Crítica: episódio 5 de ahsoka nos leva a um emocionante retorno às guerras clônicas . Ahsoka tem um dramático encontro com imagens de seu passado e syndulla e seu esquadrão enfrentam as forças de ambos os lados do conflito para resgatar suas amigas.

CRÍTICA: Episódio 5 de Ahsoka nos leva a um emocionante retorno às Guerras Clônicas 

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Ahsoka tem um dramático encontro com imagens de seu passado e Syndulla e seu esquadrão enfrentam as forças de ambos os lados do conflito para resgatar suas amigas.

No dramático final do episódio anterior, Hera e sua equipe chegam à órbita do planeta e por pouco não são dizimados pelas vibrações espaciais do salto ao hiperespaço feito pela embarcação de Morgan, que está agora a caminho de encontrar Thrawn; enquanto que, na superfície, Ahsoka tem uma visão e se encontra novamente com seu mestre, Anakin.

Olá, Pirralha

Ahsoka, critica, ep05
Anakin é uma das grandes atrações do episódio. (Imagem: Divulgação)

A esfera que continha o mapa para encontrar Thrawn e possivelmente Ezra foi destruída, levando com si o segredo de Morgan. Hera e o pouco que restou de seus pilotos aterrissaram no planeta, chegando logo após o fatídico duelo entre Ahsoka e Baylan. Ela encontra-se com Huyang, o único membro da equipe que ficou para trás depois de Ahsoka cair no precipício e Sabine partir em companhia do vilão.

No plano astral, Ahsoka conversa com a projeção de Anakin, que a relembra de sua derrota nas mãos de Baylan Skoll. A boa parte disso é que ela ainda tem uma chance de viver e uma oportunidade de continuar a aprender com seu mestre, que diz que seu treinamento pode continuar junto dele. Ele logo saca seu sabre de luz e os dois partem para a luta.

De volta ao planeta, Hera, Jacen e Huyang tentam aproveitar o que podem do mapa destruído, mas não obtém êxito na tentativa de recuperar qualquer informação dele. Carson revela como eles conseguiram chegar ao resgate de Ahsoka: contaram com a ajuda da senadora Organa, a princesa Leia, que pela demora deles em voltar agora está ficando sem meios de explicar a ausência do esquadrão de X-Wings.

Jacen nota algo estranho na água do mar, Syndulla não acredita, mas ele insiste que há algo a escutar nos sons das ondas batendo. Para o garoto, filho do mestre Jedi Kanan Jarrus, é possível escutar o barulho dos sabres de luz se chocando. Hera, ao perceber que seu filho está certo, leva sua busca aos ares a bordo de sua nave.

Não te ensinei tudo ainda

Ahsoka, critica, ep05
Temos um emocionante retorno às Guerras Clônicas. (Imagem: Divulgação)

Ainda batalhando com seu antigo mestre, Ahsoka desdenha de Anakin, pois tem êxito em evitar todos os seus ataques. Ao baixar sua guarda, ele a surpreende destruindo a frágil estrutura sobre a qual os dois estão lutando. Em queda livre, Ahsoka vê sua forma mais jovem ao solo, junto das tropas da República e seus clones em meio às explosões do campo de batalha por Ryloth, o planeta natal dos Twi’leks, durante as Guerras Clônicas. Um easter egg legal para se atentar durante essas cenas de guerra é a presença rápida dos super comandos mandalorianos, pela primeira vez em live action.

O caos da guerra, segundo Anakin, é o treinamento da garotinha, que corre atrás de Anakin, desesperada, com seu sabre de luz em mão. Já depois da batalha, a garota se vê confortando um soldado clone ferido, antes de ser interrompida por Anakin. Ela lamenta a perda de tantas vidas e seu mestre a relembra do preço que precisa ser pago durante a guerra, como Jedis à frente do comando das forças aliadas.

