Ahsoka

CRÍTICA: Ahsoka SE 01 EP 1 e 2: O Retorno da Ex-Jedi

Avatar de eduardo rebouças
A estreia da série solo de Ahsoka traz de volta a ex-jedi e nos coloca a par dos eventos que seguiram das animações Guerras Clônicas e Rebels; leia nossa análise dos dois primeiros episódios! 

Depois de uma longa espera, os fanáticos por Star Wars poderão saber do que aconteceu depois do final das séries animadas Guerras Clônicas e Rebels com Ahsoka, a série solo da querida personagem que deixou de ser uma mera aprendiz para se tornar uma aventureira em busca de justiça em um universo se afundando na insegurança e vácuo de poder do pós-Império.

Esta crítica vai falar dos acontecimentos dos dois primeiros episódios de estreia, então haverá spoilers; se você quiser assistir à série sem saber de nenhum detalhe, volte pra cá depois de ver para ficar por dentro de easter eggs, referências e das implicações da trama de Ahsoka, tá bom?

Há muito o que se conversar, então não vamos mais perder tempo! Siga com a gente na crítica dos primeiros dois episódios da série da Disney+, Ahsoka!

O renascimento de uma heroína intergalática

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Os primeiros episódios de Ahsoka nos reapresenta velhos amigos, agora em carne e osso. No caso de Huyang, lata. (Imagem: Divulgação)

Escrita e dirigida por Dave Filoni, a mente criativa das séries animadas e da atual franquia Star Wars, Ahsoka começa um bom tempo após os acontecimentos de Rebels, tendo capturado uma aliada de Thrawn que tinha conhecimento de um mapa secreto contendo os sinistros planos do inimigo.

Isso, se você vem acompanhando as séries Star Wars, aconteceu durante a segunda temporada de The Mandalorian, e agora a ex-Jedi está em busca de descobrir o real significado deste material, enquanto que Morgan Elsbeth (Diana Lee Inosanto), sua prisioneira, é levada para julgamento na Nova República, a bordo de uma nave de transporte.

Mascarando-se como Jedis, uma dupla de invasores consegue se infiltrar na embarcação, mas o capitão dela tem suas suspeitas, que se confirmam. Entre os encapuzados está Baylan, papel do falecido ator irlandês Ray Stevenson, o Volstagg do MCU, uma figura misteriosa que chega até a prisioneira sem muita dificuldade, matando praticamente toda a tripulação com seus poderes da Força. Em liberdade, Morgan dá a Baylan o nome da Jedi que a colocou nessa situação: Ahsoka Tano.

Nas ruínas de um antigo templo, vemos Ahsoka, interpretada por Rosario Dawson, que retorna ao papel após sua introdução ao elenco da excelente segunda temporada de The Mandalorian, encontrando uma câmara subterrânea cheia de enigmáticas estátuas e ilustrações. Lá ela obtém uma esfera cravada de runas, o tão almejado mapa.

Do lado de fora, ela é atacada por um grupo de robôs assassinos, mas Ahsoka os abate com muito estilo, utilizando-se de seus sabres de luz duplos. Os androides, por sua vez, contavam com uma última surpresa: explosivos que destroem o que sobrou das ruínas e da superfície do planeta pouco antes da heroína escapar em sua nave.

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Ahsoka volta a se aliar ao bando de Rebels. (Imagem: Divulgação)

Aliada a seu próprio droide, Huyang, Ahsoka recebe uma transmissão da Nova República, ela logo parte em encontro à nave Home One, e lá ela é colocada a par dos terríveis acontecimentos, mas não antes de rever a General Syndulla, interpretada por Mary Elizabeth Winstead, estrela de filmes “B” de terror, a Twi’lek líder da equipe de rebeldes da série animada homônima. Juntas, elas conferem às imagens de segurança que revelam a existência de utilizadores de poderes da Força. 

Logo o centro da conversa das duas chega à esfera contendo o tal mapa da última localização de Thrawn, cuja morte não foi confirmada, e as duas se perguntam se talvez com esse artefato elas também possam descobrir o que aconteceu com seu amigo, Ezra Bridger, um Jedi que fazia parte da equipe dos Rebels, que há muito encontra-se desaparecido.

Mas uma pedra encontra-se no caminho delas, pois o mapa não pode ser acessado com a tecnologia que elas possuem. As duas chegam à conclusão de como resolver esse problema: encontrar outra personagem de Rebels: Sabine Wren. Coincidentemente, em Lothal, ela é a convidada especial em uma homenagem aos esforços de sua equipe, apresentada pelo Governador Azadi, ninguém menos que Clancy Brown, o vilão Krugan do clássico Highlander.

