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De tempos em tempos seu smartphone — seja ele topo de linha, modelo intermediário ou aparelho de entrada — vai apresentar queda de desempenho: é uma cena que se repete com todo mundo. Mas antes que você já pense em qual assistência técnica autorizada está mais próxima da sua região, nós temos algumas dicas que vão lhe ensinar como corrigir os problemas mais comuns do smartphone, economizando uma grana e evitando que você se preocupe demais com dificuldades que podem ser mais simples do que você imagina.
O melhor de tudo é que os truques abaixo podem ser usados periodicamente e não exigem um conhecimento técnico avançado para serem executados. Em outras palavras, podemos garantir que, embora seu smartphone não volte a ser “como novo” (convenhamos, isso é difícil sem trocas de peças e bastante dinheiro envolvido), nossas dicas abaixo prometem deixá-lo bem próximo disso.
Conhecendo os problemas mais comuns
Neste texto, nós buscamos contemplar as dicas mais gerais, o que significa que os problemas listados aqui são inerentes tanto a um smartphone Android quanto a um iPhone. Claro, são dois sistemas operacionais bem diferentes, essencialmente falando, mas eles também trazem algumas similaridades que nos ajudam a compor essa série de dicas.
A primeira coisa a se entender é que um celular é, de forma resumida, um “computador de bolso”. Sabemos que isso é óbvio, ainda mais com o volume de tecnologias de ponta implementadas nesse aparelho que você deve estar segurando agora para ler o Showmetech. Mas essa similaridade com um desktop/laptop é um dos pontos principais aqui: alguns procedimentos que você tomaria no PC podem muito bem servir para restaurar seu smartphone e corrigir problemas comuns.
Basicamente, o smartphone traz vários componentes principais que estão funcionando 100% do tempo, mas primeiramente vamos nos concentrar em três: processador, memória RAM e armazenamento interno.
- Processador: toda ação tomada pelo usuário no aparelho é executada pelo processador — ligar ou desligar o celular, abrir ou fechar um app, interpretar dados dos mais variados tipos, tudo isso vem dessa pequena parte.
- Memória RAM: sigla em inglês para “memória de acesso aleatório”, esse é o componente que dita a capacidade do seu smartphone ler e escrever dados originados de diversas fontes — um download de arquivo, reproduzir uma página na internet — bem como o quão rápido ele consegue fazer isso.
- Armazenamento interno: é onde você “salva” coisas como instalações de apps, arquivos multimídia, documentos etc.
Esses três (e muitos outros) componentes trabalham em conjunto para a execução de todas as funções do seu smartphone: a memória RAM é que vai “ler” um arquivo salvo no armazenamento interno quando você quer abri-lo, por exemplo — e essa ação depende do processador suportar essa demanda.
Um smartphone que fica mais e mais lento geralmente está com sobrecarga em um destes três pontos, mas há outras possibilidades, como você vai ver conforme o texto avança. Agora que você entendeu uma parte do funcionamento do seu aparelho, vamos às dicas sobre como corrigir os problemas mais comuns do smartphone.
Apps com consumo excessivo de armazenamento
À primeira vista, o uso de um aplicativo de smartphone é bastante simples: você o abre, faz o que tiver que fazer, e então o fecha. O problema é que a esmagadora maioria dos softwares instalados em seu aparelho segue rodando uma ou mais funções em segundo plano, acumulando dados com o objetivo de otimizar seu uso na próxima vez que você abri-los. Jogos integrados à sua conta no Facebook e apps financeiros com notificações em tempo real são dois exemplos clássicos disso.
Esse acúmulo de dados é que pode acabar se tornando um problema, mas a solução é bem simples: se o seu smartphone for um Android, você pode limpar tais dados. Para isso, abra as Configurações e, sem seguida, acesse o menu Aplicações e Notificações (os nomes podem variar de acordo com o modelo de smartphone usado). Encontre o app lento que você deseja aprimorar ou verifique, programa por programa, os que estão consumindo mais recursos.
Cada app instalado neste menu é clicável, direcionando você a uma segunda guia, onde você deverá encontrar a opção “Armazenamento e Memória”. Uma vez nela, você pode escolher duas opções:
- Limpar Cache: para zerar arquivos temporários que o app possa ter gravado em seu smartphone, e normalmente já remove a maioria dos dados armazenados dos aplicativos.
- Limpar Armazenamento (ou “dados”, dependendo do seu modelo): é bem mais aprofundada, eliminando tudo exceto o app em si. Você precisará reinserir senhas e ajustes depois, mas pense nisso como reinicializar o app do zero.
Já no iPhone, a coisa muda de figura, uma vez que o iOS não conta com uma ferramenta similar ao que se vê no Android. Ao invés disso, você terá que desinstalar o app e baixá-lo novamente. Com isso, todo o armazenamento feito por aquele aplicativo é zerado e, uma vez reinstalado, você deve informar mais uma vez seus dados de login e ajustes de configuração.
Para desinstalar um app no iPhone, segure o dedo por cima de seu ícone até que a tela principal comece a tremer. Depois, clique no “-” e ele será removido.
Vale citar: remover e reinstalar o app também funciona no Android.
Bugs e memória temporária
Mesmo com décadas de história, uma máxima na tecnologia nunca mudou: seu aparelho travou? Então “desliga e liga de novo”. Essa premissa é deveras óbvia, mas ela não se mantém fixa à toa, nem mesmo com os smartphones.