Para vencer, é preciso aprender a ser um soldado, pois os tempos de paz ficaram para trás, segundo seu mestre. Ela precisa aprender a liderar e sobreviver, mas Ahsoka não quer mais lutar, o que Anakin acredita ser a morte da menina. Rapidamente, temos um vislumbre da silhueta de Vader, o futuro impreterível de Anakin, enquanto Ahsoka é deixada para trás em meio a ainda mais explosões.

A busca continua

Ahsoka, critica, ep05
Capitão Rex, um dos easter eggs mais legais do episódio. (Imagem: Divulgação)

Inocentemente, Huyang ainda acredita que a Nova República enviou Syndulla a seu resgate, mas ela conta ao droide desinformado que ela veio sem autorização. Hera começa a duvidar, achando que os senadores tinham razão ao tentar evitar a sua saída, pois acreditavam que a única razão que ela queria isso era perseguir seu amigo há muito perdido.

Jacen e Chopper encontram uma possível pista do paradeiro de Ahsoka e Sabine, que segundo o menino está quase no nível do mar. Junto do capitão Rex, personagem das séries Guerras Clônicas, Rebels e Os Rejeitados, era para ela avançar sobre as forças dos mandalorianos, enquanto ela relembra os eventos do cerco ao planeta, momento em sua vida no qual ela já não estava mais com Anakin. 

Ele afirma que agora Ahsoka se tornou a guerreira a qual ele havia treinado a menina para ser, e que dentro dela estará tudo que ele é, como seu mestre, parte de um legado. Mas para Ahsoka, este legado nada mais é que morte e destruição, pois ela lembra do que Anakin viria a se tornar. O conflito de ideais a coloca mais uma vez contra seu mestre, e em meio à visão, ela é jogada ao chão, de volta à sua forma adulta.

O violento embate entre mestre e pupila continua, agora entre Ahsoka e a versão corrompida de Anakin, que a todo custo quer matá-la. Livrando-se de suas armas, ela diz que escolhe viver. Era o que Anakin queria ouvir. O plano astral muda de forma e ela começa a afundar, uma lembrança do que está havendo no mundo real, após sua queda ao mar.

Ahsoka recobra a consciência sob as águas no momento em que um dos pilotos da esquadra de Carson a resgata. Enfim, seu mestre a salvou mais uma vez. Graças à visão de Jacen, Ahsoka está de volta entre os vivos, acordando no convés da nave do Fantasma, são e salva, agora na companhia de Huyang. Ele a coloca a par dos acontecimentos, inclusive a falta de Sabine, entregando a ela o que sobrou da esfera que continha o mapa.

De volta entre os vivos

Ahsoka, critica, ep 05
O embate imaginário com Anakin serviu para ajudar Ahsoka a virar uma página de sua vida. (Imagem: Divulgação)

Jacen pergunta a Ahsoka com quem ela estava lutando, mas ela desvia de responder, passando a conversar com Hera sobre o que houve no final do último capítulo. Com o artefato em mãos, Ahsoka crê que poderá ver o que houve com Sabine, utilizando-se dos resquícios energéticos presentes no objeto.

Ela ouve as vozes de Sabine e Baylan, do diálogo que os dois tiveram, a oferta dele de encontrar Ezra e Sabine aceitando e partindo para longe do planeta, ao mesmo destino que Morgan no anel. Mesmo sabendo o que houve, não é tão fácil quanto Hera imagina segui-la. Carson avisa que forças da Nova República estão prestes a chegar, e que elas não vieram ajudá-los. Ahsoka decide partir antes que eles cheguem, em busca de Sabine e os malfeitores.

Sob o relance do capacete mandaloriano de sua protegida, Ahsoka mais uma vez observa os purrgils, as baleias espaciais que serviram de instrumento para navegar a atmosfera no episódio da semana passada. A bordo do Fantasma, Hera conversa com Mon Mothma via comunicador, e não acredita no que ouve, pois sua aliada exige informações ou provas sobre quem Syndulla estava perseguindo.

