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Estabilizadores: eles são mesmo necessários?

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Por mais seguros que possam parecer, os estabilizadores ajudam menos do que você imagina a prevenir problemas elétricos

Se você possui um computador de mesa, provavelmente sua máquina deve estar conectada a um estabilizador que liga ela à rede elétrica de sua casa. Esse equipamento é responsável pela conexão de aparelhos eletrônicos a tomadas na casa dos brasileiros há décadas, antes mesmo de existirem os computadores pessoais. Neste artigo iremos abordar aa diferenças entre eles, as “réguas” e os nobreaks e entender como eles funcionam e para quê realmente servem.

Estabilizadores

A popularidade do uso de estabilizadores no Brasil começou a acontecer a partir da década de 1940, pois o país sofria constantemente com a instabilidade na tensão das redes elétricas, causando problemas sérios aos aparelhos eletrônicos. Mas será que os estes aparelhos realmente conseguem estabilizar as correntes elétricas para mandar um sinal mais “limpo” aos dispositivos?

É comum ouvirmos ou lermos comentários sobre os dispositivos como “Usar um estabilizador não serve para nada”, então vamos explorar se essa afirmação tem algum tipo de verdade, pois quando um aparelho como este é comprado, os consumidores estão esperando uma série de vantagens e benefícios para seus equipamentos.

O estabilizador promete aos usuários que será o principal responsável pelo nivelamento da voltagem da rede. Dessa forma, picos de energia não afetariam diretamente os aparelhos.

Estabilizadores
Teoricamente, estes aparelhos deveriam equilibrar as oscilações da rede elétrica.

Isso significa que, na teoria, sempre que a rede elétrica sobe de tensão, os estabilizadores devem regular a voltagem aplicada a cada aparelho e evitar que eles queimem. Quando a rede baixa sua tensão, o processo ocorre ao contrário: o estabilizador é usado para aumentar a tensão e não deixar que os eletrônicos desliguem-se. Podemos dizer que os estabilizadores servem para queimar no lugar dos aparelhos.

Isso ocorre porque todos eles são construídos com um fusível de proteção, que é queimado em situações de tensão muito instável da rede elétrica. Quando isso acontece, o estabilizador deixa de funcionar e o fornecimento de energia é interrompido.

Dessa forma, possíveis sobrecargas não chegam diretamente aos eletrônicos e estragos maiores são evitados. Além disso, podemos dizer também que estabilizadores são excelentes extensores de capacidade para tomadas (os populares “Benjamins” ou “Tês”), pois permitem que vários aparelhos sejam ligados em uma mesma tomada, com a diferença de não oferecerem riscos de curto-circuito.

Estabilizadores
As redes elétricas mais modernas já se encarregam de evitar curtos de energia.

No entanto, atualmente, com o desenvolvimento de fontes de alimentação universais que atuam automaticamente em redes de 127 V ou 220 V, o uso de um estabilizador é desnecessário. Especialistas afirmam também que eles não têm capacidade para atuar na qualidade da energia elétrica.

Dessa forma, fica evidente que a real funcionalidade dos estabilizadores não chega perto do que se espera de um dispositivo eletrônico de manutenção elétrica. Dessa forma, existe algum aparelho que possa ser utilizado para uma manutenção da tensão elétrica de forma eficaz?

Filtros de linha (Réguas)

Filtros de linha (popularmente conhecidos por “réguas”) são um pouco melhores do que estabilizadores, mas estão bem longe de serem a solução definitiva para problemas elétricos. A grande maioria deles (os mais baratos a partir de R$ 50,00) não corrige esses problemas, passando o mesmo ruído recebido pela tomada para os aparelhos que estiverem conectados.

Estabilizadores
Filtros de linha mais baratos não protegem sua rede elétrica, apenas possuindo um fusível que pode evitar alguns surtos elétricos.

Mesmo custando mais caro, filtros de linha com suporte para filtragem eletromagnética são uma opção muito melhor. O problema é que, no Brasil, esse tipo de filtro é raro, sendo que a maioria dos aparelhos disponíveis no mercado não passa de simples extensões com um fusível para bloquear possíveis surtos de tensão.

No-Breaks

Infelizmente, a alternativa que realmente funciona é um pouco mais cara do que estabilizadores e filtros de linha: os no-breaks. Esse tipo de componente elétrico oferece proteção em quatro tipos de situações: proteção contra surtos de tensão, contra queda de tensão, contra queda na energia e contra oscilação da frequência.

Existem dois tipos diferentes de no-breaks: offiline e online. Os no-breaks offline, que são os mais comuns e baratos (a partir de R$ 650,00), muito indicados para residências, pois conseguem armazenar energia elétrica em suas baterias para suprir a necessidade por curtos períodos de tempo, além de manter o sinal elétrico estável e limpo.

Estabilizadores
No-breaks online são recomendados para residências.

Por outro lado, grandes servidores costumam utilizar no-breaks online, mais completos em termos na prevenção de problemas elétricos. Esse tipo de aparelho está em constante troca de energia, pois alimenta os computadores com a carga da bateria, ao mesmo tempo em que se recarrega pela energia oriunda das tomadas.

Estabilizadores
Grandes empresas que possuem servidores costumam utilizar no-breaks online para gerenciar a energia elétrica.

Portanto, em instalações elétricas domésticas é muito mais recomendado o uso de no-breaks offline. No entanto, isso somente é sugerido em locais onde a rede elétrica é instável demais, causando oscilações na tensão que possam ocasionar estragos nos aparelhos eletrônicos. Em redes estáveis, a utilização de filtros de linha já é suficiente para evitar futuras dores-de-cabeça.

E você, utiliza estabilizadores? Conte nos comentários se você já conhecia o funcionamento deses dispositivos e o quão ineficáveis eles podem ser.


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