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Sabine Wren, uma vez separada de sua mestra, acaba voltando ao treinamento de Jedi ao lado de Ahsoka. (Imagem: Divulgação)

A volta da outra mandaloriana

Sabine, papel de Natasha Liu Bordizzo, de Crouching Tiger, Hidden Dragon: Sword of Destiny, tem outros planos e prefere a velocidade de sua moto a jato aos holofotes da apresentação, chegando ao seu lar isolado, onde temos um vislumbre de seu capacete de mandaloriana, que para quem assistiu à série animada é bem familiar. Lá, a ex-aprendiz de Ahsoka ativa uma mensagem holográfica, a última gravada por Ezra antes de sua suposta morte.

De volta às ruínas exploradas por Ahsoka, voltamos nossos olhares à sua antiga prisioneira, que em companhia da aprendiz de Baylan, Shin Hati (Ivanna Sakhno) faz menção às irmãs de Dathomir, uma facção de poderosas feiticeiras muito presente nas séries animadas, e uma pedra no sapato dos Jedis durante as Guerras Clônicas, da qual ela já fez parte.   

Em Lothal, Sabine tem pesadelos com Ezra, mas logo é acordada por um alarme que a alerta à chegada de naves e a presença de sua antiga mestra, com quem ela logo se encontra, na companhia do governador. 

O fatídico reencontro das duas as coloca no suposto rastro de seu amigo em comum, trazendo Sabine de volta à nave na qual ela passou tantas aventuras junto de seus amigos em Rebels, onde ela passou o final de sua infância. Durante seu papo, Ahsoka revela a origem da esfera e sua ligação com as bruxas de Dathomir. 

Sabine imagina que há algum tipo de codex que seja capaz de extrair as informações da esfera, e as duas discutem sua complicada e tempestuosa relação de mestre e aprendiz, uma vida há muito deixada para trás pela magoada Sabine. Ahsoka teme pela segurança de sua antiga ala pois o mapa não só tem uma suposta ligação ao que houve a Ezra, mas também da fonte de uma nova guerra, a qual ela quer evitar a qualquer custo.

Um perigoso adversário

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Baylan se mostra um adversário perigoso no decorrer dos episódios. (Imagens: Divulgação)

Em uma análise das imagens dos dois falsos Jedis, Huyang revela que os sabres de luz que eles portam seguem o mesmo padrão dos usados pelos jovens aprendizes de Jedi no antigo templo da ordem em Coruscant, da época que antecedeu a fundação do Império, de onde o androide veio a fazer parte do círculo de amizades de Ahsoka. 

Segundo ele, Baylan Skoll foi o único Jedi em mais de 500 anos a construir um sabre como aquele, e revela que ele está desaparecido desde as Guerras Clônicas, décadas atrás. A conclusão dos dois é que há um novo mestre e aprendiz no lado negro da Força. As coisas se complicam quando logo em seguida, Ahsoka percebe que Sabine deu com o pé, levando consigo a esfera, e vemos que a garota está sendo seguida de perto por Hati.

Em seu lar, Sabine busca no mapa do planeta visitado por Ahsoka para buscar uma possível ligação com a esfera, que ela acredita ser uma chave. Em meio a isso, Ahsoka e Syndulla conversam sobre a fuga de Wren com o artefato; a general crê que Sabine será capaz de quebrar o segredo do mapa, e a antiga mestra Jedi se lamenta das dificuldades que ela encontrou ao tentar ser a mentor de Sabine.

Dentre tais lembranças, Ahsoka fala dos tempos do final da Guerra, quando ela deixou de ser a aprendiz de Anakin Skywalker (Hayden Christensen) e largou a vida de Jedi, questionando suas decisões de vida e as consequências delas, bem como o que a levou a deixar Sabine de lado para aventurar-se pelo espaço. Sabine, por sua vez, descobre um elemento no mapa que ela imagina ter ligação às chaves: três estátuas, ou melhor, três faces, às quais se mostram na forma de um símbolo na esfera.

A constatação a leva a encontrar a tão almejada chave, um mapa holográfico estelar, que apresenta uma linha direta com as estrelas no céu da noite de Lothar ao observá-lo em seu binóculo. Não demora para ela ser atacada pelos droides que acompanham a vilã, que roubam o mapa e dão no pé. Armada com seu antigo sabre de luz, Sabine parte para a briga contra Hati.

