Índice
- Quem inventou o carro elétrico?
- Combustão interna x elétrico: quais as diferenças
- Os tipos de carros com motores elétricos
- Bateria armazena energia para mover o carro
- Como funcionam os motores de um carro elétrico?
- Os tipos de estações de carregamento
- Autonomia: o desafio para longas distâncias
- Métodos de medida de autonomia
- A legislação no Brasil
- Isenções fiscais incentivam uso do carro elétrico
- Projeto de lei deve incentivar o desenvolvimento do carro elétrico no Brasil
- Carros elétricos e híbridos vendidos no Brasil
Definidos como ótima alternativa em meio às mudanças climáticas e o aquecimento global, os carros elétricos substituem o tanque de combustível por bateria que armazenam a energia elétrica utilizada para girar seus motores. Há também outros veículos eletrificados, como os híbridos, que combinam motores a combustão com motores elétricos como uma opção mais barata e com melhor autonomia.
Pensando em explicar esta grande revolução no transporte, desenvolvemos esta matéria sobre o assunto e, com toda certeza, você vai entender tudo a respeito de carros elétricos e eletrificados. Boa leitura!
Assista o vídeo no Canal do Showmetech:
Quem inventou o carro elétrico?
O Tama tinha uma potência de 4,5 cavalos e seu motor era alimentado por uma corrente de energia elétrica contínua. Suas baterias, feitas de chumbo-ácido, precisavam ser recarregadas fora do carro e acopladas ao veículo sempre que o dono precisava ir para algum lugar. A autonomia do Tama era de 65 km e a velocidade máxima que ele atingia era de 35 km/h. Veja as baterias:
O primeiro carro elétrico japonês foi bastante aceito como táxi e veículo utilitário até o ano de 1950. Mais tarde, a Tama Cars Company (novo nome da fabricante do Tama) foi incorporada pela Nissan em 1966.
Combustão interna x elétrico: quais as diferenças
À primeira vista, um carro elétrico é indistinguível de um modelo similar movido a combustão interna (que usa gasolina, álcool, diesel ou gás natural). Entretanto, ao sentar no banco do motorista e “dar partida” no veículo, as diferenças tornam-se perceptíveis.
A primeira diferença é conceitual: enquanto o motor a combustão obtém energia da queima de um combustível — armazenado no tanque –, o motor elétrico utiliza a eletricidade armazenada em suas baterias — sim, a mesma eletricidade que utilizamos em casa pra ligar nossos eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos.
Outra característica importante é que a parte mecânica de um veículo elétrico é mais simples que um veículo a combustão, pois possui menos peças móveis e elimina o uso da caixa de câmbio — mas há exceções em veículos de alta performance, como o Porsche Taycan e o Audi E-Tron GT, que possuem uma caixa de câmbio de 2 velocidades.
A eliminação da caixa de câmbio é possível por três características próprias dos motores elétricos:
- O motor a combustão precisa manter-se ligado (girando) para funcionar e, para mantê-lo girando sem colocar o veículo em movimento, a caixa de câmbio possui a posição neutro (ou ponto morto). O motor elétrico possui acionamento instantâneo, mantendo-se parado com o carro parado e girando e movimentando o carro assim que solicitado.
- O motor elétrico consegue girar tanto em sentido horário quando em sentido anti-horário, o que dispensa as engrenagens de marcha a ré, necessárias para inverter o sentido das rodas em carros a combustão interna — cujo motor gira apenas em um sentido.
- As caixas de câmbio possuem diversas marchas (a mais comum de 5 marchas em câmbios manuais, mas que podem chegar a 9 velocidades em câmbios automáticos) para aproveitar melhor as curvas de torque e potência dos motores a combustão interna, que possuem uma faixa restrita com melhor eficiência. Já os motores elétricos, que possuem uma faixa de torque constante desde a imobilidade, dispensam o uso de caixa de câmbio. Veja abaixo a diferença dos gráficos de torque entre os motores a combustão e elétrico:
Como você deve imaginar, um veículo movido apenas a energia elétrica deixa a poluição de lado, já que não há queima de combustível. Um carro tradicional libera, em média, 120 gramas de gás carbônico (CO2) por quilômetro rodado, além de outros gases tóxicos para a atmosfera terrestre e humanos, como monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), dióxido de enxofre (SO2) e material particulado (MP).
É verdade que, para a fabricação de modelos como estes, é necessário emitir gases estufa e há um debate com diversas opiniões sobre o assunto. Alguns especialistas citam que a quantidade que deixará de ser emitida em relação aos carros comuns é tão grande que vale mais a pena optar pela fabricação de um modelo que não irá poluir.
Um outro ponto de discussão sobre redução de poluição pelos veículos elétricos diz respeito à geração da energia elétrica, que em países desenvolvidos depende, em parte, de termoelétricas.
Os tipos de carros com motores elétricos
Quando falamos em carros elétricos, vêm logo à mente os modelos movidos apenas a eletricidade. Entretanto, há veículos eletrificados que possuem motores elétricos funcionando em conjunto com motores a combustão — conhecidos também como veículos híbridos. Vamos conhecer abaixo os tipos de veículos eletrificados.
Elétrico híbrido (HEV)
Como o nome diz, um carro elétrico híbrido funciona com duas “fontes”: um motor de combustão interna e um motor elétrico. Os motores podem funcionar em conjunto ou separadamente, conforme o sistema adotado pela fabricante e a condição de condução do veículo.
Em um carro híbrido em série, por exemplo, o movimento do carro ocorre apenas pelo uso do motor elétrico, e o motor a combustão funciona como um gerador de energia para o motor elétrico, complementando a energia armazenada nas baterias. Este sistema, entretanto, é pouco utilizado.
