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A Starlink, a empresa de satélites de Elon Musk, está estabelecendo metas ousadas que podem revolucionar os serviços de voz e internet para dispositivos móveis. A empresa já está em operação no Brasil, oferecendo serviços de internet de alta velocidade para residências por meio de antenas. O bilionário pensa em transformar o cenário das telecomunicações em um futuro próximo, apresentando desafios significativos para as operadoras de telefonia tradicionais, como as já conhecidas Vivo, Claro e Tim. Entenda melhor a seguir.
Musk x Operadoras brasileiras
Os planos de Musk são os de implementar, em 2024, a Starlink Direct to Cell, atuando como uma operadora de telefonia fornecendo serviços de voz e internet diretamente para dispositivos móveis — como smartphones e tablets. Milene Louise Renée Coscione, sócia na área de telecomunicações do escritório de advocacia Machado Meyer, afirma: “é fato que a Starlink virá sacudir o mercado brasileiro de telecomunicações”. No entanto, a Oi não deve ser impactada, uma vez que não está mais envolvida na operação móvel.
De acordo com Coscione, a Starlink já obteve a autorização para operar satélites não geoestacionários (satélites artificiais que não orbitam a Terra a uma altitude constante em relação ao equador) no Brasil. Isso concede à empresa a capacidade de fornecer cobertura em todo o território nacional com sua constelação de satélites, o que é um passo significativo para oferecer serviços de telecomunicações em todo o país.
Conforme indicado no site da empresa norte-americana, a primeira fase do serviço, programada para 2024, será voltada para pacotes de mensagens. Em seguida, em 2025, a operação com serviços de voz e dados está prevista para iniciar. E logo depois, em 2026, está planejada a introdução de mais um pacote de serviços destinado a operações relacionadas à Internet das Coisas (IoT). Essa progressão indica um compromisso com o desenvolvimento de um amplo leque de serviços de telecomunicações ao longo do tempo.
A Starlink irá impactar o mercado de telecomunicações brasileiro e desafiará as operadoras tradicionais na medida em que possui cobertura em todo o território nacional.
Segue afirmando Milene Louise Renée Coscione sobre um próximo plano de celular da Starlink
Coscione detalha que a Starlink já obteve duas licenças para operar no Brasil: a SMGS (Serviço Móvel Global por Satélite) e a SCM (Serviço de Comunicação Multimídia). Com essas autorizações, a empresa possui a capacidade de oferecer uma ampla gama de serviços, incluindo voz, mensagens de texto e acesso à banda larga. Como resultado, a Starlink está se posicionando para fornecer conectividade celular via satélite.
Concorrência estrangeira deve chegar nos próximos anos
Ele observa que o modelo de negócios da Starlink tem o potencial de substituir os serviços tradicionais existentes atualmente. Entretanto, Coscione ressalta que, atualmente, os preços dos serviços da empresa ainda são considerados caros para a maioria dos consumidores brasileiros.
Atualmente, para acessar os serviços de internet da Starlink, os consumidores precisam adquirir uma das antenas disponíveis cujo preço varia entre R$ 1.600 e R$ 7.615. Além disso, é necessário escolher um dos pacotes de internet, cujos custos atuais variam de R$ 184 a R$ 25 mil por mês.
É importante notar que, dada a diversidade de preços e opções, ainda é incerto como as operadoras tradicionais de telecomunicações responderão aos planos de serviços oferecidos pela Starlink. A concorrência e a resposta do mercado serão aspectos cruciais a serem observados à medida que a Starlink continua a expandir sua presença no setor de telecomunicações no Brasil.
Coscione observa que, dependendo do modelo de operação que a Starlink implementar no Brasil, algumas operadoras locais também podem encontrar oportunidades de benefício. Ela menciona que a empresa já adotou essa abordagem em vários países ao redor do mundo.
Essa flexibilidade da Starlink em colaborar ou coexistir com operadoras locais pode levar a sinergias ou parcerias que, em última análise, podem trazer melhorias no acesso à internet e na infraestrutura de telecomunicações como um todo. A dinâmica da indústria de telecomunicações no Brasil podem continuar a evoluir à medida que novas alternativas, como a Starlink, ganham presença no mercado.
Será possível que a Starlink firme parcerias com as operadoras tracionais a fim de concretizar o cumprimento das obrigações do 5G e outros projetos de expansão de rede como, por exemplo, em áreas rurais.
Finaliza Milene Louise Renée Coscione
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Revisado por Glauco Vital em 27/10/23.
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