Conheça a história das Tartarugas Ninja e como essa turma virou ícone da cultura pop

A história das Tartarugas Ninja tem origem nos anos 1980 e todo o boom dos improváveis personagens veio à tona mesmo já na década seguinte, os anos 1990. A turma de quatro tartarugas que sabiam lutar e eram apaixonadas por pizzas teve sua estreia em uma história publicada em quadrinhos.

Logo após a primeira aparição, as tartarugas adolescentes e moradoras dos esgotos de Manhattan se tornaram um verdadeiro fenômeno e conquistaram as telas da tv, as telonas do cinema, ganharam vários títulos nos videogames e até hoje fazem parte do imaginário de milhares de fãs.

A seguir, acompanhe um pouco da trajetória dos pupilos de Mestre Splinter e como eles se tornaram ícones na cultura pop.

Como surgiram as Tartarugas Ninja

Era uma noite qualquer de 1984 quando dois amigos deram origem às Tartarugas Ninja. Em seu apartamento, Peter Laird e Kevin Eastman tiveram a inspiração e desenharam uma tartaruga que usava máscara e um tipo de espada.

No fim daquela tarde, após várias ideias, os dois amigos já tinham desenhado quatro tartarugas, primeiramente batizadas de apenas Tartarugas Ninja. Entretanto, o nome mudaria para Teenage Mutant Ninja Turtles, indo um pouco na carona de outras histórias da época que eram publicadas em gibis.

Um tempo depois, e aproveitando uma quantia que deveriam receber de restituição de impostos, mais um empréstimo concedido pelo tio de Kevin, os dois criaram a Mirage Studios e publicaram a história inicial das Tartarugas Ninja.

A primeira aparição aconteceu nos quadrinhos lançados pelos dois amigos de forma independente e a ideia original contava apenas com uma edição que logo depois cresceu e obteve grande êxito, transformando-se em uma publicação periódica.

Ao longo de todos os anos de existência, as Tartarugas Ninja tiveram grande sucesso em tudo o que fizeram, transformando-se em uma franquia sólida e com muitos anos de experiência nos mais diversos formatos.

As quatro Tartarugas Ninja

Inicialmente, foram criadas quatro tartarugas. Os esboços iniciais não traziam muitas diferenças, e é possível notar que as quatro aparecem nos primeiros quadrinhos sem distinção de cor nas faixas, por todas usarem o mesmo vermelho.

Treinadas na arte do Ninjutsu — arte marcial japonesa que usava ninjas para avançar em território inimigo — por Mestre Splinter, um rato com habilidades e técnicas especiais nas artes marciais, as quatro Tartarugas Ninja traziam características especiais e diferentes, além, é claro, da paixão em comum por pizza.

• Leonardo — é o líder do grupo e conhecido por sua coragem e dedicação. O nome é inspirado em Leonardo da Vinci, importante pintor renascentista. Suas armas são as katanas e as ninja-tos, duas espadas usadas de forma combinada: usa máscara azul;
• Donatello — inteligente e astuto, Donatello, da máscara roxa, é a tartaruga responsável pela tecnologia. Seu nome também é uma homenagem ao artista renascentista e sua arma é um Bo, espécie de bastão longo usado no Ninjutsu. Donatello é conhecido por usar sua inteligência para resolver conflitos da maneira menos violenta possível;
• Raphael – conhecido como o bad boy da turma, Raphael usa uma máscara vermelha e uma arma chamada de “sai”, espécie de tridente-adaga de aço. Sua agressividade é um ponto forte e Raphael está sempre pronto para uma boa luta;
• Michelangelo – tem esse nome em homenagem ao pintor, escultor e arquiteto renascentista Michelangelo. Pode ser considerado o mais brincalhão de todas as tartarugas e sua imaturidade às vezes é um elemento cômico e tem um lado aventureiro e inocente. Usa máscara laranja e suas armas são um par de nunchakus.

