Índice
- Como surgiram os cartões de memória?
- Quais são os principais tipos de cartão de memória?
- Classes de velocidade em cartões de memória
- Características mais comuns num cartão de memória falso
- Fabricantes confiáveis
- Lojas confiáveis
- Cartões recomendados e especificações
- Como saber quando um cartão de memória é falso?
Para comprar um bom cartão de memória é preciso verificar alguns aspectos simples que, na maioria das vezes, podem ficar fora do alcance da nossa visão. Isso pode afetar desde o uso de aparelhos no dia a dia, como celulares ou consoles de videogames, até dispositivos que portam informações muito sensíveis, como câmeras de segurança.
Aqui, no Showmetech, vamos explicar como identificar as principais diferenças entre um cartão SD autêntico e um falso, além de abordar outros detalhes importantes sobre o funcionamento dessas peças de armazenamento. Também veremos o avanço do mercado de cartões de memória ao longo do final dos anos 1990 e o que veio antes desse crescimento. Vamos lá?
Como surgiram os cartões de memória?
Em 1984, o engenheiro elétrico Fuijo Masuoka, hoje com 80 anos, criou o primeiro cartão de memória para a Toshiba, consagrando-se como o inventor da memória flash. Para chegar a gravar dados, o mecanismo do engenheiro funciona da seguinte forma: blocos de dados já inseridos no dispositivo são apagados, para darem lugar aos novos dados, gravados com o sistema binário. Em outras palavras, uma sequência de zeros e uns, em larga escala, substitui os blocos, permitindo que arquivos sejam guardados.
Só mais tarde, em 1987, o produto começou a ser comercializado pela marca. À época, o cartão estava sendo vendido como um meio para arquivar arquivos de computadores pessoais, conhecidos como PCs, ganhando mais atenção a partir dos anos 1990, quando surgem cartões de pouco espaço: o cartão SmartMedia, por exemplo, era um dos cartões mais conhecidos, tendo armazenamento com menos de 100 MB.
O mercado de computadores, a partir dessa invenção de Masuoka, ganhou uma solução que, além de dar praticidade no armazenamento de diversos tipos de arquivo, é capaz de funcionar mesmo sem o aparelho que usa a memória flash esteja ligado. Essa vantagem era inédita, até então.
O mercado de dispositivos de armazenamento, assim, conseguiu uma enorme atenção, passando a ter um cuidado especial das empresas envolvidas. É nesse contexto que surge a sigla SD, que significa Secure Digital (Segurança Digital, em tradução livre), e se tornou um padrão na fabricação de cartões de memória a partir de agosto de 1999. Antes da virada para o século XXI, as empresas SanDisk, Panasonic e Toshiba, em conjunto, começaram a desenvolver melhor o mercado de cartões SD. Mais do que isso, as companhias de tecnologia criaram um padrão para as peças de armazenamento digital: o MultiMediaCard (MMC).
Já em janeiro de 2000, as três empresas também criaram a SD Association. A organização surgiu como uma entidade sem fins lucrativos para avançar na melhoria da tecnologia SD, cujas características incluem vantagens importantes, como ter uma boa taxa de transferência de dados e não consumir muita bateria. Somado a esses fatores, os cartões também têm tecnologias de encriptação, que protegem o conteúdo armazenado, além de serem resistentes a acidentes e quedas de até três metros — a segurança, então, não vem à toa na sigla.
Porém, a partir de 2010, todo esse investimento em proteção ficou cada vez mais ameaçado com o poder do comércio digital: para se ter uma ideia desse crescimento, as vendas em meios digitais foram de US$ 572 bi (cerca de R$ 2,84 trilhões, com a cotação atual), em 2010, para US$ 4,2 trilhões em 2020 (mais de R$ 20,8 trilhões). Essa expansão também elevou, infelizmente, a participação de vendedores mal-intencionados. Tanto que, em lojas virtuais como a da Amazon, por exemplo, é possível encontrar exemplos de produtos falsos, vendidos com especificações erradas e outros defeitos.
Quais são os principais tipos de cartão de memória?
A tecnologia de memória flash possui usos diversos, para necessidades específicas. Por isso, os aparelhos que utilizam esse tipo de armazenamento de dados variam entre memórias responsáveis por controlar sistemas internos de computadores (BIOS, por exemplo, também sendo muito útil para a memória RAM); e aplicações que usam trocas frequentes de inserção e resposta em relação à mídia (desde arquivos simples de texto, fotos que você coloca numa pasta, até códigos de programação).
