de criminosos que aplicam golpes na internet
- Como aumentar sua segurança no Instagram
- ID Apple: Como ativar a autenticação de dois fatores e deixar seu iPhone e Ipad seguro
- Ative a verificação em duas etapas e proteja seus logins
- Como recuperar conta do Instagram (e aumentar a segurança)
- Como os hackers roubam seu Instagram?
- Instagram: como ativar a verificação em duas etapas
Veja esta e outras notícias no Showmetech TRIO:
Fontes: Vox, Tech.co, New York Post
Veja também:
Revisado por Glauco Vital em 22/4/24.
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