Anônimo na internet

Como se tornar anônimo na internet

Avatar de alexandre marques
Na internet todos os seus dados e atividades podem ser rastreados. Mas é possível se tornar anônimo para que sites e apps não conheçam seu comportamento?

Alcançar o anonimato online e preservar a privacidade demanda esforço e a adoção de medidas específicas na Web. Nesse texto explicamos algumas partes do processo para se tornar um anônimo na internet, sendo algumas medidas mais exigentes de conhecimento técnico e outras mais simples de se adotar. Fato é que, ao não adotar novos padrões de uso na internet, seus dados e informações serão usados por empresas ou até mesmo golpistas.

Como sites e apps sabem o que você está fazendo

Sites e apps sabem o que você está fazendo
Sites e apps monitoram seu comportamento para oferecer respostas mais pessoais baseadas em suas escolhas na Web. Foto: iStock

A invasão da privacidade online é uma realidade complexa, na qual empresas, sites e aplicativos têm a capacidade de acompanhar minuciosamente nosso comportamento, acessando nossos dados e preferências. Essa prática é impulsionada por mecanismos como cookies, pixels de rastreamento e scripts em páginas da web, que formam um rastro digital durante nossas atividades online.

Muitos usuários podem não estar cientes, por exemplo, de que assistentes de voz como Google Assistente, Siri e Alexa têm a capacidade de captar e processar as informações que são compartilhadas verbalmente. Esses assistentes utilizam dados de interações anteriores para personalizar recomendações e escolhas de conteúdo, visando aprimorar a experiência do usuário. No entanto, essa prática levanta preocupações sobre a privacidade, já que implica na constante escuta e interpretação das conversas.

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Assistente de voz famosa por tornar sua casa mais inteligente, Alexa é capaz de captar informações expressas verbalmente. Foto: Anna Quelhas / Shutterstock

Mas por que empresas ligam tanto para essas informações? Algoritmos de aprendizado de máquina são usados para antecipar nossos interesses e comportamentos futuros, refinando a capacidade das empresas de personalizar suas ofertas e anúncios. Logo, caso você curta um vídeo mostrando um tênis de uma marca nas redes sociais, é muito provável que anúncios daquele mesmo tênis comecem a aparecer para você em outros momentos da sua navegação. As redes sociais desempenham um papel crucial, compartilhando dados entre plataformas e gerando anúncios específicos com base em nossas interações e preferências registradas anteriormente.

Embora muitas dessas práticas visem melhorar a experiência do usuário, elas levantam questões sérias sobre privacidade e segurança.

Além das preocupações com a privacidade online para com empresas, há uma crescente ameaça de como golpistas podem explorar os dados compartilhados na web para perpetrar fraudes mais sofisticadas e invasivas. Um exemplo perturbador envolve a manipulação de dados pessoais para realizar chamadas fraudulentas. Golpistas podem coletar dados de voz disponíveis publicamente, como entrevistas, palestras ou até mesmo gravações de chamadas telefônicas, para criar deep fakes de vozes realistas. Isso possibilita a criação de chamadas falsas, onde o golpista, utilizando a voz de uma pessoa conhecida — como um parente — solicita dinheiro sob pretextos enganosos.

Outra ameaça em ascensão está relacionada ao uso de imagens e vídeos para criar deep fakes que podem comprometer a integridade pessoal. Por exemplo, fotos de crianças compartilhadas em redes sociais podem ser alvo de manipulação. Com a tecnologia de deep fake, golpistas podem criar imagens falsas que aparentam ser comprometedoras, como montagens que apresentam nudez.

O que são Cookies

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Foto: Reprodução / Internet

Os cookies, não aqueles que você come, mas sim os arquivos de texto pequenos armazenados no seu navegador da web, desempenham um papel crucial na experiência online moderna. Estes pequenos fragmentos de dados desempenham várias funções importantes, tornando a navegação mais eficiente, personalizada e, muitas vezes, indispensável para diversos serviços online.

Esses arquivos contêm informações específicas sobre sua interação com o site, como preferências, dados de login, itens em um carrinho de compras, entre outros. Os cookies podem ser temporários (de sessão) ou persistentes, dependendo de quanto tempo eles permanecem armazenados em seu dispositivo.

