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Antes de prosseguir com qualquer informação relevante em relação a este filme, faz-se necessária uma afirmação: Mia Goth é a grande esnobada do Oscar 2023. Sua performance magnética em ‘Pearl‘ ter sido deixado de lado é mais uma das 70 provas que mostram como a Academia está mais interessada na conveniência publicitária e na exclusão do gênero do terror como uma forma válida de fazer cinema.
Dito isso, ‘Pearl‘, filme da A24, finalmente estreou nos cinemas brasileiros. O longa é um prequel — uma história anterior — de ‘X – A Marca da Morte‘. Ambos são slashers dirigidos e roteirizados por Ti West. Mia também coescreve este longa. Uma terceira produção para concluir a trilogia já está em produção.
Nasce uma estrela
No filme, o espectador revisita o passado da protagonista homônima que, em ‘X’, infernizou o grupo de atores em seu quintal. Jovem e presa na fazenda de seus pais, Pearl aguarda o retorno de seu pretendente da guerra enquanto entra em conflito com sua maior tentação: se tornar a maior estrela de cinema já vista.
Ti West convida o público para uma jornada completamente insana. Com cenários simples e cores saturadas à la ‘Mágico de Oz’, ‘Pearl’ é como uma sátira de uma sátira. O que torna essa experiência tão divertida — mesmo enquanto um filme de terror — é justamente como o diretor abraça a estupidez nesta história. Apesar de serem contextos muito diferentes, a sensação é semelhante ao ‘M3GAN’, quando a boneca assassina dança freneticamente antes de realizar absurdos.
E além de dirigir muito bem, Ti filma e enquadra cenas lindas que valorizam essa personagem e sua relação com o cenário. Antes dividido com vários atores, agora Mia Goth tem todos os holofotes para si e consegue entregar um show. Sua personagem tem a mente tão complexa que se torna uma figura peculiar e imponente para quem a assiste.
Uma extraordinária história de origem
Este filme segue boa parte dos passos de ‘X’, mas com menos sequências de assassinatos. Por outro lado, o filme compensa com um roteiro cativante e recheado de momentos memoráveis. Cada coadjuvante é catalisador do potencial destrutivo de protagonista — e o público já sabe aonde isso vai chegar, mas é um deleite apreciar o carisma de Mia em tela.
Talvez a segunda figura mais emblemática do longa seja Ruth (Tandi Wright), a mãe da protagonista. Uma mulher rigorosa, que cuida do marido enfermo em casa e exige obediência e responsabilidade de sua filha levada. Constantemente ponderando do horror à comédia, o segundo filme de Ti West nessa trilogia é mais completo, viciante e cheio de vitalidade de Mia.
Vale a pena assistir à ‘Pearl’?
Os fãs de terror e slasher podem encontrar um novo queridinho com este longa. Após a tremenda demora para a estreia do longa no Brasil, esse é o momento de aproveitar e prestigiar uma das melhores performances de uma atriz do ano passado. É divertido, empolgante, angustiante e bem doido (no bom sentido).
Por conta do lançamento prévio de ‘X’, recomendamos assisti-lo antes de ‘Pearl’ para a imersão no universo dessa personagem por outros olhos. O filme está disponível no streaming, no Prime Video. Mas, de qualquer forma, por se tratar de uma história que acontece antes de ‘X’, a ordem que você desejar assistir não prejudica o entendimento dos fatos.
O ano de 2022 foi um primor para o cinema de terror, e este aqui é um belo exemplo disso. Não faça que nem a Academia do Oscar: prestigie o nascimento da estrela Mia Goth.
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Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim
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