Os veículos híbridos em paralelo são a maioria, e neste caso o motor elétrico — normalmente de potência menor — pode mover o carro sozinho (como no trânsito normal em cidade), auxiliar o motor a combustão (para arrancadas mais fortes e ultrapassagens) ou então manter-se desligado, deixando o movimento do carro a cargo do motor a gasolina, com mais potência. A escolha dos modos de funcionamento dos motores fica a cargo do sistema eletrônico do veículo.
No veículo híbrido comum, a bateria é recarregada a partir de um gerador acoplado ao próprio motor a combustão, podendo também aproveitar a energia de frenagem do veículo para recarga. Desta forma, sempre será necessário haver consumo de combustível para manter o sistema elétrico do veículo em funcionamento — a diferença é que a eficiência do sistema é maior, levando a uma média de consumo menor.
Híbrido Recarregável Plug-in (PHEV)
Se no veículo híbrido convencional a bateria não pode ser recarregada externamente, aqui a coisa muda de figura. Os híbridos PHEV (Plug-In Hybrid Electrical Vehicle, ou Híbrido Recarregável Plug-in) possuem uma tomada de carregamento, que permitem utilizar a energia da rede elétrica para completar a bateria do veículo. Esta configuração permite que baterias — e motores — maiores sejam instaladas no veículo, permitindo que tenham uma maior autonomia no modo somente elétrico.
Para o uso cotidiano em trânsito urbano, com velocidades moderadas, é possível utilizar o veículo híbrido um dia inteiro apenas no modo elétrico –a depender das distâncias percorridas — economizando combustível e reduzindo emissões de poluentes. Para o uso em estradas, o motor a combustão toma o protagonismo para atingir velocidades mais altas, mas o auxílio do motor elétrico permite aumentar a autonomia e melhorar o consumo de combustível.
Os freios generativos de um carro elétrico do tipo PHEV conseguem converter parte da energia perdida em eletricidade, contribuindo para o aumento da autonomia do conjunto elétrico — ainda que de forma discreta.
Elétrico a bateria (BEV)
Agora vamos falar dos veículos 100% elétricos, que dispensam completamente o uso de combustíveis. Os veículos elétricos a bateria — ou BEV, do acrônimo Battery Electric Vehicle — funcionam apenas com a energia elétrica armazenada em suas baterias, sem a liberação de gases poluentes da atmosfera. O carregamento pode ser feito em casa, a partir de tomadas ou carregadores próprios, ou então em estações de carregamento em postos, shoppings e outros locais públicos.
Os veículos elétricos ainda possuem uma presença discreta no mercado, muito em parte devido a seus preços elevados: como comparação, o Renault Kwid E-Tech custa R$ 150 mil, mais que o dobro da versão equivalente com motor flex, o Kwid Outsider, que custa R$ 74 mil.
Como já dito anteriormente, os veículos elétricos possuem como vantagem um conjunto mecânico simplificado, e isto pode refletir em uma manutenção mais simples — e mais barata. Outra vantagem dos veículos elétricos é o silêncio e conforto de rodagem, pois não há o barulho e vibração provenientes dos motores a combustão. Além disso, a entrega de torque e potência é linear, oferecendo melhor desempenho em acelerações e retomadas de velocidade.
Elétrico a célula de combustível (FCEV)
É possível ter um carro elétrico sem bateria — e que não esteja ligado a uma rede elétrica, como os trolley bus de São Paulo? Com o uso da tecnologia de células a combustível, os chamados FCEV (de Hydrogen Fuell Cell Electric Vehicle, ou veículo elétrico a célula a combustível) produzem energia elétrica a partir da reação química do hidrogênio com o oxigênio presente no ar, dispensando o armazenamento de eletricidade em baterias. Esta reação pode ser representada por:
2H2(g) + O2(g) => 2H2O + energia
De uma forma simplificada, o hidrogênio cede elétrons para um catalisador metálico, criando assim um fluxo de elétrons — dando origem à corrente elétrica que vai alimentar o motor. Os prótons de hidrogênio, em contato com uma membrana eletrolítica, juntam-se com os átomos de oxigênio, formando moléculas de água — o único “rejeito” proveniente desta reação química.
Como não há baterias, é necessário que o veículo possua cilindros pressurizados para o armazenamento do hidrogênio. Em mercados internacionais, o Toyota Mirai é o único modelo fabricado em série atualmente que pode ser movido por células a combustível de hidrogênio. Um grande entrave para esta tecnologia é que o veículo torna-se mais caro, e a rede de abastecimento de hidrogênio é muito mais limitada.
Um ponto importante no debate de energias limpas é que, se por um lado a célula a combustível produz apenas água em seu funcionamento, por outro lado a produção do gás hidrogênio pela indústria química demanda um uso intensivo de energia — que como vimos anteriormente, pode vir de fontes poluentes. Entretanto, estudos afirmam que um FCEV polui 30% a menos que um veículo a combustão tradicional, considerando as emissões provenientes da fabricação do gás hidrogênio.
Bateria armazena energia para mover o carro
As baterias dos carros elétricos possuem a função de armazenar a energia elétrica que vai colocá-los em movimento, da mesma forma que o tanque armazena o combustível utilizado nos motores a combustão. O funcionamento das baterias dos veículos é similar ao que vemos em smartphones: sua energia é consumida à medida em que o carro vai sendo utilizado, e é recarregada ao ser conectada em uma fonte de energia — desde tomadas residenciais até estações de carregamento otimizadas.
As fabricantes de veículos elétricos informam a capacidade das baterias de seus produtos em kWh, mas o valor que mais interessa aos consumidores é o quanto essa carga permite que o veículo rode — o alcance, que falaremos mais à frente.
A bateria de um carro movido a energia elétrica, assim como a de smartphones, vai perdendo sua capacidade com o passar do tempo e conforma os carregamentos forem realizados. O tempo médio de durabilidade varia entre 10 a 20 anos, sendo necessária realizar a troca do componente quando isso for recomendado pelo técnico.
