Crítica: a casa do dragão s02 ep06 rhaenyra finalmente acorda para a vida (com ajuda)

CRÍTICA: A Casa do Dragão S02 EP06 Rhaenyra finalmente acorda para a vida (com ajuda)

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Entre traições, rebeliões e mudanças de aliança, a herdeira do trono finalmente dá indícios de que irá mostrar na prática ao que veio. Veja a crítica!

O sexto episódio da segunda temporada de A Casa do Dragão (House of the Dragon), intitulado Os Plebeus, ainda traz os resquícios da Batalha de Pouso de Gralhas, mas também começa a preparar o público para os dois episódios finais. Mesmo que tenha desacelerado o ritmo da trama, o desenvolvimento dos personagens é crucial para o que está por vir. 

AVISO: atenção, este texto contém SPOILERS do episódio. Recomenda-se que você assista a ele, antes de continuar a leitura.

Os Plebeus

De cara os fãs de Game of Thrones já se deparam com a nostalgia de acompanhar os Lannister. Dessa vez, nas Terras Ocidentais, com as tropas lideradas por Jason Lannister (Jefferson Hall) – incluindo leões em jaulas. Ele está preparado para tomar Harrenhal em nome do Conselho Verde, mas deixa claro que só continuará a jornada se Aemond (Ewan Mitchell) e seu dragão Vhagar se unir à sua tropa. Para isso, ele envia um corvo até Porto Real com suas exigências que, claro, foram recebidas com desdém. 

A tensão entre Aemond e o próprio Conselho Verde

Aemond targaryen - house of the dragon - 2. ª temporada (imagem: hbo)
Aemond Targaryen – House of the Dragon – 2.ª temporada (Imagem: HBO)

O que estava ruim, ficou pior ainda. Agora, Aemond (Ewan Michell), que atua como Príncipe Regente (e pretende assumir o trono de vez), se mostra cada vez mais uma figura tirana com o objetivo de deixar claro que tem o poder. Por um lado, é inegável sua habilidade nos campos de batalha, mas quando o assunto é diplomacia, ele dispensa. Fica claro que seu objetivo é conquistar e ganhar a batalha final, não importa quais rumos ele precise tomar.

Então, ele toma a sua primeira e única decisão da qual a maioria do Pequeno Conselho não vai discordar: o afastamento de Alicent (Olivia Cooke), sua mãe. Além do patriarcado, sexismo e tudo mais, está claro que ele a retira do Pequeno Conselho porque sabe que ela não está de acordo com suas decisões e pode ser perigosa. Indo mais além na análise, ao tentar exercer seu papel como mãe, Alicent consegue detectar as vulnerabilidades de Aemond e isso o incomoda.

Em meio a tudo isso, há uma menção aos Greyjoy mas eles ainda não declararam apoio para nenhum dos times. Então Aemond decide que Sor Criston Cole vai seguir para Harrenhal imediatamente, enquanto o exército dos Lannister vai pelo sentido oeste. Contrariando o Pequeno Conselho, o Príncipe Regente ainda instrui uma aliança com a Triarquia – aliança pirata entre as Cidades Livres de Lys, Myr e Tyrosh – com o objetivo de enfraquecer o bloqueio de Corlys Velaryon, a Serpente do Mar. 

Como está Aegon II?

Aegon ii e aemond (imagem: hbo)
Aegon II e Aemond (Imagem: HBO)

Bom, a princípio um dos meistres anuncia com empolgação que Aegon II (Tom Glynn-Carney) estava se recuperando muito bem – ato que foi uma completa burrice, já que era tudo que Aemond não queria ouvir e com certeza agiria para que isso mudasse. Se ao menos o meistre confidenciasse essa informação apenas para Alicent, o rumo seria outro.

Claro que após as grandes notícias Aemond faz uma visita ao irmão. Apesar de estar se recuperando bem, Aegon está ofegante e dolorido. Em um tom de chantagem, Aemond pergunta o quanto se lembra da batalha, e, mesmo muito debilitado, em um movimento de inteligência e súplica por sobrevivência, Aegon repete algumas vezes que não se lembra de nada. 

Prezando por sua vida, para quem estava se recuperando muito bem, de repente começa a regredir, sem explicações. O Meistre Orwyle (Kurt Egyiawan) agora diz que ele dorme por nove horas a cada dez e é mantido praticamente dopado pelos remédios que aliviam as dores. Em mais um gesto de afeto, Alicent o visita e diz que sente muito por tudo isso.

