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Um marco para o cinema contemporâneo. Isso pode parecer um pouco megalomaníaco, mas é exatamente isso que Vingadores: Guerra Infinita representa. Digo isso por conta do trabalho estupendo que a Marvel fez, condensando uma narrativa de nada menos que 10 anos num filme impressionante.
O filme é dirigido por Joe Russo e Anthony Russo, além de ter o roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely. Por outro lado, em seu elenco, temos tantos nomes que fica até difícil citar todos. Mas caso você já acompanhe o universo cinematográfico da Marvel há mais tempo, reconhecerá todos ali.
Enredo sólido e divertido
A trama em si não é nada fora daquilo que é proposto desde antes do filme ser anunciado. O titã intergalático Thanos (Josh Brolin) inicia finalmente sua busca pelas seis Joias do Infinito, artefatos indiretamente apresentados em diversos outros longas do universo Marvel.
Entretanto, a forma como isso é passado no filme dá todo o gás para a narrativa. Além disso, essa narrativa é primordialmente centrada no vilão, o que é algo muito positivo. A busca de Thanos por suas jóias é, justamente, a motivação certa para convocar os Vingadores, os Guardiões da Galáxia e todos os demais personagens.
Assim, num ritmo de filme que funciona em vários blocos simultâneos, novas interações começam a surgir. Nessa lógica, o filme finalmente encontra um tom muito bom entre humor, ação e tensão. Não, Vingadores: Guerra Infinita não é um filme sombrio e denso. Entretanto, ele coloca seus climas pesados de modo certeiro, sem apagá-los com humor excessivo.
O maior crossover de todos?
Claro que ao falarmos de Vingadores: Guerra Infinita, o que mais chama atenção é a junção de tantas figuras já conhecidas num único filme. Esse ambicioso projeto fez com que o filme adquirisse a fama de “o mais ambicioso já feito”. Mas é claro que isso envolve também inúmeros riscos para a trama.
Felizmente, podemos dizer que os piores riscos (apagar personagens e usá-los apenas como fan service) foram evitados com maestria aqui. Mesmo que alguns personagens fiquem um pouco mais alheios a tudo do que outros, o resultado final é algo bastante balanceado.
Além disso, o filme funciona muito bem por si só. Ele consegue ser um elo com os 10 anos de história da Marvel Studios ao mesmo tempo que também é um prólogo de Vingadores 4. Entretanto, no meio de tudo isso, temos uma história com objetivos traçados e cumpridos, que deixam quem assite o filme satisfeito, mesmo que com um gosto muito forte de “quero mais” na garganta.
Destaques justos para o tempo de filme
Como dito acima, o equilíbrio entre os personagens é muito bem respeitado. Além de dar o devido destaque para a maior parte dos famosos heróis da Marvel, o filme também supreende com novos focos. Utilizando desde as conversas e interações inusitadas até as próprias cenas de ação, todos os personagens conseguem um bom tempo na tela.
Algumas menções honrosas para Gamora, Feiticeira Escarlate, Visão e Thor que, mesmo sucateados em seus filmes, conseguem cenas incríveis em Vingadores: Guerra Infinita. O resultado é tão impressionante que remete outras conclusões épicas de franquias que entraram para história, como Senhor dos Anéis e Star Wars.
Ação épica e frenética
A ação, nem precisaria ser dito na verdade, é um dos pontos mais altos do filme. Com uma fotografia sensacional mesclada com coreografias inusitadas e inovadoras, o longa surpreende. Algumas de suas sequências de ação provavelmente passarão rapidamente a serem consideradas as melhores da Marvel no cinema até agora.
Parte da característica chocante dessa ação parte também do impacto emocional que elas causam no público. E, obviamente, isso se deve ao combo de excelentes interpretações com personagens muito bem construídos ao longo dos anos. É impossível ver o titã Thanos caminhando na tela e não sentir sua imponência e poder, por exemplo.
Visual digno das maiores telas
Junto a isso, temos uma fotografia belíssima. O trabalho incrível da Marvel com o visual de seus personagens fica melhor a cada filme. O visual colorido encontra seu equilíbrio com atmosferas de tensão, fazendo com que tudo funcione de fato como uma históriaa em quadrinho viva.
O fato do filme ter sido gravado totalmente em IMAX também pode ser sentido. A imersão que os efeitos especiais proporcionam são ímpares, assim como a escala universal que o filme apresenta. Nem preciso dizer também que os efeitos visuais são surreais, fazendo coisas que, há 10 anos atrás quando Homem de Ferro estreou nos cinemas, era inimaginável.
O maior vilão da Marvel
Como já foi dito antes, Thanos além de ser o vilão, é o ponto central de todo o filme. Com isso, Vingadores: Guerra Infinita faz com que o tita violeta pareça muito mais um anti-herói do que de fato um vilão. Mas não se enganem, isso não faz ele ser menos maléfico e nem menos imponente. Pelo contrário, só deixa o personagem muito mais íntimo do público.
Ao longo do filme, nos são mostrados diversos fragmentos da história de Thanos. Nesses fragmentos, podemos ver a relação dele com suas filhas, Gamora e Nebula. Além disso, vemos também o tom de humor que o persoangem tem, seus objetivos e motivações. Tudo isso faz com que ele seja um dos personagens mais ricos de toda a Marvel.
Um carisma desses deixa o já querido Loki no chinelo, além de remeter bastante a outro vilão estupendo da Marvel, Killmonger. Porém, se o vilão do recente Pantera Negra supreendeu pelo seu realismo, Thanos surpreende pelo seu tom épico. O poder surpreendente do vilão não é tudo que ele possui e isso faz dele um ser incomparável no universo cinematográfico da Marvel. Digno, de fato, de ser o motivo da reunião de todos os presonagens da empresa.
Sempre tem como ser melhor
Claro que nem tudo é completamente perfeito, mesmo que seja muitíssimo próximo disso. Entre os pontos que poderiam ser melhores, talvez seja a construção de alguns personagens em tela. Mesmo que a balança esteja bem equilibrada em Vingadores: Guerra Infinita, alguns personagens não tem tanto apreço quanto tinham em filmes anteriores.
Ao mesmo tempo, algumas escalas de combate não foram aproveitadas da melhor forma. Claro que isso não faz delas cenas ruins, mas talvez poderiam ser ainda mais épicas, se efeitos de escala fossem melhor aplicados. Felizmente, esses detalhes são apenas isso no resultado final: detalhes.
Um marco para os filmes de super-heróis
Muito tem sido tweetado sobre as surpresas que o filme guarda. Além disso, a própria Marvel e seus atores começaram campanhas nas redes sociais para que spoilers não sejam soltos. De fato, esse impacto é sentido no longa e informações que estraguem as surpresas do filme não devem ser encorajadas.
Alguns eventos e revelações são realmente marcos que mudam a direção da Marvel no cinema. Com isso, temos um filme épico que já entrou para a história desde a sua primeira concepção. Se ele entraria como um fracasso supremo ou um marco para o cinema, era a dúvida.
Agora temos plena certeza de que Vingadores: Guerra Infinita entrou para história como um dos filmes mais ambiciosos de todos os tempos. Acima disso, bem como foi Homem de Ferro em 2008 e Os Vingadores em 2012, este é um outro ponto estupendo do estúdio, que deixa bons caminhos para o futuro.
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