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A chegada da tecnologia nos esportes, e especialmente no futebol, pode auxiliar equipes na busca pelo próximo nome de peso. A Inteligência Artificial no futebol já é uma grande aliada de times de ligas espalhadas pelo mundo inteiro.
De olho neste mercado, startups começaram a desenvolver aplicativos com a IA que auxiliam equipes de ponta a desenvolver maneiras mais eficazes de scouting. Veja mais como funciona este tipo de aplicação, e outros casos em que a inteligência artificial é uma aliada das equipes de futebol.
Benefícios da IA no scout de equipes profissionais
Uma startup sediada em Londres é responsável por desenvolver um aplicativo que pode auxiliar times de futebol do mundo inteiro na busca pelo próximo grande craque. Trata-se do AiSCOUT, plataforma que permite aos clubes ter acesso a uma série de dados sobre os atletas cadastrados.
Disponível para download gratuito na App Store e Google Play, o AiSCOUT auxilia atletas que desejam uma vaga em times de futebol a participar de testes em equipes das principais ligas do planeta. O aplicativo oferece 75 exercícios determinados previamente para que sejam executados pelos jogadores, na intenção de testar suas habilidades no futebol.
Por sua vez, as performances de cada jogador são analisadas e pontuadas pela inteligência artificial. Os dados dos atletas ficam disponíveis para que os clubes possam realizar o trabalho de scout, analisando dados técnicos e físicos dos jogadores.
Cada vez mais de olho em todo o mercado da inteligência artificial no futebol, equipes da Premier League como Chelsea e Burnley já fecharam parceria com o aplicativo, que permite também que jogadores dos elencos possam completar exercícios com padrões estabelecidos pelos profissionais dos clubes.
A Acronis, empresa de Singapura, também tem ganhado seu espaço no meio esportivo na Europa. Através de um serviço automatizado, com o uso da inteligência artificial no futebol, a empresa promete análise precisa e completa de partidas, desempenho de jogadores e tudo o mais que a IA conseguir auxiliar.
Equipes europeias de grande tradição como Liverpool, Manchester City, Arsenal e Roma já firmaram acordo com a empresa. A inteligência artificial é capaz de fornecer relatórios completos, elencando pontos fortes e pontos que precisam de melhoria de cada jogador, tudo isso através de vídeos dos treinos.
Assim, é possível que cada comissão técnica tenha como se debruçar em todos os dados obtidos, buscando sempre os melhores jogadores para iniciar uma partida, ou até mesmo aqueles mais propícios a mudar o panorama de um jogo específico. Vale dizer que além de todo esse trabalho desenvolvido com o auxílio da IA no futebol, a empresa oferece um serviço de cibersegurança.
O trabalho da empresa despertou a atenção de Esteban Granero, veterano jogador em atividade. O parceiro da Olocip já se posicionou a favor do uso da inteligência artificial no futebol, e segundo ele, desde os tempos de Real Madri já percebia como a IA poderia auxiliar times de futebol.
Granero também afirma que as análises feitas pela Olocip são sempre minuciosas, e podem entregar dados precisos, com pouca margem de erro. O jogador destaca que não se trata de “uma bola de cristal que diz se o Mbappé vai marcar 15 gols no Real Madri”, mas sim dizer que existe 95% de propabilidade do atacante francês marcar entre 14 e 16 gols pelo clube, tudo fruto de um trabalho matemático preciso.
O combate às lesões
O uso da inteligência artificial no futebol também auxilia os times na rotação do elenco, evitando o cansaço e lesões musculares em atletas importantes para o plantel. Nesse sentido, um algoritmo criado pela empresa Zone7 é capaz de prever riscos de lesões e fazer sugestões de métodos de prevenção aos jogadores. A novidade já é usada pelo Liverpool e pelo espanhol Getafe.
Com a presença de dispositivos vestidos pelos jogadores (coletes com GPS), é possível fazer a análise de todos os dados dos atletas durante os jogos e também nos treinos. A Zone7 também usa dados de sprints nos jogos, parâmetros de sono e outros níveis biométricos, como flexibilidade e o estresse de cada um.