Para dar um destino correto para os componentes que não podem mais ser utilizados para alimentar os carros, muitas empresas investem na reciclagem das baterias. A Tesla, uma das empresas que mais investem no mercado de carros elétricos, passou a utilizar estes componentes para alimentar a GigaFactory, em Storey County, Nevada, EUA, onde produz seus baterias e componentes para seus veículos elétricos.
Outra boa opção que já optou pela economia circular é a chinesa BYD, que está focada em destinar as baterias para estações de carregamento. A partir de 2025, a OnTo Technology deve começar a produzir eletrodos para suas baterias a partir de componentes que não podem mais ser utilizados em carros. Um grande problema de descarte começa a ser resolvido antes mesmo deste mercado deslanchar, o que é uma ótima notícia.
Aqui no Brasil, a metalúrgica Tupy e o Senai Paraná possuem uma parceria com o BMW Group para garantir a recuperação de componentes químicos das baterias ao final de sua vida útil nos carros. Será feito o desenvolvimento de um projeto sustentável, e o investimento total foi de R$ 3,4 milhões.
Como funcionam os motores de um carro elétrico?
Os motores dos carros elétricos funcionam de forma similar a qualquer motor elétrico, como do liquidificador da sua casa ou da ventoinha do seu computador: através de eletromagnetismo.
O eixo do motor possui um conjunto de ímãs, que possuem um polo positivo e um polo negativo. Através de princípios físicos, os polos de sinais diferentes — (+) e (-) — se atraem, enquanto os polos de sinais iguais — (+) e (+), (-) e (-) — se repelem. Quando utilizamos um eletroímã na carcaça do motor, que vai alternando sua polaridade, o movimento rotativo no eixo é produzido. Veja no vídeo abaixo (em inglês):
Os veículos elétricos podem utilizar apenas um motor para entrar em movimento, mas as fabricantes podem utilizar também outras configurações, como dois motores (um para cada eixo do veículo), ou até mesmo quatro motores, sendo um para cada roda, como no EQG, veículo sendo desenvolvido pela Mercedes-Benz.
O Classe G é um modelo 4×4 lançado pela Mercedes em 1979, e foi recebendo atualizações ao longo do tempo, mantendo o seu design básico até os dias de hoje. Para sua próxima geração, será eletrificado — recebendo o nome de EQG — e receberá um motor para cada roda. Esta configuração permitirá o controle individual de cada roda, habilitando o carro a girar em torno do seu próprio eixo, um movimento que lembra os tanques de guerra. Assista este “truque” demonstrado em um protótipo:
Os tipos de estações de carregamento
Os veículos BEV (100% elétricos) e PHEV (híbridos plug-in) podem ser recarregados utilizando energia da rede elétrica — ou mesmo de painéis solares residenciais — utilizando tomadas convencionais ou carregadores específicos. Veja abaixo os três tipos de estação de carregamento:
Nível 1
O carregamento nível 1 é feito com o uso de tomadas residenciais de até 220 volts, e não requerem uma instalação especial. Normalmente, são carregadores fornecidos com o veículo e possuem baixa potência, sendo indicados para situações de emergência, em que o motorista ficar sem bateria em uma localidade em que não haja qualquer estação de carregamento.
Plugando o veículo por uma hora neste tipo de carregador, que fornece entre 1 a 1,8 kW de potência, deverá adicionar entre 4 a 11 quilômetros de alcance ao veículo. Para uma capacidade de 40kWh, a recarga total pode chegar a 40 horas.
Nível 2
Os carregadores de nível 2 são os mais comuns em estações de carregamento comerciais, e a melhor escolha para instalação residencial. Podem ser ligados em uma rede de 220 volts monofásica, ou 380 volts trifásica, e também serem conectados a painéis solares. Pela potência maior e por serem estacionárias (fixas), requerem um profissional eletricista para sua instalação.
Com potência que pode atingir 22kW, possui capacidade de carregar uma bateria de 40 kWh em até 2 horas, adicionando até 120 quilômetros de alcance para cada hora de carregamento.
O Showmetech já desenvolveu uma matéria completa sobre pontos de carregamentos em condomínios, que utilizam em sua maioria carregadores nível 2. Não deixe de conferir e ficar por dentro de todos os detalhes.
Nível 3
Aqui, ocorre uma diferença fundamental: a energia é transferida para o veículo em corrente contínua (DC), enquanto nos níveis anteriores a energia é transferida em corrente alternada (AC). Na prática, quando o veículo é carregado em AC, um transformador no próprio veículo converte a energia para DC, que é a forma em que é armazenada nas baterias — um processo que reduz a potência de carregamento.
Já nos carregadores nível 3, também chamados de carregadores rápidos, o próprio carregador converte a energia da rede de AC para fornecer corrente DC para o veículo, permitindo que uma bateria de 40 kWh seja carregada em até surpreendentes 15 minutos.
Os carregadores nível 3 utilizam ligação elétrica trifásica de 380 volts, com potência que pode chegar a 360 kW, oferecendo o melhor carregamento possível. Os superchargers da Tesla conseguem chegar ainda mais longe, mas, pelo menos por enquanto, estão disponíveis apenas no exterior. Entretanto, é necessário frisar que nem todos os veículos têm suporte a carregamento rápido.
Autonomia: o desafio para longas distâncias
À medida que o mercado avança e cada vez mais pessoas compram carros elétricos, as fabricantes conseguem aumentar a autonomia das baterias para que distâncias cada vez maiores sejam atingidas com uma única carga. Para se ter uma noção desta evolução: o Gurgel Itaipu E150, primeiro carro elétrico a rodar no Brasil, tinha uma autonomia de 50 km. O BMW iX xDrive50, lançado no Brasil em janeiro de 2022, tem uma autonomia de 630 km.
