É oficial: a Apple acaba de comprar o Shazam. Em um comunicado oficial divulgado à imprensa nesta manhã (11/12), a Maçã disse estar animada com para um futuro junto ao app. Os valores da negociação, no entanto, não foram divulgados.
Confira as palavras do porta-voz da empresa, Tom Neumayr, na íntegra:
“Estamos entusiasmados ao anunciar que o Shazam e seu brilhante time farão parte da Apple. Desde o lançamento da App Store, o Shazam sempre fora um dos mais populares aplicativos para iOS. Hoje, ele é utilizado por centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, em várias plataformas.
O Shazam e o Apple Music são um par natural, compartilhando sua paixão pela descoberta musical e por entregar ótimas experiências aos nossos usuários. Temos excitantes planos em mente e prendemos colocá-los em prática assim que o acordo de hoje for aprovado.”
Fim do Shazam para Android?
Como o portal Recode lembrou em seu texto sobre o tema, a Apple não costuma falar muito de suas aquisições. Porém, desta vez, a empresa não economizou palavras ao dizer que o Shazam, além de ser um dos aplicativos mais populares dentro do iOS, forma um ‘par natural’ com o Apple Music.
Ao que tudo indica, o serviço de reconhecimento de músicas será integrado ao streaming da Apple, deixando de existir como um app próprio. Na prática, isto pode ser o fim do aplicativo para Android, além do fim de serviços adicionais do próprio Shazam, como o reconhecimento de objetos a partir da câmera dos smartphones.
Caso isto realmente aconteça, só terá acesso ao serviço quem assina o Apple Music.
Hoje, o Shazam acumula 1 bilhão de downloads, funcionando em smartphones, smartwatches e até mesmo em computadores. Em 1999, quando foi lançado, o serviço funcionava apenas via telefone.
A maior fonte de renda do aplicativo são as taxas que serviços de streaming pagam ao serviço. Sempre que reconhece alguma música e redireciona o usuário para o Spotify, por exemplo, o Spotify paga uma comissão ao Shazam.
A Apple pode tanto manter esse sistema quanto torná-lo exclusivo do Apple Music. A grande questão é a consequência que estas escolhas significam: ao mesmo tempo em que pode atrapalhar a concorrência do Apple Music, a Maçã pode acabar sabotando os lucros do Shazam.
Aquisição misteriosa
Acredita-se que o valor da aquisição beire os US$ 400 milhões, mas a Apple não confirmou tais números. Assim como foi dito na declaração do porta-voz, o acordo ainda precisa ser aprovado, talvez pelo fato da empresa que controla ser sediada no Reino Unido e não nos EUA, como é de costume.