Lorde larys (imagem: hbo)
Lorde Larys (Imagem: HBO)

O último a visitar Aegon II é Lorde Larys (Matthew Needham), trazendo um monólogo sobre saber o quão difícil é sua vida e que os dois têm mais coisas em comum do que parece. Tudo isso para lhe dizer que as pessoas vão ter pena dele e até vão o subestimar por sua nova condição, mas que ele pode usar isso a seu favor caso decida parar de se afundar em remédios. 

O arco da boa mãe

Alicent e daemon (imagem: hbo)
Alicent e Daemon (Imagem: HBO)

Desde que Alicent descobriu que fez besteira ao achar que Viserys tinha sussurrado o nome de Aegon II para o trono, ela vem em uma jornada mais reflexiva, preocupada e ponderada sobre tudo. E um dos maiores efeitos colaterais possíveis foi a demonstração de afeto repentina a seus filhos. 

Ela visita Aegon II sempre que pode e deixa visível em sua feição um misto de culpa e vontade de dar todo o colo que ela nunca soube dar. Isso se estende a Aemond também, quando ele a expulsa do Pequeno Conselho e ela tenta conversar, fazendo carinho em seu rosto. Já com Helaena, Alicent faz uma visita em seu quarto e a convida para irem juntas até o Grande Septo e acender velas para Aegon e outros entes. 

Antes de sair com Helaena (Phia Saban), ela conversa com seu irmão Gwayne e pergunta sobre o filho mais novo, Daeron, que foi mandado para Vilavelha (do inglês, Oldtown) ainda novo. Ele responde que agora o jovem tem dezesseis anos e é uma pessoa inteligente, forte e gentil. Isso faz Alicent se questionar. Ele cresceu bom porque não foi criado por Alicent ou isso é algo de natureza? Lembrando que ela teve seus filhos muito jovem; somos do time que acredita que ela fez o que pôde nas condições que conseguiu. 

A revolta dos plebeus de Porto Real

Helaena e alicent (imagem: cbr)
Helaena e Alicent (Imagem: CBR)

Aquela semente que estava sendo plantada nos episódios anteriores finalmente se transformou numa grande rebelião dos plebeus. Mesmo que Ulf (Tom Bennett) e Hugh Hammer (Kieran Bew) não tenham tido o destaque preciso até agora (levando em conta a relevância deles no livro), pelo menos eles são usados como ganchos para acompanharmos a revolta de uma forma mais imersiva. 

Os plebeus (imagem: hbo)
Os plebeus (Imagem: HBO)

Por enquanto está tudo bem, mas, para quem não leu os livros, fica uma atmosfera estranha destacar repentinamente personagens que até então mal apareciam ou não tiveram suas histórias relativamente aprofundadas. Esse é um ponto de atenção que se estende a muitos personagens apresentados na temporada. 

Enfim, em uma noite, uma pequena frota de barcos muito bem abastecida com carnes, queijos e legumes frescos chegam nas praias de Porto Real com o símbolo imponente de Rhaenyra. Esse foi um timing excelente que Mysaria (Sonoya Mizuno) pegou, pois soube por seus informantes que a cidade estava decaindo e Aemond estava ignorando todas essas demandas dos plebeus. 

Camponeses correm de um lado para o outro carregando vários sacos de alimentos. Alguns gritam clamando por Rhaenyra, outros vestem faixas com as cores preto e vermelho nos ombros. O esquema da rainha com Mysaria deu certo. Primeiro, espalhando sussurros por aí sobre a boa vida e os banquetes dentro dos muros da Fortaleza Vermelha enquanto os plebeus passam fome e, depois, enviando alimentos para todos os famintos. 

Alicent (imagem: cbr)
Alicent (Imagem: CBR)

Todo esse tumulto acaba se expandindo para a porta do Grande Septo, onde Alicent e Helaena estão acendendo suas velas. A Guarda Real até tenta escoltá-las de volta para a carruagem, mas ela está longe e eles estão cercados por uma população furiosa. Esse momento não se compara com a caminhada da vergonha que Cersei Lannister (Lena Headey) precisou fazer, mas ao menos rendeu um peixe arremessado no rosto de Alicent e alguns ferimentos até conseguirem chegar em um lugar seguro. Ofegantes, Alicent e Helaena voltam para o castelo em meio à sonoros “Viva a Rainha Rhaenyra!”.

