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Tudo o que é bom dura pouco: a partir de agora, a Netflix passará a cobrar um adicional mensal a usuários que compartilham suas contas com pessoas de fora do seus lares. Entenda abaixo como funcionará a cobrança de compartilhamento de senhas para assinantes do serviço.
Acabou a festa, todo mundo já pra casa e pra sua conta da Netflix!
A Netflix anunciou ontem, dia 23, que vai implementar a mesma cobrança extra nas contas de usuários que emprestam suas senhas para amigos e parentes no Brasil, algo que já ocorre em outros países das Américas Central e do Sul – como a Argentina, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Peru e República Dominicana – desde 2022.
Agora, a cobrança adicional na conta entrará em vigor para os clientes brasileiros que dividem suas contas da Netflix com amigos e parentes que moram em outros domicílios. Isso significa que, a partir deste mês, os clientes da empresa que se encaixam nesse modelo irão receber um e-mail vindo do serviço com detalhes da nova modalidade de conta, o que a Netflix prefere chamar de “ponto adicional”, com o adicional de R$12,90 em seu boleto ou débito automático.
Vale ressaltar que usuários que decidirem não aderir às novas regras de compartilhamento de contas e pagar o valor adicional ao cobrado normalmente nas suas assinaturas terão que separar usuários adicionais de suas contas. Ou seja, esses perfis a mais terão que ser transferidos para contas novas e, a partir daí, quem for usá-las precisará arcar com os custos de uma assinatura no valor integral.
Atualmente, a Netflix conta com quatro modalidades de planos de assinatura:
- Padrão com anúncios: inclui inserções de anúncios no conteúdo exibido, resolução Full HD (1080p) e acesso simultâneo em 2 aparelhos. Este é o único plano em que o download de conteúdo não está disponível. O preço do plano é R$ 18,90.
- Básico: resolução HD (720p), sem acesso simultâneo ao conteúdo. Não é possível incluir assinantes extras. Download de conteúdo em apenas 1 aparelho. O preço do plano é R$ 25,90.
- Padrão: resolução Full HD (1080p) e acesso simultâneo em 2 aparelhos. É possível incluir ponto adicional para 1 assinante extra, e download de conteúdo em até 2 aparelhos. O preço do plano é R$ 39,90.
- Premium: o plano mais completo inclui resolução UHD (4K), com HDR e áudio espacial, e acesso simultâneo em 4 aparelhos. É possível incluir ponto adicional para 2 assinantes extras, e download de conteúdo em até 6 aparelhos. O preço do plano é R$ 55,90.
Não é de hoje a Netflix querer implementar essa cobrança
Essa medida, que chega esse mês ao Brasil, começou a ser adotada no ano passado nos países listados acima, limitando o uso de uma única conta a até três residências diferentes simultaneamente, dependendo do plano assinado no momento e cobrando a taxa que girava em torno de US$ 1,70 a US$ 2,99. Na época, o Brasil não estava entre os países dentro do plano de restrição do serviço de streaming, mas agora isso mudou.
“Estamos explorando com cuidado diferentes maneiras para que as pessoas que querem compartilhar suas contas paguem um pouco mais. (…) “A conta Netflix deve ser usada por uma única residência. Todas as pessoas que moram nesta mesma residência podem usar a Netflix onde quiserem, seja em casa, na rua, ou enquanto viajam”
Comunicado da Netflix
Entre os meses de janeiro e março do ano passado, a Netflix registrou uma perda de 200 mil assinantes, uma queda inédita nos mais de 10 anos em que o serviço está em atividade. A expectativa da empresa era de que haveria um aumento de 2,5 milhões de novos maratonistas de série, o que não ocorreu.
Dentre as razões, segundo ela, estavam o crescimento do número de competidores que oferecem serviços similares, e, claro, a questão do compartilhamento de contas. Isso reduz o número de assinantes múltiplas vezes dependendo de quantos desfrutavam da mesma conta do serviço, no lugar de utilizar suas próprias assinaturas.
Ainda por cima, a Netflix soltou um número com vários zeros e nenhuma casa decimal: foi estimado que mais de 100 milhões de assinantes ao redor do mundo compartilham suas contas com pessoas de fora de seus lares.
Naquele momento, junto do relatório em que anunciou a queda e lamentou as práticas de uma boa parcela de seus usuários, o streaming colocou as cartas na mesa e mostrou sua intenção de cobrar a mais de usuários que compartilham suas senhas, que veio a entrar em vigor pouco depois, ainda no mesmo ano.
Conclusão
É, agora não tem jeito… ou tem? Bom, nunca podemos dizer nunca quando o assunto é a tecnologia e a vontade dos internautas de assistir aos seus seriados e filmes exclusivos, não é mesmo? A engenhosidade por parte do público e sua capacidade de encontrar modos de suplantar diversas limitações já é bem conhecida, e chuto que o mesmo virá a acontecer com quem não ficou nem um pouco feliz com essa nova medida da Netflix.
Enquanto isso, quem corriqueiramente compartilha sua senha de conta terá que arcar com esse adicional, que, em alguns casos, como o da conta com anúncios, chega a quase dobrar o valor pago mensalmente. A carteira dos usuários é que falará mais alto no final, restando saber como isso afetará os ganhos do serviço de vídeo aqui no Brasil.
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Fonte: G1 [1], [2],[3] e Netflix
Revisado por Glauco Vital em 24/5/23.
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