Quando você visita um site, ele envia um pequeno pacote de dados para o seu navegador, que então armazena essas informações no seu dispositivo. Na próxima vez que você visitar o mesmo site, seu navegador enviará esses cookies de volta ao servidor do site. Isso permite que o site reconheça e lembre suas preferências e informações anteriores, proporcionando uma experiência mais personalizada.

Embora os cookies sejam ferramentas essenciais para a funcionalidade de muitos sites, tendo como objetivo tornar a experiência do usuário mais personalizada, surgiram preocupações sobre a privacidade em páginas. Por isso, muitos navegadores passaram a oferecer opções para controlar o uso de cookies, permitindo que os usuários decidam quais informações desejam compartilhar.

Privacidade e segurança

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Foto: Reprodução / Internet

A evolução da sociedade digital trouxe consigo uma série de benefícios, mas também desafios inerentes à privacidade e segurança na internet. Em um mundo cada vez mais interconectado, a preservação da privacidade online tornou-se uma preocupação central. A coleta massiva de dados por parte de sites e serviços levanta questões sobre o controle e o destino das informações pessoais dos usuários. Nesse contexto, tornou-se crucial que os usuários compreendam as políticas de privacidade, analisem as configurações disponíveis em navegadores e plataformas online, e estejam cientes das implicações do compartilhamento de dados.

Paralelamente, a segurança online desempenha um papel fundamental na proteção contra ameaças digitais. A escolha de senhas robustas e a implementação da autenticação de dois fatores (2FA) são práticas essenciais para resguardar contas e informações sensíveis contra acessos não autorizados. Ademais, a utilização de serviços como VPNs (Redes Virtuais Privadas) acrescenta uma camada extra de segurança ao criptografar as comunicações online, sendo particularmente relevante ao utilizar redes públicas.

Somente em última análise, ao adotar uma abordagem consciente e proativa em relação à privacidade e segurança na internet, os usuários podem usufruir plenamente dos recursos online, minimizando potenciais ameaças e preservando sua integridade digital.

Vantagens de ser anônimo na web

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Foto: Reprodução / Internet

Explorar a internet de forma anônima apresenta diversas vantagens significativas, especialmente no que diz respeito à proteção da privacidade e segurança pessoal. Ao optar por permanecer no anonimato, os usuários conseguem se resguardar contra a vigilância indesejada por parte de empresas e potenciais invasores cibernéticos. Essa medida se torna crucial em um cenário onde a coleta massiva de dados tornou-se uma prática comum, muitas vezes sem o pleno consentimento dos usuários.

A navegação anônima proporciona uma defesa eficaz contra a personalização excessiva de anúncios direcionados. Evitando o rastreamento de dados para a criação de perfis de usuários, os internautas conseguem minimizar a exposição a anúncios invasivos, preservando assim sua experiência online de uma inundação publicitária personalizada.

Outro aspecto relevante é a mitigação do risco de ataques cibernéticos. Ao navegar anonimamente, os usuários dificultam a obtenção de informações sensíveis, reduzindo assim a probabilidade de cair vítima de ataques como phishing e roubo de identidade. Essa camada adicional de segurança é fundamental em um ambiente digital onde as ameaças cibernéticas são cada vez mais sofisticadas.

Ao evitar a divulgação de informações pessoais, os usuários se protegem contra práticas maliciosas que frequentemente dependem da coleta de dados para serem eficazes. Assim, ao escolher navegar anonimamente na web, os usuários podem explorar a internet com maior tranquilidade, mantendo o controle sobre suas informações pessoais e preservando sua privacidade digital.

Como proteger seus dados na internet

Seja para evitar golpistas ou para impedir o assédio de empresas, proteger seus dados na internet é crucial para evitar possíveis riscos à privacidade e segurança. Logo, implementar medidas de segurança online, como as citadas a seguir, é fundamental para resguardar informações pessoais contra possíveis problemas.

