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O fundador da SpaceX e homem mais rico do mundo, Elon Musk, deve estar no Brasil em breve para elaborar projetos de conectividade em áreas rurais, comunidades indígenas e locais remotos. A chegada do programa Starlink no Brasil, internet via satélite, foi a principal pauta da reunião entre ele e Fábio Faria, Ministro das Comunicações, ocorrida no último dia 15 no Texas.
Segundo Faria em suas redes sociais, o objetivo é firmar uma parceria de modo a conectar a Amazônia à internet, além de implantar serviço de monitoramento por satélites. O ministro ainda publicou um vídeo ao lado de Musk em que conta como a plataforma de internet via satélite da SpaceX pode ajudar a região amazônica.
Por que Elon Musk vem ao Brasil?
Algumas especulações sobre a possível vinda de Elon Musk ao Brasil surgiram após o encontro com o ministro. Ainda não há nada oficial, mas caso a parceria seja firmada, não deve demorar muito para o CEO da SpaceX fazer uma visita e colocar a Starlink no Brasil. Dá uma olhada no vídeo do encontro publicado no canal do Ministério das Comunicações:
Os detalhes estão em fase de negociação. De acordo com Musk, a oportunidade da parceria com o Brasil é motivo de entusiasmo.
Estamos ansiosos para poder proporcionar conectividade para os menos conectados.
Elon Musk sobre a presença da Starlink no Brasil
O que é e como funciona a Starlink
O projeto Starlink pretende fornecer internet rápida via satélite para todo o mundo por meio de tecnologias que garantem redução de custos para os clientes e maior abrangência da conexão.
Os satélites desenvolvidos pela SpaceX são capazes de chegar às regiões que as operadoras atuais de internet e telecomunicações não alcançam. Tais satélites orbitam a Terra numa distância até 60 vezes menor do que os tradicionais. Isso proporciona o envio de dados do espaço cada vez mais rápido, ou seja, uma experiência de internet de qualidade bastante veloz.
Atualmente, os clientes tem um custo de US$499 com as antenas, valor que Musk quer reduzir para US$300 ou US$250. Até o momento, 12 países recebem a internet via satélite com 69 mil usuários. A previsão para os próximos 12 meses é de que outros 500.000 usuários entrem no programa.
Como a Starlink pode ajudar a conectar regiões isoladas
Caso confirmado, o projeto deve fornecer kits de recepção de sinal de satélite a locais remotos e à Amazônia. A conectividade vai garantir muito mais que acesso à internet para as populações isoladas, já que a rede pode colaborar no monitoramento e preservação da Floresta Amazônica.
Estamos trabalhando para fechar essa importante parceria entre o governo brasileiro e a empresa SpaceX. Queremos aliar a tecnologia desenvolvida por eles com o programa Wi-Fi Brasil do Ministério das Comunicações. O nosso objetivo é levar internet para áreas rurais e lugares remotos, além de ajudar no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica.
Nota do Ministério das Comunicações
Tudo isso faz parte do programa Starlink que está com mais de 1.700 unidades em órbita. Musk deseja chegar a 30.000 unidades para atingir porcentagem da população sem acesso a boas conexões, como fibra ótica e 5G.
Kits de antena da Starlink já estão homologados pela Anatel
A Anatel homologou duas antenas de satélite que ficarão instaladas nas estações terrestres do provedor. A liberação está no cronograma da chegada da Starlink no Brasil, que prevê dar início a fase de testes até o final do ano.
Até o momento, duas versões da antena Gateway 3 foram liberadas, sendo classificadas como transceptores para estação terrena, utilizado para implementar o serviço de comunicação via satélite. No documento de certificação, observa-se que o equipamento opera na banda Ku e tem capacidade para transmissão de até 4 GB.
Já a antena de banda larga que ficará instalada nas casas dos clientes ainda precisa de solicitação para ser homologada. Além disso, o pedido para explorar satélites estrangeiros no Brasil também já está nas mãos da Anatel.
Por meio da SpaceX, Musk afirma que o Brasil terá acesso à internet via satélite até o final de 2021. Interessados em participar da fase beta já podem realizar o cadastro, com uma taxa de US$99 no registro. Também é preciso garantir o kit da antena e roteador, que saem pelo preço de US$499.
Conversas com outros investidores
Vale ressaltar que a reunião com Musk sobre internet na Amazônia faz parte da agenda do ministro, que se encontrou com vários investidores de diferentes setores da indústria. Inclusive, a OneWeb, concorrente direta da Starlink quando o assunto é satélites de baixa órbita, também recebeu Faria neste mês em Glasgow.
Veja mais:
Para saber um pouco mais sobre Elon Musk e seu plano de disponibilizar a internet via satélite no mundo todo, confira a matéria sobre como a Starlink proverá cobertura global.
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