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Loki finalmente chega à conclusão de sua segunda temporada trazendo um episódio cheio de ação, emoção e uma surpreendente dose de reflexão por parte do nosso querido anti-herói.
Fique por dentro de tudo que rolou no sexto e último episódio da série. Essa crítica contém spoilers, então assista primeiro e depois volte para conversar com a gente sobre todos os acontecimentos da trama da série!
Cá estamos de novo
De volta no tempo e com pleno controle sobre a linha temporal, Loki finalmente tem a oportunidade de reverter a trágica conclusão do quarto episódio da série, quando Timely, em um ato de bravura, se voluntariou para consertar o Tear do Tempo, mas acabou sendo desintegrado no processo.
Após assistir novamente ao fim da variante de Kang, Loki para a corrente do tempo para perguntar a OB o que eles poderiam ter feito diferente, mas a única resposta que consegue ouvir é que demoraram demais. É isso! Em pleno estilo do Feitiço do Tempo, o deus da trapaça repete a cena múltiplas vezes até acertar a sequência de acontecimentos rapidamente.
É um fracasso atrás do outro, com Timely virando macarrão em todos, apesar dos esforços de Loki para reverter o resultado, correndo e interagindo com cenas dos episódios anteriores para que tudo aconteça de maneira mais rápida, indo cada vez mais longe no passado da linha do tempo. Ninguém entende o que está acontecendo, claro!
Para quem estava perdido em meio a todos os jargões e acontecimentos caóticos da série, esse resumo feito por Loki deixa tudo extremamente claro, de modo cômico e atrapalhado, bem no estilo Marvel de ser. Ele, como um Deus, passa uma eternidade para absorver tudo o que Ouroboros sabe, pois precisa do conhecimento para colocar seu plano em ação.
Séculos depois…
Todos estão confusos com o repentino repertório de astrofísica e engenharia quântica que ele acumulou nesse período, mas seguem o meio-irmão de Thor mesmo assim. Timely, o mais perdido de todos, tem a maior responsabilidade, afinal, está em suas mãos a solução para o colapso do Tear.
Com a segurança de quem treinou para esse momento infinitas vezes, Loki finalmente coloca em movimento o reparo da maneira mais ligeira possível. Timely sobrevive ao procedimento! Incentivado por Loki, ele lentamente caminha até o aparato enquanto as ondas de radiação o empurram para trás.
Chega o momento de apertar o botão verde e a hora de Victor voltar até a sala de controle. O triunfo de Loki é comemorado por todos: a linha do tempo está salva! Ou não? OB observa leituras estranhas nos aparelhos, o Tear está sobrecarregando de novo. Há ramos demais. Segundo Timely, eles estão se multiplicando em um ritmo quase infinito, algo pelo qual o Tear não tem como compensar.
Estava tudo fadado a acontecer, independentemente das ações heroicas do personagem que dá nome à série. A perdição é inevitável. Mas Loki não desiste. Ele volta no tempo até o final da temporada anterior para evitar que Sylvie mate Kang em sua fortaleza, no Final do Tempo. Ele apela aos instintos de sua variante, contando que já viu todas as repercussões de suas ações.
A luta decorrente é ferrenha, e Loki se vê novamente preso em um ciclo de acontecimentos, com o intuito de evitar que Aquele Que Permanece morra, usando seus poderes para tentar não dar cabo de Sylvie. Kang, que não é burro nem nada, percebendo que Loki vem repetindo a cena tantas e tantas vezes, desdenha do sofrimento.
A conversa entre os dois se desenrola conforme Loki chega à conclusão de que Kang sabe de seus esforços e não esperava continuar morto, pois o trapaceiro iria salvá-lo, de alguma maneira. Afinal, o vilão sabe de tudo que estará para acontecer no futuro, o futuro possível, explicando em detalhes a razão pelo fracasso repetido de Loki em salvar a linha do tempo.
É fácil reconstruir
Resumindo, tudo está acontecendo para manter segura a Linha do Tempo Sagrada, ou seja, uma tremenda perda de tempo. As múltiplas cópias de Kang estão espalhadas pelas diversas realidades, e mesmo com o esforço divino de Loki, não há como evitar o pior. Tudo, tempos de paz, de guerra e alegria só aconteceram porque o malvado esteve observando e mantendo uma mão de ferro sobre todos. Ele os mantém seguros, pelo menos na opinião dele.
Mas Loki se nega a acreditar nisso e a todo custo quer encontrar uma outra maneira de resolver a situação, para quebrar o Tear. A solução, no entanto, provoca Kang, é matar Sylvie. Voltando ainda mais no tempo, Loki volta ao início da série, quando ele estava sentado em frente a Mobius. Ele coloca na mesa tudo o que virá a acontecer durante essa examinação, chegando à conclusão de que sua vida não passou de uma tremenda bobagem.
