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Finalmente, o grande vilão da série é encontrado: o Grão Almirante Thrawn coloca seu plano maquiavélico em curso, enquanto Sabine enfim encontra a quem procurava, seu grande amigo Ezra Bridger em um episódio repleto de ação e muita emoção!
Partindo de dentro da bocarra do purrgil líder, Ahsoka e Huyang vão atrás de Sabine, que está na companhia de Baylan e Morgan, rumo ao local onde o Grão Almirante Thrawn encontra-se banido.
Uma jornada de introspecção
Viajando pelo hiperespaço junto dos purrgil, nossa heroína e seu parceiro robótico relembram um tempo há muito passado, quando Ahsoka era criança no tempo dos Jedi. Incentivada por Huyang, ela revela que viu através da Força, ao segurar a esfera do mapa, que Sabine não foi coagida a partir com os vilões, e sim, voluntariamente.
Ahsoka sente-se frustrada com sua protegida, pois a menina teve a oportunidade para acabar com tudo, mas não o fez; pior, ela juntou-se aos inimigos no processo. Não haveria o perigo da guerra que está por vir, mas o robô a lembra que sem essa nova aventura, a possibilidade de também encontrar Ezra estaria perdida.
Sensato em sua análise, o ex-treinador de Jedis afirma que o maior medo de Ahsoka é o de perder Sabine, o que sacode a recém resgatada do mundo dos mortos no episódio anterior a querer mudar de assunto rapidamente. Certeiro golpe por meras palavras, sem dúvida.
“Há muito tempo, numa galáxia muito distante…”, inicia uma de suas histórias, a pedido de Ahsoka, enquanto ainda esperam o final de seu trajeto no hiperespaço, dando a deixa para a dramática abertura da série, e servindo de título ao episódio.
Nas mãos do inimigo
Com um corte a Sabine, que se encontra algemada em uma cena da nave de Morgan, ficamos sabendo do destino da garota, possivelmente arrependida pela decisão. Baylan a visita, falando com ela através da porta, questionando-a sobre o que ele imagina ser uma baita sessão introspectiva acontecendo dentro da caixola da jovem mandaloriana.
Já vendo que fez uma tremenda burrada ao juntar-se a Baylan, Sabine vê-se confrontada com a realidade de que a promessa do antigo Jedi talvez não tenha sido sincera, visto que não parece que ela verá Ezra tão cedo. Baylan, por sua vez, segue com seu plano, indo conversar com Morgan, na ponte da nave.
Morgan está em dúvida sobre os objetivos de seu aliado, e procura saber se ele irá de fato cumprir com a sua promessa feita a Sabine; ele crê que a busca por seu amigo deixa a garota cega, mas que mesmo assim ainda há utilidade para ela dentro de seus objetivos sinistros. Enfim, os vilões chegam ao seu destino, saindo do hiperespaço.
A nave em formato de anel segue ao planeta Peridea, terra natal dos ancestrais de Morgan, os Dathromir. Segundo Baylan, esse local também serve de marco final da jornada dos purrgil pelo espaço, agindo como uma espécie de cemitério, com a vilã também revelando que seu povo domesticou esses seres e fez uso de suas capacidades únicas para benefício próprio.
A aproximação à órbita do planeta revela uma onda de lixo cósmico, dentre peças de naves e carcaças de animais, provavelmente dos purrgils que fazem da jornada ao local a sua última em vida. Os oficiais robóticos de Morgan afirmam que um poderoso sinal emana da superfície de Peridea, e os vilões não perdem tempo em respondê-lo, indo direto a ele.
Seguindo rumo a Thrawn
Baylan, Hati e Morgan, junto de Sabine, a bordo de uma nave menor, seguem em rumo ao misterioso sinal. Em meio às nuvens, avistam formações rochosas e estátuas caídas junto aos ermos do planeta. Seu destino acaba sendo uma espécie de base, claramente o local de onde parte a transmissão captada pelos agentes do lado sombrio.
No centro de alguns pilares, um grupo de figuras em robes estão de posse de objetos esféricos: são bruxas do povo de Morgan, os Dathromir, que não perdem tempo em falar com ela sobre a visão que ela teve em seus sonhos, contendo o chamado delas para o planeta em que se encontram agora.
