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Hoje é um dos dias históricos que merecem uma nota ou lembrança em cada canto da internet, para que jamais esqueçamos ou deixemos as fake news e informações falsas que correm livres pelos canais das redes sobreporem a verdade de uma das atrocidades mais cruéis e tristes de toda a história humana: O Holocausto.
O que foi o Holocausto
Ciganos, comunistas, judeus, homossexuais, poloneses, pessoas com deficiência, testemunhas de Jeová e outras minorias. Essas foram as vítimas do genocídio provocado pelos nazistas na Alemanha de 1933-1945, que é conhecido como holocausto.
Durante 12 anos, mais de 10 milhões de pessoas foram mortas, além dos casos em que pessoas eram submetidas as mais bizarras e nojentas experiências “cientifícas”, sendo considerado o terceiro maior genocídio da humanidade, mas com certeza o mais impactante.
Somente no campo de Auschwitz, na Polônia, mais de um milhão de pessoas – a maioria judeus – foram mortas em diversas formas terríveis. Se estipula que por volta de 1944, 6 mil pessoas eram mortas por dia nesse campo por meio da câmara de gás.
Quando os presos chegavam aos campos, eram determinados por triagem dos cientistas nazistas se iriam ser presos ou direto para a morte. Os presos tinham o destino de trabalhar como escravos e serem vítimas de pesquisas macabras que jamais tinham sido testadas pela humanidade.
Os registros mostram que a cada semana era feita uma nova triagem entre os presos para que fosse escolhido quem morreria ou continuaria vivendo como escravo.
Ainda hoje existem algumas pessoas que sobreviveram a essa atrocidade que dedicam suas vidas a narrar e contar ao mundo de forma real tudo o que aconteceu, além disso não faltam registros e fontes seguras que confirmam e comprovam todo o ocorrido.
Mesmo assim, a internet tem dado força a teorias inescrupulosas e ideias conspiracionistas que chegam até mesmo a negar a veracidade do holocausto ou até mesmo relativizar os fatos, o que deve ser repudiado e inaceitável, em ambos os casos.
Por que aconteceu?
Em 1933 a Alemanha se rendeu por vontade própria a uma filosofia extremamente fundamentalista que nasceu do puro ódio político contra minorias e pessoas diferentes.
O nazismo foi fundado por Adolf Hitler, um político que pregava a purificação da Alemanha por meio da seleção da raça ariana – que segundo ele era a raça mais superior humana – e o massacre daqueles que eram diferentes ou se opusessem a essa filosofia.
De longe pode parecer loucura que um regime assim tivesse alcançado o poder sem a extrema imposição e força bruta, mas a verdade é que esse discurso purista e autoritário achou terras férteis na Alemanha naquela época.
Hitler começou sua vida política com o Deutsche Arbeiterpartei (Partido Alemão Trabalhista); e em 1920 alterou o nome para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães , ou Partido Nazista).
De 1925 até 1930 o governo alemão foi de um regime democrático para um regime conservador-nacionalista. A partir de 1929, por diversos motivos como alta da inflação e crise econômica grave, os nazistas começaram a encontrar um apoio cada vez mais radical entre a população. Se nas eleições de 1922-1923 os nazistas conseguiram 12 lugares no parlamento alemão, em 1930 eles conseguiram 107 lugares.
Foi questão de tempo até os nazistas ocuparem todo o aparato governamental alemão, perseguirem opositores políticos e Hitler se consagrar o ditador do Reich.
Ainda em 1933 foi criado o campo de concentração de Dachau, sendo o primeiro oficial e destinado para prisioneiros políticos. Durante os primeiros anos os prisioneiros eram alemães comunistas, social-democratas, sindicalistas e adversários políticos. Com o passar do tempo se tornou o destino também de judeus, testemunhas de Jeová, homossexuais e os ciganos.
A base da filosofia nazista era defender uma Alemanha pura para os alemães. Eles tinham em mente o extermínio daqueles que pensavam diferente ou ofereciam algum risco ao ideal de raça ariana perfeita.
A Propagação Nazista
O nazismo infelizmente não se limitou à Alemanha, mas se espalhou pela Europa e pelo mundo. Se é assustador imaginar que os alemães se renderam a uma filosofia tão sanguinária, é mais estranho ainda quando pensamos que o nazismo ganhou diversos adeptos nos Estados Unidos e até mesmo no Brasil.
Não só isso, mas diversas empresas como BMW e Volkswagen apoiaram a Alemanha nazista e até mesmo se utilizaram de mão de obra proveniente dos campos de concentração. Outro exemplo pouco conhecido foi Hugo Boss, que desenhou diversos modelos de uniformes da milícia nazista.
Vem daí a extrema importância da lembrança dessa data. Hitler e sua filosofia não precisou invadir meio mundo para que recebesse o apoio que recebeu, tudo foi divulgado e trabalhado com uma pesada propaganda que convenceu Nações, famílias e empresas a darem suporte e lucrarem com ao massacre de milhões de pessoas.
O negacionismo do holocausto
Ainda hoje com tantas informações e provas das mais variadas fontes, inclusive relatos de sobreviventes que passaram pelas atrocidades e hoje narram abertamente, ainda existem pessoas que ousam o absurdo: negar o holocausto.
Aqueles que negam o holocausto não aceitam ser chamados de negacionistas, e utilizam entre si o termo “revisionistas”, porque segundo eles estão revisando o que de fato aconteceu.
Mas a verdade é que esse absurdo sequer deve ser ponderado ou questionado por instituições sérias, principalmente porque quando investigado a fundo, o negacionismo do holocausto tem quase sempre uma fonte em comum: o antisemitismo.
Um exemplo triste e recente de declaração exaltando a figura de Hitler e questionando a veracidade das atrocidades nazistas foi a do cantor Kanye West.
Essas pessoas ignoram a verdade e negam, ou relativizam que milhões de pessoas foram mortas, escravizadas e usadas em testagens em campos de concentração e com isso relativizam o peso que tem o nazismo e suas ideias autoritárias.
Na própria Alemanha, por exemplo, é crime negar ou relativizar o holocausto, de forma que os próprios alemães até hoje em dia tratam com rigor a situação e se negam a esquecer, para que jamais ocorra novamente.
Relembrar para não esquecer
Atualmente, é costume postarem fotos ou mensagens sobre o tema na internet usando a hashtag #Werebember e marcar o #WJC (World Jewish Congress) e o #CJL (Conselho Judaico Latinoamericano) nas redes sociais.
É trabalho de toda a sociedade se organizar e manter os olhos abertos, visto que nos tempos em que vivemos a desinformação alcançou níveis jamais imaginados graças a internet, dando inclusive abertura para que nazistas, antissemitas e negacionistas se comuniquem e se organizem por fóruns e outros meios de comunicação virtual.
Jamais esqueceremos o que foi feito, e esperamos que jamais ocorra novamente.
FONTES: United States Holocaust Memorial Museum, Café História, UFRB,
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