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Com pessoas de todo o mundo ainda sofrendo com a Ômicron, uma nova variante da COVID-19 foi descoberta em Chipre na última semana. Nomeada de Deltacron, devido a ter informações genéticas da variante Delta e Omicron, pouco se sabe sobre a mais nova cepa da doença que mudou nossas vidas, mas até o momento, 25 casos já foram registrados da nova variante.
O grande trabalho agora é entender mais sobre a Deltacron e como as vacinas que estão disponíveis no mundo podem agir contra esta nova variante. A OMS ainda não reconheceu que há uma nova variante da COVID-19 no mundo e o nome foi dado por Leondios Kostrikis, professor de ciências biológicas da Universidade de Chipre e chefe do Laboratório de Biotecnologia e Virologia Molecular do país. Entenda agora mesmo.
O que se sabe sobre a Deltacron
Aparecendo pela primeira vez durante o último dia 08 de janeiro, uma nova variante da COVID-19 pode ser um grande problema para o mundo. Assim como a Ômicron causou um verdadeiro pânico quando apareceu em grande escala no continente africano, a Deltacron é basicamente uma evolução do vírus da COVID-19, contendo as informações genéticas das duas últimas variantes que foram reconhecidas pelas Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ainda é cedo para se dizer se a Deltacron é mais ou menos fatal que as atuais variantes que circulam em países de todo o mundo. Entretanto, Leondios Kostrikis, responsável por isolar a nova variante da COVID-19, chegou a citar que ela pode passar a ser a variante que mais deve passar a circular no mundo, passando a Ômicron durante algum momento de 2022.
Nova variante foi registrada em pessoas hospitalizadas
Até agora, 25 casos foram registrados em Chipre, país que fica localizado na Europa. Cada variante da COVID-19 possui uma espécie de “marca registrada” que ajuda especialistas a realizar o tratamento, com a variante Delta, por exemplo, sendo mais letal do que realmente infecciosa.
O ponto que mais destaca a Deltacron no momento é que ela foi registrada apenas em pessoas que já estavam internadas por complicações da COVID-19. As informações genéticas foram registradas no GISAID, um banco de dados que serve como grande registro do vírus e pode ajudar especialistas que outras partes do mundo e identificar a possível presença de novas variantes da COVID-19 em seus países.
A OMS ainda não se pronunciou sobre a Deltacron, mas se mais casos forem registrados, os especialistas devem se reunir para não apenas oficializar a nova variante da COVID-19, mas também sugerir ações para não termos ainda mais problemas.
Variante Delta e Ômicron no mundo
De acordo com Tedros Adhanom, Diretor Geral da OMS, as duas maiores variantes que estão em circulação no mundo estão causando um grande tsunami de casos de COVID-19. O grande ponto é que todas as pessoas que não estão com a vacinação em dia estão precisando ser hospitalizadas com uma maior frequência justamente por seus corpos não estarem com os devidos anticorpos.
Olhando para o Brasil, a variante Ômicron, que foi descoberta entre novembro e dezembro de 2021, já é responsável por 90% de todos os novos casos. Os especialistas sabem que esta variante é mais contagiosa, mas menos letal.
Outro ponto que está influenciando para que mais pessoas precisem ser hospitalizadas é que um novo surto de Influenza em diversas partes do Brasil. Uma vez que as pessoas comparecem aos hospitais para tratar a gripe, elas acabam se infectando com COVID-19.
Próximos passos sobre nova variante da COVID-19
Agora que sabemos da existência da Deltacron, é hora de todos os especialistas estudarem os casos já registrados para termos mais informações sobre esta novidade. Apesar de ter sido registrada pela primeira vez há menos de uma semana, a descoberta chegou a ser desmentida por Tom Peacock, virologista do Imperial College de Londres, citando que é normal que combinações de variantes apareçam depois de um tempo.
Leondios Kostrikis, que fez o primeiro registro da Deltacron, respondeu o pronunciamento de Peacock em um e-mail para o Bloomberg, citando que o sequenciamento foi realizado separadamente, com amostras de pessoas de diferentes países. Uma outra amostra enviada ao GISAID de Israel também contava com informações genéticas do Deltacron.
O momento agora é de espera para saber se devemos se preocupar ainda mais com esta nova variante da COVID-19 ou apenas manter a vacinação em dia para conseguirmos voltar a ver uma vida normal. Uma coisa é certa: a melhor forma de prevenir internações e morte por qualquer uma das cepas da COVID-19 é sempre estando a vacinação completa.
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Sabia que uma vacina contra o COVID-19 sem patente está disponível para ser utilizada por laboratórios e países de todo o mundo sem a necessidade de pagamento de royalties? Entenda:
Fontes: Interest Engineering, Época, CNBC e Bloomberg