O DuckDuckGo foi lançado em fevereiro de 2008 como uma opção para quem não deseja ser rastreado por empresas dos mais diversos mercados. Na prática, os desenvolvedores conseguiram bloquear que os sites captassem dados sobre a navegação que mais tarde seriam utilizados para exibir anúncios personalizados e claro, gerar mais conversões.
Entretanto, em uma postagem no Twitter, um desenvolvedor conseguiu provar que a ferramenta faz o trabalho apenas com Facebook e Google, mas ainda dá abertura para que o Bing e LinkedIn, serviços de propriedade da Microsoft, captem dados sobre os usuários. Entenda a história completa e o que a empresa disse sobre isso.
Controle de privacidade seletivo
Devido a um acordo feito entre os desenvolvedores do DuckDuckGo e a Microsoft, todas as pessoas que usavam o Bing e LinkedIn pela ferramenta estavam tendo seus dados coletados para que mais tarde, as empresas pudessem exibir anúncios personalizados.
Apesar de ser totalmente contra a captação de dados na internet e sempre apoiar uma “navegação privada e que não fornecerá dados para empresas”, o desenvolvedor Zach Edwards expôs que não, o DuckDuckGo não oferece uma navegação na internet que mais tarde, não será enviada para empresas.
A brecha de segurança foi exposta no Twitter e o profissional conseguiu provar que o aplicativo disponível para Android e iOS (que permite navegação da mesma forma que o Google Chrome) envia dados para a Microsoft por meio de buscas feitas no Bing, assim como o mesmo acontece com quem acessa o LinkedIn pelo DuckDuckGo.
O mesmo não acontece com navegação e buscas feitas no Google e Facebook. Rapidamente, o fundador e CEO da empresa veio a público para se pronunciar sobre o problema.
O que diz a DuckDuckGo?
Gabriel Weinberg, responsável pelo buscador, assumiu que sim, a DuckDuckGo envia dados sobre navegação de usuários para a Microsoft devido a um acordo de sindicância que na verdade, possui apenas “fins contábeis”. O grande problema causado em torno deste fato é que tal informação nunca foi compartilhada pela empresa até que um profissional do mercado provasse que o envio de informações realmente acontecia.
O CEO também disse que estará atualizando a descrição na App Store e Google Play para que os usuários saibam que este envio de dados. Em um comunicado oficial postado no blog oficial da empresa, Weinberg citou que a Microsoft faz um trabalho diferente em relação ao Google e ao Facebook.
Na prática, o acordo sempre existiu e agora está explicado porque a empresa que ficou famosa como referência de buscador anônimo optou por usar o Bing ao invés do próprio Google. Em outro comunicado enviado para o site Bleeping Computer, Gabriel ressaltou que o uso de seu buscador ainda é o mais seguro em relação à coleta de dados, apresentando uma redução média de envio de dados em 34% e um tempo de carregamento que é 46% mais rápido.
Você já usou a ferramenta e percebeu que os dados estavam sendo captados? Diga pra gente nos comentários!
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Fontes: TechRadar l DuckDuckGo l Bleeding Computer
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