Ahsoka parte para o resgate de sua amiga, junto de Huyang, mas não chega a tempo de ajudar Sabine antes dela ser derrotada pela guerreira do lado negro da Força. Com isso, o primeiro episódio termina, com a homenagem póstuma ao falecido Ray Stevenson, morto em maio deste ano, aos 59 anos, após ser internado às pressas durante as gravações do filme Cassino in Ischia, na Itália, em decorrência de um mal súbito.

Desfalcadas, mas nem por isso perdidas

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Qual será o papel de Ezra na trama da série? O mistério perdura. (Imagem: Divulgação)

Na abertura do episódio dois, Sabine consegue sobreviver ao ataque de Hati, e acorda em uma cama de hospital em Jothan. Ela logo informa a Ahsoka do roubo do mapa e como ela havia conseguido destravá-lo antes de ser abordada pela ajudante do vilão. Duas galáxias e um caminho entre os dois. Ela não foi capaz de ver onde o caminho começava, e por azar delas, todos os outros registros foram destruídos pelos atacantes.

Com o pouco de informações que restou, ela parte sozinha em sua investigação, enquanto Sabine se recupera de seus ferimentos. Já Hati encontra-se com seu mestre, e ambos, com a esfera em mãos, não perdem tempo em colocá-la em um pedestal, onde Baylan crê ter descoberto o ponto de reflexo em Seatos, de onde o caminho até a localização que todos estão em busca tem início.

No lar de Sabine, Ahsoka utiliza suas habilidades de Jedi para buscar quaisquer resquícios de pistas que possam levá-la ao rastro de quem atacou sua amiga, acompanhada do animalzinho de estimação dela. Para a surpresa da pobre criatura, um robô ainda estava lá, e é logo despachado pela ex-Jedi, que esperava encontrá-lo, aparentemente já sabendo de sua presença.

Na capital, Sabine, fora da cama, auxilia nas investigações, examinando a cabeça do droide destruído. Comentando sobre a resiliência do robô, ela logo é capaz de acessar as memórias gravadas no cortex da máquina de assassinato que Ahsoka derrotou. 

Depois de deixar Huyang em pânico com a crescente ameaça de uma explosão e incentivada pelo holograma de Syndulla, Sabine consegue extrair um nome dos restos do droide alvejado: Corellia, onde ficam os estaleiros da Nova República, e também, alerta easter egg, o planeta-natal de Han Solo.

Sabine e Syndulla se lamentam da situação entre a mandaloriana e Ahsoka, e Sabine se vê apoiada por sua querida amiga a voltar para o lado da ex-Jedi em sua missão desesperada. De volta à companhia dos vilões, Morgan chega para fazer grandes revelações a seus comparsas, utilizando-se de seus poderes de feiticeira para mostrar um magnífico mapa da galáxia que, ao interagir com as formações de pedra do altar em que estão, revela o destino deles, o local do exílio de Thrawn, um local que servia para assustar as crianças do templo Jedi, segundo Baylan. 

Morgan sente o chamado do Grão Almirante em suas visões e acredita piamente que a sua localização é de fato o ponto ao qual que o mapa os direcionou. Antes de irem embora, Hati pergunta ao seu mestre o que acontecerá quando acharem Thrawn; Baylan afirma que encontrarão poder além de sua imaginação. A próxima parada dela é Corellia, o que a coloca em rota de colisão com Ahsoka.

A Nova República não nasce do dia para a noite

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Baylan causa um belo estranho no início do episódio de estreia. (Imagem: Divulgação)

Em Corellia, Syndulla e Ahsoka encontram-se com o gerente dos estaleiros do planeta, e ele as leva para um passeio a caminho de quem pode informá-las sobre as atividades de Morgan quando o local ainda era usado pelo Império. Para a surpresa de ninguém, muitos dos subalternos dela ainda trabalham em Corellia, pois, afirma ele, não tem como uma república surgir do nada após a queda de um império, e que os empregados não ligam para a política enquanto estiverem sendo pagos, o que inclui ele.

No caminho, Syndulla opina que Ahsoka deveria reiniciar o treinamento de Sabine nos caminhos do Jedi, mas a ex-mestra crê que ambas estão muito além disso em suas vidas, mas para a general, a garota precisa de mais estrutura. Ahsoka acredita que não há como isso acontecer, o que não convence a pessoa que já foi líder da equipe de Rebels.

