Assim como pretende fazer com a Eletrobras, com a Infraero e com a Casa da Moeda, o governo federal já estuda privatizar o setor de entregas dos Correios – a informação, divulgada hoje (21) durante uma comitiva realizada em Nova Iorque, foi dada aos jornalistas pelo próprio ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Segundo Moreira Franco, que acompanha a visita de Temer Golpista aos EUA, a situação financeira dos Correios é ‘muito difícil’, o que justificaria realocar os esforços da empresa no setor logístico – em vez do tradicional transporte de encomendas.
“Não é uma decisão política, mas de natureza econômica. Não dá para querer que a sociedade mantenha empresas que não têm condições de sobreviver.”
Para o ministro, do ponto de vista tecnológico, a redução no número de cartas e telegramas trocados todos os meses, devido ao advento dos meios digitais de comunicação, também motivariam o ‘enxugamento‘ da estatal.
A posição da Fentect
Embora Franco tenha dito que ‘tudo precisa ser feito com muito cuidado’, a opinião da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares não é nada positiva: para a FENTECT, o que falta mesmo é vontade política para reerguer a empresa. Nas palavras de José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Federação, ‘querem entregar os Correios a preço de banana’.
Desde a última terça-feira (19), parte dos funcionários dos Correios declararam greve em diversas cidades do país.
Os Correios
Com um déficit anual de aproximadamente R$ 800 milhões, a estatal é presidida por Guilherme Campos, ex-deputado federal de São Paulo, desde junho de 2016.
Embora considere plausíveis as chances de privatização, Campos afirma que não tem dados oficiais sobre uma possível decisão.
A orientação do Planalto é que ele continue os planos de reestruturação da empresa, já que, segundo a sua fala ao Estado de S. Paulo, neste pouco mais de um ano desde que está na presidência, os Correios reduziram seu déficit de R$ 2 bilhões em mais de 40%.
Descubra mais sobre Showmetech
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.