Confiança digital cresce na pandemia e acende alerta para segurança

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Aumento da confiança digital pode colocar em risco a segurança dos consumidores

Uma pesquisa realizada pela IBM Security, para analisar o comportamento digital dos consumidores durante a pandemia, verificou que o aumento da confiança digital dos usuários pode colocar em risco a segurança cibernética. Ao mesmo tempo que as pessoas estão mais confortáveis em usar a internet para resolver questões do dia a dia e realizar compras, elas estão ficando menos preocupadas com a segurança online. 

De acordo com o relatório, houve uma aumento considerável na criação de novas contas, chegando a uma média de 17 contas online por pessoa. Por outro lado, 82% dos entrevistados afirmaram que utilizam as mesmas senhas para acessar contas diferentes. Isso significa que as contas criadas no ano passado podem conter credenciais, como e-mails e senhas, que já tenham sido vazadas anteriormente.  

A pesquisa global contou com a participação de 22 mil pessoas e verificou que 45% dos participantes pretendem manter as contas que criaram durante o período pandêmico. Um dado que pode impactar as empresas nacionais é o fato de 40% dos brasileiros, com idade inferior a 35 anos, e 41% dos millennials preferem acessar sites e plataformas “potencialmente inseguros” do que ir pessoalmente ou ligar para um estabelecimento para fazer um pedido ou comprar um produto. 

A IBM destaca que como os consumidores não estão se importando com a segurança online, “caberá às empresas lidarem com o peso de encontrar soluções para enfrentar possíveis fraudes que possam recair sobre seus serviços”. Vale ressaltar que, de acordo com um estudo elaborado pelo Mastercard e Instituto DataFolha, 57% das empresas brasileiras sofrem ataques digitais recorrentes.

Como as empresas podem melhorar a segurança e aumentar a confiança digital?

Apesar de os consumidores não prestarem muita importância à segurança, as empresas precisam se preparar para garantir mais confiança digital nas transações online. Conforme aponta o relatório da IBM, “os maus hábitos de segurança pessoal podem acabar sendo adotados no trabalho”, ocasionando problemas desde vazamento de dados até ataques ransomware, no qual os cibercriminosos infectam a rede e bloqueiam todo o sistema, depois exigem pagamentos para liberar o acesso novamente. Tanto empresas quanto pessoas físicas estão sujeitas a ataques virtuais, no caso de infecção com ransomware, recuperar o acesso aos dados pode custar muito caro.

Portanto, a IBM Security X-Force recomenda algumas mudanças de hábito para manter a segurança em dia, como, por exemplo, adotar uma “abordagem de confiança zero”. Ou seja, as empresas precisam entender que qualquer usuário, interno ou externo, pode ser um risco em potencial. Por isso, o melhor é implementar uma estratégia de Gestão de Identidade e Acesso do Consumidor (CIAM), limitando o acesso de todos os usuários. Assim as pessoas só poderão acessar conteúdos específicos que forem autorizados previamente.

A IBM sugere que sejam feitos testes regulares para inspecionar toda a infraestrutura de dados. Isso ajuda a encontrar vulnerabilidades de segurança e a evitar ataques. O relatório também chama atenção para a necessidade de investir em soluções como criptografia, para proteger a rede de acessos não autorizados, e em políticas de privacidade. De acordo com a pesquisa Cost of Data Breach 2020, realizada pelo Ponemon Institute em parceria com a IBM, os vazamentos de dados podem custar US$ 3,86 milhões para as empresas. Não investir em segurança pode custar caro. 

Além disso, a IBM chama a atenção para o segmento da saúde. Com a pandemia houve um aumento na procura pela telemedicina. Apesar de agilizar o processo de atendimento, já que por meio da telemedicina é possível marcar consultas online, as empresas do setor precisam se atentar para a necessidade de seguir protocolos rigorosos de segurança para evitar vazamentos de dados dos pacientes e ataques ransomware, por exemplo.

Fonte: IBM [1] e [2]

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