Bloqueie cookies e rastreadores

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Cookies são responsáveis por salvar o monitoramento que os sites fazem sobre suas movimentações na página. Foto: Getty

Proteger seus dados na internet é fundamental diante do constante rastreamento online, muitas vezes impulsionado pela indústria publicitária e grandes empresas de tecnologia, como no caso da implementação de cookies e rastreadores. Cookies e rastreadores funcionam como alimentadores de informações para que as empresas saibam que produto ou serviço te indicar para que sua experiência seja mais personalizada.

Porém, rastreadores e cookies – sim, aqueles que você clica em “aceito” ou “não aceito” ao acessar uma página – presentes em sites e aplicativos podem seguir seus passos pela web, de forma invasiva, expondo informações pessoais. Ter seus dados expostos a cookies permite que terceiros monitorem suas atividades online. Isso cria um perfil detalhado sobre seus hábitos de navegação, o que pode ser usado de maneiras que você não aprovaria.

Além do mais, a coleta de dados por meio de cookies pode criar oportunidades para ataques cibernéticos. Se os dados forem mal protegidos, os hackers podem acessar informações confidenciais, como senhas e detalhes financeiros.

Extensões de navegador, como Ghostery e Privacy Badger, são recursos úteis para bloquear rastreadores e melhorar a proteção contra anúncios indesejados. No contexto dos dispositivos móveis, é crucial desativar anúncios personalizados e excluir o ID de publicidade em dispositivos Android. Assim como, para usuários iOS, desativar o rastreamento de aplicativos e sites nas configurações de privacidade é uma medida importante. Em resumo, bloquear cookies e rastreadores é essencial para fortalecer a defesa contra a invasão da privacidade online.

Use navegadores seguros

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Foto: Reprodução / Internet

Navegar na internet de forma segura e anônima começa pela escolha de navegadores que ofereçam robustas medidas de segurança e privacidade. Optar por navegadores dedicados à proteção dos dados do usuário é um passo fundamental para garantir uma experiência online mais segura. Dentre esses navegadores, destacam-se aqueles que incorporam recursos avançados de criptografia, bloqueadores de rastreadores e ferramentas que minimizam a coleta de dados.

Um exemplo é o navegador Tor, projetado especificamente para preservar a privacidade do usuário. Utilizando uma rede de servidores voluntários para rotear o tráfego de forma anônima, o Tor oferece uma camada adicional de proteção, dificultando a identificação do usuário e o rastreamento de suas atividades online.

Outra opção popular é o Brave, que inclui um bloqueador de anúncios e rastreadores por padrão, protegendo os usuários contra práticas invasivas de coleta de dados. Além disso, o Brave permite navegação privada com o modo “Tor Tabs“, integrando os benefícios da rede Tor diretamente no navegador.

Independentemente do navegador escolhido, é crucial manter o software atualizado para garantir que as últimas correções de segurança estejam implementadas. Além disso, ajustar as configurações de privacidade de acordo com as preferências individuais e utilizar extensões de segurança adicionais pode ampliar ainda mais a proteção online.

Use navegação anônima

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A navegação anônima, também conhecida como modo privado ou incógnito em diversos navegadores, é uma ferramenta essencial para quem busca preservar a privacidade durante as atividades na internet. Ao ativar essa funcionalidade, o navegador não salva o histórico de navegação, cookies ou informações de preenchimento automático, proporcionando uma experiência temporária e mais discreta.

O uso da navegação anônima é particularmente útil ao acessar computadores públicos, evitando que informações pessoais fiquem armazenadas localmente. Além disso, ao realizar pesquisas sensíveis ou acessar sites que preferiria não deixar rastros, esse modo oferece uma camada de proteção adicional.

É importante destacar que, embora a navegação anônima proteja contra a coleta de dados no dispositivo local, ela não garante total anonimato na internet. As atividades ainda podem ser monitoradas por provedores de serviços de Internet (ISPs) e outros intermediários.

Use buscadores com recursos de privacidade

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Tor é um dos poucos navegadores que asseguram uma atividade anônima na Web. Foto: Reprodução / Internet.