O retorno de Viserys é perfeito para fechar o arco das alucinações de Daemon

Viserys i e daemon (imagem: hbo)
Viserys I e Daemon (Imagem: HBO)

Muitas pessoas estão detestando essa parte da história. Mas, particularmente, é divertido entrar na mente de Daemon e conseguir ter ao menos um relance do que se passa nessa cabeça e os motivos pelos quais ele tem uma personalidade cheia de camadas. Porém, caso se estenda para os outros dois últimos episódios, de fato, pode ficar mais entediante. 

Só que dessa vez tivemos o retorno de Paddy Considine como o Rei Viserys I Targaryen. Pelo desenrolar do roteiro, a série dá a entender que essa foi a última alucinação de Daemon. E esperamos que assim seja, pois foi elaborada de forma excelente e fecharia esse ciclo com chave de ouro. 

Existe um grande arrependimento e uma tristeza constante em Daemon pela forma que ele agiu com Viserys. Ele nunca apoiou o irmão ou se mostrou solícito e isso gerou um efeito dominó que teve como consequência a decisão de Viserys em não o nomear como herdeiro do trono. Ao mesmo tempo, foi-se criando uma raiva e uma inveja de Rhaenyra pela ascensão da esposa-sobrinha, afinal, em teoria ela teve tudo – a nomeação para o trono e a validação do pai. 

Tudo que Daemon queria era essa relação com o irmão. Como é tarde demais, essas visões que ele teve de Viserys foram muito importantes, para tentar se redimir pela última vez, mesmo que fosse uma alucinação. 

Alys e daemon (imagem: hbo)
Alys e Daemon (Imagem: HBO)

Depois disso, por incrível que pareça, mesmo com toda sua arrogância, Daemon demonstra um pingo de vulnerabilidade e pede ajuda de Alys Rivers. Ela comenta que existem coisas mais antigas nesse mundo do que ela ou ele e que ambos eram meras peças em um tabuleiro. Nesse momento, fica claro que ela está por trás dessas alucinações.

Ainda em um momento de terapia, Daemon continua com o discurso que Rhaenyra nunca quis a coroa e que ele era merecedor desse título. Com muita paciência, Alys rebate de uma forma muito sábia: “Talvez aqueles que se esforçam pela coroa sejam os menos adequados para usá-la. Viserys nunca a quis, se você se lembra. Não é um prêmio a ser conquistado, mas um fardo a ser carregado.”

Ela acertou nas palavras e Daemon pela primeira vez aprendeu a ouvir em vez de rebater tudo. Por fim, a feiticeira lhe diz para não fazer nada por enquanto porque os ventos mudarão. E de fato mudam.

Os acertos e tropeços do Time Negro

Rhaenyra e  sor steffon darklyn (imagem: hbo)
Rhaenyra e Sor Steffon Darklyn (Imagem: HBO)

Por fim e não menos importante, lá em Pedra do Dragão, Rhaenyra (Emma D’Arcy) contraria o conselho e pede a Sor Steffon Darklyn (Anthony Flanagan) que tente dominar o dragão Seasmoke, já que sua linhagem contém o DNA dos Targaryen. Foi uma longa conversa e a todo tempo Rhaenyra pontuou que caso ele aceitasse a missão, seria por conta e risco. 

Sor steffon darklyn sendo atingido por seasmoke (imagem: screen rant)
Sor Steffon Darklyn sendo atingido por Seasmoke (Imagem: Screen Rant)

Deslumbrado com o convite, Steffon aceita de bom grado seu dever. Essa cena possui toda uma atmosfera de suspense e chega a ser um tanto quanto cômica. Caso o dragão aceitasse o cavaleiro, poderia ser lido como algo previsível por estar perto de encerrar a temporada e a história precisar de rumos positivos. Caso desse em algo ruim, seria previsível também, pois ainda que ele tivesse sangue Targaryen, não é qualquer um que consegue esse domínio assim. 

O Seasmoke dá a entender por um breve momento que aceitou seu novo montador, mas logo o dragão se levanta com tudo e cria uma labareda que vem do fundo da garganta. Nessa brincadeira, vários manipuladores de dragão e o próprio Steffon morrem queimados. É uma cena forte capaz de criar empatia a todos eles, ainda que não tenham sido tão mostrados durante a temporada.  