A autonomia do veículo é muito importante — principalmente em viagens longas — por uma deficiência de infraestrutura: não há estações de carregamento em quantidade suficiente, tampouco bem distribuídas ao longo das cidades e estradas. Logo, ao realizar viagens com um carro elétrico, é importante levar em conta se há estações de carregamento no trajeto, e onde estão localizadas — paradas estratégicas para recarregamento da bateria serão fundamentais.
É verdade que a viagem pode ser mais barata, mas ela também pode ter uma maior duração já que você precisa esperar cerca de duas horas por parada para que a bateria atinja a capacidade total. Fora que pode haver pessoas no local usando a tomada para recarregar os carros. A maior palavra para quem deseja comprar um carro totalmente elétrico para fazer longas viagens é: planejamento.
Métodos de medida de autonomia
As empresas podem usar duas formas para medir a autonomia de um carro completamente elétrico ou híbrido. A primeira delas leva o nome New European Driving Cycle (comumente chamado de NEDC) e realiza testes em laboratórios fechados para saber o quão longe um modelo chegar.
Apesar de não ser tão realista — já que desconsidera obstáculos do dia a dia, como trânsito — o NEDC é o mais utilizado pelas empresas na hora de divulgar a autonomia de seus carros.
Já o Worldwide Harmonised Light Vehicle Test Procedure (WLTP) faz justamente o contrário: coloca o carro em um condições de tráfego para que a autonomia seja medida de uma forma mais realista. Implementado em 2017, o WLTP até usa os dados de laboratório, mas seu grande foco é o teste em diversas situações. Possíveis experiências de uso em temperaturas diferentes, em locais urbanos e rurais e demais ciclos de rodagem também são considerados.
Estudos já mostraram que a discrepância entre os dois métodos de medida de autonomia é de 25%.
A legislação no Brasil
O Governo Brasileiro sabe que a adoção de carros elétricos pode ser boa para o planeta Terra, mas pode-se dizer que os incentivos para isso acontecer de forma efetiva ainda são baixos. A mudança mais aparente está no Projeto de Lei do Senado (PLS) 304, em tramitação desde 2017 e desenvolvido pelo Senador Ciro Nogueira (PP/PI).
Ele sugere que, a partir de 2030, veículos que utilizam apenas combustíveis fósseis — como gasolina e diesel — deixem de ser vendidos em nosso país. Entretanto, modelos abastecidos com biocombustíveis — como etanol e biodiesel — ainda poderão ser vendidos em nosso país, prolongando a vida dos motores a combustão interna.
O PL prevê a “política de substituição dos automóveis movidos a combustíveis fósseis e dispõe sobre a vedação à comercialização e à circulação desses automóveis.” Além disso, altera os artigos 339-A e 339-B do Código de Trânsito Brasileiro para:
Art. 339-A. A partir de 1º de janeiro de 2030, fica vedada, em todo o território nacional, a comercialização de automóveis novos de tração automotora por motor a combustão, exceto os abastecidos exclusivamente com biocombustíveis, definidos pelo inciso XXIV do art. 6º da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997.
Art. 339-B. A partir de 1º de janeiro de 2040, fica vedada, em todo o território nacional, a circulação dos automóveis de que trata o art. 339-A.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição estabelecida no caput:
I – os automóveis de coleção, de que trata o art. 96, II, g;
II – os automóveis classificados nas hipóteses do art. 96, III, a e b;
III – os veículos de propriedade de visitantes estrangeiros, até cento e oitenta dias de sua entrada no Brasil.
(…)
A mudança também coloca uma nova definição para o que seria considerado um carro elétrico: “veículo equipado com motor elétrico para tração das rodas, que opere conectado a fonte externa de eletricidade, ou com acumuladores que possam ser carregados por fonte externa de eletricidade.“
De fato, ainda não há legislação que se refira aos carros elétricos no Brasil, e talvez este seja um dos maiores motivos pelos quais não temos tantas unidades em nosso país. É claro que o alto valor de investimento inicial também é um fator bastante relevante e as empresas também precisariam investir neste mercado de forma direta.
Isenções fiscais incentivam uso do carro elétrico
Governos de muitos estados e cidades brasileiras incentivam que os moradores comprem modelos como estes para deixarem de pagar impostos no começo do mês. Até o fechamento desta matéria, quem tem um carro elétrico e mora nos seguintes estados abaixo não precisa pagar IPVA:
- Distrito Federal
- Ceará
- Maranhão
- Paraná
- Pernambuco
- Piauí
- Rio Grande do Norte
- Sergipe
Cidades como São Paulo devolvem uma parte do valor pago como IPVA como desconto no IPTU ou até mesmo resgate do valor em espécie. Aqui, não temos um desconto, mas é possível pegar parte do valor pago devido a você ser um “amigo” do ambiente da cidade onde circula com seu carro elétrico. Veículos eletrificados (elétricos e híbridos) ficam dispensados do rodízio.
O valor restituído para quem mora na cidade de São Paulo durante o ano de 2023 (que leva a cotação de 2022 em consideração) é de R$ 3.292,00 e você precisa estar cadastrado no Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM) com o código que indique uso de eletricidade ou gás hidrogênio, por parte total ou parcial.
O Rio de Janeiro também tem um incentivo para quem tem carros eletrificados: 1,5% para o híbrido e 0,5% para os que são totalmente elétricos. E há um desconto de 50% para quem mora no Mato Grosso do Sul.
Projeto de lei deve incentivar o desenvolvimento do carro elétrico no Brasil
Sobre a redução de IPI para que o preço final do consumidor, o Projeto de Lei 5308/2020 tem foco em zerar o imposto para carros 100% elétricos ou híbridos. Este PL foi apensado ao 4086/2012 e ainda não havia sido aprovado na Câmara dos Deputados até o fechamento desta matéria. O texto também reduz a zero as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins incidentes na importação e sobre a receita bruta de venda no mercado interno desses veículos.