Em um cenário digital permeado por riscos à privacidade, a consideração cuidadosa na escolha de sistemas torna-se uma salvaguarda essencial. O The Onion Router, popularmente conhecido como Tor, oferece uma abordagem otimizada para navegação, embora não assegure anonimato absoluto. O Tor já ficou famoso por ser utilizado tanto por jornalistas em busca de confidencialidade quanto por indivíduos mal-intencionados. Contudo, para usuários que queiram manter seus dados seguros, a opção do navegador Tor pode oferecer medidas valiosas para fortalecer a privacidade em seus dispositivos.

A escolha de navegadores criptografados desempenha um papel fundamental na mitigação da coleta excessiva de dados por grandes corporações. Em contraposição aos navegadores de empresas gigantes, como o Chrome, optar pelo Tor proporciona uma camada adicional de segurança, criptografando não apenas o endereço IP, mas também toda a atividade na web, triplicando a proteção. Vale ressaltar que, apesar da robustez do Tor, este não estende sua criptografia a outros aplicativos da web, justificando assim o uso conjunto de uma VPN. Adicionalmente, a adoção de uma VPN, apesar de não conferir anonimato total, representa uma barreira eficaz ao criptografar o tráfego online, prevenindo potenciais invasões e interceptações.

Além disso, a conscientização sobre a privacidade vai além da escolha de navegadores e alcança os serviços utilizados diariamente. Mecanismos de pesquisa e serviços de e-mail que se comprometem com a privacidade, como DuckDuckGo e Proton, tornam-se alternativas prudentes para aqueles que buscam limitar a exposição online.

Tenha cuidado com redes Wi-Fi públicas

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Ao utilizar redes Wi-Fi públicas, é de extrema importância adotar uma abordagem cautelosa para preservar a segurança e a privacidade do usuário. A escolha de redes conhecidas e confiáveis é o primeiro passo, evitando conexões com redes genéricas que possam ser potenciais armadilhas para cibercriminosos.

Durante o uso de redes Wi-Fi públicas, é recomendável evitar atividades sensíveis, como transações financeiras, sem a proteção adequada. Caso seja necessário realizar operações críticas, a utilização de uma conexão segura, como uma VPN, é essencial para garantir a privacidade das informações. Desativar recursos como o compartilhamento de arquivos e impressoras ajuda a evitar acessos indesejados por outros usuários na mesma rede.

Manter o software do dispositivo atualizado é uma prática crucial para mitigar vulnerabilidades que podem ser exploradas em redes públicas. Além disso, desativar o compartilhamento automático de redes e desconectar-se quando a internet não está em uso são medidas simples, mas eficazes, para reduzir a exposição a potenciais riscos em redes Wi-Fi públicas. Ao adotar essas precauções, os usuários podem usufruir da conveniência dessas redes sem comprometer a segurança de seus dados pessoais.

Não use computadores ou celulares de terceiros

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Evitar a utilização de computadores ou celulares de terceiros é uma prática fundamental para preservar a segurança e privacidade pessoal. Ao utilizar dispositivos de terceiros, os usuários correm o risco de expor informações sensíveis, como senhas e dados pessoais, a potenciais ameaças. Além disso, esses dispositivos podem não contar com as mesmas medidas de segurança que o próprio usuário implementaria em seu equipamento.

Ao evitar o uso de computadores ou celulares de terceiros, os indivíduos reduzem significativamente o risco de ataques cibernéticos, como keyloggers ou malware, que podem capturar dados confidenciais. A premissa básica é que, ao utilizar um dispositivo desconhecido, o controle sobre a segurança do mesmo é limitado, tornando a exposição a possíveis ameaças virtualmente inevitável.

Essa prática é especialmente relevante ao lidar com informações sensíveis, como acessar contas bancárias, e-mails ou realizar transações financeiras. A recomendação é utilizar apenas dispositivos confiáveis e familiares, garantindo assim um ambiente controlado e seguro para a execução de atividades que envolvem dados pessoais e sensíveis.

Use uma VPN (rede virtual)

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A utilização de uma VPN (Rede Virtual Privada) é uma estratégia eficaz para fortalecer a segurança e a privacidade durante a navegação na internet. Ao conectar-se a uma VPN, o tráfego de dados entre o dispositivo do usuário e o servidor remoto é criptografado, proporcionando uma camada adicional de proteção contra potenciais ameaças cibernéticas.

