CRÍTICA: Invasão Secreta SE01 EP05: Maldita Colheita

Não há como negar que Invasão Secreta tem sido uma série Marvel deveras morna desde o seu início, impressão decorrida de lá atrás quando ainda tínhamos fé em seu potencial como o grande elo entre as fases do MCU que os fãs da Casa das Ideias estavam aguardando há muito tempo. 

Como de costume, fica aqui o aviso de que esta crítica contém spoilers do episódio. Todo cuidado é pouco se quiser assistir à série sem saber de detalhes da trama!

Estamos quase lá

Agora, no quinto episódio, por melhor ou por pior, já medimos bem nossas expectativas, sabendo que não, Invasão Secreta não é a revelação para a qual tinha tudo para ser quando o que a gente tinha era somente uma sinopse para a série, mas nada concretizado.

Com isso em claro e bom tom em nossas mentes, “Colheita”, o penúltimo capítulo da série, segue com mais do mesmo que temos visto nos últimos episódios: um ritmo de trama vagaroso, sem muitas emoções; algo que está seguindo o roteiro, de forma pura, simples e burocrática, como se estivesse fazendo por fazer.

Neste que foi o episódio mais curto até o momento, seguimos as repercussões da grande batalha que vimos semana passada. O presidente, em estado grave, é levado em disparada pelos corredores do hospital, com Fury ao seu lado. Os médicos estão preocupados, mas nosso caolho favorito não perde a oportunidade para sussurrar no ouvido do líder supremo de seu país, mesmo desacordado, para não confiar em Rhodes.

A comuna não vai nada bem

De volta à Rússia, damos um pulinho no complexo de Gravik, onde o bicho-papão Skrull junta seus soldados para uma conversa. Ele se mostra decepcionado com os comparsas, que ao seu ver, falharam em sua grande missão, matar Fury. Em contrapartida, eles o acusam de ser fraco no momento em que ele mesmo não conseguiu fazê-lo, dando uma palhinha de que Fury sempre teve acesso a amostras do DNA dos Vingadores, mas nunca foi achado.

Gravik mostra-se uma pessoa sem a capacidade de ouvir críticas, pois acaba usando seus poderes de Super Skrull para dar cabo da voz dissidente dentre seus homens, ao mesmo tempo usando sua vítima de exemplo e como uma intimidação contra os Skrulls que apoiam a sua causa. Antes de virar as costas para eles, manda-os dar cabo da traidora Varra, na casa dos Furys.

A mascarada de Rhodey continua

Enquanto isso, Rhodey está a caminho do hospital para eliminar Ritson, mas Gravik decide poupar o presidente para manipulá-lo e fazê-lo acreditar que foram de fato os russos que tentaram matar a ele e sua cominutiva, só que com um detalhe a mais: que Skrulls ajudaram-nos. E olha só, ele quer que Raavas, o Skrull que está impersonando Rhodes, revele a presença de Nova Skrullos, e que eles devem ser todos mortos.

Para ele, isso servirá de isca para Fury, para finalmente acabar com o ex-chefe da S.H.I.E.L.D. E não é que ele nem precisaria disso, pois ao chegar no local em que o presidente se encontra, Rhodey é peitado por ninguém menos que o personagem de Samuel L. Jackson, que coloca uma arma em sua cabeça. Apesar disso, ele continua com a artimanha, ameaçando soltar a gravação em que o protagonista da série é visto matando Maria Hill, durante o atentado ocorrido no primeiro capítulo, o que faria Fury se tornar o homem mais procurado do planeta.

Fury, possesso, deixa o local, mandando uma mensagem clara a Gravik: que irá pegá-lo. Assim que gostamos de ver nosso agente número um, não é? Mas por que raios ele já não fez isso no capítulo anterior quando teve a oportunidade, sem falar de uma bazuca na mão? Ah, não vamos gastar neurônios nos preocupando com detalhes bestas, pois há mais para comentar sobre o episódio, já que logo após a linda abertura de Invasão Secreta, o que já estava ruim para Nick fica ainda pior, com a divulgação das imagens de seu suposto papel no assassinato de Hill.