O Projeto de Lei n° 392, de 2023, desenvolvido pela Senadora Eliziane Gama (PSD/MA), fala sobre a popularização de postos de carregamento em rodovias federais para que, em viagens intermunicipais/interestaduais, os donos de veículos elétricos consigam recarregar seus carros da mesma forma que fazem no centro das cidades.
Ela cita que o Governo Federal tem papel essencial para a popularização de modelos como este e é necessário fazer mais do que simplesmente diminuir o Imposto sobre Produtos Industrializados. Se os líderes quiserem viver em um país mais limpo, é necessário ter uma promoção e incentivos agressivos para a população comprar a ideia (e carros elétricos).
Carros elétricos e híbridos vendidos no Brasil
O mercado de veículos eletrificados vem crescendo desde 2016, quando começamos a ver este tipo de veículos em nossas ruas e estradas. Separamos todos que você pode escolher se estiver pensando em um carro totalmente elétrico, híbrido plug in ou apenas híbrido.
BYD
TAN EV
Anunciado como “primeiro SUV de 7 lugares completamente elétrico lançado no Brasil”, o TAN EV foi lançado em 4 cores, mas seu preço de investimento pode ser um pouco alto para quem deseja comprar um modelo como este: custa a partir de R$ 529 mil. Sua bateria pode ser recarregada de 30% a 80% em apenas 30 minutos em corrente contínua de 110 kW. O veículo tem 8 anos de garantia de sua fabricante.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 4,6 segundos;
- Potência combinada: 517 cavalos;
- Autonomia: 309 km;
- Número de motores elétricos: 2;
- Preço sugerido: a partir de R$ 529 mil.
HAN EV
Anunciado como um “campeão de vendas” no interior, o HAN EV é outro modelo 100% elétrico também vendido acima da casa dos R$ 500 mil, e seu design chama atenção por onde passa. A bateria pode ser recarregada de 30% a 80% em apenas 34 minutos em corrente contínua de 120 kW, e ele é uma boa opção para quem mora em grandes centros.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 3,9 segundos;
- Potência combinada: 517 cavalos;
- Autonomia: 349 km;
- Número de motores elétricos: 2;
- Preço sugerido: a partir de R$ 539 mil.
Song Plus DM-I
Se você prefere um modelo do tipo plug in, talvez o Song Plus da BYD seja ideal. Ele se destaca por ter um amplo espaço interno, sistema de som premium e outros diversos detalhes que prometem a entrega de uma experiência completa. Sua bateria Blade tem 8 anos de garantia. Este modelo é vendido nos modos EV e HEV, então informe-se na hora de fazer a compra.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 8,5 segundos;
- Potência combinada: 179 cavalos;
- Autonomia: 29 km apenas na bateria;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 269 mil.
Yuan Plus EV
Fechando a lista de modelos da BYD vendidos no Brasil, o Yuan Plus EV é vendido pelo “singelo” preço de R$ 269 mil. Completamente elétrico, este carro tem sensores na parte da frente, lateral e traseira para ótima direção e maior segurança no dia a dia. A bateria consegue passar de 30 a 80% em apenas 30 minutos com um carregador DC de 80kW.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 7,3 segundos;
- Potência combinada: 204 cavalos;
- Autonomia: 294 km;
- Número de motores elétricos: 2;
- Preço sugerido: a partir de R$ 269 mil.
Peugeot
e-208 GT
Um dos modelos mais conhecidos na indústria de carros elétricos é o e-208 GT, modelo eletrificado do Peugeot 208. Vendido na cor amarela, sua bateria, que tem 8 anos de garantia, consegue passar de 0% a 80% em 30 minutos quando ele está conectado a uma corrente contínua de 100 kW. Os sensores para deixar a direção ainda mais segura estão inclusos.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 8,3 segundos;
- Potência combinada: 136 cavalos;
- Autonomia: 362 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 237 mil.
e-2008
Eleito o “carro elétrico do ano de 2023” pelo Auto Esporte, o e-2008 é um modelo completamente elétrico vendido por menos de R$ 300 mil. Com cinco opções de cores, a bateria dele também tem 8 anos de garantia, e a montadora afirma que o e-2008 consegue recuperar 80% da carga máxima em 30 minutos, ao usar uma estação ultrarrápida de 100 kW.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 9,9 segundos;
- Potência combinada: 136 cavalos;
- Autonomia: 340 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 259 mil.
e-Expert
A Peugeot também vende uma opção de furgão elétrico que consegue transportar até 1.500 quilos utilizando apenas energia elétrica. Ele tem alcance de até 330 km e é lançado em duas cores: prata e preto. Sua bateria, com oito anos de garantia, leva apenas 45 minutos para ser recarregada quando está conectada a uma corrente contínua de 100 kWh.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 9,9 segundos;
- Potência combinada: 136 cavalos;
- Autonomia: 330 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 329 mil.
BMW
BMW iX (i20)
Voltado para quem pode investir mais em um modelo completamente elétrico, o maior destaque do iX (i20) na autonomia de mais de 600 km com uma única carga. Este é um carro para você que deseja realizar grandes viagens com apenas uma carga e, claro, sabe que o valor para este “conforto” não será nada barato. Ele tem um carregador rápido de 250kW que dá poder para a bateria passar de 10% para 80% em apenas 35 minutos por meio de uma corrente contínua.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 4,6 segundos;
- Potência combinada: 523 cavalos;
- Autonomia: até 630 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 680 mil.
BMW i3
O primeiro veículo elétrico lançado pela BMW é vendido pelo preço acima de R$ 300 mil, mas com certeza fará total diferença em seu dia a dia. Com opções 100% elétrico e híbrido, o i3, lançado em 2017, em sua versão elétrica, consegue recarregar 100% da bateria em apenas 45 minutos ao ser conectado em uma corrente contínua de 100 kWh.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 7,3 segundos;
- Potência combinada: 170 cavalos;
- Autonomia: 260 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 339 mil.