Ela foi guiada até lá por elas, e a promessa continua que Thrawn está a caminho e que ela deve esperar. Tempo hábil para Ahsoka chegar ao planeta também, claro. Sabine fica na mira das bruxas por “feder a Jedi”, a ordem inimiga da seita a qual Morgan faz parte. As esferas carregadas pelas figuras sinistras envolvem Sabine, prendendo-a.
Sem opções, Sabine agora está sob o poder das bruxas, e Baylan nada faz para impedir isso, mesmo ainda querendo manter o que disse para a protegida de Ahsoka. A menina é deixada em uma câmara escura, enquanto Hati e Baylan observam a nave de Morgan partir de volta ao anel.
Baylan fica pensativo, e ao ser perguntado por sua própria aprendiz, afirma que o planeta não passa de um local onde histórias infantis ganham vida, principalmente as contadas no antigo templo Jedi. O guerreiro que deixou o caminho da luz relembra seus dias passados, não muito mais velho que Hati é, quando viu sua vida mudar com a execução da infame ordem 66.
O início de um novo ciclo
Segundo Baylan, a história passa a ser inevitável quanto mais velho você vai ficando, e que os acontecimentos da queda dos Jedi e da ascensão do Império estão fadados a se repetirem, de novo e de novo.
Sua aprendiz pergunta se a tal aliança com o Grão Almirante irá finalmente levá-los ao poder, o que ele rebate dizendo que uma conquista assim é passageira. O que o Jedi decaído está em busca é um início, para finalmente dar um fim ao ciclo vicioso que citou, o qual perdura a mais de 20 mil anos, dando a entender que talvez os eventos de Star Wars: Knights of the Old Republic venham a fazer parte do cânone atual da saga, onde os Jedi e Sith travam uma batalha muito semelhante ao que vemos na história atual, só que há muito tempo atrás.
Em sua nova cela, Sabine tenta invocar o pouco do poder da Força que ela tem, mas logo é interrompida pela chegada inesperada de um resquício do passado. A sombra de um destróier imperial escurece a estrutura na qual os personagens estão. Visivelmente recauchutada, a embarcação é gigante em comparação à torre na qual os vilões estão e facilmente a engloba dentro da abertura de seu extenso hangar. É nada mais nada menos que a Chimera, o destruidor de estrelas visto pela última vez em Rebels.
A tensão cresce conforme se aproximam do que revela ser um batalhão de soldados imperiais e naves de combate a mando de Thrawn. Todos, nota-se, trajam armaduras sujas, com peças substituídas, inclusive um deles com a tradicional máscara de stormtrooper trocada por uma de ouro. E todos gritando o nome de seu líder, como um culto repleto de adoradores, até fanáticos.
Vale citar que esses soldados são referidos pela legenda do episódio como night troopers, o que pode ser uma referência a outro evento do antigo cânone Star Wars, onde soldados mortos-vivos serviram os resquícios do Império; visto que Thrawn é um aliado das Irmãs da Noite, nada é impossível.
Enfim, habemus o Grão Almirante
Trajando um uniforme com sinais claros de costuras e remendos, o triunfante Thrawn marcha em encontro aos seus novos aliados, em meio aos urros e berros de seu nome por parte de seus soldados. O membro da raça chiss, de pele azul e olhos vermelho-sangue, sorri ao dar de frente com as suas visitas, dentre elas as Bruxas-Mães das Irmãs da Noite de Dathromir.
O exílio, diz Thrawn, está para acabar, convidando a todos para embarcar em seu destróier, em companhia de seu líder de esquadrão, Enoch, o da máscara dourada. Uma exceção dentre as forças fascistas do Império Intergalático, Thrawn foi o raro alien a ascender a um cargo de tamanho poderio de Grão Almirante, e sua presença já se mostra fenomenal no episódio.
Apresentados como mercenários por Morgan, Baylan e Hati, o mestre é instantaneamente reconhecido por Thrawn como um general dos Jedi nas Guerras Clônicas, o que Baylan logo rebate dizendo que há muito deixou a ordem decaída. Ao saber quem a prisioneira é, um sorriso toma conta da face do grande vilão, reconhecendo uma inimiga que há muito tempo ele não enfrenta, desde os eventos da animação Rebels.