Adam de hull e seasmoke (imagem: hbo)
Adam de Hull e Seasmoke (Imagem: HBO)

Após esse show, o dragão voa livremente até localizar Addam de Hull (Clinton Liberty) , o irmão mais novo do Alyn e também filho bastardo de Corlys. Acompanhamos uma perseguição divertida e no fundo compreendemos o porquê de Seasmoke ter rejeitado o cavaleiro anterior. Vamos ter a confirmação no episódio seguinte, mas fica claro que o dragão escolheu Addam como seu novo humano.

Enquanto isso, Rhaenyra está cansada de não agir e começa a ficar inquieta. Claro, o plano com Mysaria de enviar os alimentos para Porto Real foi um acerto enorme e pode ser considerado um avanço, mas seu conselho duvida de seu potencial, Jace, o próprio filho, também traz um discurso mais conservador, sugerindo Daemon como solução e ainda tem a consciência pesada por ter “sacrificado” um de seus cavaleiros. 

Rhaenyra e mysaria (imagem: hbo)
Rhaenyra e Mysaria (Imagem: HBO)

Depois de tantos acontecimentos, a série nos dá um minuto de acalento. Em uma cena cheia de química, Mysaria consola Rhaenyra e se sente confortável em contar sua história também. Tudo se volta para o impulso de um abraço acalorado e demorado que se transforma em um beijo apaixonado. Não deveria nos surpreender, já que a temporada está trabalhando nessa relação de cumplicidade desde que começou.

O beijo cinematográfico de Rhaenyra e Mysaria é interrompido por uma notícia que deixa todos com um grande ponto de interrogação na cabeça: Seasmoke, ou Fumaresia, no português, foi visto voando por aí com alguém em suas costas. O primeiro palpite é alguém do Conselho Verde. Mas Rhaenyra está cansada de criar teorias, então ela monta em Syrax e vai ela mesma buscar respostas. 

Não sabemos se foi o beijo, a impaciência com tantos homens duvidando dela ou as duas opções, mas finalmente Rhaenyra está agindo e é tudo o que precisamos para os dois últimos episódios.

Personagens e atuações

Alicent e gwayne (imagem: hbo)
Alicent e Gwayne (Imagem: HBO)

O episódio desta semana trabalhou bastante a dinâmica interpessoal em meio a variações de vários personagens em um mesmo núcleo. Os takes da Alicent com cada filho e com o irmão, o Aemond com ameaças indiscretas ao debilitado Aegon II e até mesmo Daemon com Alys são grandes destaques.

Isso porque cada conversa, mesmo que breve, contribui direta ou indiretamente para a teia dramática de intrigas e pode ser crucial para tomadas de decisões. Ainda mais se tratando de Alicent, que já não tem um histórico de comunicação e compreensão tão favorável.

Rhaenyra e mysaria (imagem: screen rant)
Rhaenyra e Mysaria (Imagem: Screen Rant)

Outro destaque que é impossível deixar de fora é a química de Emma D’Arcy e Sonoya Mizuno. O beijo, apesar de ter sido inesperado, foi um movimento muito acertado para selar o que já estava acontecendo. Analisando não só pela ótica da atração, mas sim pela rapidez que Rhaenyra e Mysaria desenvolveram proximidade e confiança apesar de todo o contexto que estão inseridas, as demonstrações de afeto simbolizam o encontro de algo que há muito foi perdido. 

Addam de hull (imagem: screen rant)
Addam de Hull (Imagem: Screen Rant)

Já o arco de Addam vai de zero a cem muito rápido. Finalmente conseguimos ver mais do personagem sem que ele estivesse atrelado ao irmão. Até então, as cenas que envolviam ambos, eram conversas avulsas sobre trabalho em pouquíssimo tempo de tela, fator muito cansativo, chato e repetitivo.

A sequência de perseguição proporcionada pelo dragão sem lei Seasmoke a Addam foi excelente. O personagem, que antes lamentava por ser deixado de lado sempre, agora muda sua vida completamente ao dominar o dragão. É isso que queremos ver!

