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O 6º capítulo da 3ª temporada de The Mandalorian, intitulado “Hired Guns”, (vulgo “Os Mercenários”, em português) traz convidados famosos e uma trama simples, mas bem divertida que dá continuidade aos acontecimentos da semana passada. E, com ele, a série dá mais um passo no desenvolvimento do personagem de Bo-Katan Kryse, a herdeira do trono do planeta Mandalore, devastado pelo Império Intergalático, como mostrado nas excelentes séries animadas As Guerras Crônicas e Rebels.
Como apontado pelo Dácio na análise do último episódio, a terceira temporada agora engata a marcha para o que se espera ser uma emocionante conclusão nos que serão seus últimos episódios nas próximas semanas.
Aviso: spoilers a seguir!
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Muitos tiros, socos e pontapés no melhor estilo Mandaloriano
Em mais um excelente episódio de The Mandalorian dirigido por Bryce Dallas Howard, a missão de Bo-Katan e Din Djarin de retomar Mandalore continua, com a dupla atrás de ainda mais poder bélico para tal empreitada, após o sucesso no recrutamento dos membros das Crianças do Olho, a tribo de Djin, no capítulo anterior.
Ela os leva para o planeta Plazir-15, onde uma força mercenária Mandaloriana, liderada por Axe Woves, antigo parceiro de Bo-Katan, visto pela última vez no Capítulo 11 da 2ª temporada, está situada. Munida de armamento roubado dos Imperiais, como um destróier e naves similares à que Bo-Katan pilota, são os aliados perfeitos para a reconquista do planeta natal dos heróis.
No início do episódio, vemos o grupo mercenário de Woves interceptando uma nave Quarreniana a fim de “resgatar” um rapaz Mon Calamari. Canonicamente, essas raças são rivais por disputarem o mesmo planeta natal, mas na história do episódio 6, as razões pelo sumiço do garoto são bem mais inocentes. Eles se amam!
Ritmo de trama típico de videogame
Seguindo o estilo de história já estabelecido na série, bem nos moldes de um videogame, nada é obtido sem uma troca de favores. No caso de The Mandalorian, missões. Antes que a dupla possa conquistar a confiança de seus potenciais amigos, eles terão que lidar com uma revolta dos androides do planeta a pedido da Marquesa, interpretada pela cantora Lizze, e o capitão da força de segurança do planeta, ninguém menos que Jack Black.
Lizze, apaixonada de carteirinha pelo bebê Yoda, o Grogu, trouxe seu amor ao personagem, que logo de cara se afeiçoou pelo baixinho e acaba tomando conta dele enquanto Bo e Din cuidam da missão principal. Já Black, com sua personalidade e humor habituais, rouba a cena como o pomposo militar.
O casal apaixonado logo revela o motivo pelo qual querem fazer a troca de favores com Kryse e Din: os androides de Plazir, reaproveitados de diversos períodos da história Star Wars, como as Guerras Clônicas, aparentemente estão se rebelando. Em eventos isolados, alguns deles fugiram do controle, causando caos e destruição. Como a lei planetária impede que as forças de proteção possam agir, os dois Mandalorianos são recrutados para investigar o misterioso defeito.
Grande Scott! Olha só quem faz parte do Universo de Star Wars agora!
E é aí que mais uma ponta especial do episódio acontece. Djin e Bo-Katan visitam Helgait, coordenador da segurança do planeta, encarnado pelo eterno Doc Brown de De Volta Para o Futuro, Christopher Lloyd. Ele revela que a sociedade de Plazir-15 há muito acabou se tornando totalmente dependente da mão-de-obra dos droides, e que sem eles acabaria entrando em colapso. Longe de se estranhar com termos científicos, o velhinho dá a dica para os dois Mandalorianos começarem a desenrolar o novelo da trama: buscar os Ughnaughts.