Com todas as informações armazenadas, cabe à IA analisar e atuar na prevenção das lesões. O algoritmo é capaz de prever alguns sinais que possam trazer complicações e sugere algumas medidas, como redução da carga e mais cuidado ao executar um movimento. Após essa primeira etapa, a inteligência artificial também oferece soluções mais eficazes para evitar lesões ou o seu agravamento.
De acordo com a empresa, o software criado é capaz de fazer simulação de situações ideiais durante o dia a dia dos atletas, visando que estejam sempre em seu auge físico, diminuindo ao máximo o risco de lesões.
Casos de sucesso
Aplicativos como o AiSCOUT surgiram para revolucionar o cenário desportivo mundial. Graças ao avanço da tecnologia é possível imaginar uma situação em que a IA seria capaz de auxiliar equipes e atletas e até mesmo gerar novos acordos entre times e jogadores que bucam uma carreira profissional.
O aplicativo parece dar resultados e a prova disso é o caso do jogador Ben Greenwood, atleta que nunca tinha feito um teste em nenhuma equipe profissional. Com o uso do AiSCOUT, o jovem realizou o upload de um vídeo seu na plataforma e aos 17 anos integrou as categorias de base do Chelsea, antes de se transferir para o Bournemouth, em 2021.
Desde o lançamento do aplicativo, já foram realizados testes com jogadores de 125 países. O AiSCOUT também foi responsável por testar ou contratar cerca de 135 jogadores por equipes de futebol. Atualmente, a base de dados do aplicativo conta com mais de 100 mil jogadores registrados.
Quando o assunto é a prevenção das lesões, a Zone7 garante que o modelo desenvolvido consegue prever 70% dos casos com antecedência de até sete dias. Durante cinco anos o time espanhol Getafe manteve parceria com a empresa e, entre 2017 e 2020, houve uma redução de 70% das lesões, sendo que na temporada 2018/19, a equipe teve lesões menos graves, que resultaram em menos partidas perdidas pelos atletas durante o Campeonato Espanhol.
O Liverpool se tornou parceiro da Zone7 na temporada de 2021/2022 e como resultado, a equipe teve uma diminuição em 33% de contusões em relação à temporada anterior, o que resultou em menos dias com jogadores perdendo as partidas da Premier League.
Os resultados da equipe foram incriveis e o Liverpool acabou campeão da Copa da Inglaterra e da Copa da Liga. A equipe inglesa ainda chegou à final da Liga dos Campeões e ficou em segundo lugar no Campeonato Inglês, com 92 pontos.
Nos Estados Unidos, o Los Angeles também é um caso de sucesso da IA no futebol. O time que disputa a Major League Soccer (MLS) teve menos lesões no período, chegando a 17% menos contusões por partida. O time ainda foi coroado com o título da MLS na temporada de 2022.
Qual o futuro dos esportes com o auxílio da IA?
A inteligência artificial será uma grande aliada aos esportes, no sentido de que seu uso se tonará revolucionário para todos os envolvidos. Atletas de qualquer modalidade vão usar os benefícios da IA e aprimorar sessões de treinos, prevenir os riscos de lesões e ter o alto rendimento desejado.
Especialistas nesse tipo de tecnologia fazem o alerta de que a inteligência artificial desenvolvida é uma IA de suporte e apoio. Com isso, ela se distancia do que imaginavam primeiramente, que poderíamos ter a inteligência artificial para desenvolver seres que pensassem e agissem como seres humanos.
Ao passo que os esportes se atualizam, a utilização de tecnologias existe para aprimorar as modalidades em diferentes maneiras. Com o uso da inteligência artificial, atletas poderão buscar o alto rendimento em treinamentos e disputas de campeonatos.
Nesse sentido, e usando o exemplo mais específico do futebol, a inteligência artificial pode ser aplicada na melhora de perfomance dos jogadores, uma vez que a partir da análise de alguns dados (biométricos, frequência cardíaca, hábitos alimentares e sono) coletados pode-se dar origem a um plano alimentar e de treinos que procurem maximizar a performance de cada jogador.
Atualmente, a IA no futebol é usada de diferentes formas, que incluem a predição de resultados e até mesmo interferência externa em partidas a partir do uso do VAR, o árbitro de video. Quando comparado a outras modalidades, o futebol passou a usar a inteligência artificial de forma um pouco tardia, e o futuro reserva um cenário cada vez mais promissor.
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Revisado por Glauco Vital em 19/6/24.
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