Mobius questiona Loki sobre tocar uma vida sabendo do fardo que carregam, contando uma história de quando ele quase falhou em realizar uma poda, e como sua parceira teve que fazê-lo, colocando para fora todas consequências de suas ações. Era Renslayer. Não há conforto nessa linha de trabalho, somente o fardo de suas ações, diz Mobius. Eis a chave de tudo. O deus da trapaça faz o que tem que ser feito e elimina seu amigo da linha do tempo.
Sem Mobius, não há o conflito que desencadeia o colapso do Tear. A grande perda, no entanto, é a da vida de Sylvie, pois ao matá-la, não há como ela eliminar Kang. A Linha do Tempo Sagrada tem que ser mantida, doa a quem doer. Isso tudo, pelo menos, é o que ele acha. Sylvie argumenta que todos têm o direito de morrer lutando, pois viu isso nos inúmeros apocalipses que viveu como a variante do caos e alvo da AVT.
Loki, o Deus das Histórias
Surge na mente de Loki a solução do problema que o aflige. É ele quem precisa enfrentar a radiação temporal na câmara do Tear. Sabe o tipo de deus que tem de ser, sacrificando-se para salvar a tudo e a todos, em uma cena dramática em que traja seu uniforme habitual, munido de seus característicos chifres. O aparato sagrado desaparece e Loki agarra as ramificações do tempo com suas mãos nuas, lentamente caminhando até a fenda do final da plataforma.
O trono que ele almeja está à sua vista. Arrastando as muitas ramificações temporais, se acomoda no assento, e com um esforço final, traz a tão aguardada estabilidade ao emaranhado de fios temporais. A AVT volta para a rotina, com todos desempenhando suas funções, a par de tudo o que aconteceu até o momento. Inclusive, durante as idas e vindas que vemos, há uma referência direta a Homem-Formiga e Vespa em Quantumania, o evento 616 que é casualmente mencionado pelos agentes. Os personagens principais estão para se reunir, mas antes disso, Mobius para e observa seu arquivo da agência.
Ele se mostra relutante em continuar com a sua vida de analista na AVT e decide partir para viver plenamente sua vida, a qual vem protegendo há tanto tempo. B-15 o assegura que sempre será bem-vindo de volta, caso queira voltar, antes de deixá-lo a sós no corredor. Na sala de reunião, vemos todos que tinha perdido sua vida no decorrer da série, e, no recinto do OB, ele nos mostra a segunda edição do seu sagrado manual de operações.
Percorremos todos os nós pelos quais a série passou desde o começo. O garotinho Victor continua com suas experiências químicas, sem a intrusão da agência e Ravonna encara o seu destino. Na linha do tempo em que viveu no episódio anterior, Mobius observa seu variante vivendo feliz com seus filhos. Sylvie passa a ser o único Loki da Linha do Tempo Sagrada com a saída de cena do deus da trapaça.
Em meio aos ramos temporais, temos um vislumbre de Loki antes do capítulo terminar e chegarmos aos créditos para dar fim à segunda temporada da série. Ele tornou-se algo muito além de seu papel como deus da trapaça, pois passou a ser o Deus da História, quem rege tudo o que acontece no universo fantástico da Casa das Ideias no cinema. Um fechamento digamos, poético, para os acontecimentos que a gente vem acompanhando nas últimas semanas, não é mesmo?
Nosso veredito do episódio
Quanto drama! O último capítulo de Loki trouxe muito desenvolvimento de personagem para nosso anti-herói favorito, tanto que ele acabou por se tornar um herói, aquele que permitiu que o MCU continuasse nos trilhos para que possamos testemunhar o que está para vir na sua fase 4.
Até o momento, temos que admitir, nada de grande nota vem acontecendo nesse universo, mas depois da série que acabamos de ver, há uma grande promessa que deve ser cumprida pelos próximos filmes da sequência da saga. Ainda temos muitas perguntas a serem respondidas afinal.
A principal delas é o que vai acontecer com Kang e como seus múltiplos irão pintar o sete no cenário geral. A que tudo indica, vai demorar um pouquinho para sabermos, pois o próximo filme dos Vingadores está com lançamento marcado somente para 2026. Até lá, há muito chão para percorrer, sem falar de muito filme para assistirmos.
E aí, o que você achou de Loki? Gostou da maluquice dos acontecimentos que a gente acompanhou junto aqui no Showmetech? Deixe seu comentário abaixo e vamos trocar ideia sobre o que está por vir no MCU! Até a próxima!
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Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (10/11/23)
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