A principal vantagem de uma VPN reside na capacidade de ocultar o endereço IP do usuário, dificultando a identificação de sua localização geográfica e protegendo-o contra a vigilância online. Além disso, ao utilizar uma VPN, os usuários podem acessar conteúdos restritos geograficamente, ampliando sua liberdade digital.

No contexto de redes Wi-Fi públicas, onde os riscos de segurança são mais elevados, uma VPN torna-se ainda mais crucial. Ao criptografar os dados transmitidos, ela impede que hackers ou terceiros mal-intencionados interceptem informações confidenciais, como senhas ou dados bancários, mesmo em redes potencialmente inseguras. É importante escolher uma VPN confiável, que não registre atividades do usuário e que ofereça servidores em locais estratégicos para garantir uma conexão estável e segura.

Prefira serviços com criptografia

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Optar por serviços que implementam criptografia é uma escolha sensata para fortalecer a segurança e a proteção dos dados online. A criptografia é uma técnica que transforma informações legíveis em um formato ilegível durante a transmissão, sendo crucial para resguardar a confidencialidade e integridade das informações.

Em comunicações online, especialmente em transmissões de dados sensíveis, a criptografia desempenha um papel fundamental. Ao utilizar serviços criptografados, como provedores de e-mail, plataformas de mensagens e sites de comércio eletrônico, os usuários garantem que suas informações estejam protegidas contra possíveis interceptações por terceiros mal-intencionados.

Outro cenário onde a criptografia se destaca é em transações financeiras online. Ao utilizar serviços de pagamento ou realizar compras em sites que implementam protocolos de segurança, como o SSL/TLS, as informações financeiras dos usuários são protegidas por meio da criptografia, reduzindo significativamente os riscos de fraude e roubo de dados.

Leia os termos e condições de cada serviço que você utiliza

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Termos de uso e políticas de privacidade apontam como um site atua na coleta de dados. Foto: Reprodução / Internet.

A importância de compreender os termos e condições dos sites e aplicativos reside na salvaguarda da privacidade pessoal em um cenário digital cada vez mais interconectado. Ao aceitar automaticamente os termos sem uma análise cuidadosa, corremos o risco de permitir o acesso indiscriminado a nossos dados, expondo-nos a ameaças como publicidade invasiva e compartilhamento não autorizado de informações.

Além da preservação da privacidade, a leitura dos termos e condições é uma defesa contra golpes online. Muitos golpistas exploram a pressa e a falta de atenção das pessoas ao aceitar termos desconhecidos, conduzindo a atividades fraudulentas. Ao estar ciente das regras estabelecidas, é possível identificar potenciais esquemas maliciosos e proteger-se contra ações enganosas.

Os termos e condições também funcionam como um guia sobre como as plataformas protegem nossos dados. Compreender essas práticas de segurança é essencial para avaliar a confiabilidade de um serviço online. Ao conhecer as medidas adotadas para proteger informações pessoais, os usuários podem fazer escolhas informadas sobre a confiabilidade da plataforma e a segurança de seus dados.

Além das implicações práticas, os termos e condições constituem um contrato digital que os usuários assinam ao concordar. Uma compreensão clara desses termos é vital para evitar possíveis consequências legais no futuro, oferecendo uma camada adicional de proteção contra o uso indevido de informações pessoais.

Não compartilhe informações pessoais

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Ao postar fotos em redes sociais, é preciso ter ciência de que golpistas podem usá-las para enganar terceiros. Foto: Reprodução / Internet.


Com as redes sociais cada vez mais presentes em nosso dia a dia, é de extrema importância exercer um cuidado redobrado ao compartilhar posts, fotos e informações pessoais online. A exposição descontrolada de dados pode abrir portas para uma série de perigos, desde invasões de privacidade até riscos mais avançados, como a manipulação de conteúdo através da tecnologia de deep fake.

O compartilhamento indiscriminado de dados pessoais em redes sociais cria um terreno fértil para a exploração maliciosa. Hackers e cibercriminosos podem utilizar informações publicamente disponíveis para facilitar ataques direcionados. É crucial exercer uma cautela consciente ao decidir quais detalhes pessoais são adequados para serem compartilhados publicamente e quais devem ser mantidos privados.