Os cartões de memória entram na segunda categoria: são as memórias NAND, que são diferentes do tipo NOR que, por sua vez, atendem a necessidades mais técnicas. Seus nomes surgem a partir dos tipos de portas lógicas utilizadas: para NAND, existe a porta NOT AND, que permite a inserção de dados de forma mais simples. A outra porta, por funcionar com a lógica NOT OR, opera de forma oposta, servindo mais para busca de arquivos e para outras funções de desempenho de um sistema.
Essa distinção é importante para começar a ver os tipos de cartões de memória. Esses dispositivos que funcionam com portas NAND se dividem em cartões SD e cartões micro SD e operam em diferentes aparelhos (o tópico de classes de velocidade mostra mais sobre essa variação). Tanto os produtos em formato micro como os convencionais aparecem com os seguintes tipos:
- SD;
- SDHC;
- SDXC;
- SDUC;
Os tipos mais conhecidos são os aqui aparecem no começo dessa lista: os cartões SDHC e SDXC são os mais frequentes, mais fáceis de serem encontrados à venda. Para usuários comuns, que não operam com câmeras mais sofisticadas ou com gravações de grandes áreas com drones, é ideal comprar cartões desses tipos, que podem ser adquiridos com armazenamento de 32 GB ou 64 GB, por exemplo (caso sejam do tipo micro, é bom verificar na embalagem ou no produto se há a denominação padrão, como “microSDHC” ou “microSDXC“).
Importante lembrar também que os cartões micro podem ser vendidos, em geral, com adaptadores, para dispositivos que suportam cartões de memória em tamanho maior, como computadores. Agora, vamos conferir melhor cada tipo de cartão mostrado aqui.
SD
Os cartões do tipo SD, sem as especificações mais sofisticadas dos outros tipos, tende a ser mais raro de se ver hoje em dia. O motivo: eles possuem até 2 GB de memória e, com isso, passam a ser menos procurados. Ou seja, ao buscar por um cartão de memória novo, é ideal encontrar aqueles que tem o tipo maior capacidade, entre outras características, que já são mais modernos.
SDHC
A faixa de memória disponível para o tipo SDHC, seja para cartões micro ou convencionais, fica entre 2 GB a 32 GB. Alguns celulares, com preços com preço na faixa de R$ 1.000, podem receber cartões do tipo: o Galaxy A03 da Samsung, por exemplo, possui capacidade para receber cartões de até 32 GB, aceitando somente cartões micro SD e micro SDHC.
SDXC
Os cartões SDXC são compatíveis com gravação de vídeo em 4K, tendo capacidade de armazenamento de até 2 TB, sendo possível encontrá-lo com pelo menos 32 GB, tanto no formato micro como convencional. Eles possuem um recurso chamado de exFAT, que facilita o armazenamento de vídeos com taxas altas de bitrate (é a quantidade de poder de processamento, quando um vídeo está sendo gravado ou reproduzido).
O Galaxy A54 5G possui capacidade para cartões micro SD, micro SDHC e micro SDXC, comportando até 1 TB de memória externa.
SDUC
Chegamos aos cartões com a maior capacidade, vendidos com tamanho de 2 TB até 128 TB. Como o armazenamento para esse tipo é muito alto, ele é apropriado para dispositivos com slots (como é chamada a entrada para cartões de memória) compatíveis com SDUC. Por isso, se você estiver à procura de armazenamentos amplos, em terabytes, confira se o seu dispositivo suporta micro SDUC ou um cartão SDUC no tamanho convencional.
Classes de velocidade em cartões de memória
A SD Association criou indicadores para que a qualidade de mídias não seja afetada na gravação, principalmente em relação a vídeos, já que alguns filmes podem sofrer com falhas de frames (nome dado a cada uma das imagens paradas que compõem todo o filme). Pensando na segurança das pessoas que dependem de uma boa taxa de transferência, a organização criou três padrões de velocidade de gravação de mídia. São elas:
- Speed Class: marca de classe de velocidade (com números 2, 4, 6 e 10), indicado pela letra “C” em volta ou ao lado do índice;
- Ultra High Speed: classe de velocidade, indicada pela letra “U” e sigla UHS (refere-se à ultravelocidade), válida para os produtos das famílias U1 e U3; e
- Video Speed Class: classe de velocidade de vídeo, indicada pela letra “V”, sendo válida para os modelos V6, V10, V30, V60 e V90 (todos contam com a tecnologia UHS).