BMW i4
Com três versões disponíveis no Brasil, o BMW i4 é um veículo elétrico na categoria de sedãs médios, em que a BMW é especialista há anos com a Série 3. Falando sobre a autonomia da bateria, a fabricante ressalta que ele ter até 590 km, além de ser bastante espaçoso e ter cinco portas. A empresa também lembra que ele tem dois motores para chegar o mais longe possível.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 6 segundos;
- Potência combinada: até 544 cavalos;
- Autonomia: até 590 km;
- Número de motores elétricos: 2;
- Preço sugerido: a partir de R$ 419 mil.
BMW iX3 M Sport
Inspirado nos modelos mais famosos da BMW, o iX3 M Sport chega ao mercado brasileiro entregando muito estilo e conectividade, uma vez que também conta com a Amazon Alexa integrada a seu sistema operacional. Ele também tem um teto solar panorâmico, suporte de bicicleta traseiro e sistema de uso que gasta apenas 18,9 kWh/100 km.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 6,8 segundos;
- Velocidade máxima: 180 km/h;
- Potência combinada: 286 cavalos;
- Autonomia: até 460 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 485 mil.
BMW X3
A linha X3 da BMW tem três variantes e duas delas são híbridas: o xDrive30e X Line e o xDrive30e M Sport. Ambos contam com a Amazon Alexa para a entrega de uma experiência conectada, além de dois modos de carregamento. Neste veículo, o motor a gasolina também pode ser utilizado, durante a rodagem, para recarregar a bateria.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 6,1 segundos;
- Potência combinada: até 292 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 31 km;
- Número de motores elétricos: 2;
- Preço sugerido: a partir de R$ 410 mil.
BMW X5
O BMW X5 tem duas variantes híbridas plug-in (PHEV) vendidas no Brasil — xDrive e M Sport. Ambos possuem uma autonomia elétrica de 87 km e modos de direção que ajudam na economia da bateria, também oferecendo uma experiência conectada para quem quer chegar mais longe, podendo levar os passageiros para diversos locais.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 3,8 segundos;
- Potência combinada: até 394 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 87 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 689 mil.
BMW 330e
A Série 3 da BMW tem quatro variantes, mas apenas uma delas é eletrificado (plug-in híbrido). O BMW 330e tem dois motores (a combustão e elétrico) que podem usados simultaneamente, além disso, consegue entregar 66 km de autonomia em modo apenas elétrico, antes que o motor à combustão seja utilizado.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 5,9 segundos;
- Potência combinada: até 292 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 66 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 400 mil.
BMW 530e
Com três opções, este sedã esportivo funciona por gasolina e eletricidade. Do tipo Plug-in híbrido, o BMW 530e conta com uma autonomia elétrica de 46 km, que também pode ser utilizada para ligar outros componentes do carro. Sua bateria consegue ser recarregada em 6h por meio de uma corrente de 220 V.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 5,9 segundos;
- Potência combinada: até 184 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 46 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 455 mil.
Renault
Kwid e-tech
Enquanto você lia esta matéria, com toda certeza pensou no Renault Kwid. Como um dos modelos de carros elétrico mais famosos em todo o Brasil, o Kwid e-Tech é completamente elétrico e pode ser recarregado via tomada. A fabricante confirma que, com apenas uma carga, é possível andar pela cidade. E vale lembrar que ele também tem 3 modos de carregamento.
- Tempo para ir de 0 a 50 km: 4,1 segundos;
- Potência: até 65 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 185 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 149 mil.
Zoe e-tech
Outra opção de carro elétrico disponível para os brasileiros é o Zoe e-tech. Ele oferece uma maior autonomia, mas, em contrapartida, também custa mais caro. A fabricante confirma que, por meio de uma corrente contínua de 50 kW, a bateria será recarregada em menos de 3 horas. Este modelo também é bastante sustentável, uma vez que seus bancos e painéis são feitos de plástico reciclável.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 9,2 segundos;
- Potência : até 135 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 254 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 239 mil.
Kangoo Z.E.MAXI
Fechando as opções da Renault, este furgão também é 100% elétrico e pode ser uma boa opção para seu negócio. A fabricante promete que, em uma só carga, o Kangoo Z.E. Maxi consegue rodar por 270 km e sua bateria pode ser recarregada em qualquer tomada de até 7 kW. Há opções com 2 ou 5 lugares, assim como ele consegue carregar 650 kg em uma só viagem.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 22,4 segundos;
- Potência combinada: até 60 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 270 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 209 mil.
Toyota
Corolla Cross Hybrid
A Toyota traz a versão eletrificada do seu SUV Corolla Cross Hybrid. Ele tem uma bateria de 4,1 kWh que pode ser usada para alimentar o motor elétrico, como apoio ao motor a combustão. Com motor cheio e bateria completa, ele alcança uma autonomia de até 643 km em uma só viagem.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 8 segundos;
- Potência combinada: até 199 cavalos;
- Autonomia: até 643 km (quando combinado com motor de combustível);
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 201 mil.
Corolla Altis Hybrid
Com duas versões híbridas vendas no Brasil, o Corolla Altis Hybrid também combina o poder do motor a combustível e o motor elétrico para entregar uma experiência sustentável. Com um preço abaixo dos R$ 160 mil, é considerado o veículo híbrido mais barato do Brasil.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 9,2 segundos;
- Potência combinada: até 170 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 30 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 148 mil.
Volvo
XC40 Recharge
O XC40 chega para abrir nossa lista de modelos da Volvo. Ele é 100% elétrico, tem 5 bancos, purificador de ar e também Google integrado, o que garante uma boa experiência de conectividade interessante. Com o carregador incluso, a fabricante ressalta que este modelo passa de 10% a 80% em apenas 28 minutos.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 4,9 segundos;
- Potência combinada: até 408 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 418 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 329 mil.