A ascensão da tecnologia de deep fake adiciona uma camada adicional de risco à exposição online. Fotos, vídeos e áudios podem ser manipulados de maneira convincente, criando situações fictícias que aparentam ser reais. O compartilhamento excessivo de conteúdo pessoal oferece material valioso para a criação de deep fakes, potencialmente resultando em danos à reputação e confiança.

Além do mais, golpes vinculados à obtenção de informações pessoais tornaram-se uma ameaça recorrente. Um golpe onde indivíduos mal-intencionados buscam obter dados sensíveis, como detalhes do cartão de crédito, por exemplo, pode ocorrer simplesmente com seu número de contato nas mãos dos golpistas. Esses golpistas, muitas vezes disfarçados de entidades legítimas, utilizam mensagens de texto ou chamadas para persuadir as vítimas a compartilharem informações confidenciais.

Em suma, o cuidado redobrado ao compartilhar informações pessoais em redes sociais é vital para proteger a privacidade e se prevenir contra golpistas e hackers. Ao adotar uma abordagem consciente, os usuários podem desfrutar das vantagens das redes sociais sem comprometer a segurança e a autenticidade de sua presença online.

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Desabilite assistentes pessoais

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Desabilitar assistentes pessoais em dispositivos eletrônicos é uma medida prudente para preservar a privacidade e reduzir o risco de exposição involuntária de informações pessoais. Esses assistentes, embora ofereçam conveniência, geralmente estão constantemente ouvindo e processando informações para melhorar suas funcionalidades, o que pode levantar preocupações sobre a privacidade.

Ao desabilitar assistentes pessoais, os usuários podem impedir que esses dispositivos coletem dados de áudio e informações contextuais sobre suas vidas cotidianas. Isso é particularmente relevante para evitar que conversas privadas sejam inadvertidamente gravadas e armazenadas pelos assistentes.

Além disso, desabilitar assistentes pessoais pode contribuir para a redução do perfil de usuário que esses dispositivos constroem ao longo do tempo. A coleta constante de dados pode resultar em perfis detalhados, muitas vezes compartilhados com empresas terceirizadas para fins de publicidade direcionada.

Desabilite propaganda direcionada

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Desabilitar a propaganda direcionada é uma prática eficaz para preservar a privacidade online e reduzir a exposição a anúncios personalizados. A publicidade direcionada utiliza dados coletados sobre os interesses e comportamentos dos usuários para exibir anúncios mais relevantes. No entanto, muitos usuários optam por desativar essa funcionalidade em busca de uma experiência mais discreta e privada.

Desabilitar a propaganda direcionada geralmente envolve ajustar as configurações de privacidade nos navegadores da web e em aplicativos específicos. Os navegadores modernos oferecem opções para bloquear cookies de rastreamento, desativar a personalização de anúncios com base no histórico de navegação e limitar o compartilhamento de dados com terceiros.

Ao desativar a propaganda direcionada, os usuários podem experimentar uma redução na quantidade de anúncios personalizados que aparecem durante a navegação. Essa prática não apenas preserva a privacidade, mas também pode resultar em uma experiência online mais tranquila, com menos interrupções causadas por anúncios que seguem os interesses do usuário.

Vale ressaltar que, mesmo desativando a propaganda direcionada, os usuários ainda podem ver anúncios, mas esses serão menos personalizados. Além disso, é importante revisar periodicamente as configurações de privacidade e publicidade, pois as opções podem variar entre os navegadores e plataformas online.

Cuidado com o Phishing

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A atenção ao phishing é uma precaução essencial para garantir a segurança online, pois essa prática maliciosa continua a ser uma ameaça significativa para os usuários da internet. O phishing envolve tentativas de enganar as pessoas para que revelem informações sensíveis, como senhas, dados financeiros ou informações de login, muitas vezes por meio de e-mails fraudulentos, sites falsos e mensagens enganosas.