Outros personagens

Além das bem humoradas Tartarugas Ninja, há também outros personagens importantes para a trama e toda a história que mantém o quarteto alucinado por pizza e artes marciais. Confira!

• Mestre Splinter – o rato mutante é o sensei e figura paterna das tartarugas. Aprendeu o Ninjutsu com o seu mestre, Hamato Yoshi. Em algumas séries, Splinter é o próprio Hamato Yoshi transformado em rato e seu nome é uma paródia a Stick, mentor do Demolidor;

• April O´Neil – ela é a grande amiga humana das Tartarugas Ninja e também desperta interesse amoroso em Casey Jones. Inicialmente ela aparece como programadora e assistente de um cientista e, logo depois, como repórter de televisão;

• Casey Jones – o personagem luta contra o crime e aparece sempre com uma máscara de hóquei e bastões de golf, hóquei e outras modalidades. Tem interesse em April O´Neil e é grande amigo das Tartarugas Ninja;

• Destruidor – é o arqui-inimigo das Tartarugas Ninja, chefe do Clã do Pé e toca o terror em Nova Iorque. Usa uma espécie de armadura com objetos pontiagudos e juntamente com o alienígena Krang, tentam dificultar a vida das tartarugas;

• Krang – o vilão deseja dominar a Terra e, ao lado do Destruidor, impõe verdadeiros perigos aos seres humanos, colocando as Tartarugas Ninja para trabalhar. O monstro usa um corpo mecânico e seu corpo verdadeiro fica dentro de uma redoma de vidro, no torso do corpo;

• Baxter Stockman – o Dr. Baxter Stockman é um cientista brilhante e frustrado que acaba trabalhando para o Destruidor, criando qualquer tipo de empecilho para as Tartarugas Ninja. Após tomar um soro mutante, ele acaba se transformando em uma mosca e usando sua inteligência para o mal;

• Bepop e Rocksteady – os dois eram humanos que se transformaram em um javali e um rinoceronte mutantes, respectivamente. Seguem ordens do Destruidor e, antes de se transformarem, eram criminosos perigosos que atuavam como traficantes de armas, por exemplo.

Presença nos quadrinhos e televisão

A história das Tartarugas Ninja está intrinsecamente ligada aos quadrinhos. Durante os anos 1980, as quatro tartarugas foram introduzidas ao público por uma história em quadrinhos que contou com a modesta tiragem de 3 mil exemplares.

As primeiras histórias das Tartarugas Ninja são mais direcionadas para o público adulto e, em sua estreia, o quarteto mutante treinado pelo rato ninja, Mestre Splinter, chegou a uma segunda tiragem de 15 mil exemplares.

O sucesso em uma época sem os meios tecnológicos de hoje muito se deu pelo boca a boca de leitores, que exaltavam o roteiro de Eastman e Laird, com quatro tartarugas fortes e que não deixavam nada a desejar quando comparadas com outros personagens, caso do Demolidor, uma das influências das tartarugas.

Entretanto, o sucesso maior dos personagens aconteceu na televisão. A história tem início em 1987, quando Mark Freedman, executivo da marca especializada em brinquedos Playmates Toys mostrou interesse em confeccionar bonecos das Tartarugas Ninja.

Todavia, a negociação para os brinquedos envolvia a produção de uma série animada envolvendo os quatro personagens e seu universo. A produção desta série era vista como uma forma de alavancar a marca das Tartarugas Ninja e aumentar as vendas dos brinquedos.

Na esteira de outras produções conhecidas que tiveram o mesmo destino — He-Man e os Mestres do Universo e Comandos em Ação, por exemplo — as Tartarugas Ninja prontamente foram levadas para o universo da televisão.

Em 1987 surgia a animação produzida pela Murakami-Wolf-Swenson, Inc exibida inicialmente em 5 partes. Com o sucesso instantâneo do desenho, as vendas dos brinquedos lançados também alcançaram números expressivos. A título de curiosidade, o programa de televisão foi exibido em 125 emissoras ao redor do globo, enquanto os gibis conseguiam alcançar as 125 mil cópias por mês.