XC60 Recharge
Voltado para quem procura um modelo híbrido plug-in, o X60 Recharge também conta com Google integrado para a entrega de uma experiência conectada. Disponível em quatro cores, ele também tem uma bateria que pode ser recarregada por completo em 5 horas. É certo que sua bateria não é voltada para quem deseja percorrer longas viagens, mas deve trazer aquela economia interessante para quem usava apenas motores a combustão.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 4,8 segundos;
- Potência combinada: até 462 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 78 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 399 mil.
XC90 Recharge
Definido como um “SUV híbrido plug-in de luxo”, o XC90 Recharge é uma opção interessante para quem procura um SUV de luxo e realiza pequenas viagens durante o dia, já que sua autonomia elétrica com uma carga atinge até 71 km. Também com o Google integrado, o modelo pode ter sua bateria recarregada de 0% a 100% em apenas cinco horas.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 5,3 segundos;
- Potência combinada: até 462 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 71 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 519 mil.
Caoa Chery
Tiggo 5x Pro Hybrid
A Caoa Chery é uma das marcas que mais tem crescido no Brasil com o lançamento de modelos eletrificados e o Tiggo 5x Pro Hybrid abre nossa lista. Ele chega para entregar uma experiência conectada e bateria de 48 volts que pode ser recarregada, tanto com a frenagem regenerativa ou pelo motor a combustão. Neste veículo, o motor elétrico não está ligado às rodas ou transmissão, sendo um auxiliar para fornecer mais força ao motor a combustão, conforme a demanda.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 9,9 segundos;
- Potência combinada: 160 HP a 5.500 rpm;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 159 mil.
Tiggo 7 Pro Hybrid
Outro modelo da Chery é o Tiggo 7 Pro Hybrid. Este SUV também possui um sistema elétrico de 48V, auxiliando o motor a combustão a não perder potência em condições de maior demanda, como subidas e ultrapassagens.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 9,1 segundos;
- Potência combinada: 160 HP a 5.500 rpm;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 194 mil.
Tiggo 8 Pro Plug-in Hybrid
Quem procura um modelo que consegue rodar com gasolina ou energia elétrica pode considerar o Tiggo 8 Pro Plug-in Hybrid. Este modelo, que pode ser carregado através de carregadores externos, possui um motor a combustão em conjunto com dois motores elétricos que oferecem potência combinada de 317cv.
No modo exclusivamente elétrico, a bateria de 19,27 kWh oferece autonomia de até 54 quilômetros, e pode ser recarregada no percurso através da regeneração, recuperando energia nas frenagens e reduções de velocidade.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 6,7 segundos;
- Potência combinada: até 317 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 54 km;
- Número de motores elétricos: 2;
- Preço sugerido: a partir de R$ 274 mil.
Arrizo 6 Hybrid
O Arrizo 6 Hybrid também conta com um motor elétrico de 48V que pode ser utilizado tanto para alimentar componentes internos, quanto em subidas de ladeiras ou saídas de semáforos. Sua potência combinada é interessante para quem precisa de um carro espaçoso e econômico no dia a dia.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 9 segundos;
- Potência combinada: 160 HP a 5.500 rpm;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 152 mil.
iCar
Fechando as opções da Caoa Cherry, a fabricante definiu o iCar como “a pequena maravilha do mundo”, voltado para quem procura um modelo completamente elétrico. A empresa ressalta que além de uma boa autonomia, sua bateria será recarregada em apenas 36 minutos. Entretanto, pelo seu tamanho reduzido,o veículo é voltado para o uso urbano para apenas dois passageiros.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 12 segundos;
- Potência combinada: até 61 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 197 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 149 mil.
JAC Motors
E-JS1
Definido como o “carro elétrico mais barato do Brasil” pela Jac Motors, o E-JS1 chega como uma boa opção para quem procura por um modelo com zero emissão de poluentes. Com potência de 62 cavalos, a bateria dele leva apenas 5 horas para ser recarregada por completo em carregadores rápidos de 380V. E o E-JS1 é vendido em seis cores, atendendo todos os gostos.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 10,7 segundos;
- Potência combinada: até 62 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 302 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 145 mil.
E-JS1 EXT
Outra opção completamente elétrica da Jac Motors é o E-JS1 EXT, que também é vendido abaixo dos R$ 200 mil. Com seis opções de cores, ele oferece zero emissão de poluentes devido a funcionar apenas com a bateria. A fabricante ressalta que ele pode estar pronto para voltar para a estrada após 30 minutos na tomada.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 10,7 segundos;
- Potência combinada: até 62 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 302 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 164 mil.
E-JS4
Indicado para quem gosta de realizar longas viagens, este modelo é vendido acima de R$ 240 mil, e entrega uma autonomia de 420 km em uma única carga da bateria. Ele é definido pela Jac Motors como o “SUV 100% elétrico com melhor custo-benefício do Brasil”. O E-JS4 também é vendido em cinco cores para atender todos os gostos.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 7,5 segundos;
- Potência combinada: até 150 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 420 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 242 mil.
E-J7
Já falando de categorias mais altas, o E-J7 é anunciado como o “1º sedã premium 100% elétrico do Brasil”. Ele tem um motor de 192 cavalos e até pode ser voltado para viagens de longas distâncias, já que sua autonomia passa dos 400 km. O design chama atenção e este carro elétrico também é econômico: segundo a Jac Motors, o proprietário do modelo desembolsará R$ 7,75 a cada 100km.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 5,9 segundos;
- Potência combinada: até 193 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 402 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 252 mil.
iEV-330P
A primeira e até o momento, a única picape 100% elétrica vendida no Brasil, a iEV-330P pode ser utilizada por todo um dia, já que sua autonomia elétrica ultrapassa os 300 km. Ela também chega para entregar potência e pode transportar 4 pessoas e mais um motorista. Sua bateria é recarregada em 1h30 quando conectada a uma fonte de corrente contínua de 40 kW.
