No anúncio recente sobre a parceria entre Apple e Google, compartilhamos que as empresas estão dispostas a criar uma tecnologia multiplataforma, ou seja, que opere entre Android e iOS — os dois maiores sistemas operacionais móveis do mercado, com mais de 3,5 bilhões de usuários de smartphones — afim de combater a propagação da pandemia.
Tamanho movimento gera euforia e as empresas estão aqui para explicar como, de fato, funcionará o sistema de rastreamento entre pessoas que permitirá alertar se uma delas pode estar infectada pelo coronavírus COVID-19. Após o anúncio, foi liberada a documentação técnica da tecnologia de em si.
Para simplificar a explicação, pudemos ilustrar abaixo uma situação (outrora) típica em nosso cotidiano e a aplicação do sistema proposto em execução na prática.
O funcionamento do aplicativo
Alice e Bob se encontram pela primeira vez e conversam por dez minutos.
Via Bluetooth, seus celulares trocam identificações criptografadas, ou chaves (com mudanças frequentes).
Alguns dias se passam, e Bob é diagnosticado positivo para coronavírus COVID-19 e entra com seus dados no aplicativo de saúde pública — no caso do Brasil, uma possibilidade poderia ser através do Coronavírus – SUS (Android e iOS).
Com o consentimento de Bob, seu celular envia para o sistema as chaves de dados dos últimos 14 dias. (Os aplicativos só poderão ter acesso a maiores informações com o consentimento explícito do usuário).
Alice segue seu dia sem saber que ela esteve próxima a uma pessoa potencialmente contagiosa.
O celular de Alice baixa da internet periodicamente os dados das pessoas próximas a ela, de sua região, que testaram positivo para o vírus. Uma combinação é feita na nuvem com o identificador criptografado de Bob.
Alice recebe uma notificação em seu celular: “Alerta: Você foi exposta recentemente a alguém que testou positivo para COVID-19. Toque para mais informações.”
O celular de Alice recebe a notificação orientando sobre o que ela deve fazer.
Privacidade e segurança de dados
Uma das maiores preocupações dos usuários é a maneira como as informações serão disponibilizadas entre os usuários, e também para os agentes de saúde pública. Pensando nisso, Apple e Google disponibilizaram na documentação os requisitos do contrato de privacidade e segurança que incidem sobre o projeto de monitoramento de contato através de smartphones:
- Consenso explícito do monitoramento para o usuário
- Não coletará informações pessoalmente identificáveis ou dados de localização do usuário
- Lista de pessoas que estiveram em contato com você nunca sai do celular
- Pessoas que testaram positivo não são identificadas por outros usuários, Google ou Apple
- Só será usado para monitoramento de contato por autoridades da saúde pública
- Não importa se você tem celular Android ou iPhone, pois funciona em ambos
Não há dúvida de que o pacote de recursos, frameworks e APIs, distribuídos aos desenvolvedores e governos contribuirá para uma rápida adoção da tecnologia. Os países têm seus aplicativos na internet e têm seus desenvolvedores. A preocupação maior está por parte de decisões do governo de cada país. Inúmeras burocracias podem facilitar ou, em sua maioria, dificultar o progresso.
Ainda não houve atualização referente a datas, mantendo o prazo de novidades para maio.
Fonte: Documentação oficial da Apple e Google.
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