Para evitar cair em golpes de phishing, os usuários devem adotar uma abordagem cuidadosa ao lidar com e-mails suspeitos. Evitar clicar em links ou baixar anexos de remetentes desconhecidos e verificar cuidadosamente a autenticidade dos e-mails antes de fornecer qualquer informação são práticas fundamentais. Além disso, não responder a e-mails solicitando informações pessoais confidenciais, mesmo que pareçam legítimos, é uma regra importante a ser seguida.

É crucial manter os dispositivos e softwares atualizados para aproveitar as últimas proteções contra vulnerabilidades exploradas pelos golpes de phishing. Utilizar soluções antivírus e antimalware pode ajudar a identificar e bloquear ameaças potenciais. Além disso, é aconselhável habilitar a autenticação de dois fatores sempre que possível, pois isso adiciona uma camada extra de segurança às contas online.

Ao navegar na web, é recomendável verificar a legitimidade dos sites, especialmente ao inserir informações pessoais. Os sites seguros exibem um cadeado na barra de endereços e utilizam o protocolo “https”. Desconfiar de solicitações de informações pessoais em páginas não seguras é uma prática preventiva.

Mantenha seus apps e sistemas atualizados

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Manter aplicativos e sistemas constantemente atualizados é uma prática fundamental para garantir a segurança e o desempenho adequado dos dispositivos digitais. As atualizações frequentemente incluem correções de segurança que abordam vulnerabilidades identificadas, ajudando a proteger os usuários contra possíveis ameaças cibernéticas.

Ao adiar ou ignorar atualizações, os usuários correm o risco de deixar seus dispositivos expostos a exploits e malware que podem explorar falhas de segurança conhecidas. Portanto, configurar a opção de atualização automática para sistemas operacionais, aplicativos e antivírus é uma prática recomendada para garantir que as correções mais recentes sejam aplicadas.

Essa medida é especialmente relevante em um ambiente digital em constante evolução, onde novas ameaças e vulnerabilidades são descobertas regularmente. Manter os sistemas atualizados não apenas protege contra potenciais ataques, mas também garante que os usuários tenham acesso às últimas funcionalidades, melhorias de desempenho e compatibilidade com novas tecnologias.

Use senhas complexas e gerenciadores de senhas

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A adoção de senhas complexas e o uso de gerenciadores de senhas são práticas fundamentais para fortalecer a segurança online e proteger informações pessoais contra acessos não autorizados. Senhas robustas desempenham um papel crucial na defesa contra ataques cibernéticos, como tentativas de invasão e roubo de credenciais.

Ao criar senhas, é recomendável que sejam complexas, combinando letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. Evitar informações pessoais óbvias, como datas de nascimento, nomes ou sequências comuns, é essencial para tornar as senhas mais resilientes contra tentativas de quebra.

O uso de gerenciadores de senhas é uma solução eficaz para lidar com a complexidade de múltiplas credenciais. Essas ferramentas armazenam e criptografam de forma segura as senhas, permitindo que os usuários gerem senhas complexas e exclusivas para cada conta sem a necessidade de memorizá-las. Além disso, muitos gerenciadores de senhas oferecem a conveniência de preenchimento automático de login, simplificando o processo de autenticação.

Peça a remoção dos seus dados em redes sociais

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Solicitar a remoção dos seus dados em redes sociais é um passo importante para proteger a privacidade online e garantir maior controle sobre as informações pessoais compartilhadas. As redes sociais frequentemente coletam e armazenam dados dos usuários para personalizar experiências e direcionar anúncios, mas os usuários têm o direito de gerenciar essas informações.

Cada plataforma de rede social possui políticas específicas de privacidade e configurações para gerenciar dados. Geralmente, é possível acessar as configurações de privacidade e segurança nas contas para visualizar e controlar as informações compartilhadas.

Além de ajustar as configurações de privacidade, muitas redes sociais oferecem a opção de solicitar a exclusão de uma conta. Esse processo geralmente envolve seguir as instruções fornecidas pela plataforma para encerrar a conta, o que pode incluir a remoção de dados associados a ela. É importante lembrar que a remoção de dados pode variar de acordo com a política de cada rede social. Algumas informações podem ser mantidas por um período específico, conforme estipulado nos termos de serviço.

Veja também

Fontes: Wired, CSO e Security

Revisado por Glauco Vital em 15/1/24.


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