Agora, vamos a uma lista com as características de cada um dos tipos de classe de velocidade. Aqui, há tanto os níveis de transferência de dados como o suporte para cada tipo de vídeo. É importante ter noção das condições de cada classe de cartão nesse guia, porque alguns não operam com arquivos com alta qualidade, como em 8K.
Como você pode notar, o cartão de classe 10, de 10 MB/seg, é o que mais atende ao suporte em vídeo e em termos de velocidade de gravação de arquivos. Em geral, ele é o padrão nas vendas de cartões de memória. Por isso, hoje em dia é mais raro achar produtos que tenham classe de velocidade entre 2 e 6.
Apesar dos cartões com classe UHS suportarem gravações em 4K, a maioria das câmeras de uso mais profissional que trabalham com essa qualidade requerem um cartão que seja U3. Além disso, os cartões intermediários (na coluna de “Velocidade UHS”) apresentam velocidades altas, em sua potência máxima de gravação. Podem alcançar até 312 MB/seg, a depender do aparelho, caso ele permita esse nível de gravação ou leitura de arquivos.
Já os cartões de classe “V” possuem uma versatilidade de funcionamento muito maior, suportando vídeos gravados em 360º, conteúdo em realidade aumentada e transmissão de vídeo múltipla. Ainda, eles são ideais para serem usados em drones, ou com gravações de maior movimento.
Seja qual for o tipo de cartão que você for utilizar, é bom conferir que tipo de classe é suportada, em especial se você usa câmeras. Caso o seu aparelho suporte um cartão de classe 4, do tipo “C”, por exemplo, ele consegue suportar outros tipos de cartões num nível superior.
Características mais comuns num cartão de memória falso
Alguns vendedores podem estar com produtos que indiquem uma quantidade de memória que não está de fato presente no cartão que você compra. A consequência dessa falha em armazenamento falso pode levar até a perda de algum arquivo, devido à capacidade irreal do cartão. Infelizmente, esse não é o único tipo de problema que pode acontecer com um produto não original. Confira algumas das características mais frequentes em cartões SD falsos.
Preço suspeito
Ao procurar um produto, podemos recorrer a lojas online que vendem diversos tipos de produtos, desde roupas a livros. Nesses sites, podemos encontrar preços que parecem confortáveis, mas que ficam muito distantes dos preços oferecidos pela própria marca de cartão de memória. Fique atento principalmente em cartões com armazenamentos altos, com mais de 100 MB ou 1 TB, por exemplo. Períodos de promoções, como Black Friday, também exige que você monitore os preços com cuidado.
No Brasil, é possível utilizar o comparador de preços do Zoom, que mostra o histórico de preços de um determinado produto. Se o preço encontrado em uma loja for muito menor que a média, desconfie!
Aparência do produto e/ou embalagem
Para diferenciar o material em que vem o cartão, observe se possui uma cor mais esbranquiçada. Se a caixinha for transparente e sem detalhes na superfície, há chances de ser um cartão falso.
Além disso, a embalagem do produto deve conter todas as informações essenciais do cartão de memória. Embalagens com informações ausentes podem ser um sinal de produtos falsificados.
Erros ou demora na leitura e/ou gravação
Pode ser que, ao usar o cartão, você veja uma velocidade de transferência de arquivos que fique em torno de 5 a 10 MB/s. Se for o caso, o cartão pode estar entregando pouca velocidade e você pode estar usando um cartão falso. Para não ter dúvidas, vale a pena consultar a tabela que vimos anteriormente. Ela indica qual o melhor produto para seu aparelho: caso seja uma câmera, é bom garantir que o cartão atenda aos critérios dos padrões de classe da SD Association.
Capacidade inferior à prometida
O seu dispositivo informa que a capacidade de armazenamento disponível é muito menor que a capacidade nominal? Grandes chances de ser um cartão falso, e esse problema vai além da frustração de ser enganado.
Essa é uma situação grave, porque pode resultar na perda de arquivos e acontece por meio de uma reprogramação dos dados de armazenamento (presentes no chip do cartão), alterados para mostrar um dado inautêntico.
Marca falsa
Ao comprar um cartão de memória, pode ser que você esteja adquirindo um produto que possua uma fabricação de qualidade duvidosa. Para evitar riscos com isso, é preciso verificar o número de série do produto, além de saber se o nome da marca realmente é de uma empresa que produz cartões SD. A Huawei, por exemplo, não produz cartões microSD.