Falsworth volta a dar as caras

Não só isso, mas também fabricam sua ligação no atentado contra a vida do presidente. Falsworth faz seu glorioso retorno, invadindo o escritório de Weatherby, diretor da MI-6, baleando-o na perna, revelando sua identidade de Skrull, à vista de seus próprios e incrédulos agentes. Já estávamos com saudades dela e de suas medidas extremas, e sua volta não nos deixou na mão!

Enquanto toma um cafézinho, Gravik é interrompido por um de seus Skrulls, que o questiona sobre o destino de Pagon. Segundo o líder rebelde, o falecido falhou com a causa, mas a conversa é colocada em pausa com a ligação de Rhodey, para informá-lo da recuperação do presidente. Gravik não perde a oportunidade para ameaçar seu Skrull infiltrado; por que não ser ainda mais odiado pelos seus próprios amigos, não é mesmo? 

Se isso não bastasse, os Skrulls que estavam questionando-o decidem partir para cima dele, mas apesar de estarem em número maior, levam a pior, pois Gravik já não é mais um Skrull comum, e sim, um SUPER SKRULL. Na frente de todos os seus seguidores, o líder dá uma amostra de seu poder e sua crueldade, rasgando a garganta do dissidente.

Em Londres, Fury recebe a visita de G’iah, e os dois têm uma conversa reveladora, em que Nick conta um pouco da história de Brixton, dizendo que durante a Segunda Guerra Mundial, o bairro virou um refúgio de imigrantes, uma clara alusão à situação dos Skrulls. 

Agora sabemos o que a Colheita é

Ao tentar aliviar o sofrimento da jovem quanto à morte de seu pai, Fury procura convencer que Talos não morreu por nada; ao mesmo tempo, ela conta ao amigo de seu velho o objetivo de Gravik de encontrar a tal Colheita, ou seja, o material genético dos Vingadores, ao roubar as amostras de DNA das quais já sabemos. 

Falsworth continua em sua missão de destruição, visitando o casal Dalton. Amedrontadora e sempre no controle da situação, como de costume, ela rende os dois para questionar a missão deles com a construção da máquina de Gravik. Ao tentar usar sua parceira de refém para fugir, o agente infiltrado Skrull acaba levando uma balaça na cabeça. Falsworth não está para brincadeira, e mantém a sobrevivente sã e salva, afinal é dela que ela precisa para descobrir mais detalhes sobre o plano do líder rebelde.

Enquanto isso, no lar dos Furys, G’iah dá de cara com Varra, ou melhor, Priscilla, que estava pronta para se defender na base da bala, depois de trair a causa de Garik ao ajudar Fury. G’iah não só se mostra uma convidada educada, baixando sua arma, mas também a convida para ajudá-la a enterrar Talos.

Rhodey continua com sua missão de enganar o presidente, revelando a existência dos Skrulls na Rússia, como Gravik o instruiu. Ele sugere a destruição da base, e Ritson corretamente explica que tal ação acarretaria uma Guerra Mundial, afinal, seria um claro ataque de seu país contra o rival russo. Mas o Skrull que se encontra fingindo ser o antigo Máquina de Guerra não arreda o pé, dizendo que isso não seria nada mais que cortar o mal pela raiz.

Fury parte para a ofensiva

Fury recebe uma ligação de Garik, que oferece a ele uma proposta: entregar a Colheita para que ele cancele todo o seu plano. Convida o herói da série a visitá-lo em sua base, no reator desativado. Num jatinho, Nick troca uma ideia com Rick Mason (O-T Fangbenle, da série O Conto da Aia), que faz uma ponta na série depois da sua participação no filme-solo da Viúva-Negra, em que ele ajudou Romanoff durante os eventos que rolaram entre Capitão América 2: O Soldado Invernal e Vingadores: Guerra Infinita.