O desenho das Tartarugas Ninja veio a público com uma série de alterações. As tartarugas passavam a ter cores diferentes, não mais usando apenas faixas vermelhas. Assim, as personalidades também foram alteradas, trazendo mais leveza para os episódios.

Outra modificação também é a origem de Mestre Splinter, que no desenho é uma espécie de mutação. O que vale dizer é que a animação sofreu várias modificações para atender ao público infantil em sua maioria. Assim, era mais interessante apostar em outros elementos que em sentimentos de vingança, por exemplo.

Assim, o roteiro dos desenhos animados era mais concentrado nas Tartarugas Ninja e sua saga para combater os inimigos — Destruidor, Bebop e Rocksteady. Também tiveram mudanças nos capangas dos inimigos, que passavam a ser representados por androides.

A série animada foi um sucesso, alcançando 10 temporadas e terminando de ser exibida em 1996. A transmissão seguia a agenda americana e, no começo, a série era exibida sempre aos sábados de manhã, posteriormente exibida de segunda à sexta-feira.

Os primeiros filmes

Com tamanho sucesso na animação, não demorou muito para as Tartarugas Ninja alcançarem outros formatos e assim ganharem as telas dos cinemas. O primeiro filme do quarteto fez sua estreia em 1990 e teve uma boa recepção, levando em conta seu modesto orçamento de US$ 13,5 milhões.

A história traz o resgate de April O´Neil pelas Tartarugas Ninja, que prontamente a levam até os esgotos de New York para maiores cuidados. O desenrolar da história traz a participação de Casey Jones, que em conjunto com os outros personagens tentam combater uma organização criminosa comandada pelo Destruidor.

A produção ficou a cargo da New Line Cinema e trazia os personagens em live-action, com características visuais e trajes bem parecidos com a animação. O filme, entretanto, foi mal visto pela crítica mas não pelo público (42% da crítica em sites especializados, enquanto o score dado pelo público é de 81%), que lotou salas de cinema em todo o mundo para ver a estreia das queridas tartarugas.

O filme foi responsável por render mais de US$ 130 milhões, sendo considerado até 1999, como o filme mais lucrativo feito de forma independente. No seu ano de estreia, o primeiro longa-metragem das Tartarugas Ninja conseguiu ser responsável pela 9ª maior bilheteria mundial.

O segundo filme seguiu a mesma fórmula e foi lançado em 1991, com o título As Tartarugas Ninja 2: O Segredo de Oze. Nesta sequência, as tartarugas aparecem sem armas e lutam com as mãos. A história também é concentrada em elementos que permeiam a origem das Tartarugas Ninja e do Mestre Splinter.

No geral o filme não agradou muito e foi classificado como uma sequência que nada acrescentaria. O orçamento do filme foi de US$ 25 milhões, conseguindo arrecadar cerca de US$ 79 milhões. Bem menos que o primeiro longa da turma.

Este primeiro bloco de produções cinematográficas trouxe mais um filme, desta vez o terceiro neste formato live-action. A história de As Tartarugas Ninja 3 se passa no Japão do século XVII e a viagem no tempo transporta April e as tartarugas para o local. Durante o filme, as Tartarugas Ninja tentam resgatar April O´Neil, além de encontrar Michelangelo, enquanto lutam contra o vilão, Lorde Norinaga.

Por mais que o terceiro filme tenha tentado resgatar alguns elementos do primeiro, esse longa-metragem das Tartarugas Ninja é considerado como o pior de todos, e muito se dá pela crítica ao roteiro mais raso e visto em algumas vezes como preguiçoso.