Outro ponto é que os cartões originais possuem detalhes bem característicos. Nas imagens a seguir, destacamos em verde as versões originais e em vermelho as versões falsas de cartões da Verbatim e da SanDisk.
Capacidade irreal
Numa rápida pesquisa online, você encontra cartões de memória micro SD com capacidade de 2 TB, por exemplo. Mas, esse armazenamento para um cartão de memória sequer existe — somente se houver a indicação SDXC ou SDUC. Na foto, a seguir, um exemplo encontrado em uma loja na internet que mostra a venda de um cartão SD não autêntico: ele é mostrado com 2 TB, mas não tem as indicações de classe ou mesmo de tipo. Além disso, alguns usuários reclamam: um diz “NÃO, NÃO COMPRE”, enquanto outro, mais acima, fala que o produto é “uma fraude que vem acontecendo por anos“.
Falta de funcionamento
Comprar um cartão de memória muito barato ou de um vendedor de procedência duvidosa pode reservar o pior dos riscos: possuir um dispositivo de armazenamento portátil que não serve para guardar arquivo algum. Se você colocou o micro SD novo em dispositivo e ele não foi reconhecido, é possível que seja falso.
Fabricantes confiáveis
Algumas marcas conseguiram se estabelecer com muito sucesso no mercado de armazenamento portátil. Muitas vezes, elas são conhecidas não só pelos cartões SD, mas também pelos produtos oferecidos que atendem a outras funções, como melhoria de processamento. Agora, vamos ficar por dentro da reputação de fabricantes confiáveis de cartões de memória
Samsung
Desde os anos 1970, a marca coreana de eletrônicos, Samsung, vem entregando diversos tipos de produtos para memória flash. O início da sua participação no mercado de cartões de memória ocorre na década de 1980, que levou a fabricante a ganhar força em dispositivos para armazenamento. Não à toa, seus Solid State Drives (SSDs) são bastante procurados até hoje, por consumidores que querem melhorar o desempenho de seus computadores.
Ao longo dos anos 2000, a fabricante asiática chegou com cada vez mais soluções para fornecer pendrives e cartões com dezenas de GBs de memória. Esse investimento aconteceu durante uma mudança no consumo de mídia, que ainda era feita com CDs e DVDs e, aos poucos, foi passando a ser com aparelhos com memória interna e com conectividade à internet.
Lexar
Mesmo com um mercado bem tímido no setor de cartões SD, a fabricante chinesa Lexar oferece dispositivos portáteis de armazenamento com uma boa qualidade. Sua reputação se destaca, apesar de deter menos de um 1% de todo o mercado dos cartões: os dispositivos da fabricante tendem a ser mais baratos e, ao mesmo tempo, mais duráveis.
A marca começou a se destacar no mercado de memórias flash no final dos anos 1990, aproveitando, logo em seguida, o aumento da procura por dispositivos com USB. Já em 2017, a empresa passou por alguns momentos delicados, que obrigaram o desinvestimento no mercado, voltando a surpreender em 2019. Há quatro anos, a Lexar comercializava, pela primeira vez, o inédito cartão SD de 1 TB. Já em 2022, a fabricante chinesa chegou com cartões apropriados para drones e gravações em 8K, com classe UHS.
SanDisk
A história da SanDisk no mercado de cartões de memória é quase tão velha quanto a própria existência dos dispositivos de armazenamento. A tradição da marca surgida na Califónia (EUA) é tão forte que, em 2014, o presidente Barack Obama fez questão de mostrar um cartão da SanDisk de 512 GB, em um evento de premiação de ciência e tecnologia. Era um reconhecimento de como o comércio de armazenamento portátil era crescente.
Quase 20 anos antes, Micky Holtzman, diretor sênior de tecnologia da Western Digital (que, mais tarde, iria adquirir a empresa californiana), reuniu-se com investidores de dispositivos eletrônicos para dar origem ao padrão MMC (que vimos lá no primeiro tópico deste artigo). Na mesma época, em 1996, Yosi Pinto — que trabalhava como membro do setor de pesquisa e desenvolvimento da Western Digital — surge como o responsável por fazer os cartões da SanDisk alcançarem maior velocidade de gravação e leitura, terem maior segurança e design apropriado. Daí em diante, a empresa deixou de ser algo pequeno para se tornar uma das marcas mais respeitadas quando se pensa em cartões SD.