Isso se dá por causa da chamada “memória temporária”: basicamente, é um recurso da memória RAM de seu smartphone que armazena, mas não manipula, dados recentemente inseridos — como qualquer frase que você copiou e colou ou um número de telefone recentemente discado. A reinicialização do celular apaga essas informações, economizando desempenho na RAM.
Nos casos onde a tela “trava” e você não consegue fazer nada que normalmente faria, um desligamento forçado se faz necessário. O processo é variável de modelo para modelo, então você pode ter que procurar na internet o comando exato do seu smartphone: na família Pixel do Google, por exemplo, você deve segurar o botão de Liga/Desliga por uns 30 segundos. Já a Apple tem toda uma página de suporte dedicada à reinicialização forçada já que existem vários processos, dependendo do dispositivo usado.
Outra coisa que pode estar contribuindo para a lentidão ou congelamento do seu smartphone é a quantidade de espaço disponível em seu armazenamento interno. Tanto no iOS como no Android, “pouco armazenamento livre” significa “muita coisa para ler”, então você pode ter que escolher apps e arquivos para serem excluídos. Aqui no Showmetech, nós temos guias para liberar espaço em seu aparelho e gerenciar o seu armazenamento interno, então vale fazer uma consulta em ambos.
Finalmente, seu smartphone pode estar em um ponto onde até mesmo a manipulação do seu armazenamento interno seria nada mais que uma solução paliativa. Diante de um quadro tão avançado de mau desempenho, você pode considerar um último recurso: redefinir seu aparelho para as configurações de fábrica. Isso basicamente elimina tudo do celular, reinstalando o sistema operacional do zero. Importante: use esta opção apenas em último caso, e certifique-se que tenha feito backup de todo seu smartphone.
Para redefinir o seu iPhone
- Vá em Ajustes, selecione o menu Geral e em seguida Redefinir:
- Serão mostradas várias opções de redefinição do seu iPhone, desde redefinição de configurações até apagar conteúdo. Para redefinir o iPhone para as configurações de fábrica, selecione Redefinir Todos os Ajustes. Confirme na próxima tela, e o iPhone será reiniciado com as configurações de fábrica.
Para redefinir o seu Android
- Acesse as Configurações do seu smartphone, selecione Gerenciamento Geral, e em seguida Restaurar (os nomes podem variar conforme o fabricante do smartphone Android, neste exemplo estamos usando um aparelho Samsung):
- No menu Restaurar, há diversas opções de redefinição. Selecione Restaurar padrão de fábrica e o seu telefone será restaurado ao estado de novo. Lembre-se de fazer o backup completo do seu aparelho antes de executar esta ação.
Agora, se isso falhar, prepare o bolso ou torça para ainda estar dentro do período de garantia: é bem provável que seu problema advenha de uma falha física, e neste caso, apenas a assistência técnica pode resolver.
Bateria ruim
Ninguém gosta de ver sua bateria acabar, especialmente se estivermos no meio da rua e sem expectativa de encontrar um lugar para fazer a recarga. Seja lá qual for seu smartphone, a fabricante certamente usa “tempo aprimorado de bateria” como um dos principais discursos de venda e isso não é à toa: à medida que jogos vão ficando mais poderosos e apps vão ganhando mais e mais funções, baterias de dois ou três anos atrás podem não comportar toda essa demanda.
Mas isso é para smartphones novos. Agora se o seu aparelho perde metade da carga com algumas poucas horas, então você tem mesmo um problema: degradação de bateria. Infelizmente, a melhor recomendação neste caso é buscar a assistência técnica e pedir pelo reparo ou troca dela. Mas antes disso, tem algumas coisas que você pode fazer para deixar a sua situação mais favorável.
A primeira é identificar possíveis aplicativos que estejam usando carga demais em suas execuções. Tanto no iPhone como no Android, o caminho é mais ou menos o mesmo: Configurações/Ajustes, Aplicativos e Notificações mostra quanto de carga cada app utiliza, ou então você pode procurar no menu principal uma opção voltada à bateria, que lhe dará uma visão mais generalizada. Se você encontrar aplicativos que estejam bem discrepantes dos outros, desinstale-os e veja como seu smartphone responde.
Além disso, no mesmo menu de gerenciamento, você pode encontrar outras opções de “Modos de Bateria”. Isso não vai solucionar seus problemas, mas pode lhe trazer cerca de duas horas ou mais de carga ao desligar algumas funções que você não esteja usando naquele momento, como o menu Wi-Fi em constante busca por conexão mesmo quando você está na rua, o brilho excessivamente alto da tela do aparelho ou ainda aplicações que rodam em execução em segundo plano, como Spotify.
Conclusão
É importante sempre nos mantermos atualizados com as tecnologias atuais, especialmente em um mercado que evolui a passos tão largos: não se passaram nem cinco anos desde que “32 GB de espaço de armazenamento” era algo inerente apenas aos smartphones topo de linha — e hoje boa parte dos consumidores concordará que este número é insuficiente.
Entretanto, renovações do tipo custam dinheiro. Muito dinheiro. Então antes de começar a consultar limites de cartões de crédito, é sempre bom conhecer um pouco mais sobre o funcionamento interno de seu smartphone atual. Assim, você economiza uma grana considerável e só aciona assistências técnicas e compras de novos aparelhos quando realmente for necessário.
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