O terceiro filme dessa primeira fase das Tartarugas Ninja teve orçamento de US$ 21 milhões e arrecadou em bilheteria o equivalente a US$ 54,5 milhões. Era o adeus melancólico das quatro tartarugas às telas do cinema, nesta primeira passagem.

Novas aparições

Em 2007, as Tartarugas Ninja retornaram às telas do cinema com o longa As Tartarugas Ninja – O Retorno. Feito com imagens em computador, o longa traz as quatro tartarugas salvando New York dos perigos de Maximus Kong. O filme, que arrecadou US$ 52 milhões, contou com a participação de Chris Evans, Patrick Stewart e Sarah Michelle Gellar. 

Com a aparência bastante estranha, as Tartarugas Ninja apareciam em As Tartarugas Ninja, de 2014. O reboot da série de sucesso levou muitas pessoas aos cinemas do mundo inteiro e chegou a arrecadar R$ 1 Bilhão. A China foi responsável por impulsionar a bilheteria, contribuindo em aumentar a receita total do filme, estimada em US$ 434,6 milhões.

Com tamanho sucesso, ele deu sequência a outro filme, Tartarugas Ninja: Fora das Sombras (2016). O segundo título da sequência pouco empolgou e nem mesmo nomes como Megan Fox (April O´Neil), Tony Shalhoub (Splinter) e Brian Tee (Shredder) garantiram uma terceira película da turma.

Esse segundo filme teve orçamento calculado em US$ 135 milhões e bilheteria de US$ 245 milhões, bem menos que o antecessor, considerado um fenômeno de bilheteria em todo o mundo.

A aventura mais recente nos cinemas das tartarugas foi o filme As Tartarugas Ninja: Caos Mutante (2023). O filme tem boas cenas de ação e a diversão é garantida. Nomes como Seth Rogen e Jackie Chan emprestam a voz para dar vida a alguns personagens. O último filme teve bastante sucesso nas bilheterias (arrecadou US$ 135 milhões), e ganhou uma sequência, prevista para rodar nas telas do mundo inteiro em 9 de outubro de 2026.

Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time

A presença das Tartarugas Ninja se estendeu para além das telas de televisão e do cinema e a aventura das quatro tartarugas comandadas por Mestre Splinter foi parar nos videogames. A década de 1990 foi capaz de presentear fãs ao redor do mundo com os jogos da franquia. Passeando pelo arcade e depois por consoles da época, as Tartarugas Ninja tiveram um grande sucesso entre muitos jogadores.

Dentre todos os jogos lançados, o destaque fica por conta de Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time, idealizado pela Konami. Criado inicialmente para o arcade, o jogo apareceu para o Super Nintendo, despertando a curiosidade dos fãs.

O jogo, no estilo beat ‘em up, é porradaria do começo ao fim. A história começa quando, em uma noite qualquer, os habitantes dos esgotos de Nova Iorque assistem April O’Neil informando que a Estátua da Liberdade havia sido sequestrada por um Krang gigante. 

Após o ocorrido, Shredder (o Destruidor) aparece na tela e a caçada se inicia. As Tartarugas Ninja só não contavam com uma viagem no tempo inesperada. Dessa forma, Raphael, Leonardo, Michelangelo e Donatello embarcam na aventura e passam por vários perigos para conseguirem resgatar a Estátua da Liberdade. 

Vindos do arcade, os personagens entraram no universo do Super Nintendo pela porta da frente. O jogo, desenvolvido para o console 16-bits da Big N teve inúmeras melhorias. Os personagens aparecem de maneira semelhante ao desenho tão famoso e cada um deles tem seu estilo de combate durante as fases do jogo.

Com gráficos bastante trabalhados para a época, Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time ainda presenteia o jogador com uma jogabilidade intuitiva e sem maiores problemas. São 10 fases em que as tartarugas viajam pelo tempo, enfrentando os ninjas do clã do Pé, até chegar no confronto final com o Destruidor. 

