Enquanto a literatura e o cinema consagraram a imagem dos seres de Marte como homenzinhos verdes de cabeças grandes, a ciência aponta para outra possibilidade. Segundo Nathalie Cabrol, geóloga do Instituto Seti, a busca pela vida no Planeta Vermelho deve se concentrar em encontrar seres microscópicos.
Para fundamentar sua tese, Nathalie nos leva até as remotas das montanhas da Cordilheira dos Andes. O deserto do Atacama, localizado no Chile, é um dos lugares mais inóspitos da Terra devido a sua fina atmosfera e se aproxima da superfície de Marte de 3,5 bilhões de anos atrás. A radiação ultravioleta, a hiperaridez, as mudanças de clima entre o dia e a noite, a falta de macro-vida e a ausência de água são outras semelhanças entre Marte e o deserto chileno.
Mesmo neste ambiente extremo, cientistas descobriram micróbios quase dois metros abaixo do solo, nos substratos salinos do local. As condições únicas do local dão às bactéria extremófilas toda a comida e água necessária para sobreviver. Essa condição, na qual os micróbios ficam nas profundezas do solo, sem nenhum contato com o oxigênio e com a luz do Sol, é similar ao que existe atualmente em Marte.
A pista de como os micróbios se adaptaram para sobreviver aqui, pode ser de grande valia para nortear a procura pela vida no Planeta Vermelho e poderia nos ajudar a entender por que algumas vidas microbianas conseguem sobreviver por tanto tempo, enquanto a maior parte das espécies parece estar condenada a extinção.
Os detalhes da nova linha de pesquisa para encontrar vida em Marte podem ser conferidos na palestra transmitida pelo TED, com a cientista Nathalie Cabrol, logo abaixo:
Fonte: TED Talks.
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