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Os bastante aguardados smartphones do Google finalmente foram anunciados no Made by Google. Agora conhecidos como “Pixel“, substituindo a linha Nexus, os dois modelos lançados já tiveram suas informações vazadas no dia anterior, confirmando boa parte das especificações previstas em rumores. Porém, os novos aparelhos da linha Pixel não são as únicas novidades anunciadas pelo Google.
Mais do que anunciar produtos, o evento Made by Google mostra em qual direção a empresa trabalhará nos próximos anos. Além do Google Pixel e do Google Pixel XL, que funcionam como uma espécie de modelo de referência para outros fabricantes seguirem em seus próprios modelos, tivemos três grandes novidades:
Google Assistant
A combinação de processamento natural de linguagem, reconhecimento de voz, mapa de conhecimento, reconhecimento de imagens e ferramentas de tradução de idiomas resulta em um Google Assistant. É interessante que uma ferramente que parece tão simples é construída em conceitos de inteligência artificial e aprendizado de máquina.
E o Google Assistant fica mais preciso conforme o uso. Do lado do usuário, ele armazena particularidades na pronúncia e fornece resultados mais precisos baseado nos pedidos anteriores. Do lado da ferramenta, ele usa a inteligência coletiva de milhares de aparelhos para alcançar a resposta certa, aprendendo a responder os pedidos com uma linguagem mais natural, próxima da linguagem falada.
Boa parte da “inteligência” do Google Assistant pode ser observada no app de mensagens Allo, recentemente anunciada pela empresa. Basta fazer um pedido usando a expressão “@google” para que ele traga informações importantes, como quais restaurantes estão abertos perto do usuário. Ou se choverá nas próximas horas no lugar onde o usuário estará, segundo os dados do Google Agenda.
O Pixel e o Pixel XL serão os primeiros aparelhos a trazer a implementação oficial do Assistant. Dentre as diversas demonstrações, o detalhe que mais chamou a atenção é a capacidade de buscar informações dentro de um certo contexto. Por exemplo, o usuário busca uma entretenimento. Em seguida, um lugar para comer antes do evento. E, com essas informações, consegue medir a distância entre um lugar e outro sem precisar de informações extras. Bacana, não?
Realidade Virtual
Um dos grandes focos do Google é o próximo passo da revolução tecnológica: inteligência artificial. Um dos grandes problemas, porém, é a alta exigência de processamento, além da ausência de um SDK para ajudar nessa tarefa. Até agora.
Em relação ao headset, um dos focos do Google foi melhorar o conforto. O resultado disso é o Daydream View. O ponto de partida foi a nossa preferência na hora de usar roupas, tanto em relação ao conforto em relação ao peso. O primeiro problema foi resolvido com o uso de um tecido confortável e disponível em 3 cores diferentes. Já o segundo, diminuindo o peso do aparelho em 30% em relação aos concorrentes.
Um dos pontos mais interessantes do Daydream View é que ele se comunica automaticamente com o smartphone. Basta colocar o smartphone e fechá-lo, já que eles se comunicam automaticamente sem fios. Além disso, há um controle bem espertinho, muito parecido com a experiência de uso do controle do Nintento Wii. Mas nada disso conta se não há apps para usar, não é mesmo?
Parcerias
Pensando nisso, o Google fechou parcerias com a Warner Brothers para anunciar o jogo Fantastic Beasts, que é totalmente otimizado para o Daydream VR. Já no segmento de educação, a empresa trabalhou em conjunto com diversas empresas para criar aplicativos educacionais. E, claro, não poderiam faltar parcerias com empresas de entretenimento, como o Netflix e o Hulu.
Para se manter informado, a parceria com o New York Times permite explorar as notícias de uma forma muito mais multimídia, oferecendo vídeos de diversos pontos de vista. No total, são mais de 60 parcerias para criar apps e funções para o Daydream View, com centenas de empresas à espera nos próximos meses. Naturalmente, os próprios apps do Google foram adaptados.
O Street View, por exemplo permite explorar lugar distantes no conforto de casa. Já o Youtube já conta com centenas de vídeos otimizados – com direito a áudio 3D! – para o Daydream. O preço inicial nos Estados Unidos é de US$ 79 para qualquer uma das trÊs cores disponíveis.
Google Wifi
Resultado de uma parceria com a ASUS e a TP-Link, o Google Wifi pretende revolucionar as redes de casa. Em vez de contar com apenas um aparelho central, ele conta com diversos módulos para ampliar o sinal. Ou seja: nada de pontos sem conexão. Mais do que isso, ele modula automaticamente o sinal, distribuindo a potência da rede sob demanda.
Basta usar o app Companion para ter controle total sobre a rede de casa. Ele permite, por exemplo, pausar a internet em dispositivos específicos. Nada de ter que chamar o filho para a janta diversas vezes! Os primeiros modelos do Google Wifi começam a ser entregues em dezembro. Os preços? US$ 129 para cada módulo, ou US$ 299 para um pacote com 3 módulos.
Chromecast Ultra
Com a marca de mais de 30 milhões de Chromecasts vendidos em todo o mundo, o Google não pretende parar por aí. A terceira geração, conhecida como Chromecast Ultra, promete imagens ainda melhores, trabalhando em 4K, HDR e com o Dolby Vision. Aliás, o Google Movie & TV também será atualizado, passando a oferecer um catálogo de filmes e séries em 4K.
O Chromecast Ultra está 1,8 vezes mais rápido do que a geração anterior e vem com uma conexão Ethernet. Ele estará disponível nas lojas americanas por US$ 69 a partir de Novembro, ainda sem previsão para chegar ao Brasil. Considerando que o preço do último modelo era de R$ 400, não temos como ficar otimistas.
Google Home
Usando as tecnologias do Google Assistant, e com algumas dicas divulgadas durante o Google I/O 2016, temos o Google Home com todos os detalhes divulgados no Made by Google. Ele é capaz de responder pedidos do usuário em qualquer lugar da residência, além de controlar os aparelhos conectados. Os conceitos de usabilidade são os mesmos do Google Assistant: aprendizado de máquina e processamento natural de linguagem. Basta falar a palavra-chave e “conversar” com ele.
O Google Home vem com um sistema de som próprio. A parte interessante é que, por estar conectado à internet, ele pode tocar qualquer música sem sair do lugar ou ter que apertar um botão. Não é nem necessário ter o smartphone pareado. Basta estar inscrito em um dos serviços suportados: Spotify, Pandora, Google Play Music, TuneIn, iHeartRADIO ou Youtube Music.
Usando os conceitos do gráfico de conhecimento do Google, se o Home não souber a resposta de uma pergunta, ele procura em outras fontes, como a Wikipedia. Caso o usuário queira mais informações, basta pedir mais detalhes, usando o processamento de contexto do Google Assistant. Basicamente, ele assume as funções deste em qualquer lugar da casa sem necessitar do smartphone.
Isso não quer dizer que ele não se comunique com o smartphone. Por exemplo, se você pedir a sua agenda diária no Google Home, ele mostrará o resultado na tela do aparelho. Quando conectado a um dispositivo inteligente, ele é capaz de controlá-lo com comandos de voz. Até o momento, o Google habilitou o Home para trabalhar com dispositivos da Nest, Samsung SmartThings, Philips Hue e IFTTT, assim como o Chromecast.
Considerando todas as funções, o preço de US$ 129 para o Google Home é bastante chamativo, de quebra oferecendo 6 meses de assinatura do Youtube RED (nos países em que ele é suportado). São 7 cores disponíveis em diferentes materiais, e as vendas começam na data de hoje (4/10), e já possível adquiri-lo após o término do Made by Google.
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