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Conheça o movimento maker no Brasil

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O movimento maker é uma marca do avanço da conectividade e tecnologia. Saiba o que é e como tomar partedo movimento no Brasil
Impressão 3d debraço robótico
Peças para braço robótico fabricadas em uma impressora 3D

Faça você mesmo, ou na sigla inglesa, DIY (Do it Yourself), é uma frase que tem se tornado muito mais do que meras palavras. Seguindo essa linha de pensamento, toda uma comunidade de criadores tem dado um novo rumo às relações de trabalho e processos de criação industrial.

O Movimento Maker é uma tendência que surgiu a partir da democratização e acesso ao conhecimento de tecnologias eletrônicas, principalmente com o avanço da internet e da popularização de kits eletrônicos de prototipagem como Arduino e Raspberry Pi.

As impressoras 3D também têm um papel importante ao permitirem que sejam fabricadas peças e componentes para novos produtos de forma relativamente fácil, sem grandes burocracias e com custo cada vez mais baixo.

Em 2014, o próprio presidente Barack Obama recebeu na Casa Branca um evento Maker voltado para essa nova tendência de criação e produção democrática de novos produtos e serviços. A expansão dos FabLabs e espaços comunitários de criação e desenvolvimento de produtos também são marcas desse movimento.

Os Makers no Brasil

O Brasil não está de fora do DIY e da expansão do movimento Maker, algo que em bom português poderia ser traduzido como “Fazedores”, “Criadores” ou ainda “Inventores”. O gráfico abaixo, obtido da apresentação “The State of the maker movement in Brazil”, realizado por Manoel Lemos em 2015 na conferência SXSW, nos EUA, fala sobre como anda o movimento maker no Brasil.

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Crescimento do número de Hackerspaces, Makerspaces e Fablabs no Brasil

Manoel Lemos é um dos criadores do site Fazedores, uma das principais referências para os inventores e makers brasileiros. No gráfico, fica patente a crescimento exponencial do número de espaços abertos para a criação de produtos e compartilhamento de serviços e experiências no Brasil. Um claro indicativo do crescimento do movimento maker verde-amarelo.

Em 2015 eram mais de 500 FabLabs ao redor do mundo, 22 deles no Brasil. No ano de 2017 o site FabLabs.io  lista exatos 40 desses espaços no Brasil (veja a lista no link indicado) e mais de 1000 em todos os países pesquisados.

Os FabLabs são espaços nos quais qualquer pessoa pode ter acesso aos meios mais modernos de fabricação e prototipagem de produtos, como impressoras 3D e placas de prototipagem eletrônica. A ideia é oferecer as ferramentas necessárias para a produção de novos produtos e serviços de forma aberta e interativa.

As referências do movimento maker no Brasil

Caso você tenha espírito de inventor e queira ajudar a comunidade de fazedores e novos produtos brasileiros a crescer, abaixo tem uma pequena lista dos principais portais e eventos relacionado ao movimento maker no Brasil.

Embora o movimento maker venha crescendo de forma acelerada, o Brasil ainda possui muitos entraves ao seu pleno desenvolvimento. O custo das placas de prototipagem e insumos eletrônicos em geral ainda é mais caro do que em outros mercados.

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Arduino uno, uma das iniciativas que mais deu impulso ao movimento maker.

A burocracia para se abrir uma empresa ou profissionalizar um serviço também não está distante do desejável. Não obstante, o número de projetos e iniciativas tem aumentado a cada ano.

Alguns autores como o escritor Chris Anderson argumentam que o movimento maker representa uma nova fase da produção industrial. O título de um de seus livros: “Maker: A nova revolução industrial” é bem sugestivo quanto a isso.

De fato, nunca foi tão fácil ser um inventor ou criador de novos produtos, obras ou serviços. Ainda que não represente o fim da indústria tal como ela é atualmente (pelo menos não no curto) , com certeza esse fenômeno do movimento maker é uma nova fronteira para a produção de novos bens e serviços.


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