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Há não muito tempo era comum escutar pais e mães dizerem aos filhos para não ficarem muito tempo em frente a TV para não “cansar a vista“. Se na época em que a tela de televisão era a única que bombardeava os olhos com luz, o que dizer de hoje em dia com a pletora de telas digitais que rodeiam a todos?
Na maior parte do dia provavelmente estamos olhando para algum tipo de tela. Qual o impacto disso na saúde ocular? Algumas situações exigem alguns cuidados sim, a principal delas é a chamada DES (Dry-Eye Sydrome). Como nos casos ergonômicos e de postura, por exemplo, os problemas podem aparecer no médio e longo prazo. Assim, saber os principais impactos vale a pena.
Síndrome do Olho Seco
Um problema que tem sido relacionado pela comunidade médica com uso abusivo de telas digitais é a síndrome do olho seco. Quando ficamos muito tempo olhando para uma tela digital, nós tendemos a piscar menos com os olhos. E isto ajuda a ressecar e diminuir a lubrificação dos mesmos. No longo prazo, isso pode acarretar alguns problemas de visão, causar irritação e até criar situações mais sérias. A DES (Dry-Eye Syndrome) é o principal problema que a nova cultura das telas digitais provocou na saúde dos olhos (mas não é a única causa – saiba mais sobre a síndrome aqui)
De certa forma, não se sabe ainda como será a adaptação dos olhos ao novo regime cultural de contato quase permanente com telas eletrônicas. Há estudos que dizem que adultos passam em média 8.5 horas ou 10 horas por dia olhando para algum tipo de tela. Como um fenômeno que se intensificou a partir dos anos 2000 com a popularização de displays com mais capacidades e universalização de gadgets como smartphones e tablets, muitos dos impactos de longo prazo ainda estão por serem identificados.
Insônia e estimulação excessiva
Um outro problema, que nesse caso pode ser devido tanto a luz natural como da artificial, é a insônia. Potencialmente, o forte brilho das telas de produtos eletrônicos pode estimular o cérebro o suficiente para “enganá-lo”. Ou seja, fazê-lo achar que ainda é dia (saiba mais aqui – em inglês). Isso gera um impacto direto no relógio biológico e no ciclo de sono. Para não perder valiosas horas de sono bem dormido, um bom equilíbrio no brilho da tela do smartphone e saber a hora de diminuir a sua utilização são ótimas estratégias.
A dica universal do equilíbrio também se aplica aqui. A luz das telas eletrônicas não causa nenhum grande mal em si, mas o brilho exagerado, seu uso excessivo e em horas inadequadas agravam problemas já existentes e podem ocasionar novos contratempos, como a DES, principalmente, além de possivelmente te tirar preciosas horas de sono.
O lado positivo das telas digitais e nossos olhos
Se por um lado o brilho excessivo e o bombardeio luminoso pode causar danos, há de se ressaltar também os efeitos positivos.
As telas digitais dão uma flexibilidade enorme para os olhos. A possibilidade de zoom-in e zoom-out, configuração de estilos e tamanho de fontes de texto, principalmente, facilitam muito a vida de quem trabalha e passa muito tempo de frente para as telas (isto é, quase todos nós).
Além disso, os ajustes de tela são fáceis e acessíveis de serem feitos. Diminuir o brilho da tela quando conveniente, alterar cor de fundo para tons mais escuros e ajustar o contraste para maximizar a nitidez, são todas formas de facilitar a leitura nas telas de celular e tantos outros aparelhos. Todas elas devem ser usadas para evitar efeitos negativos. Além disso, fazer pequenas pausas quando se passa o dia em frente a uma tela e descansar em ambientes com luminosidade equilibrada também são boas práticas.
As telas estão aí para trabalhar para nós, e não o contrário. Então, nada mais natural do que fazer as telas digitais se adequarem às condições mais amenas e melhores para a visão (brilho e contraste bem ajustado, distância adequada, aumentar tamanho da fonte e usar as ferramentas de zoom).