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O terceiro episódio de Invasão Secreta trouxe poucas novidades à trama no mais curto e menos emocionante capítulo da série até agora.
De lá pra cá na história
“Traição” começa com a fé do novo recruta dos rebeldes Skrull testada ao ser colocado em ação, se infiltrando em uma base militar no território inglês ao tomar a identidade de um oficial de patente. De volta a 1998, em Nova Iorque, temos uma rápida cena em que Fury interage com a sua futura esposa, na qual descobrimos que ela também era agente da aliança humana com os Skulls refugiados na Terra.
Nos dias de hoje, Nick tem um papo com a sua esposa Skrull, Priscilla, e a Sra. Fury se lamenta do período em que Nick esteve longe de casa, e também a sua volta, quando novamente se ausentou para ir morar na S.A.B.R.E, um tema recorrente de Invasão Secreta, até cansativo, mesmo este sendo somente o terceiro episódio. Priscilla demonstra toda sua raiva pelo marido tê-la abandonado voluntariamente e não dá a resposta que Nick queria ouvir ao ser indagada sobre seu envolvimento com Gravik.
Entre um corte e outro, vemos o Skrull infiltrado na televisão, provocando o público em seu programa sensacionalista e Gravik confirma nossa teoria quanto ao episódio anterior: ele está em busca da criação de não só um, mas vários Super Skrulls, ao planejar tomar a identidade dos super heróis da Terra!
O líder rebelde então tem uma conversa séria com G’iah sobre o papel de Brogan, o Skrull capturado que ele matou no final do episódio anterior, e, de modo ameaçador, tenta arrancar da moça a confissão de sua traição, mas acaba recebendo um belo não por parte do personagem de Emilia Clarke. Os dois então partem para uma viagem a Londres, para que o líder rebelde tenha seu encontro com Talos, no British Museum.
Talos deixa seu pesar falar
G’iah aproveita a oportunidade para vazar uma informação recebida por Garik de que um submarino militar está para pousar em território inglês, ao mesmo tempo em que os dois Skrulls têm o seu lero em frente a um quadro dos estadistas responsáveis pela guerra. Garik mostra que está sempre disposto a se colocar em risco, derramar sangue em nome de sua causa, ao contrário das figuras retratadas na pintura.
Talos perde as estribeiras quando Garik o provoca, dizendo que G’iah é completamente dispensável e que se quisesse, a mataria sem pestanejar, partindo para cima do Skrull mais jovem, revelando que todos na sala em que estavam eram simpatizantes do rebelde, uma demonstração de força. Garik não recua e diz que quer matar todos os humanos; Talos rebate a agressividade de seu rival e conta a ele que os humanos têm mais poder do que ele imagina, e é em momentos de sofrimento que eles ficam mais perigosos.
A conversa acaba com Talos “garfando” a mão de Garik e partindo, mas não antes de receber algo de um estranho. O que seria? Ficamos sabendo mais para frente do episódio, quando ele se encontra com Fury em um bar.
Questionando as intenções de Nick, Talos o ridiculariza, mas a informação do ex-chefe da S.H.I.E.L.D de que sabe que um Skrull está fingindo ser um membro do alto escalão do governo norte-americano não o impressiona, muito pelo contrário, ele quer que Fury se desculpe com ele, implorando pela sua ajuda.
Só uma pontinha de Fallsworth
Finalmente rola uma ponta de Fallsworth, a nossa estrela de Invasão Secreta, pena que dura pouco. Ela recebe uma ligação de Fury em que ele compartilha da informação do submarino Neptune vinda de G’iah, e ele acredita que o infiltrado rebelde irá utilizá-lo para atacar a ONU. Sonya tira um bom sarro do nosso amigo caolho antes de compartilhar a localização do comodoro, responsável pela frota naval inglesa. No caminho, Talos literalmente parafraseia um dos stand-ups de Jerry Seinfeld ao comentar sobre o relacionamento entre os humanos e seus cachorros.
Fury rebate a brincadeira dizendo que ele vem limpando a sujeira do seu velho amigo Skrull há trinta anos, mas Talos habilmente replica dizendo que todas as conquistas de Nick dentro da S.H.I.E.L.D aconteceram graças a ajuda de seu povo, a duro esforço. Impersonando o comodoro, o Skrull invade a residência, rendendo os agentes de Garik encarregados de protegê-la, e quando enfim consegue chegar ao seu alvo, acaba rendido.
Fury é capaz de reverter a situação pois em referência ao filme Capitã Marvel, percebe que Talos o chama de Nicholas, o que nunca acontece. Tcha-raaan, rechaça a reviravolta do Skrull infiltrado ao fazer seu filho de refém. Ele logo percebe que o comodoro, ou melhor dizendo, Bob, está monitorando o movimento do submarino, que acaba de receber ordens para lançar mísseis na comitiva das Nações Unidas a bordo de um avião. Mas Bob não é facilmente convencido a ajudá-los e trair Gravik; muito pelo contrário, Talos o mata a sangue frio depois de ouvir as provocações do agente inimigo.
Uma revelação sem graça
Por sorte, a linha direta entre ele e sua filha logo rende o que queriam desde o começo, o código de acesso ao armamento do submarino, mas não antes de G’iah testemunhar o modo com o qual seus agora ex-comparsas rebeldes roubam a identidade dos humanos raptados por eles. Talos é capaz de abortar o lançamento dos mísseis bem a tempo, e G’iah dá início à sua fuga da comuna de Garik.
Talos e Nick começam finalmente a fazer as pazes e o Skrull explica ao velho que a única razão pela qual ele não o traiu se juntando a Gravik é simples: “ele estava com Fury”. Que graça! G’iah logo é pega por Garik durante sua escapada no meio da noite, e seu líder revela que toda a trama para atacar a ONU não passava de uma isca. Garik dá cabo dela com um tiro no peito, deixando-a sangrar no meio da estrada, partindo de volta ao seu refúgio, de carro.
No lar dos Fury, Priscilla recebe uma mensagem e parte para visitar uma caixa-forte de um banco, de onde obtém uma arma. Ela recebe uma ligação de alguém que aparentava ser Rhodey que revela seu envolvimento direto com Gravik, um easter egg que coloca mais lenha na fogueira, colocando em xeque a identidade real do ex-colega do Homem de Ferro e atual conselheiro do presidente dos EUA, e dá fim ao episódio.
Conclusão
“Traição” trouxe exatamente isso, mas sem o peso que os escritores provavelmente esperavam, pois não tivemos tempo de ter qualquer apelo pela personagem de Priscilla antes de ela se revelar uma traidora. O episódio pouco moveu a história adiante, levando em consideração que tudo que houve nele com relação às movimentações dos Skrulls terroristas não passou de um mero alarde.
Com este terceiro episódio, temos um certo declínio na série como um todo, o que para uma sequência de poucos capítulos como Invasão Secreta, passa a impressão de que houve um desperdício, a mesma que vimos nas outras séries da Marvel, especialmente as da Netflix, que contavam com mais de 20 episódios por temporada. Não temos tempo suficiente para perder com 6 desta série.
Agora resta torcer para que as três partes restantes sejam melhores, pois há ainda algum potencial para que o clímax da trama seja mais interessante que alguns poucos diálogos, uma revelação pra lá de chocha e uma execução há muito esperada, com pouquíssimo efeito em nosso emocional para justificar o subtítulo “Traição” deste episódio.
Perdeu a crítica do episódio anterior de Invasão Secreta? Não tema, o Showmetech está aqui para te salvar!
Fonte: Screen Rant
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (06/07/23)
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