O jogo tem início em uma ponte de Nova Iorque e logo as fases se desenrolam por outros cenários da cidade, como os esgotos. No Super Nintendo existe uma fase no Tecnódromo, quartel general do Destruidor.

Após essa fase, as Tartarugas Ninja são transportadas pelo seu inimigo para uma viagem no tempo que começa na Pré-História, passa por um navio pirata, pelo Velho Oeste, vai até o futuro (existem fases em 2020 e em 2100) e volta para o confronto final, no presente do jogo, em 1992.

O resultado final de Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time é bastante positivo, por ele conseguir entregar diversão com detalhes bem arrumados, jogabilidade sólida e fácil para fãs do quarteto bem humorado.

Outros jogos

Teenage Mutant Ninja Turtles (1989) – NES

A estreia das Tartarugas Ninja nos videogames aconteceu em 1989, no jogo lançado para o Nintendo (NES). O jogo foi criado pela Konami, mas para conseguir ser comercializado nos Estados Unidos, por questões burocráticas, ele foi distribuido pela Ultra Games.

O jogo é ambientado na cidade de Nova Iorque e, durante as fases, o jogador pode escolher qualquer uma das quatro tartarugas. São seis fases diferentes, com missões próprias que devem ser seguidas. O jogo foi um sucesso e se tornou lendário, além de ser reconhecido pela dificuldade.

Teenage Mutant Ninja Turtles (1989) – Arcade

A versão para arcade veio no mesmo ano e, nas máquinas de fliperama, a depender da versão era permitido que quatro jogadores pudessem jogar ao mesmo tempo, cada um com a tartaruga de sua preferência.

O jogo em si é inspirado no desenho, e isso fica aparente nos gráficos e nos desenhos de cada personagem e dos cenários. No melhor estilo beat´em up, Tartarugas Ninja desafiavam seus inimigos em fases cheias de diversão.

O jogo foi um sucesso no mundo inteiro, especialmente na América do Norte. Ao final do ano de 1990, a Konami já tinha conseguido vender 20 mil unidades de máquinas de fliperama com o jogo fora do Japão, sendo que 14 mil destas máquinas estavam nos Estados Unidos.

Teenage Mutant Ninja Turtles II: The Arcade Game (1990) – NES

Após o sucesso estrondoso da versão para o arcade, a Konami produziria a versão do jogo Teenage Mutant Ninja Turtles II: The Arcade Game para o NES. O console 8-bit da Nintendo receberia uma ótima versão do jogo, originalmente feito para as máquinas de fliperamas, cheias de recursos que melhorariam a experiência.

Esta versão para o Nintendo é um clássico do console. Os gráficos não deixam a desejar, apesar de todas as limitações impostas ao videogame. É também considerado um dos jogos mais difíceis de ser zerado, exigindo um pouco mais de atenção do jogador, mas nada impossível.

Teenage Mutant Ninja Turtles III: The Manhattan Project (1991) – NES

Este é o terceiro jogo da série para Nintendo. Seguindo a mesma proposta, o beat ’em up para o console possui basicamente os mesmos controles do primeiro jogo da série. Ao todo são oito fases em que os jogadores devem passar pelas mais variadas aventuras.

Enquanto passam férias nas Flórida, as Tartarugas Ninja estão acompanhando o noticiário, quando April O´Neil é sequestrada pelo Destruidor, que também coloca o destino de toda Nova Iorque em perigo. Começa então uma jornada em busca de salvar April e a Big Apple.

Teenage Mutant Ninja Turtles: The Hyperstone Heist (1992) – Mega Drive

O primeiro jogo das Tartarugas Ninja feito pela Sega causou um estranhamento inicial, mas logo depois foi bem visto para o videogame. O jogo usa alguns elementos de outros títulos, sendo influenciado pela versão do arcade e, mais ainda, pela versão de Turtles in Time, do Super Nintendo.

As características são elementos com bastante cor e fases parecidas com o jogo inspirador. Ao total, o jogador precisa passar por 5 cenários, que terminam com o confronto final com o Destruidor, no Tecnódromo.