Rhaena targaryen - house of the dragon - 2. ª temporada (imagem: hbo)
Rhaena Targaryen – House of the Dragon – 2.ª temporada (Imagem: HBO)

Por fim, tudo anda meio monótono no Vale. Esse núcleo está apagado, mesmo que Phoebe Campbell faça tudo ao seu alcance. No final, tudo o que acontece por lá são passeios de Rhaena com as crianças de Rhaenyra e breves discussões com Jeyne Arryn.

Aspectos técnicos

Addam de hull e seasmoke no sexto episódio de a casa do dragão (imagem: screen rant)
Addam de Hull e Seasmoke no sexto episódio de A Casa do Dragão (Imagem: Screen Rant)

Dirigido por Andrij Parekh (Succession), o tom do sexto episódio desta segunda temporada de A Casa do Dragão não poderia ser diferente. Conseguimos visualizar um bom trabalho nos CGIs dos dragões, que estão aparecendo cada vez mais, e até mesmo na precisão das maquiagens – tomando como exemplo as feridas profundas de Aegon II que causam no mínimo aflições.

Mas a especialidade da casa é indiscutivelmente o desenvolvimento dos personagens. Parekh foca tanto nos personagens principais, como também dá margem para os menores e os fazem ser a estrela da vez. Neste episódio, a população finalmente entende que tem voz e as cenas geradas a partir disso são excelentes. 

Conclusão

Viserys i targaryen - a casa do dragão s02 ep06 (imagem: screen rant)
Viserys I Targaryen – A Casa do Dragão S02 EP06 (Imagem: Screen Rant)

Em geral, Os Plebeus tem um roteiro bem escrito que aposta no desenvolvimento de vários personagens usando os dramas interpessoais como ferramenta principal. A história funciona bem, o elenco trabalha de forma integrada, temos um bom foco nos habitantes de Porto Real e foi muito bom rever o Paddy Considine mais uma vez na pele de Viserys. Foi um episódio bom, mas não excelente. 

Além disso, temos dois pontos importantes que enfatizam um pró e um contra. O pró está ligado ao fato de conhecermos mais a fundo alguns personagens importantes que até então foram deixados de lado, como no caso de Mysaria. O beijo em Rhaenyra, ainda que inesperado, mas muito acertado, traz mais camadas que podem ser interessantes. 

Já o contra vai justamente pelo fato de a série não dar a devida atenção ou apresentação para personagens que serão cruciais na guerra que está por vir. As pessoas que leram Fogo & Sangue devem estar se perguntando de o porquê terem deixado Ulf, Hugh e alguns outros em terceiro plano, já as pessoas que estão entrando em contato com a história pela primeira vez, podem ficar confusas com a relevância repentina que essas figuras devem tomar num futuro próximo.

De qualquer forma, faltam apenas dois episódios para a temporada ser finalizada. A grande dúvida é se a série vai conseguir entregar tudo para encerrar de forma satisfatória em tão pouco tempo.

Onde assistir

Os seis primeiros episódios da segunda temporada de A Casa do Dragão estão disponíveis na Max. Serão oito episódios no total, cada um lançado todo domingo às 22h.

Veja o vídeo

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Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim

Veredito

Veredito
8 10 0 1
No geral, o episódio é bem escrito e aposta no desenvolvimento de vários personagens usando os dramas interpessoais como ferramenta principal. Mas ainda deixa em segundo plano personagens que precisam ser aprofundados pela importância deles na história como Ulf, Hugh Hammer e Addam de Hull.
No geral, o episódio é bem escrito e aposta no desenvolvimento de vários personagens usando os dramas interpessoais como ferramenta principal. Mas ainda deixa em segundo plano personagens que precisam ser aprofundados pela importância deles na história como Ulf, Hugh Hammer e Addam de Hull.
8/10
Total Score
  • Roteiro
    8/10 Ótimo
    Bom, mas não excelente. O drama interpessoal é bem trabalhado entre os principais, mas falta pano de fundo para personagens que são cruciais na história e estão sendo apresentados nessa temporada.
  • Personagens
    8/10 Ótimo
    Conseguimos ver mais dinâmica entre os personagens e a perspectiva dos plebeus. Destaque para Addam de Hull e as cenas entre Rhaenyra e Mysaria.
  • Ritmo do episódio
    7/10 Bom
    Continua lento, mas oferece mais cenas interessantes que são espaçadas ao longo do episódio, fator que mantém o interesse na trama.

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