No quarto do hospital, Huyang admira o sabre de luz de Sabine, que logo revela ter sido o mesmo de seu amigo Ezra. Huyang não perde tempo em travar a mesma conversa que as duas amigas tiveram na cena anterior, em Corellia. O androide dá um conselho sagaz, dizendo que ela deve seguir em frente com sua vida, e que seu futuro cruza caminho com a da ex-Jedi.

Sabine lembra-se de quão certeiro o droide costuma ser, utilizando-se de uma certa psicologia reversa para colocá-la no caminho de se tornar a Jedi que sempre deveria ser. Em Corellia, o gerente entra em detalhes sobre o programa de desmonte de antigos Destroieres Imperiais para reaproveitamento de peças para a Nova República, fazendo ligações ao que vimos na terceira temporada de The Mandalorian, onde ex-membros do regime sangrento de Palpatine agora se veem trabalhando para o governo interino.

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A volta de nossa heroína a Corellia traz mais uma das excelentes batalhas de sabres de luz dos dois episódios de estreia. (Imagem: Divulgação)

Questionado sobre o tipo de nave que está sendo construído no estaleiro, ele se nega a revelar mais informações, o que leva Syndulla a ficar abismada, pois nenhum dado deveria ser secreto para uma general da Nova República. Visto que haverá um certo incômodo burocrático no caminho das duas em sua missão em busca dos valiosos dados, Ahsoka pergunta ao gerente sobre quais tipos de droides estão em serviços no estaleiro.

Nervoso, o empregado revela uma lista admirável de modelos de robôs, mas Ahsoka quer saber sobre os infames androides da série HK, mais conhecida pela sua função de assassinos, um dos quais os fãs dos jogos de Star Wars reconhecerão pela sigla de HK-47, o carismático personagem da extensa saga Star Wars: Knights of the Old Republic. A unidade do mesmo tipo de C3PO contradiz o gerente e diz que já esteve em contato com um HK, e que ela foi impedida de seguir com sua atividade dias atrás.

Indagada sobre onde esse HK estaria, a droide aponta para a nave prestes a deixar o estaleiro, e logo em seguida os controladores que estavam trabalhando em silêncio na sala partem para o ataque à ex-Jedi, gritando “para o Império!”. A trama se enrosca ainda mais. Ahsoka se vê frente a frente com outra figura do lado sombrio, enquanto Syndulla embarca na Phantom, junto de Chopper, o atrapalhado droide de Rebels.

Syndulla e Chopper em muita ação

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Syndulla é outra das personagens que faz a transição da série animada para carne e osso. (Imagem: Divulgação)

Enquanto Ahsoka trava outra batalha de sabres de luz, Syndulla tenta abordar a nave em fuga, que começa a atirar nela, o que deixa o pobre Chopper com as mãozinhas cheias do lado de fora da nave. No estaleiro, Ahsoka consegue acabar com o droide acompanhado da figura sombria, não capaz de deter a embarcação em fuga, Syndulla decide colocar um rastreador nela, pedindo ao droide para não errar, o que para Chopper em especial, é um belo desafio, como quem assistiu à Rebels sabe muito bem.

A luta de Ahsoka continua enquanto Chopper fuça entre suas tralhas ao procurar pelo aparelho, ao mesmo tempo em que o adversário da ex-Jedi é capaz de escapar, junto de Hati, em outra nave. Chopper acerta o lance e consegue travar o rastreador ao HK em fuga, uma pequena vitória em meio a tanto caos.

Sabine finalmente chega à sua casa e tira do baú a sua colorida armadura, a mesma da série Rebels, que inclui seu capacete mandaloriano, e uma faca, com a qual ela dramaticamente corta seus longos cabelos lilás e laranja. De volta à Corellia, Ahsoka e Syndulla observam a captura dos dissidentes imperiais. Dentro de sua nave, Ahsoka recebe uma mensagem de Sabine, mostrando que ela está prestes a voltar ao lado de sua antiga mestra, de cabelo curtinho e trajando a armadura de seu povo.

Com uma última espiada ao mural desenhado no estilo da série animada em homenagem ao seu amigo Ezra, Sabine se despede de Jothal e junta-se a Huyang e Ahsoka, e o trio prepara-se para seguir para o sistema Denab, onde Seatos é localizado, para onde a nave em fuga acabou indo. A caminho de uma nova e perigosa aventura, os três entram no hiperespaço, não antes de Ahsoka chamar Sabine de padawan, sua protegida.

