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Quando pensamos em The Mandalorian, é comum imaginar Din e Grogu, mas a realidade é que o título da série sempre pode ter mais significado, fazendo referência ao povo de Mandalore – tema que, aliás, está sendo utilizado durante a terceira temporada do seriado.
Faltando dois episódios para o fim, a série pisa no acelerador para mais uma conclusão bombástica, em um incrível episódio que se une ao panteão de grandes momentos de Star Wars, e ainda começa a conectar todo o cânone moderno da franquia de maneira fantástica.
Sem mais delongas, confira a crítica do Showmetech para o sétimo episódio da terceira temporada de The Mandalorian.
Aviso: spoilers a seguir!
O conselho secreto do Império
O episódio começa finalmente mostrando movimentações dos vilões da temporada. Sem grandes surpresas, Moff Gideon está de volta e trabalhando junto com Ellie Kane, aquela ex-executiva imperial que estava trabalhando com a Nova República mostrada lá no terceiro episódio desta temporada.
Ellie revela para Gideon que os mandalorianos estão se unindo sob o comando de Bo-Katan, e com isso o chefe imperial fica tenso, levando para a próxima cena do episódio: a introdução do conselho secreto do Império, que conta com nomes importantes como o próprio Gideon, General Pellaeon, o braço-direito de Thrawn na lendária trilogia “Herdeiro do Império” do cânone Legends de Star Wars, e Brendol Hux, pai do General Hux que acompanhamos durante toda a nova trilogia da franquia entre 2015 e 2019.
O vilão de The Mandalorian afirma que com a união dos mandalorianos, eles podem estar pensando em retomar Mandalore, e o Império não pode deixar isso acontecer, já que o Projeto Necromante pode estar em risco caso isso ocorra. Não sabemos o que exatamente é esta investida, mas considerando a implicação do nome, não parece errado traçar um possível paralelo com o retorno de Palpatine no Episódio IX.
O conselho secreto afirma que precisam logo de Thrawn para poder seguir os próximos passos do retorno da glória imperial, e a cena termina talvez sendo um dos momentos mais importantes de toda franquia na memória recente. Através de um simples diálogo, Dave Fillone conseguiu unir seus projetos futuros (a série Ashoka e o recém anunciado filme que irá dirigir) com o surgimento da Primeira Ordem e também o retorno de Palpatine, em retrospecto também começando aos poucos a dar mais sentido para algumas das coisas mais aleatórias das sequências.
Fillone já havia feito isso anteriormente na série animada Guerras Clônicas, melhorando e muito o contexto das prequels através da apresentação de variados conflitos durante o período. Agora, porém, ele parece ter muita mais liberdade em contar os eventos que desencadearam todo o caos das sequências, tendo em suas mãos um trabalho um tanto mais complicado, já que mexe com o gosto de fãs odiosos e que por muito desejaram esquecer a trilogia. Mas, mesmo potencialmente tendo que caminhar pisando em cascas de ovos, ele parece estar pronto para surpreender positivamente.
Os grandes conflitos dos Mandalorianos
Saindo da reunião imperial, vemos Bo-Katan e os mandalorianos chegando em Mandalore para reocupar a Grande Forja e começar uma nova era para o povo guerreiro das estrelas. No planeta, ficamos sabendo que Bo-Katan anos atrás se entregou para Gideon para poupar os seus súditos, mas o vilão imperial a traiu e não cumpriu com o combinado.
Tudo isso vai criando uma luta mais pessoal entre a monarca de Mandalore e o comandante imperial, tornando o eventual conflito entre os dois personagens no episódio final algo bem interessante, assim como o de Din contra ele foi na conclusão da segunda temporada.
Ao se aprofundarem no planeta, contando com a ajuda de Grogu e sua unidade robótica IG-11 modificada (que, de maneira hilariante, agora faz com que nosso querido Baby Yoda possa falar “sim” e “não”), nossos heróis são encurralados por Gideon e uma grande tropa imperial revestida de Beskar.
A sequência de batalha é uma das mais brutais já vistas em Star Wars, principalmente com o vilão interpretado por Giancarlo Esposito estando bem mais frio e cruel, lembrando em diversos momentos a interpretação que o ator deu ao icônico vilão de Breaking Bad, Gus Fringe. O conflito acaba com Din capturado e Paz Vizla se sacrificando lutando para salvar seus companheiros. Mas mesmo nesse péssimo contexto, Bo-Katan não aceita a derrota, indicando que no próximo episódio teremos a revanche.
Um mundo que não para de se expandir
Por conta da existência dos filmes de 2015, 2017 e 2019, nós sabemos que os imperiais conseguirão retomar parte do poder, o que poderia tornar toda essa narrativa um tanto desinteressante por sabermos o que acontecerá no fim. Porém, nós não temos noção do destino dos mandalorianos ou de Gideon, e qual é o real papel de todas essas peças nesse grande jogo.
Sabemos que Thrawn, por exemplo, terá muita importância em produções futuras, como Ahsoka, mas ainda não sabemos como será sua volta – e nem se Gideon será importante em sua retomada. Tudo isso cria um manto de incerteza que está cada vez mais melhorando a narrativa e a levando para uma conclusão que, embora saibamos parte do resultado, ainda pode surpreender.
O sétimo episódio da terceira temporada de The Mandalorian, no fim, mostra que mesmo os episódios mais parados do ano valeram a pena, pois estão mostrando somente a construção de um conflito épico e que, arriscamos, poderá nem ser concluído completamente no episódio da semana que vem.
De qualquer forma, é bom ver Star Wars em uma fase boa. Querendo ou não, é um dos bastiões da cultura pop mundial, e a franquia merece habitar o imaginário de todos.
The Mandalorian tem novos episódios toda quarta-feira no Disney+.
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (12/04/23)
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