Os baixinhos carrancudos e mal-humorados, responsáveis pela manutenção de todos os droides do planeta, se mostram irascíveis às tentativas de Kryse em conversar com eles. É só depois que Djin cita seu saudoso amigo Ughnaught Kuiil de Tatooine e utiliza o peculiar modo de falar deles (“e assim é dito por mim”) que os mecânicos diminutos decidem dar ouvidos aos dois.
Uma pitada de faroeste e uma boa perseguição
Apesar de não admitir qualquer defeito em seu trabalho, eles acabam por apontá-los para seu próximo destino, o distrito portuário, onde um droide irregular pode ser encontrado. Din, com seu jeitão de poucas palavras costumeiro, logo descobre a máquina em questão, que acaba fugindo, atravessando as ruas iluminadas por néon da cidade, causando muito pânico e gritaria. Encurralado por Bo e Djin, o droide de guerra é derrubado, e a Mandaloriana acaba encontrando um chip no seu corpo de um bar de robôs frequentado pelo renegado. Quem diria?
A chegada dos Mandalorianos ao estabelecimento é bem típica de faroeste, quando estranhos entram em um saloon pela primeira vez. A música para e todos os droides acabam encarando os dois, que logo levam um papo com o barman (ou seria “barbot“?). Ele revela que os frequentadores do estabelecimento não bebem como seres vivos, mas sim consomem uma substância chamada Nepenthé, um lubrificante usado para reprogramar e atualizar os droides conforme as necessidades operacionais do sistema.
É aí que o verdadeiro culpado pela rebelião é descoberto. Ao chegar na sala de perícia em que o corpo do dróide está, ao analisar o Nepenthé dele, a legista revela que o lote do óleo contido nele foi modificado, levando-o a se comportar agressivamente, como os outros. E tal constatação é posta à prova quando um droide da sala acaba atacando os três só de entrar em contato com o Nepenthé. O responsável pela mudança é o próprio Helgait, que deu pistas disso em seu discurso no começo do episódio.
O verdadeiro culpado é revelado e Bo-Katan parte para a briga
Ao ser abordado, Helgait se revela um membro do partido separatista e simpatético à causa do há muito falecido Count Dooku, um dos vilões da trilogia prequela de Star Wars, morto por Anakin Skywalker no Episódio 3: A Vingança dos Sith. A conversa não dura muito, já que no meio dela Bo-Katan acaba atirando um taser no personagem de Lloyd, derrubando-o. Toda ladainha política a deixa aborrecida.
Com sua tarefa concluída, a Marquesa autoriza a dupla a se encontrar com seus defensores nos arredores da cidade, e é durante esse tét a tét que uma das lutas mais brutais da temporada acontece. Kryse desafia Woves a um duelo, já que ele se recusa a ouvir o que ela tem a dizer, e a briga, apesar de rápida, é bem feia. Os dois usam praticamente todas as armas típicas dos Mandalorianos, incluindo o lança-chamas e os foguetes propulsores.
Bo-Katan acaba forçando seu rival a se render, mas ele continua negando a legitimidade do direito dela a liderar os Mandalorianos, já que ela perdeu a posse do Sabre Negro para Djin. O Mandaloriano logo explica que foi Kryse que o salvou e acabou por merecer o armamento tão importante para seu povo, afinal, ela derrotou quem o havia derrotado há alguns episódios atrás. Isso acaba sendo o suficiente para convencer a tropa, e “Guns for Hire” termina com o grupo fazendo as pazes.
Resta agora saber o real destino de Moff Gideon, e qual é a relação dos Mandalorianos com sua fuga. Restam poucos episódios para o final da temporada, e agora, com todo esse apoio, esperamos que a reconquista de Mandalore seja o próximo passo para nossos heróis. Quem sabe teremos nossa resposta no próximo episódio, que irá ao ar quarta-feira, no Disney+.
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The Mandalorian: S02 EP05: A união dos mandalorianos
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (05/04/23)
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