Sony
A empresa japonesa Sony conseguiu uma ótima reputação com cartões de memória graças a sua parceria com a SanDisk: em setembro de 2001, as empresas resolveram fazer um acordo para que os dispositivos de armazenamento feitos pela Sony fossem vendidos pela marca californiana, desde que alguns padrões de fabricação previstos no contrato fossem obedecidos. Dessa forma, foi no início dos anos 2000 que a fabricante do Japão passa a fazer parte do mercado de cartões SD.
Pouco antes, em 1998, a marca estava ganhando corpo com as vendas de câmeras digitais. Nesse ano, ela começou a comercializar cartões de memória, que ainda eram bem maiores que os micros SD de hoje. Esses dispositivos passaram a fazer parte do estoque de memória digital de quem usava câmeras cyber-shot da Sony, por exemplo. Para se adaptar, a partir de 2010 a empresa passou a vender cartões mais compactos, focando mais em armazenamento digital para fotografia.
Kingston
O ano de 1987 marca o início do investimento da também californiana Kingston em chips de memória. Seus fundadores, John Tu e David Sun, resolveram produzir módulos de memória naquela época, influenciando as outras empresas que vimos antes. Para dar uma ideia de como o investimento da empresa surtiu efeito, eles chegaram a um método de produção que não só diminuía custos, como também permitia a reutilização de chips dos cartões.
Mas é só em 2003 que a marca entra de vez no mercado de memória flash. Dois anos depois, a empresa estadunidense consegue patentes e cresce a ponto de obter uma fábrica de produção de dispositivos de memória, sediada em Shangai, na China. Ao longo dos anos 2000, a Kingston passa se fortalecer com produtos USB e, já em 2013, começa a comercializar pendrives de 2 TB. Atualmente, a receita de vendas da empresa no setor de memória em dispositivos portáteis chegou a US$ 15 bilhões (mais de R$ 71 bi).
Lojas confiáveis
Recorrer à Amazon pode ser uma opção, mas você precisa ter cautela na hora de ver cartões SD por lá. Seja neste site ou em outros, verifique sempre comentários e especificações: as avaliações ajudam a ver se as pessoas que compraram o produto encontram alguma falha que você viu por aqui; dar uma olhada na ficha técnica pode servir para conferir se o cartão atende as suas expectativas.
Mesmo com essas dicas, é ideal recorrer a sites mais especializados, já que as lojas que dispõem de muitos vendedores e outras lojas internas (de vendedores menores, por exemplo) tendem a oferecer produtos falsos. Por outro lado, lojas como Magazine Luiza, Casas Bahia e KaBum têm mais reputação na venda de eletrônicos.
Seja nesses sites ou em outros, fique atento à empresa que vende e que entrega o produto: geralmente, o nome dela aparece seguido de “vendido por” ou “entregue por”. Fazer essa observação ajuda a garantir que a sua compra vai chegar até você e que tem qualidade.
Entrando na página do vendedor e/ou entregador do produto, é possível conferir se há avaliações ruins e outras informações relevantes da empresa. Caso você não encontre essa parte no próprio site, tente pesquisar pelo nome do vendedor.
Cartões recomendados e especificações
A escolha do cartão ideal para você vai além da marca e da capacidade de armazenamento, como você pôde ver. Além de critérios como classe de velocidade, a busca pelo cartão que vai ser útil para você requer verificar se há alguma garantia com o produto. Ver a durabilidade também é bastante útil.
Hora de botar essas habilidades em prática! Agora, você vai ver uma lista com alguns produtos que estão mais bem posicionados em rankings de compras de cartão, com a loja onde estão disponíveis, os vendedores e as especificações técnicas:
SanDisk Micro SD
Modelo | Cartão de Memória SanDisk Micro SD, 64 GB |
Tipo de capacidade | XC |
Classe | C (10) |
Velocidade de transferência | 80 mb/s |
À prova de | À prova dágua; choque; temperaturas altas; e raios |
Dimensões (espessura x comprimento x largura) | 0,1 x 1,5 x 1,09 cm |
Peso | 9 g |
Preço | R$ 52,90 na Amazon (vendido por Dino.Ele) |
SanDisk Extreme PRO SDXC UHS-I
Modelo | SanDisk Extreme PRO SDXC UHS-I, 128 GB |
Tipo de capacidade | XC |
Classe | C (10) |
Velocidade de transferência | 200 mb/s |
Dimensões (espessura x largura x comprimento) | 0,23 x 2,39 x 3,2 cm |
Peso | 2 g |
Preço | R$ 191,25 na Amazon |
Samsung EVO Select microSDXC
Modelo | Samsung EVO Select microSDXC, 256 GB |
Tipo de capacidade | XC |
Classe | U3; V30 |
Velocidade de transferência | 130 mb/s |
Dimensões (comprimento x largura x espessura) | 1,5 x 1,09 x 0,08 cm |
Peso | 9 g |
Preço | R$ 221,75 na Amazon |
Kingston Canvas Select microSD
Modelo | Kingston Canvas Select microSD, 32 GB |
Tipo de capacidade | HC |
Classe | U1; V10 |
Dimensões (espessura x largura x comprimento) | 0,1 x 1,1 x 1,5 cm |
Peso | 23 g (com embalagem) |
Preço | R$ 31 na Amazon |
PNY Flash Premier-X Class
Modelo | PNY Flash Premier-X Class, 128 GB |
Tipo de capacidade | XC |
Classe | U3; V30 |
Dimensões com embalagem (espessura x comprimento x largura) | 1,14 x 13,41 x 9,93 cm |
Peso | 18 g (com embalagem) |
Preço | R$ 139 na Amazon |
Como saber quando um cartão de memória é falso?
