Ghostbusters (EUA, 2016). Ação. Comédia. Sony Pictures.
Direção: Paul Feig
Elenco: Melissa McCarthy, Leslie Jones, Kristen Wigg, Kate McKinnon e Chris Hemsworth.
Algumas produções cinematográficas, ainda na fase de pré-produção, já possuem legiões entusiasmadas de fãs. Outras já começam sob uma enxurrada de críticas. No entanto, a refilmagem de Caça-Fantasmas (Ghostbusters, SONY. 2016) é um caso singular na indústria de Hollywood.
Atacando uma das produções mais marcantes da década de 1980, fenômeno cultural da época, o filme de Paul Feig recebeu um volume inédito de reprovações, culminando em movimentos de boicote e ameaças de morte a ele próprio e ao elenco. O trailer do filme recebeu a maior rejeição já vista no YouTube, para uma peça promocional do gênero.
Com a chegada do filme, que estréia nesta quinta-feira (15) nos cinemas brasileiros, é hora de conferir se o “reboot” merece as críticas, ou se conseguiu superar – ou ao menos alcançar – a qualidade do filme original.
Claro, antes de tudo, também faz-se necessário que a sociedade reflita sobre o senso ético — ou a falta de — ao lidar com a frustração de expectativas. Se, para alguém, o cerne irredutível de Caça-Fantasmas é um quarteto de homens lutando contra fantasmas, para outrem, a irreverência lúdica de uma equipe que combate tais criaturas é o principal, independentemente de sexo, gênero ou raça.
Mas isso não quer dizer que o novo Caça-Fantasmas seja um exemplo de representatividade, o que acaba exalando um odor de dupla frustração: pelo filme em si e pelo papel que o mesmo teria dentro da luta pela representatividade. Uma análise crítica do longa original identifica diversos estereótipos pejorativos. Na década de 80, o movimento pela defesa dos direitos humanos ainda engatinhava, se comparado com o que alcançou hoje; o que permite até certa “defesa”. Mas manter essa vista grossa para o longa atual seria insustentável. Caça-Fantasmas progride na questão dos estereótipos, mas o papel de Leslie Jones é uma pedra nesse caminho.
No que concerne à trama, a refilmagem é um ótimo exemplo de combinação entre ficção-científica, comédia, ação e um toque de terror. O diretor Paul Feig avança em todos esses gêneros muito mais do que o original em que se baseia, mas falha ao construir argumentos para a quebra de preconceitos.
Para conferir a íntegra da crítica, visite o post do autor Eduardo Mercadante, no site PipocaCombo.
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