Frente a frente, Thrawn ironicamente agradece Sabine por trazer a ele a solução para seu exílio, momento no qual ela logo procura saber do destino de Ezra, o qual o Grão Almirante habilmente classifica como o objetivo cego da garota que irá mudar o rumo da história do universo, já que trouxe de volta uma figura como ele para o cenário.
Sem crer no que foi oferecido a ela por Thrawn, os meios para achar seu amigo e uma passagem livre, pois a promessa de Baylan ainda está de pé, o chiss a conforta ao dizer que no momento em que partirem em seu destróier, Sabine ficará presa no planeta deserto, e que, muito provavelmente, Ezra está morto, junto de um howler, uma montaria antes vista nos jogos Star Wars: Jedi Knight, anteriormente parte do cânone, agora são reaproveitados na nova realidade da série, como nativos de Peridea.
Sabine está prestes a seguir seu rumo. Antes, porém, ela é alertada por Enoch dos perigos que a aguardam na superfície de Peridea, de como os nômades que fazem do local desolado seu lar vivem, atacando uns aos outros para sobreviver, antes de entregar à moça suas armas. “Morra bem” é o seu adeus a ela antes de abrir as portas e Sabine seguir em frente.
Uma missão suicida
Logo após a partida de Wren, Thrawn informa Baylan e sua aprendiz que eles têm o caminho aberto para encontrar Sabine. Mesmo que ele encontre Bridger, a mandaloriana terá que enfrentar o Jedi do mal e Hati, que estão decididos a ser empecilhos perante a aprendiz de Ahsoka.
Demora meros momentos para Sabine ver-se perante os perigos do planeta ao ser alvejada por tiros a laser de inimigos ocultos, assustando sua montaria para longe. Para seu azar, suas capacidades de luta de mandaloriana pouco a ajudam na luta, mas ela lembra-se de seu sabre de luz e logo é capaz de botar seus adversários para correr.
Infelizmente, durante a pancadaria, o rastreador dado por Thrawn acaba sendo avariado, e Sabine não tem escolha a não ser partir a pé, sem rumo. Enquanto isso, a dupla de não-Jedis segue no rastro de Sabine. Thrawn ordena que esquadrões fiquem de prontidão para se juntarem a Baylan no momento certo, o que Morgan julga ser pouco para ajudar seu aliado.
Thrawn pouco demonstra se preocupar, nem com Sabine e Ezra, pior ainda com Baylan. De volta a Sabine, ela dá uma bronca daquelas em sua pobre montaria, que a deixou sozinha para enfrentar as forças inimigas. Visivelmente arrependido, o animal segue a garota, que não quer nem saber dele, rejeitando-o a todo momento. Porém, o bicho é teimoso e continua seguindo-a até Sabine voltar para a sela.
Contando com o faro de seu novo amigo, a menina de Mandalore segue em frente, mas logo chega a uma encruzilhada, achando que a montaria somente a levou a um lugar para matar a sede. Mas Star Wars sendo Star Wars, nada é em vão, pois um monstrinho em forma de pedra revela-se para a dupla. Com medo, ela tenta se comunicar com Sabine, que tenta acalmá-la, comunicando-se em sua própria língua alienígena. Ela reconhece o emblema dos rebeldes no ombro da armadura de Sabine, revelando um colar em volta de seu pescoço, com o mesmo símbolo.
Sabine reconhece o artefato como sendo de Ezra, e ao ouvir o nome, mais bichinhos iguais ao primeiro se juntam à conversa. Tudo indica que eles conhecem o amigo dela e irão guiar a menina a ele pelo inóspito planeta em que se encontram. E não foi sem tempo, pois Baylan está muito próximo de achá-la, examinando os restos da luta que ela teve há pouco.
Numa rápida conversa com sua aprendiz, Baylan comenta sobre as origens de Ezra como um Jedi Bokken, parte dos guerreiros que continuaram treinando nos rituais da ordem após a queda do templo. Hati, por sua vez, diz ele, será treinada para ser algo muito maior que um Jedi, após a jovem mostrar-se identificando com a história de vida de Bridger.
Baylan mostra-se nostálgico pelo seu tempo como membro da ordem Jedi, mas após a pergunta de sua aprendiz sobre a saudade que ele nutre pelo seu passado, ele reforça que sente falta do conceito, mas não da fraqueza e falta de futuro do grupo. Hati fica pasma pelo fato de seu mestre não conseguir sentir a localização do amigo de Sabine.