“Vamos ver no que vai dar”

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Dave Filoni é a mente por trás do atual cânone Star Wars. Ele dirigiu este episódio. (Imagem: Divulgação)

Sem nenhuma dessas coisas em sua posse, não há nada que a general Twi’lek tenha para fazer com que a Nova República acredite nela. Ameaçada de perder seu comando, mas agora com uma possível localização por parte de Ahsoka, elas partem juntas, em companhia dos purrgils.

Com a chegada das naves do governo, Carson tenta atrasá-los por tempo suficiente para que Ahsoka se junte às baleias, para que elas a levem no rastro de Sabine. A capitã da líder da frota que se aproxima tem dificuldade em acreditar no piloto do X-Wing, que a enrola tempo bastante para que nossa heroína, seus amigos e a nave sejam “convidados” pelo purrgil líder a acompanhar sua manada.

Ahsoka deixa tudo nas mãos, ou melhor, nadadeiras de suas amigas, a frota da Nova República não tem o que fazer a não ser sair do caminho delas enquanto o estranho grupo parte em busca de Sabine e dos vilões, e eventualmente, Thrawn. A ex-Jedi, junto de Huyang, despedindo-se de Hera, bem como Luke em O Império Contra-Ataca, salta ao hiperespaço com as baleias e é aí que temos o final do episódio da vez.

Nosso veredito do episódio

O quinto capítulo de Ahsoka trouxe bastante nostalgia para quem segue as séries Star Wars desde Guerras Clônicas. Não só temos a rápida volta de Anakin, mas também vislumbres de alguns dos acontecimentos da série, sem falar de easter eggs como a aparição de Rex e a versão mais jovem da personagem, tal qual aparecia na série animada.

Em termos de trama, o que tivemos neste episódio foi bastante desenvolvimento do personagem de Ahsoka, que ao encontrar-se desacordada e quase se afogando, teve uma visão de seu mestre, onde pode apaziguar seu conflito interno, e com isso colocar um ponto final em seus questionamentos após ter deixado a Ordem Jedi.

Com essa mudança de rumo, que foi representada visualmente pela troca dos mantos da heroína por vestes claras, bem como Gandalf em Os Senhor dos Anéis: As Duas Torres, agora é esperado que Ahsoka saiba como lidar com a situação em seu próximo encontro com Baylan.

E não foi só Ahsoka que mostrou desenvolvimento, pois neste episódio também tivemos a oportunidade de ver Jacen exibir traços de habilidades Jedi herdadas de seu pai, ao ajudar sua mãe e o esquadrão a localizar sua amiga perdida. Por sua vez, Hera mostrou-se ardorosamente fiel à Ahsoka e sua causa em comum, o que muito provavelmente a colocará na mira dos senadores, que sem dúvida vão querer puni-la por desobediência.

Este quinto capítulo, em termos gerais, serviu para amarrar as pontas soltas da história da Ahsoka, não só com relação a esta nova série, mas quanto ao seu arco como personagem, que iniciou-se quando ela era só uma menininha recém transformada em padawan, uma aprendiz dos Jedi, aos desafios extremos pela qual passou até se tornar-se a pessoa que é atualmente.

Haverá, sem dúvidas, aqueles que irão reclamar da falta de um avanço significativo da história atual dentre os 52 minutos do capítulo desta semana. Mas não há como negar que o que foi apresentado serviu muito bem de ponte entre as séries animadas e esta daqui, pois, com muita elegância, Dave Filoni, criador do novo “universo expandido” de Star Wars e diretor do episódio, foi capaz de servir um prato cheio para fãs de longa data da personagem.   

A promessa agora é de bastante ação no capítulo da semana que vem, onde possivelmente teremos o primeiro vislumbre do local onde Thrawn se encontra, e talvez até uma espiadinha do próprio azul, por assim dizer. Mesmo depois de um episódio como o de hoje, que trouxe mais desenvolvimento de personagem do que movimentação da trama, pode-se dizer com segurança que Ahsoka é a série live action de Star Wars que mais agrega ao cânone até o momento. Resta saber onde ela irá desembocar, e isso descobriremos muito em breve.

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Fonte: Screen Rant.

Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (13/09/23)


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