O caolhão lamenta ter de tomar um avião para ir ao encontro de Falsworth, dizendo que preferia muito mais um passeio no seu velho aero porta-aviões, mas Mason rebate seu lamento dizendo que este está há muito aposentado, o mesmo que devia acontecer com o velho espião. Touché! É claro que ele não recebe o “obrigado” esperado depois dessa, mesmo ao entregar a Fury um bolo de documentos falsos para que possa passar incólume pela Europa ao buscar Falsworth.

No enterro improvisado de Talos, G’iah e Varra prestam uma homenagem ao morto, com a menina colocando o anel de casamento de sua mãe em cima do corpo, momentos antes de atear fogo a ele. Já de volta à casa, ela se lamenta por ter sido uma má filha a seu pai, e Priscilla brinca, contando de sua briga com seu marido antes do Blip. Ela revela que não dava muita fé em Fury ser um bom homem casado, dizendo que tentou dar o conforto que ele procurava em seu lar.

Varra se irrita com as atitudes de G’iah, mas consegue controlar-se, mantendo a fachada de durona, mesmo quando os homens de Garik invadem o local, metralhando tudo enquanto as duas despacham agente após agente, num bangue-bangue regado a porradaria realizado como uma jogada treinada no futebol. Dando uma de Ethan Hunt, Fury é capaz de adentrar a Rússia utilizando-se de um disfarce da Viúva-Negra, outra ponta da continuidade da bela personagem, integrante dos Vingadores.

Falsworth o recebe em seu carro e os dois partem para seu destino, com a música do artista Stormzy ao fundo, fazendo clara alusão à trama da série, cantando sobre um “lobo em pele de cordeiro”. Varra deixa G’iah em algum ponto de Londres. Falsworth se mostra surpresa pela revelação de que Rhodey é um Skrull, e ainda mais perplexa pelo que Gravik planeja fazer ao simplesmente entregar seu povo à mercê do presidente dos Estados Unidos. 

Colocando os pingos nos Is

Fury deixa claro o que a Colheita é, para quem ainda tinha dúvidas, ao contar a ela sobre o sangue derramado de todos os Vingadores durante a Batalha da Terra, ocorrida em Vingadores: Guerra Infinita, inclusive Carol Danvers, recolhido pelos Skrulls, mais especialmente, olha só, Gravik. Segundo ele, deve ter sido aí que o líder rebelde, ainda leal aos planos de Fury, teve a brilhante ideia de criar um Super Skrull à base do DNA dos heróis. Sinceramente, quem não teria pensado nisso? Chegam à conclusão que sim, Fury é culpado por tudo o que vem ocorrendo desde então.  

Os dois visitam o túmulo de Fury, nas florestas da Finlândia, onde Falsworth questiona o porquê dele não ter chamado heróis para ajudá-los nessa crise. Ele diz que não tem ninguém que possa resolver esse problemão do modo que ele é capaz de fazer. Mas a grande surpresa fica para o final, já que a lápide guarda um compartimento secreto em que o frasco contendo a Colheita se encontra. 

Recuperando seu tapa-olho e jaqueta, Nick Fury se completa, voltando ao seu visual clássico, partindo para seu encontro com o grande vilão da série, que acontecerá no finale da semana que vem. Tcha-ra-raaan!

Conclusão

Do mesmo modo que começamos a crítica desta semana, devemos ser bastante cuidadosos com nossas expectativas em relação a esta série. O episódio desta semana trouxe revelações interessantes e até algumas cenas legais de ação; por outro lado, infelizmente, o ritmo das sequências continua um tanto desconexo, como já foi visto nos capítulos anteriores. 

Nada do que foi construído até agora significará grande coisa se a grande conclusão da série não trouxer um tremendo de um fechamento à trama de Invasão Secreta. E convenhamos, a história tem sido mais pra menos do que pra mais desde o princípio.

Para os que vem anotando a pontuação de Fury até o momento, vão notar que nosso amigo não está na melhor forma, vem errando bastante, pisando na bola feio, então mesmo com seu antigo visual fodão, será que ele vai entregar um episódio final digno do personagem, apesar dos pesares? Só resta esperarmos até quarta-feira que vem. 

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Fonte: Screen Rant.

Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (20/07/23)