Ela, acertadamente, questiona a decisão de Baylan em ficar para trás, pois até as bruxas de Dathromir não estão perdendo tempo em fugir do planeta. Baylan, por outro lado, diz crer sentir algo agitando no planeta. Abordados pelos nômades, reina o antigo ditado que “o inimigo de nosso inimigo é nosso amigo”. Pelo menos por agora os dois não irão sacar suas armas.
Olha quem mais apareceu
Sabine chega ao reduto das criaturinhas, uma série de casas em formato de carapaça, onde encontra uma verdadeira sociedade dos curiosos seres. Trajando um manto feito de remendos e com cabelos longos e de barba, Ezra se revela para Sabine, arrancando um riso da menina, que logo o questiona sobre os seus métodos pra lá de estranhos de trazê-lo de volta para entre seus amigos.
Graças à ajuda de seus pequenos aliados, Ezra foi capaz de trazer Sabine para junto dele, e pelo menos por enquanto os dois não irão falar do que está para vir, e sim simplesmente curtir a companhia um do outro enquanto passeiam pelo vilarejo. Sem dúvida, os dois têm muito a conversar. Mas não nos esqueçamos dos vilões, pois eles se preparam para partir e tocar o terror no universo. Alertado pelas bruxas, Thrawn fica sabendo da aproximação de Ahsoka, uma notícia bastante indesejável para o azulão.
Questionando a veracidade da informação que lhe foi dada por Morgan, o Grão Almirante demonstra frustração ao saber do milagroso retorno da “recém-falecida” Ahsoka Tano, deixando Morgan, pela primeira vez na série, sem jeito. Subestimar um Jedi está além das capacidades das Irmãs da Noite, ela dando a desculpa que Baylan havia assegurado a morte de sua inimiga, com a qual Morgan também travou combate durante The Mandalorian, lembramos.
A fraqueza dos Jedi ainda permanece no ser de Baylan, e Thrawn diz que só considerará a antiga aprendiz de Anakin morta quando tiver provas cabíveis do fato. Ele quer estar preparado para enfrentá-la, sabendo de tudo sobre a heroína, utilizando-se não só dos meios escusos de Morgan, mas também do poder misterioso das Irmãs da Noite de Dathromir. Com o semblante enigmático, o rosto de Thrawn é a última coisa que vemos antes dos créditos começarem, concluindo o episódio da semana de Ahsoka!
Nosso veredito do episódio
Nós, como fãs de Star Wars, já podemos dizer, com segurança, que há tempos não vemos uma série ou de animação de tamanha influência como a que Ahsoka vem tendo dentro do universo Star Wars. Sem dúvida, nada disso seria possível sem toda a construção cuidadosa feita por Dave Filoni e sua equipe na mais de uma década desde assumir o posto de criação da propriedade intelectual sob poder da Disney.
O que Ahsoka vem fazendo muito bem é amarrar as pontas soltas deixadas por Guerras Clônicas e Rebels, colocando pontos nos “is” dentro da saga Star Wars como um todo, sem falar num tremendo desenvolvimento de seus personagens após os eventos das animações. A volta de Thrawn, diga-se de passagem, dita um ponto da trama que mesmo contida somente dentro dos eventos da série, tem o potencial para ser uma das histórias mais legais do universo de George Lucas desde a trilogia original.
Agora, resta descobrir como chegaremos ao inevitável confronto entre Baylan e Ezra, e como isso afetará o futuro do universo, pois a ameaça que Thrawn faz com sua presença não é nada pequena, mesmo já sabendo que de um modo ou de outro, tudo se resolverá a tempo dos eventos da última trilogia de filmes, com a subida da Primeira Ordem como os verdadeiros herdeiros do Império, por pior que a história tenha ficado após Star Wars: A Ascensão de Skywalker.
Por sorte, não precisaremos ficar esperando por anos por uma resposta, como acontece com os filmes. O capítulo da semana que vem promete e muito, e estaremos aqui para comentá-lo. Ahsoka se aproxima de seus finalmentes e não poderíamos estar mais felizes com como a série vem sendo conduzida até o momento. Até lá, que a Força esteja conosco!
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Fonte: Screen Rant.
Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (20/09/23)
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