Na conclusão deste segundo episódio, vemos Morgan levar um papo com Baylan, revelando que a sua nave, o Olho de Sion, está quase pronto, e que ela receberá a Thrawn muito em breve, livre de seu exílio na longínqua galáxia em que se encontra. Olhando a fundo na Força, o vilão não consegue prever os movimentos de Ahsoka, mas ele tem certeza que ela está a caminho de encontrá-los. 

A importância de Thrawn para a trama

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Membro da ardilosa raça Chiss, Thrawn é o único não-humano a ascender dentre os Imperiais, cujas tendências paralelam às do fascimo. (Imagem: Divulgação)

Um dos personagens que tornaram o chamado “universo expandido” de Star Wars na época que antecedeu a compra da Lucasfilm pela Disney sem dúvida foi o Grão Almirante Imperial Thrawn. Um dos poucos não-humanos a assumir um cargo de alta patente no Império Intergaláctico, Thrawn trouxe terror ao universo Star Wars em diversos livros e quadrinhos que deram continuidade à história da franquia depois dos eventos de O Retorno de Jedi.

No entanto, quando a Disney adquiriu a Lucasfilm, tudo que se passou fora dos filmes se tornou conteúdo fora do cânone da franquia, e Thrawn acabou ficando no limbo criativo até ser trazido de volta durante os eventos da excelente série animada, Rebels, onde assumiu o papel do principal vilão da trama, como o líder dos resquícios do Império após a derrota do Imperador Palpatine e a morte de Darth Vader. 

O carismático e perverso Chiss foi um personagem tão bom naquele universo expandido que Dave Filoni, a mente criativa das animações Star Wars, teve que reaproveitá-lo, e dentre os elementos que a Disney pegou emprestado do que antes tinha descartado, era certamente o mais bem desenvolvido, e serviu para dar uma chacoalhada boa na história que a empresa se viu tecendo no segmento dos acontecimentos dos filmes.

Aliás, diga-se de passagem, o material animado que deu continuidade aos produtos Star Wars após a compra da Lucasfilm teve qualidade superior às produções cinematográficas e que, de fato, são nelas que os fãs puderam realmente curtir um conteúdo de qualidade que continuou com a saga tão amada, em seus quase 50 anos de existência.

Nosso veredito dos episódios de estreia de Ahsoka

Ahsoka teve uma abertura explosiva logo de cara, com dois capítulos repletos de ação e nostalgia para quem acompanhou de perto as séries animadas de Star Wars. Dando continuidade aos acontecimentos de The Mandalorian, tanto no aspecto da captura da comparsa de Thrawn quanto na trama relacionada às figuras ainda fiéis ao extinto Império.

Todo o quesito técnico da produção não deixou espaço para qualquer dúvida quanto à qualidade visual e sonora da série, que está atirando para todos os lados, da mesma forma que as séries que vieram antes dela. Ahsoka, mais importantemente, conta com a cuidadosa e astuta mão de Dave Filoni em seu roteiro, produção e direção, o que até agora trouxe uma mistura bem apimentada de ação, história e diálogos reveladores.

A promessa, então, é que finalmente veremos o que aconteceu com uma figura pouco conhecida aos fãs que não assistiram nem Guerras Clônicas nem Rebels, Ezra, mas mais importantemente, o Grão Almirante Thrawn, o grande vilão da vez, que fará presença na série em algum momento, o que já foi revelado na cobertura que antecedeu a estreia de Ahsoka.

Nas quase duas horas de desenvolvimento da história, tivemos doses generosas de lutas de sabres de luz, perseguições nos céus e no espaço e é claro, muitas referências a eventos passados e o que está para vir no universo Star Wars. 

Os dois episódios serviram de ponte entre os acontecimentos das séries animadas e a continuidade atual do mundo criado por George Lucas, que hoje segue sob o verdadeiro império da Disney, e por enquanto, deixaram a gente muito entusiasmado para os próximos capítulos.

Estaremos aqui prontos para acompanhá-los nesta jornada. Não deixe de vir nos ver aqui, no Showmetech, e é claro, de assistir à Ahsoka, que virá ao ar toda terça-feira, às 21 horas, horário de Brasília, no Disney+. Até a próxima crítica, e que a Força esteja com vocês. 

Enquanto isso, fique conosco e por dentro de tudo que rola no universo geek aqui no nosso site!

Fontes: IMDB e Wikipedia

Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim (23/08/23)


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