Trilogia para o Gameboy e jogos de luta

Durante o auge das Tartarugas Ninja, nos anos 1990, outros consoles também ganharam jogos dos personagens cativantes. O primeiro jogo lançado para o Gameboy foi Teenage Mutant Ninja Turtles: Fall of The Foot Clan (1990), um jogo do estilo plataforma, com cinco fases no total.

Logo em seguida foi a vez de ser lançado Teenage Mutant Ninja Turtles II: Back from the Sewers (1991), que tinha basicamente o mesmo enredo que o primeiro jogo, com a diferença de ter melhorias gráficas.

Para fechar a trilogia, foi a vez de ser lançado para o Gameboy o jogo Teenage Mutant Ninja Turtles III: Radical Rescue, em 1993. Considerado como o melhor jogo para o console, nele é possível explorar um mapa usando as habilidades de cada uma das tartarugas.

Incansáveis nos videogames durante esta primeira fase de vida, as Tartarugas Ninja ainda apareceram em títulos diferentes dos que os fãs já estavam acostumados. É o caso de Teenage Mutant Ninja Turtles: Tournament Fighters, lançado em 1993 para o SNES e Mega Drive e em 1994 para o NES.

Nestes títulos, as Tartarugas Ninja participam de um torneio com outros jogadores, para saber quem é o mais forte. Nos jogos é possível escolher personagens como April O´Neil e até mesmo o Destruidor, além das Tartarugas Ninja e outros personagens.

As Tartarugas Ninja atualmente

Após aquela noite de criação, Kevin Eastman e Peter Laird jamais imaginariam que as tartarugas desenhadas de uma forma meio estranha seriam um sucesso tão grande a nível mundial. A verdade é que logo após a invenção, as Tartarugas Ninja alcançaram o estrelato quase que instantaneamente.

A franquia se tornou um negócio lucrativo, com a exploração da imagem do quarteto e de todos os outros personagens em diversos meios, que incluíram inserções na televisão – com a série animada -, filmes nos cinemas, responsáveis sozinhos por movimentarem cerca de 310 milhões de dólares, além dos brinquedos e toda a sorte de itens.

Desde a sua criação os direitos das Tartarugas Ninja eram de propriedade do Mirage Group, que acabou vendendo os direitos da franquia por 60 milhões de dólares ao Grupo Viacom, que detém direitos da Paramount e Nickelodeon.

O negócio foi selado em 2009 e a nova produtora idealizou uma série, que acabou publicada em 2012. A inspiração da série vinha dos episódios originais, embora explorassem de maneira um pouco mais aguda a agressividade e cenas de lutas das Tartarugas Ninja.

Para além dos jogos de Arcade, Nintendo ou Super Nintendo, a figura das Tartarugas Ninja também esteve presente em outros consoles, como PlayStation, como também é possível jogar as aventuras das tartarugas em jogos para computador.

Para celebrar esse sucesso dos personagens, em 2022 foi lançada a série The Cowabunga Collection, que contava com 13 títulos originais das Tartarugas Ninja, disponíveis, inclusive para PlayStation. Dentre os jogos presentes na coleção, estão a primeira versão para arcade, além do clássico Turtles in Time.

Ademais, as Tartarugas Ninja estiveram recentemente nas telonas, com o longa As Tartarugas Ninja: Caos Mutante (2023). A película teve um custo estimado em US$ 70 milhões e arrecadando US$ 135 milhões ao redor do mundo.

As Tartarugas Ninja também ganharam um jogo, lançado em 2022. Disponível para PS5, PS4, Nintendo Switch, Xbox One e PC, Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge foi um grande sucesso. A aventura é no melhor estilo beat ´em up e alcançou a marca de 1 milhão de cópias vendidas em apenas uma semana de lançamento.

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Fontes: Time, Turtle Pedia, New York Times

Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim