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O Showmetech TRIO é um compilado com as notícias mais interessantes da semana. Hoje vamos falar sobre um robô com rosto humano que conduziu uma orquestra para 950 em Seul, na Coreia do Sul; trouxemos um pouco sobre o M4, um novo robô ou drone multifacetado, capaz de andar e voar; e mostraremos Belle, o peixe-robô que ajuda pesquisadores a proteger ecossistemas marinhos.
Esse é o Showmetech TRIO, seu trio semanal de notícias:
O “robô-maestro”
Houve uma época em que shows de hologramas eram bastante comuns no oriente, como a figura Hatsune Miku, que já fez a alegria de muitos fãs. Em 2023 essa tecnologia pode ter ido para um novo nível. Estamos falando de um robô com rosto humano que conduziu uma orquestra para 950 pessoas em Seul.
Com um metro e meio de altura, o robô EveR 6 liderou um grupo de 60 músicos que tocavam instrumentos tradicionais coreanos. Diante de uma multidão, o EveR 6 balançava os braços com uma batuta conduzindo a orquestra. Ele também fazia pequenos gestos com a cabeça, assim como um maestro real, enquanto regia às fileiras de músicos.
O robô EveR 6, desenvolvido pelo Instituto Coreano de Tecnologia Industrial (também conhecido pela sigla KITECH), fez sua estreia no Teatro Nacional da Coreia, na cidade de Seul. Diferente do ChatGPT, que é uma inteligência artificial generativa, o EveR 6 foi projetado com outras funcionalidades, conforme afirmou Lee Dong-wook, representante da KITECH, responsável pelo desenvolvimento do robô.
Lee mencionou que sua equipe tem planos de integrar o EveR 6 com inteligência artificial, permitindo que ele seja usado como uma ferramenta auxiliar por maestros em um palco, atendendo solicitações de notas e batidas específicas. Apesar de soar algo inovador, não é a primeira vez que um robô conduz uma orquestra. Houve casos como o do robô Asimo, da Honda, em 2008; o robô YuMi, em 2017; do robô Alter 2, em 2018 e também do seu sucessor, o robô Alter 3, em 2020.
Acho que seria capaz de reger sozinho quando equipado com inteligência artificial para entender e analisar a música.
Lee Dong-wook, representante da KITECH
M4, o robô multifacetado
Um novo robô desenvolvido pela Caltech, a universidade de tecnologia da Califórnia, tem chamado a atenção pela sua versatilidade física. Chamado M4 (que significa “Multi-Modal Mobility Morphobot”, algo como “Morphobot de mobilidade multimodal”, em tradução livre), o robô tem o tamanho de um carro e possui a capacidade de alterar sua forma para se adequar às necessidades específicas do momento, como dirigir, voar e caminhar.
Em seu comunicado à imprensa, a universidade compara o M4 a um Transformer, e essa comparação não está muito distante da realidade. O M4 realmente se assemelha aos famosos robôs mutantes, com sua habilidade de mudar sua configuração e se adaptar a diferentes modos de locomoção.
O robô M4 é equipado com motores e um pequeno computador que lhe permite tomar decisões sobre qual forma deve assumir para se locomover. A equipe responsável por sua criação também colocou rodas grandes ao robô que podem girar rapidamente para se transformar em rotores semelhantes aos de um drone, permitindo que ele voe. Além disso, o robô pode usar esses rotores para auxiliá-lo na subida de locais íngremes, enquanto as rodas traseiras o impulsionam para frente a partir do solo.
No total, o M4 possui a capacidade de realizar oito tipos diferentes de movimento. Ele pode tomar decisões de forma autônoma, utilizando inteligência artificial para analisar e compreender as condições do ambiente ao seu redor. Segundo Mory Gharib, professor de aeronáutica e engenharia bioinspirada na Caltech, essas habilidades podem ser extremamente úteis em cenários como o transporte de pessoas feridas para hospitais ou na exploração de outros planetas.
Sim, mais um robô! Dessa vez na água
Na Suíça, pesquisadores desenvolveram um novo peixe-robô autônomo chamado Belle, com o objetivo de fornecer aos responsáveis pela preservação ambiental uma visão mais clara dos organismos que habitam o fundo do mar, sem causar perturbações ao ambiente marinho. A principal proposta por trás do projeto é coletar dados valiosos de forma minimamente invasiva, garantindo que o ecossistema marinho seja preservado.
Conforme Leon Guggenheim, estudante de engenharia mecânica no Instituto Federal Suíço de Tecnologia, o peixe-robô é notavelmente silencioso e possui movimentos que simulam a suavidade de um peixe. Sua locomoção não deixa um rastro que possa incomodar a vida marinha enquanto navega pelas águas. Essa característica permite que o Belle se mova de maneira discreta, minimizando qualquer impacto negativo em relação aos organismos e ao ecossistema ao seu redor.
Belle utiliza inteligência artificial para navegar de forma autônoma nas profundezas do oceano, permitindo coletar amostras de DNA e capturar vídeos de alta resolução enquanto se camufla. Com uma altura inferior a um metro e pesando aproximadamente 10 kg quando está fora da água, Belle é propulsionado por uma aleta de silicone com duas cavidades, onde a água é bombeada em ciclos.
O objetivo é permitir que o robô opere de maneira autônoma por um período de duas horas, antes que seu filtro de DNA ambiental, ou eDNA, precise ser esvaziado e suas baterias substituídas. Durante essas duas horas de operação contínua, Belle coleta amostras de eDNA do ambiente marinho, fornecendo dados valiosos para a análise e compreensão dos organismos presentes no local.
Ele nada até a superfície, nos envia um sinal de GPS e depois vamos buscá-lo novamente. De lá ele poderia nos enviar dados, mas a ideia é que a missão é tão longa, que a bateria tem que ser trocada e o filtro de DNA ambiental também, então não adianta enviar dados de volta se você tem para obter manualmente os dados para o filtro de DNA ambiental de qualquer maneira.
Leon Guggenheim, estudante de engenharia mecânica no Instituto Federal Suíço de Tecnologia
E você, o que achou das novidades dessa semana? Conta pra gente nos comentários!
Veja também:
Confira a nossa última edição do Showmetech TRIO! Como de costume falamos sobre diversos assuntos relacionados a games, tecnologia e cultura pop. Dá só uma olhada no que trouxemos:
- Briga (física) de bilionários;
- Simulação de Marte na Terra;
- Primeiros apps do Vision Pro.
Fonte: Interesting Engineering, The Verge e Euro News
Revisado por Glauco Vital em 3/7/23.
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