- Tempo para ir de 0 a 50 km: 5,1 segundos (possui velocidade máxima de 97 km/h);
- Potência combinada: até 204 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 330 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 369 mil.
E-JV7L
Fechando as opções da Jac Motors, a E-JV7L é uma van elétrica voltada para o transporte executivo, contando com sete lugares (um para o motorista e seis para os passageiros). Dados da fabricante informam que será necessário gastar R$ 35 para recarregar a bateria deste modelo, isso baseado no custo médio de energia elétrica do estado de São Paulo.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 20 segundos;
- Potência combinada: até 204 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 300 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 329 mil.
Chevrolet
Chevrolet Bolt EV
A Chevrolet também tem modelos de carros elétricos vendidos no Brasil, e um deles é o Bolt EV. Funcionando apenas com eletricidade, esta opção chega com Alexa e Spotify integrados. Com o carregador incluso, será necessário esperar apenas 1 hora para que uma autonomia de 10 km seja entregue.
Já com um carregador rápido, o mesmo tempo de carregamento entregará 40 km de autonomia. Opções de carregador super-rápido precisam de apenas 30 minutos para que 80% da capacidade da bateria seja preenchida.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 7,3 segundos;
- Potência combinada: até 203 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 416 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 359 mil.
Chevrolet Bolt EUV
Com autonomia acima de 400 km, o Bolt EUV para entregar tecnologia, autonomia e conveniência, segundo sua fabricante. Uma das funcionalidades mais interessantes, que também está presente no Bolt UV, é o fácil monitoramento em tempo real da carga da bateria, para que você saiba quando deve parar e colocar o modelo de volta à tomada. Ele também conta com Spotify e Alexa integrados.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 7,7 segundos;
- Potência combinada: até 203 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 456 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 279 mil.
Audi
e-tron
Vamos abrir a lista de carros elétricos da Audi com o primeiro SUV produzido em série pela empresa. O e-tron é um modelo 100% elétrico que combina elegância aos assistentes de eficiência Audi Virtual Cockpit Plus e Audi recuperação automática; este segundo assistente ajuda a economizar energia elétrica para que a autonomia seja a maior possível. Sua bateria leva de 8 a 9 horas para ser completamente recarregada.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 3,3 segundos;
- Potência combinada: até 408 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 436 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 646 mil.
e-tron Sportback
Com uma autonomia um pouco maior do que o modelo tradicional, o e-tron Sportback é híbrido e também conta com os assistentes de uso para melhorar a experiência. Além disso, a Audi ressalta em seu site que serão necessários apenas 30 minutos para que 80% da bateria seja recarregada em um carregador rápido. A empresa também lembra que há mais de 150 pontos de carga em todo o Brasil.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 5,7 segundos;
- Potência combinada: até 408 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 252 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 646 mil.
e-tron S Sportback
Caso você prefira um visual mais esportivo para seu primeiro carro elétrico, talvez o e-tron S Sportback seja uma opção interessante. O modelo é vendido acima dos R$ 700 mil e é 100% elétrico, além de ter um sistema interno para melhor direção. Ele leva apenas 40 minutos para que sua bateria tenha a capacidade completada via uma fonte de energia de 150 kW.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 4,5 segundos;
- Potência combinada: até 503 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 380 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 820 mil.
RS e-tron GT
Fechando as opções da Audi, o RS e-tron GT tem o foco em entregar desempenho aerodinâmico. Ele é indicado para quem pode e principalmente quer investir em um modelo de luxo, já que é vendido acima do R$ 1 milhão. Com um sistema de recarga de 800 volts, a Audi confirma que por meio de uma corrente contínua de 50 kWh, serão necessários apenas 70 minutos para a bateria estar com sua capacidade completa.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 3,3 segundos;
- Potência combinada: até 646 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 313 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 1,103 milhão.
MINI
MINI SE
Você, com toda certeza, já viu um modelo como este na rua, mesmo que não soubesse seu nome. O MINI SE é a versão elétrica do Mini Cooper, esportivo compacto da marca pertencente à BMW. A fabricante ressalta que caso seja conectado a uma tomada convencional, ele leva 14 horas para atingir 80% da bateria. Já se usar o carregador rápido Wallbox de 11 kW, serão necessárias apenas 02h10 para que a mesma porcentagem seja atingida.
Há outra opção de carregador, que possui potência de 50 kW e permite que 80% da capacidade da bateria do MINI SE seja atingida em 29 minutos. E vale lembrar que este modelo tem apenas três portas.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 7,3 segundos;
- Potência combinada: até 184 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 234 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 257 mil.
MINI Countryman S E All4
A MINI também tem uma opção híbrido plug-in no SUV Countryman, que apresenta um motor a combustão combinado com um elétrico, gerando potência combinada de 224 cv. O motor elétrico de 88 cv oferece autonomia de 57 km, suficiente para rodar em pequenos trajetos urbanos. O veículo tem 4 portas e espaço para até cinco pessoas e, segundo sua fabricante, sua bateria estará completamente recarregada em até 4 horas.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 7,3 segundos;
- Potência combinada: até 224 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 57 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 284 mil.
Nissan
Nissan Leaf
Fechando nossa lista, temos o Nissan Leaf, modelo 100% elétrico. Além do motor alimentado apenas com energia elétrica, ele também conta com assistentes de direção para uma viagem mais segura e claro, mais econômica. Ele foi lançado em 4 cores e sua bateria leva de 7 a 11 horas para ser recarregada, a depender da corrente e capacidade da bateria.
- Tempo para ir de 0 a 100 km: 7,9 segundos;
- Potência combinada: até 150 cavalos;
- Autonomia elétrica: até 272 km;
- Número de motores elétricos: 1;
- Preço sugerido: a partir de R$ 293 mil.
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