Antes de comprar é bom ter atenção ao preço do produto. Uma dica válida sobre isso é tentar escolher um tipo específico de cartão SD: sabendo bem qual é o produto que você deseja buscar, você consegue procurar por preços nas lojas, presencialmente ou online. Vale desconfiar dos preços extremamente abaixo da média de mercado, o que pode significar um produto falsificado e com uma péssima qualidade. Caso prefira adquirir online, veja informações sobre qual a empresa ou pessoa jurídica que vai te vender o produto.
Com o produto em mãos, é possível fazer uma verificação no pacote do cartão que você adquiriu: veja se a embalagem tem as especificações necessárias e se estão conforme o anunciado pelo vendedor, como velocidade de transferência de arquivos, assim como marcas e etiquetas que identifiquem diversas características.
É válido também verificar se há algum tipo de garantia fornecida e um Universal Product Code (UPC; código de produto universal, em tradução livre) na embalagem do produto. Se a sua compra for feita com um vendedor autenticado pela marca, tente obter informações confiáveis sobre esses dados e informações: é possível até que ele possa testar o cartão, se você for adquirir o cartão em pessoa.
Mas, se você já tiver comprado o seu cartão de memória, apresentamos, a seguir, como atestar a qualidade do micro SD com um programa no seu computador, o H2testw. Confira:
Passo 1. Baixe o arquivo em .zip do programa. Assim que você fizer isso, vá até a pasta onde você armazena os seus arquivos baixados, localize pasta ‘zipada’ do programa e clique em “Extrair aqui”.
Passo 2. Após instalar e extrair o arquivo do H2testw, abra o programa. Clique no botão esquerdo do mouse e, em seguida, clique em “Executar como administrador”. Antes, certifique-se de que o seu cartão de memória está conectado.
Passo 3. Quando o programa for aberto, só haverá duas opções de língua: alemão e inglês. Indicamos que você opte pela segunda opção de idioma (destacada em amarelo). Clique na opção “Select target” (“Selecionar alvo”). Depois, uma janela de arquivos vai aparecer.
Passo 4. A janela de arquivos está disponível para que você indique qual será a memória verificada. Encontre o dispositivo que será utilizado na avaliação do programa. No exemplo, perceba que está em destaque (na cor cinza) a “Unidade de USB (F:)”
Passo 5. Depois, basta clicar em “Write + Verify” (literalmente: escrever e verificar). O programa fará uma varredura, mas antes o que está no armazenamento precisará ser ‘escrito’, para o programa avaliar as condições da memória.
Passo 6. Enquanto a verificação estiver sendo executada, o programa irá te notificar sobre possíveis erros. Há uma barra verde, logo na parte inferior da janela do programa, que mostrará o carregamento da avaliação do armazenamento. Acima dessa barra, o programa mostrará possíveis erros: você deve ficar atento ao que o programa te relatar nessa parte.
No exemplo abaixo, o programa avisa sobre a taxa de leitura e de escrita da memória analisada; mas acima, há uma mensagem que diz “Test finished without errors” (teste finalizado sem erros, em tradução livre).
Você acha que poderia ser enganado por usar algum cartão SD falso? Já teve alguma experiência com algum micro SD, que achava que era original? Conta pra gente nos comentários!
Veja também:
Fontes: TP-Link | Photography Life | TechTarget | TBlocks | Kingston | SD Association | Make Use Of | Thread no Twitter do perfil @slowbrune
Revisado por Glauco Vital em 2/8/23.
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